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Em época de férias, é comum que famílias façam viagens longas, de carro, ônibus ou avião. Mas é preciso ficar atento porque permanecer muito tempo sentado aumenta o risco de um problema sério: a trombose.

Segundo a Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, a chance de ter trombose aumenta 26% a cada duas horas sentado em uma viagem.

Isso acontece porque quando as pessoas estão paradas o fluxo sanguíneo dentro da veia diminui, segundo o cirurgião vascular Caio Focássio, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.

Existem dois tipos de trombose: a arterial e a venosa – esta última é a que pode ocorrer por causa de longas viagens.

“É a formação de um coágulo dentro do sistema venoso, que leva o sangue do corpo para o coração”, explica o especialista.
Três fatores podem causar o surgimento de trombose: maior coagulação do sangue que o normal, diminuição do fluxo sanguíneo ou lesão na parede interna das veias.

“Quando o indivíduo está muito tempo parado, como em viagens duradouras, o fluxo de sangue dentro da veia diminui”, diz Focássio.

De acordo com ele, a trombose venosa profunda — que na maioria das vezes atinge as pernas — é a mais perigosa, pois há o risco de causar embolia pulmonar em um curto período de tempo.

“Um pedaço desse coágulo migra para o pulmão. 90% dos casos são assintomáticos, mas pode dar dor torácica, falta de ar e levar à morte”.
A panturrilha é a região onde mais surge esse tipo de trombose, em segundo lugar está a coxa. Os sintomas são inchaço e dor em uma perna só.

“A panturrilha serve como o coração da perna, pois ajuda a bombear o sangue para cima quando a pessoa está em movimento, mas parada favorece a coagulação”, compara.

Mulheres e pessoas obesas correm mais risco de ter trombose, assim como quem toma anticoncepcional e fuma.

Para prevenir a trombose durante viagens longas, o especialista recomenda tomar bastante água, caminhar durante o voo ou fazer paradas durante o trajeto de carro para se movimentar e usar meia elástica de compressão.

“A movimentação impulsiona a circulação. O ideal é caminhar 15 minutos a cada uma hora e meia. Já a meia elástica aumenta o fluxo sanguíneo do sistema venoso profundo”, explica.

Além desse tipo de meia, o tratamento é feito com o uso de anticoagulantes. Alguns casos exigem cirurgia. “Mas isso é decidido pelo médico ao avaliar as condições do paciente, não existe um padrão”, afirma Focássio.

 

R7

 

dormirmuitEm muitas partes do mundo, cochilar durante o dia é uma tradição, mas os cientistas chineses alertam que aqueles que tiram sonecas mais longas ou dormem mais de nove horas por noite correm maior risco de sofrer um AVC, segundo um artigo publicado nesta quarta-feira (11) pela revista americana Neurology.

As pessoas que normalmente cochilam por mais de 90 minutos durante o dia são 25% mais propensas a sofrer um derrame do que aquelas cujas sonecas não duram mais de meia hora.

Os pesquisadores também estabeleceram que as pessoas que tiram um cochilo de entre 31 minutos e uma hora não têm uma propensão maior para ter um derrame do que aqueles que desfrutam dele por menos de 30 minutos.

"Mais pesquisas são necessárias para entender quanto tempo de cochilo e mais horas de sono à noite podem ser associadas a um maior risco de derrame, embora estudos anteriores tenham mostrado que aqueles que tiram cochilos longos ou dormem muito à noite têm alterações desfavoráveis em seus níveis de colesterol e um aumento na circunferência da cintura, ambos os fatores de risco para derrame", disse o autor do estudo, Xiaoming Zhang, da Huazhong University of Science and Technology em Wuhan, na China.


Cochilos longos e muito sono à noite podem indicar um estilo de vida inativo, que também está associado a um risco aumentado de acidente vascular cerebral.

O estudo incluiu 31.750 pessoas na China com idade média de 62 anos, sem história médica de acidente vascular cerebral ou doença grave no início da pesquisa, embora tenha havido 1.557 casos de AVC durante o período de seis anos.

No país asiático, como em muitos outros países, cochilar depois do almoço é muito comum, e 8% dos participantes do estudo disseram que levou mais de 90 minutos. Além disso, 24% afirmaram que dormiam nove horas ou mais à noite.

Os pesquisadores observaram que as pessoas que dormem pelo menos nove horas por noite têm um risco 23% maior de ter um derrame do que aqueles que dormem menos de oito horas.

Aqueles que tiram longos cochilos e dormem muitas horas à noite eram 85% mais propensos a ter um derrame do que aqueles mais moderados em relação às sonecas.

Os cientistas também perguntaram se eles dormiam bem e descobriram que os 29% que responderam "não" eram mais propensos a ter um derrame do que o restante.

"Esses resultados enfatizam a importância do cochilo moderado e da duração do sono noturno, e da manutenção da boa qualidade do sono, especialmente entre adultos de meia-idade e idosos", destacou Xiaoming.

 

Agência EFE

Foto: Pixabay

 

Cistite intersticial é um dos quadros que causa a síndrome da bexiga dolorosa, afirma o urologista Flávio Trigo, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia.

O paciente com o quadro sente muita dor quando a bexiga enche e urina com muita frequência para aliviar a dor. “A pessoa fica de um jeito que não consegue trabalhar, se relacionar, nada”, afirma.

A doença acomete principalmente mulheres e aparece entre 30 e 40 anos. “Aproximadamente três quartos dos meus pacientes com a síndrome são mulheres”, afirma o urologista.

Segundo Trigo, não se sabe a causa da cistite, a teoria mais aceita é de que a camada impermeabilizante que protege a parede da bexiga da urina não é tão eficiente quanto deveria.

“Existe muita dúvida até em relação de qual o primeiro fator. Acredita-se que tem relação com uma infecção no trato urinário, que cura, mas que não para de doer”, explica.

O diagnóstico é feito por exclusão. “O mais importante é verificar se essa dor não tem outra causa, como endometriose ou uma infecção mesmo”, afirma.

Outro sintoma possível além da dor é o sangramento devido à distensão da bexiga. “Quando enche muito a bexiga, pode aparecer sangue na urina”, explica.

Além disso, muitos pacientes com a síndrome apresentam também depressão, mas não se sabe se é decorrente da dor crônica, ou se é a cistite intersticial que causa o quadro depressivo.

A doença não tem cura, mas os sintomas podem ser controlados. O tratamento consiste em uma associação de medicamentos: analgésico, anti-inflamatório, antidepressivo e polissulfato pentosano de sódio, comercializado como Elmiron.

“O antidepressivo não é utilizado para tratar a eventual depressão e sim para diminuir a capacidade de transmissão da dor. O Elmiron ajuda a reconstruir essa barreira entre a bexiga e urina”, explica.

O tratamento de seis meses a dois anos e é bem-sucedido em 80% dos casos. “Quando o tratamento clínico não é suficiente é necessário partir para tratamentos infecção urinaria mais agressivos para a dor envolvendo neurocirurgia”, orienta o especialista.

O médico afirma que em 10% dos casos de cistite intersticial a bexiga encolhe e é necessário passar por um procedimento cirúrgico para reverter a situação.

 

R7

Mais da metade das pessoas que vivem com HIV relataram já ter sofrido algum tipo de discriminação no Brasil, segundo o "Índice de Estigma em relação às pessoas vivendo com HIV/AIDS" lançado pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

De acordo com Cleiton Euzébio de Lima, diretor interino do UNAIDS no Brasil, os dados trazem um "retrato importante e preocupante das situações de discriminações cotidianas a que estão expostas as pessoas que vivem com HIV/AIDS no Brasil".

A pesquisa aponta que 64,1% das pessoas entrevistadas já sofreram alguma forma discriminação por viverem com HIV ou com AIDS.

Os comentários discriminatórios ou especulativos já afetaram 46,3% delas, enquanto 41% do grupo diz ter sido alvo de comentários feitos por membros da própria família. Muitas destas pessoas já passaram por outras situações de discriminação, incluindo assédio verbal (25,3%), perda de fonte de renda ou emprego (19,6%) e até mesmo agressões físicas (6,0%) por viverem com o vírus.

O estudo já ouviu cerca de 100 mil pessoas em mais de 100 países. No Brasil, foi realizado em 7 capitais, escutando aproximadamente 1,8 mil pessoas.

O pesquisador Angelo Brandeli, da PUC do Rio Grande do Sul, afirmou que, mesmo com todos os avanços tecnológicos e medicinais, para 81% das pessoas ainda é bastante difícil viver com o vírus.

Segundo a pesquisa, essa dificuldade ocorre pelas diversas formas de estigma e discriminações, levando a consequências como assédio moral, exclusão social, agressão física e perda do emprego.

Os entrevistados relatam ainda dificuldades em tornar público seus estados sorológicos positivo para o HIV, mesmo para pessoas próximas.

"Ainda hoje, quase 20% das pessoas que vivem com HIV ou que vivem com AIDS não conseguem revelar a parceiros e parceiras fixas a sua condição por medo do estigma e da discriminação”, aponta o relatório.

É importante lembrar que o Brasil conta com a pela lei 12.984/2014, que protege as pessoas que vivem com o vírus de sofrerem discriminações. A lei ainda garante que elas não podem ser demitidas por sua condição, nem de terem um emprego negado e, ainda, que a sua condição seja divulgada sem a sua permissão.

Saúde mental

O medo e a vergonha por estar vivendo com o vírus afeta uma em cada três pessoas que responderam a pesquisa. “Estes dados do estudo demonstram que viver com HIV produz percepções e sentimentos que não afetam apenas a relação com os outros, mas também consigo mesmo”, afirma o estudo, que indica ainda que, no último ano, 47,9% das pessoas que vivem com o vírus foram diagnosticadas com algum tipo de problema de saúde mental.Serviços de saúde

A relação com os serviços de saúde também foi um dos focos do estudo que revelou que 15,3% das pessoas entrevistadas disseram já ter sofrido discriminação por parte de algum profissional de saúde. Esse atos foram identificados como esquivamento do contato físico, sentido por 6,8% das pessoas entrevistadas, e a quebra do sigilo sem consentimento, indicada por 5,8% das pessoas.

"Apesar de os relatos terem vindo de uma minoria participante do estudo, é importante ressaltar que os protocolos e as leis garantem que ninguém deveria passar por este tipo de constrangimento ou agressão. Estes dados contrastam com qualquer diretiva de atendimento humanizado preconizada no Sistema Único de Saúde (SUS)", aponta o estudo.

Outro problema apontado pelo levantamento é que 24% das pessoas afirmaram que não tiveram autonomia completa para escolherem realizar o teste do HIV. O relatório ainda diz que "a questão da autonomia também pesa na área de exercício dos direitos sexuais e reprodutivos de pessoas vivendo com HIV. O Índice de Estigma Brasil mostrou que houve clara violação destes direitos para 8,9% das pessoas por terem sido pressionadas a renunciar à maternidade ou à paternidade".

Células do vírus HIV (viriões), em imagem microscópica produzida em 2011 — Foto: Maureen Metcalfe, Tom Hodge/CDC/AP

Desigualdade

As desigualdades, sejam elas sociais, de gênero ou racial, também interferem nos índices da pesquisa. Os dados relacionados à orientação sexual, identidade de gênero, por ser profissional do sexo e por ser uma pessoa que usa drogas demonstram que todos esse recortes sociais sofrem elevados níveis de discriminação, sendo que as trans e travestis são as que mais são afetadas.

"90,3% das pessoas trans e travestis relataram já ter sofrido pelo menos uma das situações de discriminação avaliadas no estudo", revela o levantamento.

O estudo foi todo aplicado por pessoas que vivem com HIV/ AIDS e foi aplicada em sete capitais: Manaus(AM), Brasília (DF), Porto Alegre (RS), Salvador (BA), Recife (PE), São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ).

 

G1