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maismedicosNa tarde desta quarta-feira, 27, chegam ao Piauí, os 34 médicos intercambistas individuais, brasileiros formados do exterior, para assumir vagas do programa Mais Médicos em 23 municípios piauienses. As vagas eram preenchidas anteriormente pelos cooperados cubanos.

Oito profissionais que atuarão na região centro e norte chegam às 14h30 no aeroporto Senador Petrônio Portela, em Teresina. Os demais que atuarão na região sul chegam por outros aeroportos para facilitar o deslocamento. Ainda nesta quarta, todos os médicos seguem para os municípios e devem assumir os postos até sexta-feira (29).

Os profissionais passaram por capacitação no Ministério da Saúde sobre as políticas de atenção básica e Sistema Único de Saúde. Atualmente, o Piauí conta com 132 municípios inseridos no programa Mais Médicos.

Municípios e número de vagas

Avelino Lopes – 3

Anisio de Abreu – 1

Baixa Grande do Ribeiro – 3

Barreiras do Piauí – 2

Conceição do Canindé – 1

Canavieira – 1

Corrente – 3

Gilbués – 2

Guaribas – 2

Jacobina do Piauí – 1

Júlio Borges – 2

Monte Alegre – 1

Morro Cabeça do Tempo – 2

Parnaguá – 1

Ribeiro Gonçalves – 1

Redenção do Gurgueia – 1

Riacho Frio – 1

Santa Filomena – 2

São Francisco de Assis do Piauí – 1

São Gonçalo do Gurgueia – 1

Sebastião Barros – 1

Tamboril do Piauí – 1

Uruçuí – 1

 

meionorte

Foto: divulgação

Pesquisas internacionais são muito ricas e uma recente nos impressionou pelo tema. O estudo avaliou pessoas com problemas crônicos de saúde e com graus variados de depressão, que melhoraram seu humor ao praticar exercícios físicos aeróbicos. Nessa publicação no British Journal of Sports Medicine, de fevereiro de 2019 e liderada pelo Dr. Simon Bacon, da Universidade Concordia, em Montreal, Canadá, foram analisadas detalhadamente 24 pesquisas que somaram um total de 4.111 pacientes com doenças crônicas e claros sintomas de depressão.

Os pesquisadores concluíram que os pacientes com problemas médicos há muito tempo, têm duas a três vezes mais risco de desenvolver depressão psicológica do que a população geral sem doenças crônicas. A depressão, nesses pacientes com doenças crônicas, aumenta o risco de morte, aliás, como todos nós sempre ouvimos como “dito popular”. Pacientes que se exercitaram pelo menos duas a três vezes por semana eram mais propensos a ver uma redução nos sintomas de depressão do que as pessoas que não fizeram exercícios aeróbicos. Houve um efeito mais pronunciado quando as pessoas se exercitaram de quatro a cinco vezes por semana.

As atuais diretrizes sobre atividade física recomenda 150 a 300 minutos por semana (ao redor de uma hora por dia) de exercícios aeróbicos de intensidade moderada, para evitar ganho de peso ou para obter uma modesta perda de peso. Os sintomas de depressão diminuíram em uma quantidade semelhante, independentemente das pessoas terem cumprido as diretrizes de atividade de pelo menos 150 minutos por semana. Os programas de exercícios duraram de 4 a 24 semanas e metade deles tinham pelo menos 12 semanas de duração.

Metade dos programas de treino também envolveu pelo menos três sessões por semana. Cada treino durou em média 42 minutos, embora as sessões tenham variado de 20 a 80 minutos. Alguns estudos incluíram apenas exercícios supervisionados em academias, enquanto outros começaram com essa abordagem e, em seguida, fizeram a transição dos pacientes para os exercícios em casa.

Os pesquisadores não conseguiam determinar se algum programa de treinamento específico poderia ser ideal para pacientes com base em seus problemas médicos específicos. Ainda assim, os resultados somam evidências que sugerem que o exercício pode melhorar a saúde mental e minimizar o risco de desenvolver problemas psiquiátricos. O exercício por 30 a 60 minutos, 03 a 04 vezes por semana é a meta, mas as pessoas também se beneficiam de programas de exercícios mais leves, que podem ser mais curtos ou de menor intensidade.

Se as pessoas por alguma razão específica não são capazes de se exercitar na forma aeróbica como caminhar ou correr ou nadar, ainda existem muitas maneiras de ajudar sua saúde mental, combatendo a terrível depressão. Podem-se usar outras opções, como sessões de terapia com um profissional psicólogo ou sessões e utilização de medicamentos com um médico psiquiatra, que pode prescrever medicamentos que podem ajudar a reduzir os sintomas que deterioram a qualidade de vida.

 

Eu atleta

alimentoA obesidade é um problema de saúde pública que vem aumentando em todo o mundo. Entre as causas da doença estão fatores, como genética, doenças endócrinas, excesso de alimentação, falta de atividade física e problemas para dormir. Outra possível causa para o excesso de peso é o horário das refeições, especialmente as realizadas à noite, indica estudo preliminar apresentado neste fim de semana durante a ENDO 2019, uma conferência médica realizada nos Estados Unidos. De acordo com os pesquisadores, indivíduos que jantam tarde têm maior risco de apresentar níveis mais altos de gordura corporal e, consequentemente, maior índice de massa corporal (IMC) – fator de risco para a obesidade.

Especialistas explicam que durante a noite o gasto de energia é menor e, portanto, grande parte das calorias ingeridas não é queimada, o que leva a seu armazenamento em forma de gordura. Por causa disso, recomenda-se que as refeições mais calóricas sejam feitas pela manhã e/ou pela tarde. “Quando você ingere mais calorias alimentares no início do dia, elas podem ser mais usadas para energia e menos armazenadas como gordura”, explicou Lona Sandon, da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, em comunicado. Vale lembrar que a recomendação diária para ingestão de calorias é de 2.000, que devem ser distribuídas ao longo do dia.

Estudos anteriores já haviam feito associação similar, destacando que a ingestão alimentar feita após as 20 horas pode aumentar a probabilidade de desenvolver obesidade.

O estudo

Para chegar a esse resultado, a equipe da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, recrutou 31 pessoas (90% mulheres, com idade média de 36 anos) que estavam acima do peso ou obesas. Para avaliar o máximo de variáveis capazes de interferir nas descobertas, os pesquisadores recolheram informações sobre o sono, os níveis de atividade e a dieta dos participantes. Além disso, cada um dos voluntários recebeu equipamentos para monitorar o ciclo de sono e o tempo gasto em atividades físicas ou sedentárias. A ingestão alimentar foi monitorada através de um aplicativo de telefone que permitia aos participantes fotografar as refeições, o que ajudava a registrar os horários da alimentação. Os níveis de glicose no sangue também foram acompanhados.

Os dados coletados mostraram que os participantes se alimentaram ao longo de onze horas (do acordar ao dormir), sendo a última refeição realizada por volta das 20 horas da noite. A partir dessas informações, os pesquisadores perceberam que aqueles que comiam no final do dia tinham IMC mais alto, assim como maiores níveis de gordura corporal. “Comer no fim do dia, mais à noite, parece estar ligado ao armazenamento de mais gordura corporal devido a diferenças hormonais a esta hora do dia”, explicou Lona.

A equipe ainda descobriu que esses indivíduos tinham um média de sono de 7 horas por noite – o que pode descartar a ideia de que a falta de sono interfere no risco de apresentar excesso de peso (pelo menos nesses voluntários). Apesar dos resultados, os cientistas ressaltam que os achados são preliminares e, portanto, será necessário dar continuidade às investigações para entender os mecanismos que ligam o horário da refeição ao aumento do risco de obesidade.

Obesidade no Brasil

Dados de 2018 do Ministério da Saúde indicam que 18,9% da população acima de 18 anos nas capitais brasileiras é obesa. O porcentual é 60,2% maior do que o obtido na primeira vez que o trabalho foi realizado, em 2006, quando essa parcela era de 11,8%. Esses números preocupam, já que um estudo do ano passado publicado no periódico Cancer Epidemmiology indicou que o Brasil terá 640.000 casos de câncer em 2025 – e quase 30.000 deles vão estar associados à obesidade.

Para esses pesquisadores, o aumento da obesidade está associado à industrialização e ao alto consumo de alimentos processados. “A industrialização de sistemas alimentares mudou profundamente as culturas alimentares tradicionais, que eram geralmente compostas de alimentos frescos e minimamente processados”, escreveram no relatório. A sugestão para solucionar a questão, de acordo com eles, é adotar intervenções e políticas de saúde pública capazes de reduzir o problema a nível populacional.

Além disso, as novas descobertas apontam para outra possível solução: antecipar o horário do jantar e evitar ingerir muitas calorias antes de dormir.

 

vejasaude

Thinkstock/VEJA

antibioticoHá cerca de dez dias, o jornal americano “The New York Times” publicou reportagem a respeito de mais uma ameaça que ronda os idosos: o consumo excessivo de antibióticos. Além de estarem sendo prescritos sem necessidade, seus efeitos colaterais podem ser especialmente perigosos para os mais velhos. Isso acontece, por exemplo, com as fluoroquinolonas, que causam danos às articulações.

Nos Estados Unidos, pacientes acima dos 65 anos que não estão hospitalizados representam o grupo etário que mais recebe antibióticos. Num artigo publicado no “Journal of the American Geriatrics Society”, pesquisadores mostraram que, em 2014, quase 52 milhões de receitas desses medicamentos foram destinadas a idosos – a proporção é de uma cada indivíduo. O levantamento não incluía hospitais e instituições de longa permanência, portanto os números são ainda maiores.

A Sociedade Norte-Americana para Doenças Infecciosas alerta também para o uso desnecessário de antibióticos em pacientes com um quadro denominado bacteriúria assintomática: exames detectam a presença de bactérias no sangue, mas não há sintomas de infecção. A orientação foi publicada na revista acadêmica “Clinical Infectious Diseases". O uso excessivo de antibióticos faz com que as bactérias se tornem resistentes, exigindo que os médicos lancem mão de drogas ainda mais potentes e tóxicas. Nos EUA, todo ano dois milhões de pessoas se tornam vítimas de infecções por superbactérias; 23 mil morrem. Não é só isso: a interação de antibióticos com outros tipos de medicamentos, como anticoagulantes, estatinas ou remédios para o coração e os rins, é potencialmente arriscada. Ainda de acordo com a reportagem do “The New York Times”, com frequência os médicos os prescrevem para resfriados, sinusites e bronquites que, em boa parte dos casos, têm origem viral.

Um outro dado levantado nos EUA tem seu espelho brasileiro. Lá, o FDA (Food and Drug Administration), órgão equivalente à Anvisa, estima que 80% dos adultos consomem suplementos vitamínicos, muitos acreditando que assim poderão se proteger da Doença de Alzheimer e de outros tipos de demências – às vezes sem qualquer supervisão médica. Essa é uma indústria que movimenta 40 bilhões de dólares por ano no país, vendendo cerca de 80 mil produtos. Em fevereiro, o FDA notificou 17 empresas, exigindo que parassem de apregoar que seus pós e pílulas poderiam prevenir ou curar enfermidades. A maioria desses suplementos era vendida através de sites e redes sociais, sem ter sido examinada pela entidade.

 

G1

Foto: By Henry Bellagnome from Troy