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fungoindiaO alarme sobre a relação entre a mucormicose e a Covid-19 se acendeu recentemente na Índia, onde mais de 9 mil casos do fungo foram reportados entre pacientes recuperados ou em recuperação da infecção pelo novo coronavírus – e os primeiros casos de tal correlação já foram registrados também no Brasil. Com taxa de mortalidade de mais de 50%, a doença causada pelo fungo da família Mucoralies pode provocar necrose de tecidos e tomar o pulmão, olhos, face e mesmo o cérebro, e em cidades como São Paulo, Natal, Manaus e Recife casos já foram identificados.

Na Índia, o fungo que causa lesões escurecidas na pele já vem sendo tratado como uma epidemia, registrada em 19 países do país, e no Brasil um paciente de Covid-19 faleceu com suspeita da doença em Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. A relação entre a doença e a Covid-19 ainda está em investigação científica, mas pode estar relacionada ao uso de corticoides em grande quantidade e à diabetes, considerada comorbidade de risco para o novo coronavírus.

Tais correlações podem também explicar o grave quadro indiano da doença, em um país em que 8,7% da população – equivalente a mais de 118 milhões de pessoas – sofrem de diabetes, e onde a pandemia do novo coronavírus segue crescente como no Brasil – hábitos de pouca higiene ajudam também à disseminação do fungo. Outra especulação é que a disseminação na Índia tenha acontecido através do uso de suporte de oxigênio em cilindros.

A Índia é o segundo país atualmente em total de casos da Covid-19, e o terceiro em mortes – atrás dos EUA e do Brasil

O Ministério da Saúde afirma que até aqui não há confirmação de qualquer relação entre os casos confirmados ou suspeitos no Brasil com a variante indiana do Sars-Cov-2. A doença é tratada por medicação antifúngica intravenosa e por procedimento cirúrgico para a eventual remoção de área afetada e necrosada nos pacientes, além do controle de doenças relacionadas, como a diabetes. 29 casos de mucormicose foram registrados no país desde o início do ano, e outros casos estão sendo investigados na cidade de Joinville, em Santa Catarina, e em São Paulo.

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Foto: Vitor Paiva divulgação