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Uma nova resolução do CFBM (Conselho Federal de Biomedicina) regulamenta as condições para que biomédicos possam assumir a responsabilidade técnica de empresas que produzem e comercializam suplementos alimentares.

Além de devidamente registrados no conselho, os profissionais deverão ter habilitação em análises clínicas ou bromatológicas ou, ainda, em fisiologia do esporte e da prática do exercício físico.

A Resolução nº 348 do CFBM também autoriza biomédicos habilitados em acupuntura, biomedicina estética ou fisiologia do esporte e da prática do exercício físico a prescrever suplementos alimentares, desde que estes sejam isentos de orientação e da obrigatoriedade de prescrição médica.

Definição

O texto da resolução lembra que suplementos alimentares não são considerados medicamentos e não têm finalidade de prevenir, tratar ou curar doenças, destinando-se a “suplementar a alimentação de indivíduos saudáveis com nutrientes, substâncias bioativas, enzimas ou probióticos, isolados ou combinados”.

Por definição, o biomédico é o profissional responsável por funções como identificar, classificar e estudar os microrganismos causadores de enfermidades; realizar exames diagnósticos; desenvolver medicamentos; e produzir vacinas.

Agência Brasil

Um artigo publicado no dia 21 de junho na revista científica The Lancet Microbe mostra que as bactérias que causam a febre tifoide estão cada vez mais resistentes a antibióticos, além de terem se espalhado de maneira acentuada e com frequência por alguns países no últimos 30 anos.

febretifoide

A febre tifoide é uma doença sistêmica causada por bactérias Salmonella typhi (S. typhi).

Os principais sintomas são febre, prostração, dor abdominal e exantema róseo (irritação avermelhada na pele).

Esse foi o maior estudo de sequenciamento genético da S. typhi e analisou mais de 7.500 genomas.

"A análise mostra que cepas resistentes de S. typhi se espalharam entre países pelo menos 197 vezes desde 1990. Embora essas cepas tenham ocorrido com mais frequência no sul da Ásia e do sul da Ásia ao sudeste da Ásia, leste e sul da África, elas também foram relatadas no Reino Unido, EUA e Canadá", dizem os autores do trabalho em comunicado.

O tratamento da febre tifoide envolve o uso de antibióticos como cloranfenicol e trimetoprima/sulfametoxazol.

Também podem ser usados antibióticos da classe dos macrolídeos (o principal exemplo é a azitromicina) e quinolonas (por exemplo, ciprofloxacina).

No trabalho, os pesquisadores classificaram de cepas multirresistentes aquelas que apresentaram características genéticas que se encaixaram na resistência a antibióticos de primeira linha – ampicilina, cloranfenicol e trimetoprima/sulfametoxazol. Eles também rastrearam a presença de genes que conferem resistência aos macrolídeos e quinolonas, "que estão entre os antibióticos mais importantes para a saúde humana".

Os resultados foram preocupantes. As mutações genéticas que tornam a S. typhi resistente às quinelonas, por exemplo, espalharam-se pelo menos 94 vezes desde 1990, sendo 97% originárias no sul da Ásia.

Já as mutações resistentes à azitromicina apareceram ao menos sete vezes em um intervalo de 20 anos.

"Em Bangladesh, cepas contendo essas mutações surgiram por volta de 2013 e, desde então, seu tamanho populacional aumentou constantemente", dizem os autores.

O autor principal do estudo, Jason Andrews, da Universidade Stanford (EUA), alerta para a necessidade de ver o controle da febre tifoide e a resistência a antibióticos em geral como um problema de saúde global.

"A velocidade com que cepas altamente resistentes de S. typhi surgiram e se espalharam nos últimos anos é um motivo real de preocupação e destaca a necessidade de expandir urgentemente a prevenção medidas, especialmente nos países de maior risco", afirma em comunicado.

Os pesquisadores salientam que o estudo precisaria ter mais abrangência em amostras coletadas em regiões como a África Subsaariana e a Oceania, onde a febre tifoide é endêmica.

"Como os genomas de S. typhi cobrem apenas uma fração de todos os casos de febre tifoide, as estimativas de mutações causadoras de resistência e disseminação internacional são provavelmente subestimadas", dizem.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que entre 11 milhões e 21 milhões de pessoas adoeçam por causa da febre tifoide em todo o mundo anualmente. Desse total, entre 128 mil e 161 mil morrem.

A doença é mais comum em comunidades sem acesso a água potável e saneamento básico.

"Mesmo quando os sintomas desaparecem, as pessoas ainda podem estar carregando a bactéria da febre tifoide, o que significa que podem espalhá-la para outras pessoas por meio de suas fezes", salienta a OMS.

R7

Foto: REPRODUÇÃO/NIAID

A presença do vírus da varíola do macaco no sêmen "não é raro nem aleatório", segundo um estudo realizado por pesquisadores italianos. A equipe foi a primeira a detectá-lo no sêmen durante um estudo preliminar.

De acordo com Francesco Vaia, diretor do hospital Spallanzani de Roma, instituição especializada em doenças infecciosas, os resultados de um estudo preliminar divulgado no dia 2 de junho mostraram que o DNA do vírus era detectado no sêmen de três homens a cada quatro acometidos da doença. "Essa descoberta demonstra que a presença do vírus no sêmen não é rara nem aleatória", garantiu Vaia à AFP, referindo-se ao estudo, que ainda não foi publicado oficialmente.

Foi constatado um aumento dos casos de varíola do macaco desde o começo de maio na Europa. Nos países da África Central e Ocidental a doença é endêmica há muito tempo.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) reportou mais de 3.400 casos confirmados e uma morte em cerca de 50 países onde a doença não é endêmica.

A grande maioria dos casos foi detectada em homens jovens que tiveram relações sexuais com outros homens, segundo a OMS.

"Não consideramos [esse vírus] uma infecção sexualmente transmissível", enfatizou na semana passada Meg Doherty, diretora dos programas globais da OMS sobre o HIV (vírus da aids), hepatite e as DSTs (doenças sexualmente transmissíveis). Os especialistas italianos estão tentando determinar quanto tempo o vírus permanece no sêmen depois do surgimento dos primeiros sintomas da doença.

Em um paciente, o DNA do vírus foi detectado três semanas depois do início dos sintomas, mesmo depois do desaparecimento das lesões. Vaia diz ter visto esse fenômeno no passado, em infecções virais como o zika.

Os pesquisadores também estudam as secreções vaginais para detectar a possível presença do vírus. Observaram em um primeiro momento, por meio do cultivo do vírus em laboratório, que estava "presente no sêmen como um vírus contagioso e capaz de se reproduzir", segundo Vaia.

Uma pergunta importante segue sem resposta: pode a vacina contra a varíola proteger contra a varíola do macaco?

"Para estudar isso, temos que analisar as pessoas vacinadas há 40 anos, antes da erradicação da varíola", respondeu o diretor.

AFP

Os casos de Covid-19 aumentaram 25% na América do Sul nesta semana, indicou nesta quarta-feira (29) a Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), que insistiu que os países vacinem sua população e não afrouxem as medidas para evitar contágios.

covid19

“Na América do Sul, houve um aumento significativo na incidência de Covid-19, com quase meio milhão de novos casos informados durante a última semana, um crescimento de 24,6% na comparação com a semana anterior”, disse a diretora da Opas, Carissa Etienne, em uma coletiva de imprensa virtual. Ela afirmou que o maior aumento relativo de casos foi registrado na Bolívia, seguida pelo Peru.

O número de infecções subiu, porém, em todo o continente, com mais de 1,3 milhão de novos casos, uma alta de 13,9% com relação à semana anterior. “Esses números servem como uma clara lembrança de que pessoas demais seguem vulneráveis”, ressaltou a diretora, que pediu que o ritmo de vacinação seja acelerado, a fim de proteger os que podem sofrer as piores consequências devido ao vírus, como os idosos.

“Não podemos ignorar que ainda temos 224 milhões de pessoas em nossa região que não receberam uma só dose de vacina contra a Covid-19”, enfatizou.

Ainda que 17 países americanos tenham superado a meta de vacinar 70% de sua população e 40 países tenham imunizado mais de 40%, ainda há 11 países que não alcançaram nem o primeiro objetivo de 40%, segundo dados da Opas.

“Por favor, espalhem a palavra de que a gente precisa se vacinar”, pediu Carissa na coletiva. “A pandemia não acabou”, acrescentou.

A diretora insistiu também na necessidade de seguir com o uso de máscara em espaços fechados e com a manutenção de distanciamento de pelo menos 1 metro em relação às outras pessoas.

AFP

Foto: Freepik