sputinkA Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) negou, em reunião extraordinária realizada nesta segunda-feira (26), o pedido de importação da Sputnik V, vacina russa contra a covid-19. O pedido já havia sido feito por 14 estados brasileiros, incluindo dois municípios do Rio de Janeiro.

A agência foi obrigada a decidir sobre as solicitações após determinação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, em atendimento a ações de estados brasileiros, entre estes alguns que já haviam comprado a vacina e buscavam aplicá-la por conta prória.

A decisão unânime dos cinco diretores teve críticas à falta de dados e a falhas graves de segurança da vacina.

O diretor-relator Alex Machado afirmou que em nenhum dos pedidos de importação foi apresentado o relatório técnico da Sputnik V produzido por autoridades sanitárias internacionais que pudesse atestar que a vacina atende a padrões de qualidade, de eficácia e de segurança pré-estabelecidos. Essa é uma das prerrogativas da Lei n º14.124, que facilita a aquisição de imunizantes em caráter excepcional em razão da pandemia de covid-19.

Machado também destacou as falhas relacionadas ao controle da tecnologia usada para a fabricação do imunizante, a de adenovírus vetor. Segundo o diretor, a detecção do vírus replicante – e não o inativado, que não causa a doença – nas doses analisadas pela agência poderia trazer sérios riscos aos imunizados com o produto.

“A presença de vírus replicante diverge do perfil de qualidade das vacinas com base em adenovírus avaliados pela Anvisa até o momento [...] e diverge também da apresentação da vacina Sputnik V, que garantiu a não replicação do vírus. Vírus não desejados estão na vacina e como o desenvolvimento não foi conduzido de forma a garantir a não replicação, a Sputnik V não cumpre o próprio critério estabelecido para seu desenvolvimento”, afirmou o relator.

 

R7

Foto: Dado Ruvic/Reuters

 

Os idosos de 64 anos começaram a tomar a primeira dose da vacina contra a covid-19 nesta segunda-feira (26) em Floriano. A Secretaria de Saúde comunica que a vacina para essa faixa etária estará disponível até a terça-feira (27). Os agentes de saúde fazem o agendamento do dia e horário.

 Segundo o secretário de saúde, James Rodrigues, a previsão é que na quarta (28) e quinta (29), sejam vacinados idosos de 63 anos. A continuidade da imunização fica condicionada à quantidade de doses enviadas pelo Ministério da Saúde e distribuídas pela Secretaria de Estado da Saúde.

antonioreis

O vice-prefeito, Antônio Reis (64 anos), tomou sua primeira dose da vacina contra a covid-19 na unidade de saúde Viana de Carvalho na manhã de hoje. Ele esteve acompanhado do secretário James Rodrigues. Antônio Reis destacou a organização da vacinação em Floriano e fez um pedido aos florianenses que ainda não tomaram a segunda dose. “A proteção só está completa com a segunda dose. Hoje tomo a primeira e já estou ansioso para a segunda dose da vacina”, disse.

 A previsão é que mais de duas mil pessoas na faixa etária de 60 a 64 anos sejam vacinadas em Floriano. Em caso de dúvidas, os responsáveis pelos idosos podem se dirigir até a unidade de saúde de sua região. Em Floriano, a vacina contra a Covid-19 é levada à sério e ninguém fica para trás.

secom

 

Os organizadores da Olimpíada de Tóquio pediram a ajuda de cerca de 500 enfermeiros nos Jogos deste ano, disse o chefe do comitê organizador, Toshiro Muto, nesta segunda-feira.

A mídia local noticiou que o comitê organizador havia solicitado mão de obra da associação de enfermeiros do país para as instalações olímpicas e para a vila dos atletas antes e durante o evento de 23 de julho a 8 de agosto.

Os organizadores olímpicos continuam com os preparativos, apesar de o Japão estar tendo dificuldade para conter uma disparada da pandemia de coronavírus. Na sexta-feira, o país declarou estado de emergência em áreas que incluem Tóquio e Osaka.

"Pedimos que se cogite cerca de 500 enfermeiros", disse Muto em uma coletiva de imprensa. "A principal condição é que isto precisa não afetar negativamente os cuidados médicos regionais."

O comitê organizador também disse que convocará uma mesa redonda com especialistas médicos na sexta-feira para debater suas medidas contra a Covid-19.

A mesa redonda será composta por seis especialistas e se reunirá com frequência para debater medidas específicas para realizar Jogos seguros e protegidos.

Reuters

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criticou a judicialização para entrega de doses da vacina CoronaVac e avisou que se todos procurarem a Justiça não haverá "doses pra todo mundo".

Ele lembrou que a falta de imunizantes para a segunda aplicação em cidades como a dele, João Pessoa, fez com que a capital da Paraíba garantisse as doses de CoronaVac por decisão judicial.

“Só que, se todos judicializarem, não há doses para todo mundo. Não é a judicialização que vai resolver esse problema. O que resolve isso aqui são políticas públicas efetivas, que é o que nós temos tentado colocar em prática no ministério”, alertou ao participar, nesta segunda-feira (26), de audiência pública na Comissão Temporária da Covid-19, no Senado.

O ministro informou que a previsão é de que novas doses da vacina CoronaVac só sejam distribuídas pelo Instituto Butantan daqui a 10 dias. Sem dar detalhes, ele informou que a pasta deve emitir nos próximos dias uma nota técnica sobre a aplicação da segunda dose de vacinas contra a covid-19.

Queiroga lembrou que essa é uma preocupação da pasta há mais de um mês quando o ministério autorizou a utilização imediata de todas as vacinas contra a covid-19, sem a necessidade de manutenção de estoques para aplicação da segunda dose.

Agora, “em face do retardo dos insumos vindos da China para o Butantan, há uma dificuldade com essa segunda dose”.

Cronograma

Sobre os motivos para redução no número de vacinas disponíveis em relação ao divulgado pelo ex-ministro da pasta Eduardo Pazuello, Queiroga disse que um deles está relacionado ao fato de a estimativa ter incluído 20 milhões de doses da Covaxin, do Instituto Bharat Biotech. A importação, em caráter excepcional, de doses da vacina Covaxin, da farmacêutica indiana Bharat Biotech foi negada no mês passado pela Agência Nacional de Vigilância Santitária (Anvisa).

Outro fator que contribuiu para um menor número de doses foi a demora na chegada do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), que vem da China. O atraso comprometeu a entrega do imunizante contra a covid-19 tanto pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) quanto pelo Instituto Butantan.

“O IFA, como os senhores sabem, é originário da China, e isso sempre dá uma variação, que pode ser para maior ou pode ser para menor. Questões logísticas também estão aqui consideradas. O fato é que temos trabalhado fortemente para conseguir mais doses”, garantiu.

Pfizer

Para a próxima quinta-feira (29), há expectativa de chegada do primeiro lote da vacina da farmacêutica Pfizer, no Aeroporto de Viracopos, em São Paulo.

“São doses prontas, e o Ministério da Saúde já organizou toda a logística para essa vacina, que, como os senhores sabem, tem uma peculiaridade em relação à cadeia de frio. Nós temos capacidade, sim, para aplicar a vacina da Pfizer com bastante segurança”, disse.

A Anvisa autorizou o armazenamento da vacina desenvolvida pela Pfizer a -20ºC, por até duas semanas. A mesma autorização foi concedida pela FDA, agência que regula medicamentos nos Estados Unidos. Inicialmente, o laboratório indicava o armazenamento do imunizante a -75°C.

Agência Brasil