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As dores de cabeça são uma das queixas mais comuns no atendimento médico. Elas podem ser divididas em dois grandes grupos: as cefaleias primárias e as secundárias. É fundamental reconhecer esta divisão, pois ela permite que seja feita de forma correta a investigação e o tratamento da dor de cabeça.

enxaqueca

As cefaleias primárias são decorrentes de disfunções no controle da dor na região do crânio. Neste grupo, encontramos dois tipos principais de dor de cabeça: a enxaqueca e a cefaleia tensional. A enxaqueca é uma dor intensa que tende a durar mais de quatro horas, geralmente acontece na metade do crânio, é pulsátil (latejante), piora com os esforços físicos, se acompanha de náusea ou vômitos e existe aversão a barulhos ou luz. A cefaleia tensional, ao contrário, é uma dor menos intensa e que até pode melhorar com atividade física, envolvendo o crânio como se fosse um “chapéu apertado”, sendo portanto opressiva, sem náusea ou vômitos e sem aversão à luz ou aos barulhos.

As cefaleias primárias normalmente não representam um risco maior e podem ser corretamente diagnosticadas e tratadas por um médico habilitado, que irá definir o melhor tratamento para os episódios de dor de cabeça e para a prevenção de futuras crises, por meio de tratamento com medicamentos profiláticos (preventivos). Desta forma, é possível evitar os riscos decorrentes de tratamentos que não são adequados ao problema da dor de cabeça, considerando aqui os riscos da automedicação, principalmente pelo uso abusivo de analgésicos e anti-inflamatórios, entre outros.

As cefaleias secundárias, por sua vez, são mais perigosas, pois são decorrentes de potenciais lesões das estruturas relacionadas a sensibilidade do crânio, tanto na sua parte interna como externa. Meningites, tumores cerebrais e hemorragias cerebrais, entre outras, podem ser causa deste tipo de dor de cabeça e podem até mesmo representar um risco a vida. Mas, como é possível saber se a dor de cabeça é uma cefaleia primária ou secundária, para que se possa buscar com o máximo de brevidade a avaliação médica necessária?

O principal é reconhecer as características da cefaleia secundária, pois havendo a presença delas, torna-se necessário buscar apoio médico. Os elementos a seguir sugerem a possibilidade de uma cefaleia secundária:

Acordar à noite com dor de cabeça; Ter mais de 50 anos de idade e começar a ter dor de cabeça que não tinha antes; Dores de cabeça que começam subitamente; Dores de cabeça que se acompanham de outros sintomas neurológicos (perda de força muscular, amortecimentos, desequilíbrio, etc.); Presença de febre associada a dor de cabeça; Dores de cabeça que evoluem com piora progressiva.

Havendo qualquer um dos sintomas acima associado a dor de cabeça, ou outros que possam causar preocupação, recomenda-se sempre o atendimento médico, para que sejam feitos os exames necessários como Tomografia de Crânio ou Ressonância Magnética de Encéfalo, para investigar e tratar corretamente a causa do problema.

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Foto: reprodução