Uma clínica do norte da Inglaterra deu um grande susto em centenas de pacientes ao enviar a mensagem "diagnóstico: câncer de pulmão metastático agressivo" em vez de seus votos de Natal, informou o jornal The Sun, na quinta-feira (29).

No dia 23 de dezembro, às 15h49, os pacientes desse centro de saúde de Askern, perto da cidade de Doncaster, receberam uma mensagem de texto em seus telefones que informava o diagnóstico e pedia que preenchessem os formulários apropriados, com um "obrigado" no fim. Às 16h11, outra mensagem se seguiu para apresentar "sinceras desculpas. Isso foi enviado a você por engano. Nossa mensagem deveria ter sido: 'Desejamos a você um feliz Natal e um próspero ano novo'". Esse erro incomodou os pacientes, e alguns postaram uma captura de tela das mensagens recebidas no grupo do Facebook da clínica, acompanhada de um texto de desaprovação.

"Outro grande erro cometido por médicos fracassados", escreveu Carl Chegwin.

De acordo com o The Sun, entre os destinatários da mensagem estava Chris Reed, um pai de 57 anos, que aguardava os resultados dos exames para determinar se ele tinha câncer de pulmão.

Reed disse ao tabloide que tentou ligar para a clínica, mas a linha estava ocupada.

Ele visitou o local e teve a certeza de que os testes deram negativo.

O incidente ocorreu num momento de tensão entre os britânicos e o seu "GP", os centros de saúde do sistema público, onde deveriam ser controlados e tratados gratuitamente — mas que na realidade estão sobrecarregados após anos de austeridade.

AFP

A farmacêutica norte-americana Pfizer disse nesta quinta-feira (29) que sua terapia genética experimental para o tratamento da hemofilia B, uma rara doença hereditária do sangue, atingiu seu principal objetivo em um estudo em estágio avançado.

Os dados do estudo mostraram que uma única dose da terapia foi superior ao padrão atual de tratamento para ajudar a reduzir a taxa de sangramento em pacientes com formas moderadamente graves a graves de hemofilia B.

O distúrbio dificulta a capacidade do corpo de produzir uma proteína de coagulação do sangue chamada fator IX.

A terapia da Pfizer, fidanacogene elaparvovec, é projetada para ajudar os pacientes a produzirem o fator IX após um tratamento único, ao contrário dos tratamentos atuais, que se concentram em infusões regulares da proteína. A farmacêutica licenciou sua terapia genética para hemofilia B em 2014 por um pagamento adiantado de US$ 20 milhões.

A Pfizer planeja discutir os dados do estágio final com autoridades reguladoras na Europa e nos Estados Unidos e compartilhar dados adicionais para a terapia experimental em uma conferência científica no início de 2023.

De acordo com dados do governo, a prevalência estimada de hemofilia nos Estados Unidos é de 12 casos por 100.000 homens para hemofilia A e 3,7 casos por 100.000 homens para hemofilia B. Em novembro , o regulador de saúde dos EUA aprovou a primeira terapia genética, CSL Ltd e uniQure's Hemgenix, para tratar a hemofilia B.

A Pfizer também está testando outras terapias genéticas experimentais em estágios finais como tratamentos potenciais para o distúrbio hemorrágico hemofilia A e o distúrbio muscular distrofia muscular de Duchenne.

Reuters

A Polícia Federal concluiu, em inquérito encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o presidente Jair Bolsonaro (PL) cometeu incitação ao crime ao repassar informações falsas sobre a vacina contra a Covid-19, associando-a ao HIV, e por ter relacionado falsamente a gripe espanhola à pneumonia. Além disso, o presidente teria estimulado a população a não usar máscaras, medida que, à época, era obrigatória na maioria das unidades da Federação.

O inquérito apurou as falas do presidente durante uma transmissão ao vivo em 21 de outubro — vídeo que foi retirado do ar dias depois. Na ocasião, Bolsonaro associou a vacinação da Covid a um risco maior de contrair o HIV, vírus causador da Aids, o que é uma informação cientificamente falsa.

Segundo a PF, além desta associação, o presidente promoveu a desinformação de que "as vítimas da gripe espanhola, na verdade teriam morrido em decorrência de pneumonia bacteriana, causada pelo uso de máscara". 

No documento, a PF ainda aponta que, mesmo notificado para prestar depoimento no âmbito do inquérito, Bolsonaro não compareceu às oitivas. O relatório foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes. A Polícia Federal chegou a pedir autorização de Moraes e do STF para indiciar Bolsonaro, mas como não obteve resposta, finalizou o relatório apenas sugerindo o indiciamento, mas sem efetivá-lo.

Além do crime, Bolsonaro teria cometido contravenção penal por, supostamente, provocar alarme "anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto".

Como não tem foro privilegiado, o ajudante de ordens Mauro Cid, que auxilia o presidente a produzir o material para as lives, foi indiciado pelo crime e pela contravenção penal. A conclusão da PF é que ele também cometeu os mesmos atos que o chefe.

Pelo inquérito, Bolsonaro teria "de forma direta, voluntária e consciente, disseminado as desinformações produzidas por Mauro Cid, causando verdadeiro potencial de provocar alarma junto aos expectadores ao propagar a desinformação".

O inquérito segue, agora, para manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR). No entanto, ao deixar a Presidência, Bolsonaro perde o foro privilegiado e o caso pode ir para a primeira instância. A reportagem acionou o Palácio do Planalto, mas não obteve resposta até a última atualização.

R7

O Ministério da Saúde decidiu por ampliar o uso da vacina da Pfizer contra a Covid-19 para todos os bebês e crianças entre 6 meses e 4 anos e 11 meses. Essa nova recomendação saiu em uma nota técnica que foi assinada em 23 de dezembro pela coordenação do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

pfizer

Até então, o governo federal havia distribuído as primeiras doses da “Pfizer Baby” somente para as crianças de 6 meses a 2 anos e 11 meses que tivessem alguma comorbidade.

Tal imunizante foi aprovado pela Anvisa no mês de setembro para todas as crianças com idade entre 6 meses e 4 anos e 11 meses, sem a restrição de aplicação.

Devido a essa atualização, o uso dessa vacina vai ser ampliado no Brasil.

De acordo com informações do “g1”, o assunto foi analisado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), que deu parecer a favor para a vacina contra a doença pandêmica para todas as crianças de 6 meses a 4 anos, com ou sem comorbidades, no início do mês de dezembro.

Post sobre o assunto. (Reprodução/Twitter @AmazoniaSeguros)

Vacinação escalonada

Segundo a nova recomendação do Ministério da Saúde, essa ampliação da “Pfizer Baby” deve acontecer de forma gradual, dando prioridade para crianças com comorbidades.

No caso das crianças que não têm comorbidades, a vacina deve ser aplicada de acordo com a faixa etária, na seguinte ordem:

crianças de 6 meses a menores de 1 ano; crianças de 1 a 2 anos; crianças com 3 anos crianças com 4 anos.

O documento diz: “Considerando o quantitativo de vacinas existentes, recomenda-se que todos os esforços sejam envidados para que seja garantida inicialmente a vacinação de crianças com comorbidades e a inclusão paulatina dos demais grupos etários, de acordo com a disponibilidade de vacinas nos estados, Distrito Federal e municípios, e que a vacinação vá avançando à medida que houver disponibilização de vacinas pelo Ministério da Saúde”.

Aquelas crianças, de 3 e 4 anos de idade, que receberam a primeira dose da Coronavac devem completar seu esquema vacinal (segunda dose) com a Coronavac, e não com a Pfizer Baby.

Além disso, o Ministério da Saúde fez mudanças na recomendação do intervalo de aplicação das três doses do imunizante Pfizer Baby.

O PNI, a partir de agora, orienta que as duas primeiras doses sejam aplicadas com um intervalo de quatro semanas e não de três, como é proposto pelo laboratório fabricante da vacina. No caso da terceira dose do imunizante, esta deve ser aplicada pelo menos oito semanas depois da segunda.

De acordo com o governo, “questões operacionais da vacinação” são a justificativa por trás da mudança. Conforme o “g1”, a vacina da Pfizer destinada a crianças de 6 meses a 4 anos tem a tampa de seu frasco com a cor vinho, diferente de outros imunizantes do laboratório. O imunizante da Pfizer para as crianças de 5 a 11 anos tem tampa de cor laranja. A vacina aplicada a partir dos 12 anos tem frasco com a cor roxa.

Foto: Reprodução/Adilson Silveira/Prefeitura de Limeira.