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A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta quinta-feira (14) a adoção de uma técnica de esterilização que usa radiação contra o mosquito causador de doenças como a dengue, a zika e a chikungunya. O processo se chama "Sterile Insect Technique" (SIT), ou "técnica do inseto estéril", em português.

O método envolve criar e liberar milhares de mosquitos machos incapazes de se reproduzirem. Soltos na natureza, mesmo que eles se acasalem com as fêmeas, serão inférteis e, portanto, não terão prole.


A ideia é que, ao longo do tempo, a população de mosquitos da espécie Aedes aegypti possa diminuir, especialmente nos países tropicais, mais afetados pelas doenças. As fêmeas do mosquito são as que picam pessoas e animais e, assim, transmitem doenças.


O programa é uma parceria da OMS com o Programa Especial para Pesquisa e Treinamento em Doenças Tropicais (TDR), a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

A técnica foi desenvolvida pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), visando ao combate de insetos e pestes que atingem o setor agropecuário. Atualmente, já vem sendo usada na agricultura em seis continentes.

Segundo o entomologista Jérémy Bouyer, da divisão conjunta de técnicas nucleares em alimentos e agricultura da FAO e da AIEA, "o uso dessa técnica no setor agrícola nos últimos 60 anos mostrou que é um método seguro e eficiente".

 

Metade do mundo em risco
Em comunicado divulgado à imprensa, o cientista-chefe da OMS afirma que metade do mundo enfrenta os riscos da dengue. "E, apesar dos nossos grandes esforços, não está sendo suficiente", diz Soumya Swaminathan. "Precisamos desesperadamente de novas abordagens e esta iniciativa é promissora e empolgante", acrescenta.

De acordo com a OMS, doenças transmitidas pelo Aedes, como malária, dengue, zika, chikungunya e febre amarela, correspondem a 17% de todas as doenças infecciosas que ocorrem em todo o mundo. Isso quer dizer que causam mais de 700 mil mortes por ano.

 

 

 G1

Silencioso e com potencial de provocar grandes danos ao longo do tempo, o diabetes atinge 14,5 milhões de brasileiros. Entre 40% e 50% deles não sabem que têm a doença, segundo estimativas da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes).

Nesta quinta-feira (14), Dia Mundial do Diabetes, médicos alertam sobre a necessidade de diagnosticar o quanto antes o problema e iniciar o tratamento, que, se estiver em fase inicial, pode até mesmo ser corrigido com mudanças no estilo de vida em alguns pacientes.

"O diabetes é uma doença silenciosa. Muitas pessoas têm uma alteração na glicemia, mas isso não causa sintomas. Quando eles aparecem - perda de peso, fraqueza, sede excessiva, urinar em excesso - é porque os níveis de açúcar no sangue já estão muito elevados", ressalta o endocrinologista Fernando Valente, coordenador de comunicação da SBD e professor da Faculdade de Medicina do ABC.

Primeiramente, é preciso entender que existem dois tipos de diabetes. O tipo 1, que afeta cerca de 10% dos pacientes, é uma doença autoimune que reduz a capacidade do pâncreas de produzir insulina - hormônio responsável por metabolizar o açúcar no sangue. Geralmente, esse diabetes aparece na infância ou adolescência e é controlado com o uso de insulina.

Os outros 90% dos diabéticos possuem o tipo 2 da doença, que se desenvolve com mais frequência em adultos. Nesses casos, além de fatores genéticos, obesidade, sedentarismo, consumo de bebida alcoólica em excesso e maus hábitos alimentares também são fatores de risco.

A idade aumenta a chance de desenvolver diabetes tipo 2 porque as células do pâncreas vão perdendo a capacidade de processar o açúcar ao longo da vida.

"O tecido muscular consome glicose. Se há perda de massa muscular, também é menor a capacidade de retirar açúcar do sangue", acrescenta Valente, ao ressaltar a importância de se praticar atividade física.


Maior risco de infarto e AVC
O endocrinologista Renato Zilli, do corpo clínico do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, explica que em mais de 90% dos casos, "as alterações metabólicas [no pâncreas] começam até 20 anos antes de surgirem as doenças cardiovasculares", principal causa de mortalidade entre indivíduos diabéticos.

"Quanto mais cedo você descobrir, mais você consegue manter sob controle e evitar as complicações, como infarto e derrame. Cerca de 50% das pessoas que têm diabetes vão morrer de infarto e 25%, de derrame."

A circulação de sangue com altos níveis de glicose no organismo, durante muitos anos, causa danos aos órgãos e tecidos. O diabetes lesiona os vasos sanguíneos e provoca o estreitamento deles. Consequentemente, haverá menos sangue para áreas importantes do corpo.


Além de infarto e acidente vascular cerebral, há chance de problemas em outras partes do corpo. Nos olhos, leva à retinopatia diabética e cegueira; nos rins, de nefropatia diabética (doença renal crônica); e nos nervos, causa neuropatia diabética (incluindo diminuição da sensibilidade nos pés e até amputação de membros, em casos severos).

Pacientes com diabetes tipo 2 são mais suscetíveis a ter quadros infecciosos por bactérias ou fungos, já que a doença afeta também o sistema imunológico.

Diferentemente do que muitas pessoas pensam, o consumo de açúcar não é o principal causador de diabetes. Alimentos ricos em açúcar são prejudiciais porque podem desencadear um aumento de peso.


Sobrepeso é sinal de alerta
A obesidade faz com que o corpo fique mais resistente à insulina, necessitando de níveis mais altos para manter normais as taxas de glicose no sangue. Por outro lado, quem tem tendência genética a desenvolver diabetes precisa controlar a ingestão de açúcar desde cedo, até mesmo de alimentos como batata inglesa, arroz branco e farinha branca.

O diabetes tipo 2 afeta entre 80% e 90% das pessoas acima do peso ou obesas. Normalmente, são pacientes que apresentam outros problemas de saúde potencialmente fatais e silenciosos, ressaltam os médicos: a hipertensão arterial e o colesterol. Juntos, essas três doenças aumentam significativamente a chance de um infarto ou acidente vascular cerebral.

Pessoas acima do peso, sedentárias, com histórico familiar de diabetes ou mulheres que tiveram diabetes gestacional devem fazer uma checagem periódica dos níveis de açúcar no sangue. "É uma doença que se identifica muito facilmente", observa Zilli.

Ele diz que o ideal é fazer o exame de glicemia (coleta de sangue) em jejum. Os níveis de glicose no sangue depois do jejum nunca devem ser superiores a 125 mg/dl. Mesmo após a alimentação os níveis de glicose no sangue não devem ultrapassar 199 mg/dl.

O teste que tira uma gota de sangue da ponta do dedo pode ser um aliado. "Se vier acima de 200 mg/dl, com outros sintomas, é um indicativo de diabetes", afirma o endocrinologista do Hospital Sírio-Libanês. Nesses casos, testes adicionais de coleta de sangue devem ser feitos.

Alguns indivíduos apresentam um quadro chamado de pré-diabetes, em que a glicemia em jejum no hemograma fica entre 100 mg/dl e 125 mg/dl. É uma espécie de "sinal amarelo", mas uma situação que pode ser revertida com mudanças no estilo de vida, que incluem perder peso, fazer atividades físicas e adequar a alimentação.

 

R7

 

hpvUm assunto sério, mas que nem todo mundo dá importância: a vacina contra o HPV. O HPV (papilomavírus humano) é responsável por 99% dos casos de câncer de colo de útero, o terceiro mais frequente entre as mulheres no Brasil.

São mais de 100 tipos de vírus. Treze são considerados de alto risco e podem causar câncer de ânus, vulva, vagina e de pênis.

A medida mais eficaz para prevenção contra o HPV é a vacina. Ela é distribuída gratuitamente pelo SUS e é indicada para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Entretanto, só um em cada cinco meninos tomou a vacina contra o HPV.

Outra forma de prevenção é a camisinha. Ela diminui em 80% a transmissão do HPV.

Transmissão
O HPV é altamente contagioso e é transmitido, principalmente, durante a relação sexual sem proteção. O contágio também pode ocorrer através do contato oral-genital, genital-genital ou menos manual-genital.

Sintomas
A infecção não apresenta sintomas na maioria das pessoas. As manifestações da infecção pelo HPV costumam ser mais comuns em gestantes e em pessoas com imunidade baixa.

Pode acometer vulva, vagina, colo do útero, região perianal, ânus, pênis (geralmente na glande), bolsa escrotal e/ou região pubiana. Menos frequentemente, pode estar presente em áreas extragenitais, como conjuntivas, mucosa nasal, oral e laríngea.

 

G1

Foto: Arte/TV Globo

Uma semana de uso de prednisolona, um anti-inflamatório comum usado para tratar asma, artrite, alergias, eczema e síndrome do intestino irritável, é suficiente para aumentar o risco de diabetes tipo 2, segundo informações do Daily Mail. É o que mostra um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Sapienza de Roma, na Itália, apresentado durante a Conferência Anual da Sociedade de Endocrinologia, realizado recentemente em Brighton, na Inglaterra.

Não é novidade que o uso de esteroides por longos períodos prejudica a regulação do açúcar no sangue. Por sua vez, o controle inadequado do açúcar no sangue leva à resistência à insulina, considerada um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de diabetes tipo 2.

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A questão é que o novo estudo mostrou que o uso de um dos tipos de esteroides mais comuns, a prednisolona, aumenta esse risco após um curto período de uso. “Este é o primeiro estudo a examinar os efeitos metabólicos a curto prazo de doses comumente prescritas de glicocorticoides em homens saudáveis. [Isso] indica que, mesmo com doses mais baixas, o metabolismo da glicose é prejudicado, sugerindo um risco aumentado de diabetes com o tratamento continuado.”, disse Riccardo Pofi, líder do estudo.

Os glicocorticoides, grupo ao qual pertence a prednisolona, são um tipo de esteroide que imitam o hormônio cortisol, produzido pela glândula adrenal. O cortisol, chamado de hormônio do stress, é conhecido por seu efeito anti-inflamatório. Porém, alguns efeitos colaterais de seu uso prolongado incluem ganho de peso e osteoporose.

O estudo

Para chegar a esses resultados, os pesquisadores recrutaram 16 voluntários homens, saudáveis. No experimento, seis participantes receberam 10 mg de prednisolona e 10 voluntários receberam 15 mg do medicamento, ao longo de sete dias. Ambas as doses são consideradas baixas. O peso e os marcadores metabólicos dos participantes foram avaliados antes e depois da intervenção.

Os resultados mostraram que os níveis de açúcar no sangue em jejum, o peso, o colesterol e a saúde geral não foram afetados pelo medicamento. No entanto, no grupo que recebeu 15 mg de prednisolona teve dificuldade em controlar os níveis de açúcar no sangue, o que significa que eles foram menos capazes de usar com eficiência a insulina. Conhecido como baixa sensibilidade à insulina, o problema pode causar diversos danos à saúde, incluindo diabetes.

O próximo passo dos pesquisadores é avaliar se o uso de glicocorticoides em conjunto com medicamentos para diabetes é suficiente para contrabalancear os efeitos colaterais indesejados. Diante dos resultados, a equipe recomenda que os pacientes sejam alertados sobre o risco de diabetes antes de iniciar um tratamento com glicocorticoides, como a prednisolona.

Em entrevista ao site Daily Mail, Katarina Kos, professora de diabetes e obesidade da Universidade de Exeter, disse que os riscos desses medicamentos já são bem conhecidos. “Os esteroides são prescritos apenas por períodos limitados, a fim de equilibrar seus benefícios com possíveis danos. Eles não devem ser prescritos sem indicação, a menos que seja absolutamente necessário e não devem ser tomados sem receita devido a seus efeitos colaterais”, ressaltou Katarina.

 

vejasaude