A confiança da população em relação à vacina contra a covid-19 aumenta em países como Reino Unido, Estados Unidos e até na França, país tradicionalmente cético, conforme confirmado nesta segunda-feira (1º) por estudo publicado pelo Kekst CNC.
O estudo, realizado em seis países: França, Reino Unido, Alemanha, Japão, Estados Unidos e Suécia, mostra uma tendência geral de alta em relação ao final de 2020. O aumento mais significativo foi na Suécia. Se em setembro de 2020 apenas 51% dos pesquisados eram a favor da vacina, esse percentual subiu para 76% em fevereiro.
Os britânicos são os cidadãos que melhor aceitam a vacina, 89% ante 65% em setembro passado. Na França, a opinião favorável passou de 40% da população para 59%.
Nos países onde a pesquisa foi realizada, a maioria das pessoas privilegia as medidas sanitárias para proteger a população em relação à economia.
Seis em cada dez britânicos preferem limitar a propagação do vírus a relançar a economia. Esse percentual cai para 50% no Japão e 47% na Alemanha e Suécia.
Apenas os franceses privilegiam retorno à normalidade econômica diante das medidas de contenção da pandemia (38% para recuperar a atividade econômica contra 36% a favor da limitação da propagação do vírus).
A pesquisa foi realizada por dez dias em meados de fevereiro em uma amostra representativa de 1.000 adultos de cada país. A margem de erro é de 3,3% em cada país.
O boletim deste domingo (28), do Hospital Tibério Nunes, de Floriano-PI, registrou mais 12 pessoas que receberam alta clínica e 28 casos positivos Covid-19.
No Hospital Tibério Nunes, 13 pacientes estão internados em leitos clínicos e 07 em UTI, residentes em Floriano.
Fique atento! A Covid-19 mata! Por isso é importante manter o distanciamento social e usar máscara sempre! A pandemia não acabou! #florianocontraocoronavirus #vamosvencer #ovirusmata #responsabilidadedetodos.
A pandemia do novo coronavírus impactou diretamente o diagnósticos de novos casos de câncer no Brasil, como também o tratamento de pacientes oncológicos, afirmam Alfredo Scaff, médico epidemiologista da Fundação do Câncer, e Paulo Hoff, oncologista e diretor geral do ICESP (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo).
Os especialistas foram entrevistados nesta sexta-feira (26) pelos jornalistas Celso Freitas e Luiz Fara Monteiro na Live JR, programa de entrevistas do Jornal da Record.
“Existe o impacto da pandemia nos hospitais, porque nós tínhamos os hospitais já lotados, e grande parte dessa estrutura agora serve aos pacientes de covid, o que gera a redução da disponibilidade de serviço para outras doenças”, explica Paulo Hoff.
Outro motivo é o medo do contágio pelo SARS-CoV-2 por parte dos pacientes, que deixam de procurar o sistema de saúde. “No início da pandemia os dados de rastreamento da doença despencaram, cerca de 30% dos casos que estavam surgindo não estavam sendo identificados, então esses novos casos de câncer serão diagnosticados posteriormente em um estágio mais avançado”, afirma o oncologista.
O especialista também chamou a atenção para a letalidade da covid-19 em pacientes oncológicos em estágio mais avançado da doença. “A mortalidade é maior. Um estudo que está para ser publicado mostra que a mortalidade é mais que o dobro em pessoas com câncer”.
Segundo Alfredo Scaff, houve uma redução de 84% na realização de mamografias em 2020, exame importante para o diagnóstico do câncer de mama. “Isso mostra que com certeza ao longo dos próximos anos teremos um represamento de diagnósticos, impactando o sistema de saúde. O Instituto do Câncer dos Estados Unidos tem um estudo que mostra que teremos um aumento da mortalidade por conta dessas questões”.
Outra questão apontada pelos especialistas foi o abandono ou o adiamento do tratamento por parte dos pacientes. “O risco de não fazer o tratamento sobrepuja o risco de pegar covid. Não sabemos quando a pandemia vai passar, então esperar para começar o tratamento reduz a expectativa de vida e as chances de cura desses pacientes”, explica Hoff.
Vacinas
Segundo Alfredo Scaff, as vacinas em aplicação no Brasil (CoronaVac e vacina de Oxford), são seguras e podem ser aplicadas em pacientes com câncer. “A vacina de vírus inativado já é usada em pacientes oncológicos e o resultado a gente já conhece, sabemos que os efeitos do vírus inativado nos pacientes são muito pequenos”, afirma.
"As vacinas de tecnologias novas, como as usadas na Europa e nos Estados Unidos, a gente ainda não conhece os efeitos sobre o paciente com câncer porque as pesquisas ainda não chegaram a estudar isso, mas acredito que os efeitos serão baixíssimos pelo que temos visto em outros países”, afirma.
Além disso, o epidemiologista explica que a nova tecnologia usada em imunizantes como os fabricados pela Moderna e Pfizer, que usam RNA mensageiro, também pode ser usada para o desenvolvimento de tratamentos contra o câncer. “É extremamente promissor”, avalia.