A taxa de transmissão (Rt) da Covid-19 no Brasil caiu para 0,93, de acordo com levantamento semanal do Imperial College de Londres, atualizado nesta terça-feira. O índice estava acima de 1, situação definida como "fora de controle", desde dezembro. Quando fica abaixo de 1, a taxa indica tendência de desaceleração do contágio. No relatório divulgado na terça-feira passada, o Rt brasileiro estava em 1,06.
O índice atual significa que cada 100 pessoas contaminadas transmitem a doença para outras 93. Dentro da margem de erro calculada pela universidade britânica, a taxa de transmissão brasileira pode variar de 0,80 até 0,95.
Essa é uma das principais referências para acompanhar a evolução epidêmica do Sars-CoV-2 no país. No entanto, especialistas costumam ponderar que é preciso acompanhar a taxa de transmissão por um período prolongado de tempo para avaliar cenários, levando em conta o atraso nas notificações e o período de incubação do coronavírus, que chega a 14 dias. Por ser uma média nacional, o índice também não indica que a doença esteja avançando ou retrocedendo da mesma forma nas diversas cidades, estados e regiões do país.
O Imperial College também projeta que o Brasil deve registrar 16.800 óbitos pela Covid-19 nesta semana, uma queda em relação à anterior, quando foram contabilizadas 17.667 mortes pela doença.
Estatísticas nacionais apontam que, na segunda-feira, a média móvel de mortes pela Covid-19 no Brasil foi de 2.451 óbitos, 20% menor que o cálculo de duas semanas atrás, o que demonstra uma tendência de queda. A informação é do boletim do consórcio formado por veículos da imprensa.
A "média móvel de 7 dias" faz uma média entre o número do dia e dos seis anteriores. Pela primeira vez desde a criação do consórcio, nenhum estado apresentou tendência de alta nas mortes pela doença.
Contágio pelo mundo A maior taxa de transmissão da Covid-19 da semana estimada pela universidade britânica foi na Índia (Rt 1,69), que enfrenta colapso do sistema de saúde em meio a recordes diários de casos.
Todas as mulheres grávidas e puérperas passam a integrar o grupo prioritário da vacinação contra a Covid-19. A orientação foi feita pelo Ministério da Saúde por meio de uma nota técnica enviada nesta segunda-feira (26). Desde 15 de março, apenas as gestantes com comorbidades faziam parte do grupo, que seguem sendo prioridade na fila de imunização, segundo a pasta.
"Considerando ainda o momento pandêmico atual no Brasil com elevada circulação do SARS-CoV-2 e aumento no número de óbitos maternos pela Covid-19, ficou entendido que, neste momento, é altamente provável que o perfil de risco verus benefício na vacinação das gestantes seja favorável. Portanto, o Programa Nacional de Imunizações [...] decidiu por recomendar a vacinação contra a Covid-19 de todas as gestantes e puérperas e incluí-las nos grupos prioritários para vacinação", aponta a nota.
De acordo com o G1, a decisão visa reduzir o número de internações desse grupo, que é mais suscetível às complicações causadas pelo coronavírus.
Veja como ficou a ordem de prioridade para receber o imunizante.
Fase 1
Pessoas com Síndrome de Down, independentemente da idade; Pessoas com doença renal crônica em terapia de substituição renal (diálise)independentemente da idade; Gestantes e puérperas com comorbidades, independentemente da idade; Pessoas com comorbidades de 55 a 59 anos; Pessoas com Deficiência Permanente cadastradas no Programa de Benefício de Prestação Continuada (BPC) de 55 a 59 anos. Fase 2 - Imunização proporcional, de acordo com as faixas de idade de 50 a 54 anos, 45 a 49 anos, 40 a 44 anos, 30 a 39 anos e 18 a 29 anos:
Pessoas com comorbidades; Pessoas com Deficiência Permanente cadastradas no BPC; Gestantes e puérperas independentemente de condições pré-existentes.
O Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI) realizou um levantamento (TC 006993/2021) para a análise concomitante da aplicação dos recursos públicos e os aspectos operacionais das ações destinados ao combate à pandemia em Teresina.
O levantamento feito pela Comissão Covid-19 do TCE-PI identificou indícios de 2.778 (dois mil, setecentos e setenta e oito) usuários terem sido vacinados em detrimento a outros usuários que deveriam receber as doses prioritariamente.
O cruzamento dos CPFs dos vacinados com os dados disponíveis nos sistemas internos do TCE/PI demonstrou inconsistências que indicam inobservâncias dos grupos prioritários.
Segundo o secretário de controle externo, Luís Batista, após esta consolidação dos indícios de vacinados fora do previsto nos planos de vacinação, o TCE-PI irá comunicar às entidades que podem de fato avaliar a situação, como Conselhos de Classe, Anvisa e Ministério Público.
O relatório aponta que as ações de execução da vacinação pela Fundação Municipal de Saúde de Teresina contra a COVID-19 demonstraram a necessidade de se aprimorar os mecanismos de controle a fim de minimizar a possibilidade de inconformidades ou a prática de atos sem a observância dos normativos aplicáveis, em especial infringindo o Plano Nacional de Imunização.
Entre os indícios encontrados, o levantamento aponta para a inexistência de metodologia e critério claro, conciso e objetivo para a execução da vacinação contra a COVID-19 no município de Teresina e o descumprimento dos parâmetros definidos pelo Plano Nacional e Operacionalização da Vacinação contra a COVID-19.
A coordenadora da Comissão, Geysa Elane Sá, explica que este processo de fiscalização é contínuo. “A Comissão irá continuar acompanhando o processo de vacinação, este é só o primeiro diagnóstico. Continuaremos o trabalho de fiscalização em outros municípios do Estado”.