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Pesquisadores ingleses criaram neurônios artificiais que podem ser implantados no cérebro para reparar os danos causados por doenças neurodegenerativas, como Alzheimer. De acordo com a equipe, as células eletrônicas – um tipo de chip de silício – é capaz de imitar as respostas dos neurônios biológicos quando ativadas pelo sistema nervoso.

Os pesquisadores ainda revelaram que o dispositivo pode ser capaz de reparar lesões na medula espinhal, onde a conexão neural foi totalmente cortada ou onde as células cerebrais morreram completamente. Outro possível uso para o chip seria para tratar a insuficiência cardíaca. Isso porque, além do cérebro, medula espinhal e sistema nervoso, é possível encontrar neurônios também ao redor do coração.

“Os neurônios fazem parte do cérebro, do sistema nervoso central e há doenças induzidas por esses neurônios que se decompõem, perdem sua função ou não se regeneram. Por isso é importante ter biocircuitos que possam substituir esses neurônios defeituosos e restaurar sua função vital”, disse Alain Nogaret, da Universidade de Bath, na Inglaterra, a The Telegraph.

A tecnologia foi criada usando modelagem computacional, através de equações que explicam como as células respondem ao receber sinais elétricos de nervos específicos para que o chip possa reproduzir essa reação.

A equipe ainda não testou a eficiência do dispositivo em seres humanos, mas os experimentos realizados em camundongos conseguiram replicar a produção de neurônios na região cerebral do hipocampo e no sistema respiratório logo que o chip recebeu estímulos de diferentes nervos. Os resultados foram publicados esta semana na revista Nature Communications.

“Replicar a resposta dos neurônios respiratórios em bioeletrônica que podem ser miniaturizados e implantados é muito emocionante. Além disso, abre enormes oportunidades para dispositivos médicos mais inteligentes que direcionam abordagens de medicina personalizada para uma variedade de doenças e deficiências”, comentou Julian Paton, da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, a The Telegraph.

 

Veja

Dezesseis milhões de brasileiros são diabéticos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Só que a maioria dos diabéticos não consegue controlar a glicemia – o que é fundamental para combater a doença.


A atividade física pode ser a saída para controlar a glicemia. De acordo com o preparador físico Márcio Atalla, a atividade física melhora a glicemia por três razões:

Ajuda a diminuir gordura
Melhora a sensibilidade à insulina
Ativa o GLUT4 – principal captador/transportador de glicose no músculo

“Quando você faz atividade física, você consegue diminuir a quantidade de gordura no corpo. Isso é importante porque o nosso corpo, para controlar a glicemia, ele produz a insulina. A insulina tem resistência à gordura. Ou seja, quanto mais gordura você tiver, mais insulina você vai produzir”, explica Atalla.

O que é a glicemia? É a concentração de glicose no sangue. Ou seja, a glicemia alta é o excesso de açúcar no sangue. Essa glicose é usada como fonte de energia para o funcionamento de todas as células do corpo.


Qual tipo de atividade física?
“A atividade física aeróbica consegue um gasto calórico maior e acaba pegando muito mais o açúcar excedente”. Exemplo de atividades: corrida, caminhada, bike. “Só que, quanto mais massa muscular você tem, quando você faz sua atividade aeróbica, mais você vai conseguir captar esse açúcar. Nessa combinação da atividade aeróbica e atividades que você ganhe massa muscular, como musculação, pilates, você consegue aumentar a massa muscular e ser mais eficiente na hora de tirar o açúcar excedente”, completa o preparador físico.

 

G1

 

 

O declínio cognitivo que ameaça o envelhecimento poderá ser detido, ou pelo menos retardado, através de drogas que eliminariam processos inflamatórios no cérebro. A incrível novidade foi publicada ontem na revista médica “Science Translational Medicine”, criada pela Associação Americana para o Avanço da Ciência. Trata-se de um trabalho conjunto dos pesquisadores Daniela Kaufer, da Universidade de Berkeley, Califórnia, e Alon Friedman, das universidades Ben-Gurion do Negev (Israel) e Dalhousie (Canadá). Embora ainda restrito a experiências feitas com camundongos, tem grande potencial de aplicação em humanos.


Os cérebros de ratinhos senis que receberam a droga passaram a se assemelhar aos de cobaias mais jovens o que, segundo a cientista, é promissor. “Nossa tendência é pensar o cérebro mais velho da mesma forma como encaramos a degeneração neurológica: como se a idade avançada envolvesse a perda de funções e a morte das células. No entanto, essa descoberta nos conta uma nova história sobre por que o cérebro não está funcionando bem: é por causa de uma carga inflamatória que pode ser combatida”, afirmou a doutora Kaufer.

Para entender o alcance do achado desses cientistas, uma breve explicação: a “blood-brain barrier”, ou barreira hematoencefálica, é uma estrutura que protege o sistema nervoso central, bloqueando o acesso de substâncias tóxicas. No entanto, com a idade, esse “escudo” natural vai perdendo eficiência e toxinas e patógenos acabam chegando ao cérebro, desenvolvendo um quadro inflamatório que pode estar associado aos sintomas de demência. Depois dos 70 anos, quase 60% dos adultos começam a apresentar falhas nessa barreira – foi o que mostraram os exames de ressonância magnética realizados por Friedman.

Aí entra em cena o também cientista Barry Hart, que sintetizou uma molécula, chamada IPW, que bloqueia os receptores que dão início à inflamação. Além de aliviar os sintomas, a droga consegue reparar a barreira danificada. “Quando eliminamos esse ‘nevoeiro’ da inflamação, em questão de dias o cérebro senil rejuvenesceu. É um achado que nos deixa muito otimistas porque mostra a plasticidade do cérebro e sua capacidade de recuperação”, completou a doutora Kaufer.

 

G1

coraçaoUm estudo recente, publicado na revista científica Nature, mostra avanços nas pesquisas científicas envolvendo o uso de células-tronco para regeneração do tecido cardíaco.

As doenças do coração matam cerca de 17 milhões de pessoas em todo o mundo anualmente. Apenas no Brasil são 92 mil casos de morte por infarto agudo do miocárdio, problema que quando não mata pode deixar sequelas.

A possibilidade de recuperar da melhor forma o coração desses pacientes é estudada há décadas, embora as evidências da eficácia do uso de células-tronco ainda sejam escassas.

Na Nature, o estudo conduzido pelo pesquisador de biologia cardiovascular Jeffery Molkentin, do Hospital Infantil de Cincinnati, nos Estados Unidos, identificou duas terapias comuns com células-tronco que desencadeiam células imunes, chamadas macrófagos, que ajudam a reparar o tecido da área do coração danificada, melhorando a função do órgão.


Os pesquisadores injetaram em ratos que haviam sido privados de oxigênio (simulando um ataque cardíaco) dois tipos de células usadas nas terapias com células-tronco.

Ao final, descobriu-se que os animais que haviam recebido as injeções de células tiveram uma recuperação da função cardíaca significativamente melhor do que aqueles que tomaram placebo.

No entanto, os cientistas também testaram o uso de um composto químico chamado zymosan, conhecido por provocar uma resposta imune. Os animais que receberam a substância tiveram um resultado ainda mais positivo do que com as células-tronco.

 

R7

Foto: Freepik