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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebe até a próxima segunda-feira (9) sugestões sobre as propostas de revisão das atuais normas brasileiras de rotulagem nutricional de alimentos. As duas consultas públicas tiveram início no dia 23 de setembro e terminariam no dia 7 de novembro, mas foram prorrogadas. Os comentários e sugestões podem ser enviadas por meio de formulário específico no portal da Anvisa.

As consultas públicas reúnem propostas de mudanças nas atuais regras de rotulagem dos produtos alimentícios para ajudar os consumidores na hora de escolher o que levar para casa e orientar produtores sobre novas normas.

“Um dos principais objetivos da revisão das atuais normas brasileiras para rotulagem é facilitar a compreensão das informações nutricionais pelo consumidor. Para isso, faz parte da proposta deixar mais visíveis e legíveis os dados nutricionais nos rótulos, o que permitirá fazer comparações entre produtos e reduzir situações que geram engano. A ideia é, ainda, ampliar a abrangência de informações nutricionais e aprimorar a precisão dos valores declarados pela indústria”, informa a Anvisa.

Após o término da consulta pública, a agência fará a análise das contribuições e debater as propostas com órgãos, entidades e todos os que tenham manifestado interesse no tema com o objetivo de fornecer mais subsídios para discussões técnicas e a deliberação final da Diretoria Colegiada.

Propostas
Entre outros itens, a Anvisa propõe que os fabricantes tornem mais legíveis os dados nutricionais de seus produtores, adotando um modelo de rótulo frontal para os alimentos com alto teor de açúcar adicionado, gordura saturada ou sódio – ingredientes associados a algumas das principais doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, doenças cardiovasculares e hipertensão.

A Anvisa vai estabelecer os limites a partir dos quais a presença destes ingredientes configurará “alto teor”. Pela proposta inicial, a mudança será feita em duas etapas, sendo o primeiro de 42 meses até a completa implementação da medida.

Para facilitar a visualização das informações, o fabricante deverá utilizar fontes (letras) maiores quando seu produto contiver alto teor destes ingredientes. O desenho de uma lupa chamando a atenção para tal informação deverá constar na parte frontal do produto, na metade superior.

Outra novidade incorporada à tabela nutricional é a declaração padronizada de informações nutricionais por 100 gramas (g) ou 100 mililitros (ml), em complementação à atual declaração por porções. A proposta prevê também a inclusão do número de porções por embalagem do produto. A ideia é facilitar para o consumidor a comparação entre os conteúdos, sem a necessidade de ficar fazendo cálculos. Hoje essas medidas permitem uma grande variação, o que dificulta o entendimento das informações.

Consultas
Mecanismo de participação social aberto aos interessados, a consulta pública permite que a população participe da discussão sobre futuros atos normativos ou temas de interesse social antes da tomada de decisões administrativas. Manifestações relevantes recebidas por escrito costumam ser levadas em consideração durante o debate em torno de temas que afetam o dia a dia dos cidadãos.

Atualmente, há 44 processos de consulta pública em aberto na Anvisa sobre diversos temas. Acesse aqui a relação de consultas públicas já instauradas pela agência.

 

Agência Brasil

Um aplicativo desenvolvido no Brasil promete mais agilidade no diagnóstico do câncer de pele, um dos tipos mais comuns no país, ao utilizar fotos tiradas com celular.

A ferramenta foi criada por desenvolvendores do Instituto de Informática da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e do IEEE (Instituto de Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas).

Por enquanto, existe apenas um protótipo que está sendo testado na universidade.

“A partir da imagem capturada, esse software detecta e analisa a lesão da pele levando em conta a regularidade das bordas, as cores e o tamanho", explica o professor e coordenador do projeto Jacob Scharcanski, membro do IEEE.

"Com essas características, ele diz se a lesão é potencialmente maligna ou não”, completa.
O câncer de pele não melanoma é o mais frequente no Brasil – corresponde a 30% de todos os tumores malignos –, com 165.580 casos novos em 2018 e tem alta taxa de cura.

Por sua vez, o melanoma é o mais grave pelo alto risco de apresentar metástase, mas corresponde a apenas 3% dos casos de câncer de pele. A estimativa foi de 6.260 novos casos em 2018. Os dados são do Inca (Instituto Nacional do Câncer).

Hoje, o diagnóstico de lesões de pele é feito com um aparelho especializado chamado dermatoscópio. Ele só pode ser usado por dermatologistas treinados.

Já o aplicativo poderá ser utilizado por outros profissionais de saúde, como o clínico geral. Não é necessário ter iluminação ou qualquer outro equipamento especial.

Essa facilidade vai tornar mais rápido todo o processo pelo qual um paciente com câncer de pele deve passar – desde o diagnóstico até o tratamento. “Com isso, a chance de a pessoa ser curada é muito maior”, afirma Scharcanski.

“O clínico vai encaminhar o paciente para o dermatologista já indicando que a lesão tem potencial para ser maligna. Então, numa fila de espera do SUS [Sistema Único de Saúde], a pessoa terá alta prioridade”, exemplifica.
Ainda não existe uma previsão para que a nova tecnologia chegue ao mercado, pois isso depende de investimentos do setor privado.

“É preciso que alguma empresa tenha interesse e faça o processo de certificação. Mas se isso acontecesse hoje, dentro de um ano o produto já estaria sendo comercializado”, diz o professor.

Ele ressalta que a nova tecnologia não substitui o dermatologista. “É um auxiliar. Apenas acelera a ida da pessoa ao dermatologista, que é essencial para fazer o diagnóstico do câncer de pele."

 

R7

 

tintacabeloUm estudo feito por pesquisadores norte-americanos e publicado nesta semana no Jornal Internacional de Câncer sugere que algumas mulheres que utilizam tinta de cabelo e alisadores químicos estão mais sujeitas a desenvolver câncer de mama.

Foi identificado que mulheres negras que usavam tinta permanente (formulações que contêm água oxigenada e amônia) regularmente tinham chance 60% maior de desenvolver câncer de mama do que mulheres negras que não faziam uso. Entre mulheres brancas, esse índice foi de 7%.

Além disso, os pesquisadores analisaram os alisadores de cabelo. Foi constatado um aumento de 30% do risco de tumor de mama entre as mulheres em geral. Entretanto, eles observaram que mulheres negras costumam usar esse tipo de produto com mais frequência.

A pesquisa durou cerca de oito anos e monitorou 46,7 mil mulheres, entre 35 e 74 anos, sem histórico de câncer de mama, mas que tinham uma irmã que havia tido tumor desse tipo. Foram identificados 2.794 casos de tumor mamário maligno nesse período.
Médicos ouvidos pelo jornal The New York Times disseram que o estudo não é conclusivo, embora recomendem uso moderado desses produtos.

A cientista Robin Dodson, do Silent Spring Institute em Newton, Massachusetts, identificou que alguns alisadores vendidos no mercado norte-americano contêm compostos que imitam o estrogênio, hormônio que alimenta alguns tipos de tumores de mama.

"A maioria dos produtos atualmente disponíveis no mercado não é testada adequadamente quanto à segurança e não é testada para substâncias químicas que causam desregulação endócrina", disse ao jornal.

A Sociedade Americana de Câncer observa que as tinturas permanentes — que modifica a cor do cabelo até que ele seja substituído por um novo — de tons mais escuros "têm mais alguns produtos químicos que podem causar câncer" e que "esses produtos são uma grande preocupação em potencial".

 

R7

Foto: Freepik

Pesquisadores ingleses criaram neurônios artificiais que podem ser implantados no cérebro para reparar os danos causados por doenças neurodegenerativas, como Alzheimer. De acordo com a equipe, as células eletrônicas – um tipo de chip de silício – é capaz de imitar as respostas dos neurônios biológicos quando ativadas pelo sistema nervoso.

Os pesquisadores ainda revelaram que o dispositivo pode ser capaz de reparar lesões na medula espinhal, onde a conexão neural foi totalmente cortada ou onde as células cerebrais morreram completamente. Outro possível uso para o chip seria para tratar a insuficiência cardíaca. Isso porque, além do cérebro, medula espinhal e sistema nervoso, é possível encontrar neurônios também ao redor do coração.

“Os neurônios fazem parte do cérebro, do sistema nervoso central e há doenças induzidas por esses neurônios que se decompõem, perdem sua função ou não se regeneram. Por isso é importante ter biocircuitos que possam substituir esses neurônios defeituosos e restaurar sua função vital”, disse Alain Nogaret, da Universidade de Bath, na Inglaterra, a The Telegraph.

A tecnologia foi criada usando modelagem computacional, através de equações que explicam como as células respondem ao receber sinais elétricos de nervos específicos para que o chip possa reproduzir essa reação.

A equipe ainda não testou a eficiência do dispositivo em seres humanos, mas os experimentos realizados em camundongos conseguiram replicar a produção de neurônios na região cerebral do hipocampo e no sistema respiratório logo que o chip recebeu estímulos de diferentes nervos. Os resultados foram publicados esta semana na revista Nature Communications.

“Replicar a resposta dos neurônios respiratórios em bioeletrônica que podem ser miniaturizados e implantados é muito emocionante. Além disso, abre enormes oportunidades para dispositivos médicos mais inteligentes que direcionam abordagens de medicina personalizada para uma variedade de doenças e deficiências”, comentou Julian Paton, da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, a The Telegraph.

 

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