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Um novo estudo, realizado por pesquisadores da Indiana University, descobriu que mulheres e idosos que utilizam diversos medicamentos correm risco maior de sofrer com efeitos adversos resultantes da interação das diferentes substâncias presentes nos remédios. O mais interessante é que a análise, que durou 18 meses, foi conduzida no sistema de saúde brasileiro: mais especificamente, na cidade de Blumenau, no Sul do país.

De acordo com a pesquisa, as mulheres têm 60% mais riscos que os homens de sofrer uma reação adversa fruto dessa interação medicamentosa. No caso dos mais velhos, uma em cada quatro pessoas acima dos 55 anos ingere medicamentos que utilizam drogas que interagem entre si, podendo produzir efeitos colaterais importantes – entre os 70 e 79 anos, isso ocorre com um em cada três idosos.


Se o risco aumenta tanto, por que esses dois grupos recebem tantas prescrições? “Os resultados nos surpreenderam, são até chocantes, já que não se trata de um segredo que a combinação de muitas drogas deve ser evitada”, afirmou Luis Rocha, professor da Indiana University e principal responsável pelo estudo. “Nós já esperávamos um risco aumentado para os idosos, que usam um número maior de medicamentos, mas não tão alto”, completou.

As drogas mais comumente prescritas numa combinação potencialmente perigosa eram omeprazol (para diminuir a secreção gástrica, em casos de refluxo, por exemplo), fluoxetina (antidepressivo) e ibuprofeno (anti-inflamatório para o tratamento de dor). Os pesquisadores reconheceram que, no âmbito do sistema público de saúde, a falta de opções de remédios de última geração pode ser um fator extra para gerar efeitos indesejados. Náusea, tontura, perda de apetite e de peso, fraqueza muscular, depressão e delirium são alguns dos sintomas que não podem ser ignorados.

O problema não se restringe ao Brasil. Um em cada três hospitais nos EUA relata efeitos adversos em medicamentos. Em Ontário, no Canadá, foi estimado um custo de 12 milhões de dólares (quase 50 milhões de reais) por ano em incidentes dessa natureza. No Reino Unido, dois milhões de idosos tomam pelo menos sete remédios e a norma é incorporar novas drogas sem revisar as anteriores que já estavam sendo consumidas. A interação medicamentosa aumenta as chances de quedas, que podem ser fatais para os mais velhos.

 

G1

uteroA cirurgia de retirada do útero, chamada de histerectomia, aumenta o risco de ansiedade e depressão, de acordo com um estudo realizado pela Clínica Mayo, nos Estados Unidos, publicado no periódico médico Menopause.

A pesquisa mostrou que o risco de depressão aumenta 26% e, de ansiedade, 22% após a operação. O risco é ainda maior em mulheres mais jovens. Observou-se que abaixo dos 35 anos, a chance de depressão sobe para 47% e de ansiedade, para 45%.


Cerca de 4% a 6% das mulheres serão afetadas por um dos problemas. O motivo da cirurgia, que varia entre mioma, distúrbios menstruais e prolapso uterino, não interferiam no resultado. As cirurgias não estavam relacionadas ao câncer.

Para chegar a essas conclusões, foram analisados dados de 2.094 mulheres por cerca de 21 anos que retiraram o útero, preservando os ovários, em comparação a um número similar de mulheres, da mesma faixa etária, que não realizaram a operação.


O ginecologista André Luiz Malavasi, diretor da Sogesp (Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estados de São Paulo), explica que tanto a falta de hormônios gerada pela histerectomia quanto o que o útero representa para a mulher podem estar relacionados a esses resultados.

"A depressão é inerente à redução do estrógeno e o impacto de retirar o útero, que traz a fertilidade para a mulher, também pode levar ao problema", diz.

"O estudo traz à tona a questão, mas não diferencia se a depressão ou a ansiedade foram causadas pela falta de estrogênio ou pelo impacto da retirada do órgão reprodutor", completa.

Ele afirma que, embora os ovários sejam preservados, a retirada do útero interfere na produção de hormônios femininos, pelo impacto na vascularização dos ovários.

O ginecologista ressalta a diferença do efeito de uma cirurgia desse tipo no âmbito psicológico de mulheres mais jovens e mais velhas, levantado pelo estudo. "A histerectomia para uma mulher de 30 anos, que não tem filhos, tem uma conotação muito mais forte do que para uma mulher de 50 anos, para a qual o impacto é menos proeminente", finaliza.

 

R7

Foto: Pixabay

Será que existe uma hora pior (ou melhor) ao longo do dia para ficar doente? Para alguns cientistas, a resposta é sim.

Pesquisas sugerem que o ritmo circadiano — ciclo fisiológico de aproximadamente 24 horas que regula a atividade das células e tecidos, com base na nossa exposição à luz e à escuridão — pode influenciar nossa recuperação física de infecções e lesões.

De acordo com os cientistas, nas "horas ativas" do sistema imunológico, os anticorpos apresentam uma resposta melhor às infecções.

Queimaduras sofridas durante a noite, por exemplo, podem levar cerca de 11 dias a mais para cicatrizar do que as diurnas.

Descobertas como essa estão abrindo novas perspectivas para o tratamento de doenças.

Cientistas acreditam que uma compreensão melhor do ritmo circadiano pode permitir aos médicos administrar medicamentos e tratamentos nos pacientes nas horas do dia em que tendem a ser mais eficazes — e menos propensos a causar danos.

 

R7

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitou a 252 instituições de saúde do Brasil que enviem alertas sobre relatos de problemas relacionados ao uso de cigarros eletrônicos. Para a agência, esta ação deve reduzir os riscos de que aconteça no país o mesmo que nos Estados Unidos, onde pelo menos onze pessoas morreram por causa de doenças pulmonares severas relacionados a esse hábito.

"A ação tem como objetivo reunir informações para antecipar e prevenir uma crise de saúde como a que tem sido noticiada nos Estados Unidos, onde há casos de uma doença respiratória grave, levando a óbitos, associada ao uso desses dispositivos", disse a Anvisa em nota.

Os profissionais da saúde dos hospitais que integram a Rede Sentinela vão colher o relato de pacientes que apresentarem sintomas que possam estar ligados ao uso do dispositivo. Essas informações vão fazer parte de um diagnóstico nacional.

No Brasil, o uso do cigarro eletrônico não é proibido, mas a comercialização e a propaganda são. Por aqui, seu uso já é observado em várias cidades brasileiras. Em um parecer de 2017, a Anvisa informou que o cigarro eletrônico transmite uma falsa sensação de segurança ao fumante.

Diferença com cigarro comum
Os cigarros tradicionais funcionam por combustão. Já os eletrônicos, por vaporização, e aparecem também na forma de "canetas" com um líquido interno. Utilizam bateria para evaporar uma mistura geralmente feita com álcool, água, glicerina, propilenoglicol e essências.

Trata-se de uma espécie de dispositivo "vaporizador" de aromas, sabores e outros produtos químicos: álcool, glicerina e, na maioria deles, nicotina.

 

Mortes nos EUA
Autoridades de saúde pública dos EUA investigam 450 casos de doenças pulmonares relacionadas ao fumo de cigarros eletrônicos em 33 estados e um território norte-americanos.

Várias das doenças registradas podem ter relação com produtos contendo acetato de vitamina E, um óleo que pode ser perigoso se inalado. Entre esses componentes, estão derivados da cannabis.

A tendência nos EUA é banir o cigarro eletrônico com sabor.

 

jornal hoje