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frutmarFalta menos de um mês para o Natal, época do ano em costumamos comer mais (e em lugares incomuns). Por isso, devemos estar atentos às alergias que alguns tipos de alimentos podem causar.

Nozes, frutas e frutos do mar são as principais causas de alergias alimentares entre adultos, enquanto leite, ovos e peixes são os alimentos que criam mais problemas entre crianças de 0 a 2 anos

"É importante saber que a reação alérgica não depende da quantidade ingerida, mas da sensibilidade do paciente a esse alimento", sublinham especialistas do Departamento de Alergologia da Clínica da Universidade de Navarra.

“Alergia alimentar é mais comum em pessoas de famílias com alergias, embora possam ser outros tipos de alergias (eczema, asma, rinite). Também é mais comum em crianças do que em adultos ”, diz a Fundação Espanhola do Sistema Digestivo.

Quando mudamos nossos hábitos em decorrência de celebrações e reuniões, podemos ter algum problema e, sem saber, sofrer algum tipo de alergia alimentar.
As pessoas que sofrem de alergias alimentares apresentam sintomas ao ingerir certos alimentos, porque seu corpo desenvolveu um tipo de anticorpos chamado imunoglobulina E (IgE) contra qualquer proteína que esses produtos contenham.

“Para que a IgE seja produzida contra alimentos, a pessoa deve ter ingerido [o causador da alergia] em alguma ocasião anterior (fase de sensibilização), embora isso nem sempre seja lembrado”, destacam os especialistas da Fead (Fundação Espanhola do Sistema Digestivo).

Em crianças pequenas, a alergia a um alimento pode desaparecer com o tempo e permitir que elas o ingiram novamente. Isso ocorre, acima de tudo, com leite e ovo. Porém, após 5 anos, as chances de tolerar um alimento para o qual a criança é sensibilizada diminuem, afirmam os especialistas do Departamento de Alergologia da Clínica da Universidade de Navarra, na Espanha.

É possível, segundo os especialistas, “ter sintomas com quantidades muito pequenas de alimentos (vestígios) que podem ser encontrados inesperadamente, mesmo como contaminantes”.

Sintomas múltiplos
Quando uma pessoa é sensibilizada, ou seja, produziu IgE contra um alimento, ela apresenta sintomas toda vez que o digere.

Esses sintomas podem ser muito variados. “Os mais frequentes são: prurido na boca, inchaço dos lábios ou língua, náusea, vômito ou diarreia, prurido ou urticária generalizada, inchaço das pálpebras, rinite (prurido, espirros, congestão nasal), asma (tosse, asfixia e pitos ou chiado no peito), tontura, queda de tensão e perda de consciência ”, descrevem os especialistas da Fundação Espanhola do Sistema Digestivo.


“Quando os sintomas aparecem na pele e nas mucosas, juntamente com rinite, asma ou sintomas digestivos, a reação é considerada generalizada e é chamada de anafilaxia. Além disso, se houver uma queda na pressão arterial, isso é chamado de choque ou choque anafilático. Essa reação é séria e, embora seja extremamente rara, há casos de morte ”, dizem eles.

Diagnóstico
Para diagnosticar uma alergia alimentar, o médico alergista faz um histórico detalhado que inclui o tipo de sintoma, o tempo decorrido entre a ingestão e o aparecimento destes, a quantidade de alimentos consumidos e sua preparação culinária, além de outros fatores associados — por exemplo, prática de exercício físico ou uso de medicamentos.

Primeiro, o médico fará ao paciente perguntas diferentes sobre os sintomas, a frequência das reações e outros problemas.

Em seguida, são feitos certos testes, como um exame de sangue ou um teste de picada.

"O teste de picada, ou teste intraepidérmico, consiste na aplicação na superfície cutânea de uma pequena quantidade de extrato alergênico (geralmente uma gota) na qual uma punção leve é realizada com uma lanceta de ponta curta", detalha a Sociedade Espanhola de Alergologia e Imunologia Clínica.

O objetivo é observar se ocorre ou não uma reação cutânea e se é especialmente significativa ou leve.

Mas se os resultados do exame de sangue ou picada não forem decisivos, o alergista pode decidir fazer um teste de exposição ou provocação, que consiste em administrar o alimento suspeito e observar o paciente.

"É o último recurso no diagnóstico alergológico e geralmente é um procedimento necessário para esclarecer um diagnóstico de suspeita", diz a Sociedade Espanhola de Alergologia e Imunologia Clínica.

Como as alergias alimentares podem desencadear reações graves, esse teste deve ser realizado "sempre sob supervisão médica e em um hospital", diz a Fundação Espanhola do Sistema Digestivo.

"É importante que, em caso de suspeita de alergia alimentar, o alergista seja consultado para fazer um diagnóstico preciso que evite dietas excessivamente restritivas e garanta a detecção de todas as alergias relevantes", destaca essa entidade.

 

Agência EFE

Foto: EFE/Paco Torrente

O medo de tomar uma vacina pode causar febre, dor generalizada, desmaios e até convulsões. Esses são sintomas da doença psicogênica diagnosticada em um estudo feito pelo IPq (Instituto de Psiquiatria) do HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP). Os casos aconteceram em crianças e adolescentes que tomaram a vacina contra o vírus HPV no Acre.

A análise foi feita com 74 pessoas no começo de 2019 a pedido do Ministério da Saúde. Após uma triagem, os médicos escolheram 16 casos considerados mais graves pela ocorrência de convulsão. Destes, 12 já foram avaliados: dez meninas e dois meninos com idade média de 13 e 14 anos

Com a realização de exames, foi constatado que as dez meninas não tinham nenhuma doença neurológica causada por lesão ou alteração no sistema nervoso central.

“A crise psicogênica é uma doença funcional. O sistema nervoso central reage de maneira abrupta a uma situação de grande estresse psicológico ou ameaça compartilhada”, explica José Gallucci, coordenador da Unidade de Videoeletroencefalografia do IPq.

“Nesse caso, a crise se originou pelo medo de vacinar, e não pelo ato em si. A vacina é totalmente segura”, garante.

Ainda de acordo com o especialista, vários motivos podem levar uma pessoa com estresse a ter crise psicogênica. Em relação ao surto no Acre, além do receio sobre a vacina, as pessoas tinham algumas características em comum.

“Elas vêm de famílias simples, com problemas como desemprego e para se relacionar internamente”.

Além disso, uma hipótese é que o movimento antivacina tenha ajudado a amplificar o fenômeno.

“Muitas famílias começaram a compartilhar vídeos nas redes sociais das crianças tendo convulsão. E algumas crises ocorreram depois de assistirem a essas cenas”, afirma o psiquiatra.

Dois irmãos, por sua vez, foram diagnosticados com epilepsia de origem genética.

“Nesse caso, a vacina pode ter sido um gatilho para a crise epilética. Mas ela se manifestaria em algum momento da vida, independente da vacinação”, ressalta o psiquiatra.

Os escolhidos passaram por avaliação no Hospital das Clínicas de São Paulo com uma equipe que reuniu 17 profissionais de diferentes áreas da medicina. Eles ficaram 15 dias internados no serviço de videoeletroencefalografia do IPq.

“Durante o exame, a atividade cerebral do paciente é monitorada por eletrodos. Assim, dá para registrar a convulsão e a sua correlação com lesões ou comportamentos do paciente”, descreve Gallucci. Ao todo, foram 300 horas de monitoramento.

O tratamento de doenças psicogênicas é feito com uma técnica chamada terapia comportamental cognitiva, sem o uso de remédios. Por meio dele, é possível controlar crises e reduzir danos, diz Gallucci.

Essa técnica é capaz de reeducar o sistema nervoso sobre como reagir a situações de estresse e, assim, promove uma mudança de comportamento”, explica. “Inclusive, a gente se dispôs a treinar os médicos do Acre para tratar as meninas”, acrescenta.

O especialista ressalta que doenças psicogênicas por medo de vacina já aconteceram outras vezes. “Por exemplo, em casos de imunização contra cólera, H1N1 e até pela vacinação com gotinhas”, lembra. “Mas, com certeza, o movimento antivacina fez isso piorar”, pondera.

 

R7

dietacetogenicaUm estudo recente desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, descobriu que uma dieta cetogênica — pobre em carboidratos e com maior ingestão de gordura e proteína — é capaz de fortalecer a proteção contra o vírus da gripe.

Os resultados, publicados na revista científica Science Immunology, foram de que a alimentação rica em carne, peixe, aves e vegetais sem amido ativa um conjunto de células T (de defesa) nos pulmões.

Isso aumenta a produção de muco das células das vias aéreas, que "prendem" o vírus influenza.

Os testes foram feitos em camundongos que receberam diferentes tipos de alimentos.
Aqueles alimentados sem carboidratos tiveram uma sobrevida maior em relação aos demais quando contaminados com o vírus da gripe.

Camundongos que tiveram dieta cetogênica apresentaram maior resistência antiviral e menos vírus nos pulmões, observaram os cientistas após analisar o tecido pulmonar dos animais.

 

R7

Foto: Freepik

isoniaPor causa da correria do dia a dia, as pessoas têm dormindo cada vez menos. Algumas conseguem viver relativamente bem descansando quatro ou cinco horas por dia. Outras sentem os prejuízos na memória e no corpo. Por causa disso, cientistas estão procurando entender melhor o sono para descobrir uma forma de otimizá-lo mesmo quando não dormimos as recomendadas oito horas por noite.

Uma das opções exploradas até agora inclui o melhor aproveitamento do período de inconsciência através de dispositivos tecnológicos. Confira.

Batida mais lenta
Durante o período de descanso, o sono passa por diversas fases. Uma das mais importantes é a fase R.E.M. (movimento rápido dos olhos, em tradução livre), em que geralmente acontecem os sonhos. Nesse momento, nossos olhos se movimentam de forma muito veloz. No entanto, em alguns momentos, os olhos param de se mover, os sonhos somem e entramos em um estado de inconsciência mais profunda, permitindo que o ritmo das ondas cerebrais se reduzam a uma “batida” por segundo.

Cientistas descobriram, por exemplo, que o sono de ondas lentas é fundamental para a manutenção do cérebro, pois esse período permite que as regiões cerebrais transmitam as memórias do armazenamento de curto ao longo prazo, assim não vamos esquecer o que aprendemos ao longo do dia.


Essa inconsciência profunda também favorece o fluxo sanguíneo e do líquido cefalorraquidiano (substância que circula entre o cérebro e a medula espinhal) pelo cérebro. Ao fazer isso, ocorre liberação de materiais potencialmente prejudiciais que poderiam provocar danos neurais. Outro benefício é a sua atuação para reduzir os níveis de cortisol, conhecido como hormônio do stress, além de ajudar a rejuvenescer o sistema imunológico.
Otimizando a batida
Essas informações ajudaram os pesquisadores a desenvolver aparelhos que potencializam esses períodos de inconsciência. Um experimento, por exemplo, descobriu que estímulos auditivos suaves podem reforçar os ritmos cerebrais necessários. Mas não é qualquer estímulo.

Para esse estudo, a equipe usou um dispositivo – preso à cabeça – que acompanha a atividade cerebral, incluindo o início da produção de ondas lentas. Quando elas começam, o equipamento emite pulsos curtos de som suave em sincronia com as ondas lentas produzidas pelo cérebro. O som pode ser registrado pelo cérebro – de forma inconsciente -, mas não acorda a pessoa. Depois de analisar o desempenho em testes de memória, resultados de exames hormonais e investigações do sistema imunológico, os pesquisadores concluíram que era possível otimizar o sono através desse aparelho.

De acordo com a BBC, algumas empresas já produzem dispositivos semelhantes ao usado na pesquisa. A start-up francesa Dreem, por exemplo disponibiliza no mercado uma faixa de cabeça que usa a estimulação auditiva para ativar o sono de ondas lentas. O produto ainda se conecta a um aplicativo que analisa os padrões de sono e fornece recomendações para melhorá-lo, como a prática meditativa. O equipamento custa cerca de 400 euros (o equivalente a 1.870 reais). A Philips, uma gigante do mercado da tecnologia, também tem a sua própria faixa, lançada em 2018, mas ela só está disponível nos Estados Unidos e custa aproximadamente 399 dólares (cerca de 1.690 reais).


Uma “caminha de bebê”
Além das faixas de cabeça para estímulos sonoros, alguns pesquisadores investigam a eficiência da cama de balanço suave para melhorar o sono. A invenção, baseada no balançar das cadeirinhas de bebê, produz movimento para frente e para trás a cada quatro segundos e também consegue interferir positivamente na fase das ondas lentas. Os voluntários que testaram a cama relataram terem se sentido mais relaxados e testes mostraram benefícios nos processos de memória e aprendizado. O produto, no entanto, ainda não está disponível para compra.

Apesar da relevância das invenções, especialmente em um mundo em que poucos conseguem dormir oito horas por noite, tanto as empresas quanto os cientistas concordam que nada substitui uma boa noite de sono.

Como dormir melhor?
Manter uma rotina ajuda o organismo a se preparar para o momento do sono. Portanto, a recomendação é sempre acordar e dormir nos mesmos horários e fazer as refeições em horários fixos para que o relógio biológico funcione adequadamente. Procurar ir para a cama mais cedo para somar pelo menos sete horas de sono por noite também é importante.

Uma melhor qualidade de sono ainda pode vir com a prática de atividade física, evitar álcool e cafeína, e manter distância dos dispositivos eletrônicos, pois a luz emitida por eles interfere no relógio biológico.

 

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Foto: Claudio Scott/Pixabay