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appMuitas pessoas estão recorrendo a aplicativos de música ambiente e ruídos para ajudar a dormir. O uso pode ser benéfico, mas deve ser usado de maneira adequada.

O neurologista Mauro Muszkat, coordenador do Núcleo de Atendimento Neuropsicológico Infantil Interdisciplinar da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) afirma que os sons podem ajudar a induzir o sono, mas não devem ficar ligados durante toda a noite.

“Sons repetitivos, monótonos e rítmicos tendem a levar a pessoa a um estado de sonolência, principalmente os mais graves e prolongados”, explica. Esses sons ativam funções do sistema nervoso autônomo gerando relaxamento e diminuição da frequência cardíaca.

A escolha do som também é importante. O médico recomenda que o paciente teste qual funciona melhor para ele, já que o efeito varia muito de pessoa para pessoa.

“Sons mais ambientes e primitivos, que não têm tanta influência cultural, como chuva, mar, floresta e vento costumam funcionar melhor e estão relacionados a estados mais relaxados da mente”, explica.

Segundo Muszkat, nosso cérebro condiciona os sons a memórias e experiências, por isso a escolha varia muito. “Se a pessoa viveu uma tragédia em um dia de chuva, esse som pode gerar um medo inconsciente e não vai ajudar a dormir."

A seleção deve ser feita considerando a apreciação pessoal, memórias e priorizando sons mais graves.

A altura do som deve ser entre 30 e 50 decibéis. “Tem pessoas que dormem com fone, ouvindo música, ou com a televisão ligada. Mesmo se for uma música calma, vai ter um efeito negativo se estiver muito alto”, afirma.

O neurologista afirma que nossa audição fica ativa durante toda a noite. “Acordar com o som é uma resposta do sistema de alerta, a sensibilidade vai depender da pessoa, sendo inclusive, um padrão genético. Existem famílias que acordam mais facilmente que outras”, explica.

O médico ressalta que não é só o volume do som e os fatores fisiológicos que podem despertar a pessoa.

“O significado também é importante. Existe uma área do cérebro que é muito ativada quando tem uma atribuição sentimental muito grande, a amígdala [glándula que tem o mesmo nome dos gânglios da garganta]. O som de choro acorda muito mais facilmente uma mãe, por exemplo”, afirma.

Sons que não escutamos

Muszkar afirma que existem sons que não escutamos conscientemente, mas são processados pelo cérebro. Eles agem abaixo do córtex cerebral e são chamados subcorticais.

Segundo o médico, a estimulação do cérebro com esses sons durante a noite pode estar relacionada à um sono mais profundo. “Os chamados pink noises são sons que intercalam entre agudo e grave e que em baixa intensidade refletem em uma quantidade maior de ondas cerebrais mais lentas”, explica.

Os efeitos são notados principalmente em idosos, mas o neurologista alerta que os estudos ainda são muito iniciais e não conclusivos.

“Isso melhora o desempenho da memória. Nós sabemos que quando não dormimos bem o desempenho de memória é mais frágil”, conclui.

 

R7

micosesVerão, calor e umidade, a receita perfeita para o surgimento de micoses. Nessa época do ano a gente sua mais e isso favorece a proliferação dos fungos. Mas você sabe o que é a micose? Quem explica é a dermatologista e consultora do Bem Estar Márcia Purceli: “micose é uma infecção causada por fungos que atingem a pele, as unhas e o couro cabeludo”.


É normal as pessoas classificarem tudo como micose, mas não é bem assim. Na micose, a pele descama porque o fungo se alimenta de queratina presente em nossa pele, unhas e cabelos. O tratamento é feito por 30 dias com uso de antimicótico.

Suar excessivamente ou trabalhar em um ambiente quente e úmido, andar descalço em lugares úmidos, como ginásios, vestiários e chuveiros, má circulação sanguínea e lesões ou infecções nas unhas contribuem para o desenvolvimento da infecção.

Tem como evitar a micose?
Secar-se sempre muito bem após o banho, principalmente nas dobras, como virilhas e dedos dos pés.
Evitar andar descalço em locais que sempre estão úmidos, como vestiários, saunas e lava-pés de piscinas.
Não ficar com roupa molhada por muito tempo.
Não usar calçado fechado por longo período.
Evitar roupa quente e justa e aquela feita em tecido sintético.
Pano Branco


O pano branco, ou ptiríase versicolor, é um tipo de micose que muita gente acha que tem relação com a praia, mas não tem. Para começar, ele não é contagioso.

Ele é causado por um fungo que temos no couro cabeludo. Como no verão a pele fica mais oleosa, ela fica mais propícia para o fungo. Ele não penetra na pele, mas se alimenta da queratina e por isso inibe a formação da cor. Para tratar, shampoo antimicótico por um mês.

Apesar do nome pano branco, nem sempre as manchas ficarão brancas. Isso depende da cor da pele de cada um.

 

Bem Estar

antideprssivO consumo de antidepressivos no Brasil cresceu 23% entre 2014 e 2018, de acordo com um estudo da Funcional Health Tech, líder em inteligência de dados e serviços de gestão no setor de saúde. Para Eduardo Tancredi, psiquiatra e sócio da eCare Life, grupo focado em melhorar os cuidados com a saúde mental, ainda é cedo para dizer que houve um aumento no número de pessoas com depressão a partir desses dados. Na eCare, por exemplo, houve um aumento de aproximadamente 220% no número de pacientes nos últimos cinco anos. “Hoje, as pessoas estão mais informadas e isso contribuiu para reduzir o preconceito em relação às doenças mentais e aumenta a procura de tratamento”, diz o psiquiatra.

Ainda segundo o levantamento, feito com base em 327.000 clientes da empresa, mulheres na faixa de 40 anos são as que mais utilizam esse tipo de medicamento. “Estatisticamente, a mulher corre um risco de depressão até três vezes maior do que os homens. A variação do estrogênio está diretamente relacionada à química da serotonina e de outros neurotransmissores”, diz Tancredi. Fatores como stress, crise econômica e o fato de as mulheres serem mais abertas a procurar ajuda – em comparação com os homens – também contribuem para esse dado.

Dados da Funcional Health Tech mostram que os medicamentos psiquiátricos mais vendidos são antidepressivos, analépticos (drogas estimulantes do sistema nervoso central), sedativos e ansiolíticos (usados no controle da ansiedade). De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais ansioso e estressado. Cerca de 5,8% dos brasileiros sofrem de depressão e 9,3% de ansiedade.

 

Veja

Foto: divulgação Getty Images

Nas aulas de biologia, é fácil reconhecê-los: os rins vêm num par, num formato que lembra feijões. Zelam em silêncio pela nossa saúde, filtrando o sangue para eliminar substâncias nocivas ao organismo. Depois de passar por eles, o sangue segue, livre de toxinas, para as veias renais rumo ao coração e a urina leva as impurezas até a bexiga. É a “sujeira” eliminada que provoca o cheiro forte característico do xixi.

No entanto, essa eficiência discreta acaba fazendo com que as pessoas não se preocupem em monitorar a saúde do órgão. “A maioria sabe de cor suas taxas de colesterol e glicose, relacionadas ao risco de doença cardiovascular e diabetes, mas não presta atenção na creatinina, o principal marcador do rim”, alerta o nefrologista Eduardo Rocha, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com doutorado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Ela detecta o nível de ‘sujeira’ no sangue, indicando se ele está ou não está filtrando como deveria”, completa.

Quando funcionam bem, os rins descartam os resíduos e a creatinina é baixa. Na verdade, existe uma espécie de “repescagem” no órgão, como explica o médico: “os glomérulos filtram tudo, mas há muitas substâncias importantes que devem ser reaproveitadas, e aí entram em ação os túbulos, que reabsorvem boa parte delas”. Já nascemos com os cerca de um milhão de glomérulos, as unidades funcionais responsáveis por retirar as impurezas.

Conforme envelhecemos, é natural que ocorra uma perda da sua capacidade, acrescenta: “se temos uma eficiência de 100% na juventude, a partir dos 40 ou 50 anos essa curva vai caindo. No entanto, isso não quer dizer que a pessoa tenha doença renal. A medição da creatinina, através de exame de sangue, aliada a informações como idade, sexo e etnia, é a forma mais simples de prevenção”.

E é com o passar dos anos que o risco dos anti-inflamatórios aumenta, afirma o nefrologista: “são medicamentos baratos, que não precisam de receita e os idosos os usam para controlar a dor. O problema é que diminuem o calibre dos vasos sanguíneos e inibem substâncias endógenas, as prostaglandinas, que protegem os rins. Utilizar um remédio desse tipo por mais de cinco dias aumenta o risco de isquemia renal”. O paciente também pode desenvolver um quadro alérgico, que provoca uma lesão nos túbulos semelhante à que ocorreria na pele, chamada nefrite intersticial.

Não se hidratar é prejudicial, mas o médico lembra que não há necessidade de beber água em excesso, porque isso não ajuda o trabalho do órgão. Em média, um ser humano consome de 1 litro a 1.5 litro por dia, o que equivaleria a algo entre seis e oito copos de água. “A doença é silenciosa, porque, mesmo quando os rins perdem a capacidade de filtrar, não há mudança significativa no volume de urina. Da mesma forma, as pessoas se enganam achando que a urina clara é sinal de que os rins funcionam bem, mas a filtragem pode estar comprometida e o descarte ser basicamente de água, enquanto as impurezas permanecem no organismo”, enfatiza o doutor Eduardo Rocha.

 

G1