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obesidadCom participação da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), um estudo analisou as ações de prevenção e controle da obesidade infantil, especialmente as de Promoção da Alimentação Adequada e Saudável (PAAS), que integram políticas do governo federal brasileiro nos últimos 15 anos. Destacam-se as disputas entre os interesses das corporações comerciais de alimentos processados e do agronegócio e os setores governamentais e societários norteados pelos objetivos de PAAS.

O estudo Políticas de Saúde e de Segurança Alimentar e Nutricional: desafios para o controle da obesidade infantil, de Patrícia Henriques, Patricia Camacho Dias, Roseane Moreira Sampaio Barbosa e Luciene Burlandy, da Universidade Federal Fluminense (UFF); e Gisele O’Dwyer, da Ensp/Fiocruz, diz que no Brasil o excesso de peso e a obesidade vêm sendo registrados a partir dos cinco anos de idade, em todos os grupos de renda e regiões, sendo mais prevalentes na área urbana do que na rural. “A infância é uma fase particularmente preocupante porque, para além das doenças associadas com a obesidade, o risco aumenta na idade adulta gerando consequências econômicas e de saúde, para o indivíduo e para a sociedade. Além disso, o estigma e a depressão podem prejudicar o desenvolvimento da criança, especialmente nas atividades escolares e de lazer”.

Conforme relata o artigo, há um consenso de que a obesidade é condicionada por fatores biológicos, ambientais, socioeconômicos, psicossociais e culturais. Entretanto, a sua ocorrência vem sendo predominantemente atribuída a um ambiente que promove ingestão excessiva de alimentos processados e ultraprocessados e desestimula a atividade física. “Estudos apontam que os principais condicionantes da obesidade em crianças são a ingestão de produtos pobres em nutrientes e com conteúdo elevado em açúcar e gorduras, a ingestão regular de bebidas açucaradas e atividade física insuficiente”.

Os autores do artigo expõem que a organização da Atenção Nutricional no Sistema Único de Saúde (SUS) é uma diretriz central da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) que prevê que os cuidados relativos à alimentação e nutrição (promoção da saúde, prevenção, diagnóstico e tratamento de agravos) devem fazer parte do cuidado integral na Rede de Atenção à Saúde (RAS). Nessa perspectiva, afirmam eles, sobressai a Linha de Cuidado para o Tratamento do Sobrepeso e da Obesidade, que define as ações que devem ser desenvolvidas nos diferentes pontos da RAS, inclusive as de PAAS, planejadas com base no conhecimento do cenário epidemiológico e nutricional da população.

Para isso, observa o artigo, a Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) assume papel relevante no monitoramento e análise dos problemas nutricionais, subsidiando o planejamento da atenção nutricional no SUS. “A PAAS também é uma das diretrizes da PNAN que, segundo os termos da própria política, fundamenta-se nas ações de incentivo, apoio, proteção e promoção da saúde, planejadas de forma integrada no âmbito da RAS. Essas ações incluem a reorientação dos serviços, a construção de ambientes promotores de saúde, a educação alimentar e nutricional (EAN) o controle e a regulação de alimentos”.

A Política Nacional da Atenção Básica prevê a reorganização dos serviços com vistas a ampliar a equidade e a qualidade da atenção à saúde e, desse modo, propiciar ambientes que favoreçam a prevenção, a promoção e o cuidado integral em saúde. Nessa perspectiva destacam-se: a Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil que visa promover o aleitamento materno e a introdução complementar de alimentos de forma adequada e saudável e o Programa Saúde na Escola (PSE). A promoção e a atenção à saúde do escolar integram tanto a PNAN, quanto a PNPS, e o PSE se propõe a articular a atenção básica em saúde com a escola, possibilitando ações de PAAS e o monitoramento do estado nutricional.

De acordo com o artigo, as ações de EAN integram todas as políticas analisadas e abarcam a produção de instrumentos e materiais educativos que fomentem escolhas alimentares mais saudáveis, e processos educativos desenvolvidos nas redes de educação e saúde e outros espaços públicos. Visando valorizar e qualificar esse conjunto de ações, o governo federal publicou o Marco de Referência de EAN para as políticas públicas.

Os guias alimentares destinados a crianças menores de dois anos e a população brasileira apresentam princípios para alimentação saudável, dentre eles o respeito à cultura alimentar local. Na perspectiva de complementariedade e diálogo entre os materiais produzidos, o livro Alimentos regionais brasileiros divulga a variedade de frutas, hortaliças e leguminosas, ressalta a diversidade cultural e valoriza os alimentos existentes no país. “O guia alimentar inova ao basear-se em uma classificação de alimentos que evidencia as relações entre o crescente consumo de alimentos processados e ultraprocessados e a obesidade. Além disso, aborda a alimentação na perspectiva da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN)”.

Os pesquisadores ressaltam que a regulação da publicidade e comercialização de alimentos, especialmente para o público infantil, vem sendo objeto de políticas governamentais desde 2006, com elevado grau de conflito com o setor privado comercial, e obteve avanço significativo apenas na proteção aos lactentes e crianças de primeira infância. “Desde 2007 foram estabelecidos acordos voluntários entre o MS e a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentos para melhoria da composição de produtos industrializados,  especialmente aqueles preferidos pelo público infanto-juvenil, com redução gradativa dos teores de açúcares livres, sódio e gorduras trans, mas os acordos para redução de açúcares ainda não foram definidos”.

Eles também enfatizam a regulamentação da rotulagem nutricional para garantir o acesso à informação ao consumidor e inibir a publicidade no rótulo. “Esse tipo de regulação tem avançado no país, contudo ainda existem desafios quanto à qualidade das informações veiculadas e o seu potencial informativo”.

 

Agência Fiocruz

Peste bubônica: também chamada de peste negra, trata-se da mesma doença que dizimou um terço da população europeia na Idade Média. De acordo com o infectologista Carlos Fortaleza, da diretoria da Sociedade Brasileira de Infectologia e professor da Faculdade de Medicina da Unesp, hoje não há a probabilidade de epidemia dessa doença porque já existem antibióticos para tratamento. É causada por uma bactéria transmitida pela pulga do rato. A doença se manifesta como antigamente: afeta o sistema linfático, causando inflamação e necrose dos glânglios, que soltam pus pela pele. Se não tratada, mata em duas semanas.


Tracoma: relatada na Antiguidade, ainda é uma das causas de cegueira no mundo, principalmente em países pobres. Segundo o infectologista, a doença nunca deixou de existir, sendo negligenciada. Hoje conta com tratamento simples à base de antibiótico. É causada por uma bactéria e transmitida pelo contato. Está relacionada a condições de higiene.


Tuberculose: o infectologista afirma que, embora tenha vestígios da doença até em múmias do Egito, ela só teve relevância durante a Revolução Industrial no final do século 18. “Foi quando as pessoas passaram a morar de forma aglomerada. Os cortiços facilitaram a transmissão da tuberculose, que é transmitida pelo ar. Seu maior impacto foi no século seguinte. Hoje o tratamento é simples à base de antibiótico, mas ainda é muito disseminada em grupos aglomerados, como presídios.


Malária: descrita por Hipócrates, o pai da medicina, na Antiguidade. Foi desaparecendo da Europa junto com as florestas, segundo o professor. No Brasil, houve diminuição de casos nos últimos 30 anos graças a diagnóstico e tratamento adequados. No continente africano, ainda predomina a malária grave, que corresponde a menos de 10% das contraídas no Brasil.

 
Varíola: essa doença causou várias epidemias ao longo da história, mas não existe mais desde 1977, quando foi relatado o último caso na Somália. No Brasil, a epidemia mais emblemática ocorreu no final do século 19 no Ceará. Havia local para confinar os doentes que se chamava “campo de concentração”, segundo o professor. A varíola é antiga – primeiro caso foi relatado em múmia do Egito. Quando não matava, a doença desfigurava. Ela gerou a primeira vacina da história. “A doença está erradicada, mas o vírus está armazenado nos Estados Unidos, Reino Unido e Rússia e há o temor de bioterrorismo”, afirma o infectologista.


Hanseníase: tem mais de 2 mil anos. Há cerca de 50 anos ainda havia um desconhecimento total sobre a doença, a antiga lepra. Não se sabia o que causava e como tratá-la e a única alternativa era o isolamento. Hoje o Brasil é o segundo país no mundo com a maior incidência, ficando atrás da Índia. É uma doença infecciosa causada por uma micobactéria considerada “prima” da tuberculose. Hoje seu tratamento é simples, com antibiótico, e tem cura.


Cólera: registrada pela primeira vez na Antiguidade, teve sua origem na Índia. É causada por uma bactéria e transmitida por meio da água. Provoca uma diarreia aquosa que faz com que, em poucas horas, a pessoa perca toda água do corpo e morra. Responsável por grandes epidemias na Idade Média e Idade Moderna, segundo o professor. No Brasil, a maior ocorreu em 1993 no Norte e Nordeste. Ainda pode acometer um grande número de pessoas, embora haja tratamento para combatê-la, segundo o infectologista.


Febre tifoide: causada por bactéria por meio da alimentação. Está diminuindo à medida em que as condições sanitárias melhoram no mundo. Dispõe de tratamento à base de antibiótico bastante eficaz, segundo o infectologista. Há relatos da doença desde a Antiguidade, mas foi descrita somente no final do século 19. Ainda faz vítimas, mas seu índice de mortalidade é baixo.

 

R7

açucarUma dieta com baixo consumo de açúcares diminuiria a quantidade de gordura no fígado, tornado a mudança na alimentação um tratamento a ser considerado para o problema, segundo um estudo publicado no revista científica JAMA (Journal of the American Medical Association).

O estudo, liderado por persquisadores do departamento de gastroenterologia, hepatologia e nutrição da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, avaliou 40 meninos adolescentes entre 11 e 16 anos com doença hepática gordurosa não alcoólica durante oito semanas.


Os participantes foram divididos igualmente entre dois grupos, sendo um deles com intervenções na dieta, com planejamento de cardápio e fornecimento de refeições para toda a família, de maneira a restringir o consumo de açúcar para menos de 3% das calorias diárias durante o tempo de avaliação.

O outro grupo seguiu com a alimentação habitual e sem intervenções dos pesquisadores.


Ao final do acompanhamento dos adolescentes, os pesquisadores constataram que o grupo com restrição de açúcar na dieta apresentou redução 17% a 25% da gordura no fígado, enquanto o grupo sem alterações na alimentação reduziu o problema em cerca de 20%.

Além da redução da gordura, o grupo com mudanças na dieta apresentou também um melhor resultado na redução no nível da enzima alanina aminotransferase, que identifica lesões no fígado.


Embora os resultados sejam promissores, os pesquisadores ressaltam em seu artigo que são necessários mais estudos para avaliar os resultados da mudança na dieta em pacientes com gordura no fígado à longo prazo.

 

R7

Foto: Pixabay

aedesO Aedes Aegypti causador da dengue, Zika e Chikungunya, é muito parecido com o pernilongo, mas possui características especificas que o difere de qualquer outro mosquito. Além das suas listras brancas e pretas, o mosquito tem alguns hábitos que ajudam identificá-lo.

O mosquito da dengue, além de silencioso:

Costuma picar durante o dia, especialmente nas primeiras horas da manhã ou fim da tarde;


Pica, principalmente, nas pernas, tornozelos ou pés e a sua picada, geralmente, não dói nem coça;


Tem voo rasteiro, com no máximo 1 metro de distância do solo.


​​Além disso, o Aedes é mais comum no verão, sendo recomendado utilizar repelentes, usar inseticida na casa ou colocar redes mosquiteiras nas portas e janelas. Uma forma natural de afastar o mosquito é acender velas de citronela dentro de casa.


O mosquito que transmite a dengue, Zika e Chikungunya também é o principal responsável pela transmissão da febre amarela, por isso, é importante combatê-lo, evitando o acúmulo de água parada em recipientes como copos, pneus, tampinhas de garrafa ou vasos de plantas.

Características do mosquito Aedes Aegypti
O mosquito possui as seguintes características:

Tamanho: entre 0,5 e 1 cm
Cor: possui cor preta e riscos brancos nas patas, cabeça e corpo;
Asas: possui 2 pares de asas translúcidas;
Patas: possui 3 pares de patas.
Esse mosquito não gosta de calor e, por isso, nos horários mais quentes do dia, ele encontra-se escondido à sombra ou dentro de casa. Apesar de geralmente picar durante o dia, este mosquito também pode picar durante à noite.

Ciclo de vida do Aedes Aegypti
O Aedes leva em média 3-10 dias para se desenvolver e vive aproximadamente 1 mês, e no total uma fêmea pode produzir 3000 ovos em todo seu ciclo reprodutivo. O ciclo de vida do Aedes começa na água parada onde passa de ovo, para larva, e depois pupa. A seguir, ele se transforma em mosquito e se torna terrestre, pronto para se reproduzir. As principais características de cada fase são:

Ovo: Pode permanecer até 8 meses inativos colado acima da linha da água, mesmo num local seco e no frio intenso, até encontrar as condições ideais para se transformar em larva: calor e estar coberto por água;


Larva: Vive na água, alimenta-se de protozoários, bactérias e fungos presentes na água e em apenas 5 dias vira pupa;
Pupa: Vive na água onde continua se desenvolvendo, e vira mosquito adulto em 2-3 dias;


Mosquito adulto: está pronto para voar e se reproduzir, mas para isso precisa se alimentar de sangue humano ou de animais, momento em que ocorre a contaminação das doenças.


Como combater o Aedes Aegypti
Uma nova proposta para combater o mosquito é deixar que as fêmeas coloquem seus ovos num recipiente com água limpa e quando as larvas começarem a se formar, a água seja eliminada.

Essa possibilidade ainda não tem sido recomendada, mas segundos os pesquisadores é uma ótima forma de eliminar os mosquitos porque as fêmeas morrem após colocar seus ovos e com estes sendo eliminados no momento certo, a população de Aedes Aegypti realmente diminuiria.


Para adotar este novo meio de combate ao mosquito da dengue e da Zika é aconselhado deixar um copo de água limpa num local estratégico, onde seja visto diariamente, como em cima de uma mesinha na varanda da casa, por exemplo.

O morador deve observar e trocar a água todos os dias. Sempre que houver larvas deve-se jogar um pouco de cloro ou água sanitária para matar as larvas, eliminando em seguida a água jogando-a no vaso sanitário e dando uma descarga. Após este procedimento, o copo deve ser lavado para que possa ser novamente utilizado.

Segundo os pesquisadores essa estratégia de combate ao mosquito da dengue e da Zika é mais eficaz que usar pulverizadores e o fumacê que podem prejudicar o ambiente.

Como evitar a água parada
Para combater o mosquito da dengue é importante evitar a existência de locais ou objetos, como tampas, pneus, vasos ou garrafas, que possam acumular água parada, facilitando o desenvolvimento do mosquito. Por isso é aconselhado:

Manter a caixa de água fechada com a tampa;
Limpar as calhas, removendo as folhas, galhos e outros objetos que possam impedir a passagem da água;
Não deixar acumular água da chuva sobre a laje;
Lavar semanalmente tanques utilizados para armazenar água com escova e sabão;
Manter os tonéis e barris de água bem tampados;
Encher os pratinhos dos vasos com areia;
Lavar 1 vez por semana os vasos com plantas aquáticas, usando escova e sabão;
Guardar as garrafas vazias de cabeça para baixo;
Entregar os pneus velhos no serviço de limpeza urbana ou guardá-los sem água e abrigados da chuva;
Colocar o lixo em sacos fechados e fechar bem a lixeira.
Uma outra forma de evitar o desenvolvimento do mosquito da dengue é colocar um larvicida natural em todos os pratos de plantas, misturando 2 colheres de borra de café em 250 ml de água e adicionar ao prato da planta, repetindo este procedimento todas as semanas. Veja o que deve fazer para prevenir esta doença em Saiba como é Feita a Transmissão da Dengue.

 

tua saude

Foto: divulgação