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O Alzheimer é uma das doenças neurodegenerativas correspondentes a mais da metade dos casos de demência, segundo o Ministério da Saúde, e, de acordo com cientistas, a dieta adotada por cada um pode influenciar em maior ou menor grau o risco de desenvolver o problema.

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O estudo, publicado no científico Journal of Alzheimer's Disease, traz uma má notícia para o churrasco de domingo — ele está entre os alimentos que aumentam o risco da doença.

No páreo, estão inclusos, também, hambúrgueres, cachorros-quentes, gorduras saturadas, alimentos ricos em açúcar, carnes (em especial as vermelhas), grãos refinados e carnes e alimentos processados. Segundo os especialistas, esse estilo de alimentação se enquadra no padrão ocidental.

Já dietas tradicionais seguidas na China, no Japão e na Índia, além da dieta mediterrânea, todas com grande consumo de vegetais, mostraram que poderiam reduzir o risco de desenvolver a doença.

O estudo afirma, ainda, que as taxas de Alzheimer aumentaram progressivamente conforme esses países passaram a adotar o modelo ocidental.

Os autores do trabalho observaram que a carne foi o principal alimento a intensificar o risco desse tipo de demência, aumentando fatores como inflamação, resistência a insulina, estresse oxidativo, gordura saturada.

Isso se relaciona, também, aos ultraprocessados, pobres em vitaminas e componentes anti-inflamatórios e antioxidantes, que pioram os riscos de desenvolvimento de obesidade e diabetes, fatores predisponentes para o Alzheimer.

Os autores classificam a pobreza como um fator de risco, visto que tais opções ajudam a fornecer a energia ao organismo de forma mais barata, em detrimento de alimentos mais nutritivos, que podem ser mais caros.

Enquanto isso, vegetais coloridos e com folhas verdes, frutas, legumes, nozes, ácidos graxos ômega-3 e grãos integrais seriam responsáveis pela proteção contra o surgimento da doença.

R7

Foto: EDU GARCIA/R7

 

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) realiza, nesta quarta-feira (06) e quinta-feira (07), a oficina do Plano de Vinculação da Gestante ao Local do Parto no Piauí. O objetivo é trabalhar com as áreas técnicas da pasta para a conclusão do mapa da identificação das maternidades de referência para o baixo e alto risco por município.

Esse instrumento foi elaborado em parceria com o projeto QualiNeo, do Ministério da Saúde, que promove a qualificação da atenção e do acolhimento na unidade neonatal do Instituto Fernandes Figueira da Fiocruz, conforme explica a diretora de Vigilância em Saúde da Sesapi, Cristiane Moura Fé.

“Estamos trabalhando durante esses dois dias definindo os locais de nascimento e parto seguro, dentro do Piauí, com qualidade e humanização. Organizando esses pontos de atenção para que essas unidades estejam devidamente organizadas, com qualidade para atendimento, com escala de plantão de profissionais, medicamentos, transportes e todo o processo envolvido. A partir daí, esse mapa será publicado e os gestores terão acesso aos locais que podem encaminhar essas gestantes”, pontua.

O mapa de vinculação para o local de parto trata-se da identificação das maternidades de referência para o baixo e alto risco por município, região e macrorregião de saúde, segundo análise do fluxo de gestantes e de acordo com o número de nascidos vivos, capacidade instalada e malha viária mais adequada.

“Para a elaboração do Mapa de Vinculação, a Sesapi considerou ainda o investimento nas maternidades já reconhecidas como estratégicas na Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil, a concentração dos partos e nascimentos em maternidades que garantam qualidade, segurança e humanização, com número de partos maior ou igual a 500 e descentralização de ambulatórios especializados em gestante e criança”, lembra Cristiane Moura Fé.

A assessora técnica do Instituto Fernandes Figueira da Fiocruz, Luíza Acioli, destaca que a instituição vem trabalhando com a Sesapi desde 2019 para o fortalecimento da rede materno-infantil no estado do Piauí.

“Estamos trabalhando juntos no apoio à gestão, qualificação das práticas clínicas, dos profissionais e gestores, além do monitoramento de ações da rede de saúde e articulações entre os pontos de atenção. Isso tudo referenciado na perspectiva do alcance da integralidade no cuidado para diminuição dos índices de mortalidade materna e infantil, que culminou agora no final de 2023, na elaboração de um documento técnico sobre o plano de vinculação da gestante e, consequentemente, uma rede de atenção à saúde materno-infantil com qualidade”, destaca a pesquisadora.

Sesapi

Pesquisadores da escola de pós-graduação em medicina da Universidade de Tohoku, no Japão, descobriram um método capaz de fazer as chamadas células beta do pâncreas aumentarem a produção de insulina, melhorando o controle do diabetes.

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Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica Nature Biomedical Engineering.

A insulina é o principal hormônio responsável pelo controle de açúcar presente no sangue. Sua falta ou resistência à substância podem levar ao diabetes.

Nesse experimento, os pesquisadores descobriram que estimular os nervos vagos autônomos, que atuam na secreção de líquidos digestivos ligados ao pâncreas, pode aumentar a produção de insulina proveniente das células β.

Para tal, os pesquisadores utilizaram a optogenética (técnica que combina luz, genética e bioengenharia) em camundongos diabéticos, estimulando individualmente o nervo vago que leva ao pâncreas.

Segundo os cientistas, esse estímulo resultou em um aumento expressivo de insulina no sangue dos animais no momento em que eles administraram açúcar, de modo a verificar a eficácia do teste. O resultado mostrou uma melhora na função e produção das células β.

Também foi atestado que manter o método durante duas semanas resultou em uma elevação mais que duplicada de insulina, ativando as células β em termos de qualidade e quantidade.

Com a descoberta, os pesquisadores esperam que possam ser desenvolvidas novas estratégias e métodos de prevenção do diabetes, assim como para estimular o funcionamento e a regulação das células β.

R7

Foto: Freepik

Os pais devem se comunicar com seus bebês usando canções e rimas desde o momento do parto, afirma um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Cambridge (Reino Unido) e do Trinity College Dublin (Irlanda). Isso porque os bebês aprendem idiomas a partir de sons rítmicos, não falados, nos primeiros meses.

Informações fonéticas são os menores elementos sonoros da fala, tipicamente representados na forma de letras do alfabeto. Elas são consideradas por muitos linguistas como a base da linguagem.

Acreditava-se que os bebês aprendam esses pequenos elementos sonoros e os juntem para formar palavras. Mas um novo estudo sugere que as informações fonéticas são aprendidas tarde demais e lentamente para que isso seja o caso.

Em vez disso, a fala rítmica ajuda os bebês a aprenderem a linguagem, enfatizando os limites das palavras individuais e é eficaz mesmo nos primeiros meses de vida.

Os pesquisadores fizeram a descoberta ao investigarem a capacidade dos bebês de processar informações fonéticas durante seu primeiro ano.

O estudo, publicado na sexta-feira (1º) na revista Nature Communications, descobriu que as informações fonéticas não foram codificadas com sucesso até os sete meses de idade e ainda eram escassas aos 11 meses de idade, quando os bebês começaram a dizer suas primeiras palavras.

"Nossa pesquisa mostra que os sons individuais da fala não são processados de forma confiável até cerca de sete meses, mesmo que a maioria dos bebês possa reconhecer palavras familiares como 'bottle’ (garrafa, em inglês) nesse ponto", disse a neurocientista de Cambridge, Usha Goswami. "A partir daí os sons individuais da fala ainda são adicionados muito lentamente – lentamente demais para formar a base da linguagem."

Cola oculta O estudo atual faz parte do projeto BabyRhythm liderado por Goswami, que está investigando como a linguagem é aprendida e como isso está relacionado à dislexia e ao transtorno de linguagem do desenvolvimento.

"Acreditamos que as informações de ritmo da fala são a cola oculta que sustenta o desenvolvimento de um sistema de linguagem bem funcionante", disse Goswami.

A pesquisadora explicou ainda que o ritmo é um aspecto universal de todas as línguas do mundo. "Em todas as línguas às quais os bebês são expostos, há uma forte estrutura de batida com uma sílaba forte duas vezes por segundo. Estamos biologicamente programados para enfatizar isso ao falar com bebês."

“Os bebês podem usar informações rítmicas para aprender. Por exemplo, eles podem aprender que o padrão rítmico das palavras em inglês é tipicamente forte-fraco, como em 'papai' ou 'mamãe', com a ênfase na primeira sílaba. Eles podem usar esse padrão rítmico para adivinhar onde uma palavra termina e outra começa ao ouvir a fala natural."

Por isso, Goswami afirma que “os pais devem falar e cantar para seus bebês o máximo possível ou usar fala dirigida a bebês como rimas infantis, porque isso fará diferença no resultado da linguagem".

R7

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