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AVC não é só doença de adulto, criança também tem acidente vascular cerebral. Os casos são raros e por isso o diagnóstico pode demorar. A prevalência é de dois a oito casos para cada 100.000 crianças até 17 anos por ano, mas quando acontece costuma ser grave e deixar sequelas. O Bem Estar convidou o cardiologista e consultor Roberto Kalil e a neurologista Ana Claudia de Souza para falar sobre o assunto.

 

O AVC pode ocorrer em todas as fases da vida. Nas crianças e adolescentes, apesar de raro, é uma importante causa de internações e mortes, pois quando os sinais de alerta aparecem, muitas vezes não são considerados. O risco em jovens adultos (antes dos 60) é baixo, mas o número vem aumentando. Isso se dá principalmente pelo aumento da prevalência de fatores de risco vasculares, diabetes, obesidade, abuso de álcool, tabagismo e uso de drogas ilícitas.

 

O AVC infantil pode ser causado por muitos problemas: cardiopatia, anemia falciforme, e, por exemplo, o vírus da catapora. Por isso é tão difícil identificar a causa. É importante ficar atento a qualquer sinal, mesmo que pareça simples demais, como uma pálpebra caída, uma movimentação acelerada dos olhos, um braço ou uma perna que não se mexe como do outro lado.

 

Em caso de crianças maiores é preciso ficar alerta caso elas tenham dificuldade para sentar ou permanecer com a cabeça equilibrada no pescoço, dores de cabeça, uma das pernas arrastadas ao caminhar. Perceber esses sinais e identificar cedo o AVC faz a diferença na vida da criança.

 

Mostramos no programa desta terça-feira um aplicativo que ajuda a medir o risco de AVC. O nome do aplicativo é Riscômetro.

 

Sinais de alerta

Você sabia que 90% das pessoas que sofreram um acidente vascular cerebral poderiam não ter passado por isso? Foi o que comprovou um estudo com quase 27 mil pacientes que tiveram AVC em 32 países.

 

Os pesquisadores observaram os dez fatores de risco dessas pessoas:

 

   Controlar a hipertensão

   Diabetes

   Gordura no sangue

   Cuidar do coração

   Sair do sedentarismo

   Parar de fumar

   Controlar o álcool

   Estresse

   Melhorar a alimentação

   Tamanho da barriga

 

G1

neymarO atacante Neymar sofreu uma fissura no quinto metatarso, um osso localizado na lateral do pé entre o dedinho e o calcanhar.

 

Embora essa fratura tenha potencial de se consolidar naturalmente, como qualquer outra, a cirurgia com uso de parafuso é indicada para a mais rápida consolidação do osso, de acordo com o ortopedista Arnaldo Hernandez, do núcleo de Medicina do Exercício e do Esporte do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. “Se a fissura não for fixada com parafuso, ela não se estabiliza”, afirma.

 

A função do quinto metatarso é dar sustentação à estrutura do corpo, além de ser uma área de apoio para o pé. “Todo o peso do corpo está nesta parte de fora do pé. É a região que recebemos carga do peso corporal”, explica.

 

Esse osso ainda faz a ligação do tendão do músculo tibular curto. Esse músculo, que está localizado do lado de fora da perna, passa por trás do tornozelo e se liga ao quinto metatarsiano, tem grande importância para os jogadores de futebol, segundo o especialista. “O jogador usa muito para conduzir a bola”, diz. “Essa fratura normalmente está associada ao esforço repetitivo”, completa.

 

A cirurgia, considerada de pequeno porte, dura em média um hora e é realizada com ajuda de um aparelho de intensificador de imagem, espécie de raio-x que envia imagens ampliadas em tempo real para os cirurgiões, e consiste em passar um parafuso por dentro do osso para dar estabilidade ao osso enquanto ele se consolida.

 

De acordo com Hernandez, a recuperação se dá entre quatro e seis semanas. “O parafuso fica dentro do corpo para o resto da vida”. Ele explica que os riscos dessa cirurgia são os mesmo de qualquer operação como risco de infecção, dor no local do parafuso. Hernandez ressalta que, após a cirurgia, é importante ter cuidado em não torcer o tornozelo.

 

r7

Foto: Reuters

virusO vírus tido como mais agressivo da dengue, o sorotipo 2, está circulando com mais frequência no país e dados até agora indicam que ele ultrapassou o sorotipo 1, considerado menos agressivo.

 

Desde 2009, o sorotipo 1 é o que mais circula no Brasil.

 

Segundo o Ministério da Saúde, dados apontam que o sorotipo 2 respondeu a 54,3% das infecções em 2017; contra 40,1% dos contágios com o sorotipo 1.

 

"Os resultados das amostras conclusivas mostram uma predominância do DENV2, sobre os outros sorotipos, especialmente o DENV1, que foi dominante desde 2009" , afirmou o ministério, no boletim.

 

   “É uma tendência que já vinha sendo observada. A gente já imaginava, principalmente no centro-oeste”, diz Isabela Ballalai, infectologista e presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

 

Confira a circulação em 2017 com base em 1453 amostras:

 

   DENV 1 - 40,1%

   DENV 2 - 54,3%

   DENV 3 - 4,3%

   DENV 4 - 1,3%)

 

O Ministério da Saúde diz, no entanto, que são necessárias mais amostras para confirmar certamente se ouve uma inversão na frequência da circulação dos sorotipos.

 

Uma das questões é que não há informações sobre os sorotipos circulantes nos estados de Roraima, Amapá, Maranhão, Rio Grande do Norte e Paraíba.

 

O que é certo, no entanto, é que a circulação do sorotipo 2 avança no território.

 

O dado anterior sobre diferentes sorotipos da dengue foi publicado em julho de 2016 (semana epidemiológica 27); nele, o Ministério da Saúde informava sobre a predominância do sorotipo 1 da dengue, com 89,7% das infecções.

 

No mesmo período, o sorotipo 2 correspondia a 6% das infecções.

 

O sorotipo 2

 

Historicamente, a chegada do sorotipo 2 tem sido associado a mais casos de dengue hemorrágica. No boletim atual do Ministério da Saúde, não há uma diferenciação para essa forma de dengue especificamente.

 

Em estudo publicado na revista do Instituto de Estudos Avançados da USP em 2008, pesquisadores citam que a entrada do DENV-2 no inicío dos anos 1990 trouxe os primeiros diagnósticos da febre hemorrágica.

 

Em um outro estudo publicado na PLOs em 2013, pesquisadores brasileiros associaram a circulação do sorotipo a um maior número de surtos e de manifestações graves da doença quando comparado aos outros três sorotipos da dengue.

 

A pesquisa também mostrou que o vírus possui maior variabilidade genética, o que pode a chegada de novos surtos.

 

Gravidade dos sorotipos

 

Segundo a pasta, os quatro sorotipos da dengue (1,2,3 e 4) estão circulando no país e todos podem provocar formas brandas e graves da doença.

 

A questão com os sorotipos 2 e 3, no entanto, é que eles costumam ser mais agressivos e foram associados ao aumento no número de casos de dengues graves -- como a hemorrágica.

 

A infecção por dengue tem sintomas variados e diferentes níveis de gravidade: pode causar desde uma infecção indetectável até quadros de hemorragia e choque, com evolução para óbito.

 

Na dengue clássica, a primeira manifestação é febre alta, seguida de cefaléia, prostração e dores nas articulações. Há dor abdominal generalizada, principalmente nas crianças. A doença tem uma duração de 5 a 7 dias.

 

Já na hemorrágica, os sintomas iniciais são semelhantes aos da clássica, mas evoluem rapidamente para sintomas de insuficiência circulatória. Nessa forma, há a possibilidade de choque por dengue, quando a pressão arterial é tão baixa que leva, no limite, à falência múltipla de órgãos.

 

Possível aumento nos casos

Uma outra questão com a circulação do DENV 2 é que a maioria da população não está imunizada especificamente para esse sorotipo -- o que pode levar a um aumento no número de infecções.

 

   "Quando vemos essa mudança, a gente já se preocupa com um possível aumento nos casos. Em 2017, tivemos uma queda. A tendência agora pode ser de aumento", diz Ballalai.

 

A infectologista também aponta para o aumento de casos mais graves, por ocasião de segundas infecções.

 

“O vírus da dengue pode deflagrar casos mais graves em uma segunda infecção, não é como em outras doenças", explica Ballalai.

 

G1

Passamos o dia inteiro olhando para telas: do celular, do computador - pessoal e do trabalho -, da TV, do tablet, do GPS, do caixa eletrônico.

 

E é cada vez mais difícil calcular (e limitar) o tempo dedicado a essas telas.

 

A intromissão das redes sociais nas nossas vidas tampouco ajuda. Passamos horas por dia checando nosso Facebook, Instagram e outras plataformas. Utilizamos o WhatsApp de maneira constante.

 

"As preocupações sobre o dano produzido por passar tempo demais diante da tela - sobretudo usando as redes sociais - aumentaram", diz Amy Orben, que investiga os efeitos das redes sociais nas relações humanas na Universidade de Oxford, no Reino Unido.

 

Mas quanto tempo é muito tempo?

 

Julgamento pessoal

 

"Estabelecer uma quantidade saudável de tempo diante da tela não é uma tarefa fácil", afirma Orben.

 

"Há experiências negativas, mas isso não significa que o uso da tecnologia, em termos gerais, seja prejudicial. É complicado afirmar sobre como ela afeta as diferentes pessoas."

 

Para a doutora em psicologia experimental, definir uma quantidade correta de tempo para telas e redes sociais depende do "julgamento pessoal" de cada um.

 

Um estudo que Orben e outros pesquisadores da Universidade de Oxford fizeram para a Unicef (o órgão das Nações Unidas para a infância) em 2017, em que examinaram 120 mil jovens de 15 anos do Reino Unido, verificou que o aumento do número de horas em frente à tela usando redes sociais e outras ferramentas estava vinculado a uma melhora do bem-estar, "possivelmente porque reforçam as amizades".

 

"As tecnologias digitais parecem ser benéficas para as relações sociais do jovens, embora o impacto nos níveis de atividade física seja inconclusivo."

 

Substituir atividades vitais pela tela tampouco é bom, assegura ela. Mas não há uma norma definida sobre um limite.

 

A psicóloga afirma que o tempo frente à tela pode ser comparado à ingestão de açúcar. "Em geral, a gente concorda que açúcar demais é ruim para a saúde. Mas o efeito depende de outros fatores, como o tipo de açúcar e a pessoa. O mesmo se aplica às redes sociais."

 

"Por enquanto, temos que confiar nos nossos próprios critérios para decidir quanto tempo dedicamos às redes sociais."

 

A regra do 20-20-20

Professor de oftalmologia do Weill Cornell Medical College de Nova York, Christopher Starr diz que o tempo excessivo em frente à tela afeta nossos olhos.

 

"Alguns de nós passamos até nove horas por dia usando dispositivos com telas. Pode ser muito esgotante", escreveu no blog da empresa especializada em "desintoxicação digital" Time To Log Off ("hora de se desconectar"), sediada em Londres.

 

"Imagina estar em uma academia e segurar um peso durante todo o tempo. Seu bíceps estaria extremamente dolorido nove horas depois. O mesmo acontece com seus olhos. Temos que descansar para aliviar esses músculos."

 

Para isso, Starr sugere seguir uma regra chamada 20-20-20.

 

"Para cada 20 minutos diante de um computador ou dispositivo móvel, temos que olhar em direção a um objeto que esteja a 20 pés (seis metros) de distância durante 20 segundos ou mais. E assim os músculos dos olhos relaxam."

 

Outros especialistas, como os da Associação Canadense de Oftalmologia, também recomendam essa técnica.

 

A oftalmologista Breth Lenox explica no site da organização que a 20-20-20 é "uma regra de ouro".

 

Além de afetar os olhos, passar tempo demais em frente à tela pode atingir outras áreas do corpo, como o pescoço e as costas.

 

Entre meia hora e uma hora por dia

 

A psicóloga americana Jean Twenge, da Universidade Estadual de San Diego, na Califórnia, recomenda reduzir o tempo de uso desses dispositivos - sobretudo no caso das crianças.

 

Twenge é a autora principal de um estudo que foi publicado em 2017 na revista científica Clinical Psychological Science, da Associação para o Avanço da Ciência Psicológica (APS, na sigla em inglês).

 

O estudo vincula o aumento do suicídio entre jovens com o tempo que passam usando tecnologias digitais.

 

"Entre meia hora e uma hora por dia. Esse parece ser o tempo usando dispositivos eletrônicos adequado para a saúde mental dos jovens", diz a especialista.

 

Segundo seu estudo, os adolescentes nos Estados Unidos passam cinco horas ou mais por dia em frente a seus aparelhos e têm 71% mais probabilidade de ter um fator de risco para o suicídio.

 

E isso independentemente do conteúdo que consomem, assegura. Quanto maior o número de horas, maiores as possibilidades de sofrer de depressão.

 

"É uma quantidade de tempo excessiva. Duas horas por dia implica um risco ligeiramente elevado. E com três horas por dia ou mais há um aumento pronunciado entre quem tem ao menos um fator de risco de suicídio."

 

A norma das duas horas ao dia é o que recomenda também a Academia Americana de Pediatria (AAP, na sigla em inglês) e o Instituto Nacional de Saúde dos EUA, e não se aplica a crianças menores de dois anos.

 

A medida beneficiaria também os adultos. Twenge recomenda deixar o celular de lado depois dessas duas horas "e passar o resto do tempo fazendo coisas mais benéficas para sua saúde mental e felicidade, como dormir, ficar com amigos e familiares, sair na rua e praticar esportes".

 

BBCBrasil