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Engenheiros da Universidade de Waterloo (EUA) desenvolveram uma nova ferramente de inteligência artificial (IA) capaz de prever a eficiência do tratamento quimioterápico antes da realização da cirurgia. O uso do algoritmo ajudaria a determinar as melhores opções de tratamento, evitando efeitos colaterais desnecessários de terapias que não seriam efetivas naquele caso, e melhorando os resultados cirúrgicos conforme as indicações.

inteligenciaartificial

"Determinar o tratamento certo para cada caso de com câncer de mama ainda é muito difícil , e é crucial evitar efeitos colaterais desnecessários do uso de tratamentos que provavelmente não trarão benefícios reais para esse paciente", afirma o líder de desenvolvimento do código da iniciativa Cancer-Net, Alexander Wong, professor de engenharia de design de sistemas.

Ele ressalta que a criação de um sistema de inteligência artificial que ajuda na previsão da efetividade de um tratamento poderá auxiliar médicos em sua prescrição, de modo a melhorar taxas de recuperação e de sobrevivência de pacientes.

Em um projeto liderado por Amy Tai, uma estudante de pós-graduação do Laboratório de Visão e Processamento de Imagens de Waterloo, o software de IA foi treinado com imagens de câncer de mama feitas com uma nova modalidade de ressonância magnética de imagem, inventada por Wong e sua equipe, chamada sintética imagem de difusão correlacionada (CDI, na sigla em inglês).

Com o conhecimento obtido de imagens CDI de casos antigos de câncer de mama e informações sobre seus resultados, a IA pode prever se o tratamento quimioterápico pré-operatório beneficiaria novos pacientes com base em suas imagens.

Conhecido como quimioterapia neoadjuvante, o tratamento pré-cirúrgico pode encolher os tumores para tornar a cirurgia possível ou mais fácil e reduzir a necessidade de grandes cirurgias, como mastectomias.

“Estou bastante otimista com essa tecnologia, pois a IA de aprendizado profundo tem o potencial de ver e descobrir padrões relacionados e se um paciente se beneficiará de um determinado tratamento”, disse Wong.

R7

Foto: Getty Images

A diretora do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) para a América Latina e Caribe, Luisa Cabal, pediu nesta segunda-feira no Panamá mais esforços na prevenção do HIV/Aids na região, onde as novas infecções aumentaram em 5% desde 2010.

"O que sabemos é que o HIV não é uma epidemia do passado, é uma epidemia que infelizmente vem aumentando desde 2010 (na América Latina) e temos que nos esforçar para fazer melhor" o que já se sabe ser necessário "para para reduzir as novas infecções", disse Cabal à Agência EFE. Em 2021, a América Latina registrou "110 mil novas infecções e 2,2 milhões de pessoas vivendo com o vírus". Se esses números forem comparados com os de 2010, a variação fica em torno de 5%, segundo dados do relatório denominado "Em Perigo", divulgado em julho do ano passado pelo Unaids.

Luisa Cabal reiterou que a região sofre de uma tripla crise: prevenção, acesso ao tratamento e de discriminação e exclusão”.

Apesar desse contexto, ela garantiu à EFE que o Unaids está otimista de que a região alcance a meta de que até 2030 a Aids deixe de ser "um desafio de saúde pública".

"Na América Latina podemos fazer isso porque nossos governos investem no acesso universal ao tratamento, mas temos que fazer alguns ajustes: investir mais na prevenção e nas populações que mais precisam (...) temos que fazer um pouco mais em nossa região para investir nas populações que mais precisam e combater o vírus do estigma e da discriminação", afirmou.

Segundo dados da agência da ONU lançados em julho do ano passado, 97% da resposta ao HIV é coberta pelos governos nacionais da América Latina, embora haja o risco de que esse investimento seja negligenciado devido à crise causada pela pandemia de covid-19 e a guerra na Ucrânia.

E para investir nas populações que mais necessitam, “é fundamental ter os melhores dados, qualidade, melhor informação para direcionar os nossos investimentos para que façam a diferença”, acrescentou.

A diretora do Unaids inaugurou hoje na capital panamenha um encontro regional para capacitação em projeto de estimativas e projeções de HIV.

Agência EFE

Um estudo publicado pela Imperial College de Londres, realizado com 200 mil pessoas de meia idade, do Reino Unido, ao longo de dez anos, constatou que a ingestão de alimentos industrializados e ultraprocessados, como refrigerantes, biscoitos e salgadinhos, aumentam o risco de morte por câncer em 6%. O artigo foi publicado no periódico científico eClinicalMedicine.

De acordo com o levantamento, o aumento no grau de mortalidade por cancros se deu com o aumento, também, do consumo de alimentos ultraprocessados em uma dieta em 10%. O risco de ter câncer em geral foi de 2% para cada aumento de 10% na ingestão de ultraprocessados na dieta. Em análises específicas, os níveis sobem para 16% em tumores na mama e19% em tumores ovarianos. O estudo mostrou ainda que, mesmo regulando outros fatores de risco, como tabagismo, sedentarismo e IMC (índice de massa corpórea), o risco de desenvolvimento da doença e morte em sua decorrência continuaram.

"Este estudo aumenta a evidência crescente de que os alimentos ultraprocessados ​​provavelmente impactam negativamente nossa saúde, incluindo o risco de câncer", afirma em comunicado a autora sênior do artigo, a professora Eszter Vamos, da Escola de Saúde Pública do Imperial College de Londres. De acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira, disponibilizado pelo Ministério da Saúde, os ultraprocessados consistem em alimentos industrializados, ricos em gordura ou açúcares, muitas vezes os dois. "É comum que apresentem alto teor de sódio, por conta da adição de grandes quantidades de sal, necessárias para estender a duração dos produtos e intensificar o sabor, ou mesmo para encobrir gostos indesejáveis oriundos de aditivos ou de substâncias geradas pelas técnicas envolvidas no ultraprocessamento", afirma o documento.

Entre os alimentos que fazem parte dessa lista, estão os refrigerantes e outras bebidas prontas, pães e bolos industrializados, biscoitos, salgadinhos, chocolates, refeições prontas, entre outros alimentos.

A identificação dos ultraprocessados é simples: se ao olhar o rótulo houver ingredientes que você não tem na sua cozinha, certamente ele não fará bem à saúde. Elementos como xarope de glicose, extrato de proteína, emulsificante, corante, adoçante, gordura hidrogenada, aromatizantes e amido modificado, usados na indústria, têm como função, mascarar o sabor da industrialização.

"Nossos corpos podem não reagir da mesma forma a esses ingredientes e aditivos ultraprocessados ​​como reagem a alimentos frescos e nutritivos minimamente processados. No entanto, os alimentos ultraprocessados ​​estão em todos os lugares e são altamente comercializados com preço barato e embalagens atraentes para promover o consumo. Isso mostra que nosso ambiente alimentar precisa de uma reforma urgente para proteger a população dos alimentos ultraprocessados", acrescenta em nota outra autora do estudo, a pesquisadora Kiara Chang.

R7

A suplementação de vitamina D pode ser capaz de reduzir o risco de desenvolver diabetes tipo 2 em adultos que já estejam pré-diabéticos. A descoberta é de cientistas do Tufts Medical Center, em Boston, nos Estados Unidos.

suplemento

Em um artigo publicado nesta segunda-feira (6) nos Anais de Medicina Interna, o grupo apresenta a revisão de três ensaios clínicos que comparam os impactos da suplementação de vitamina D no risco de diabetes. Eles concluíram que indivíduos que fizeram uso de vitamina D durante três anos apresentaram diabetes de início recente em 22,7% dos casos.

Já entre os que tomavam placebo, o índice foi de 25%. Isso representa uma redução relativa de 15% do risco de desenvolver diabetes tipo 2. Em todo o mundo, cerca de 374 milhões de adultos vivem com pré-diabetes. Levando em consideração a taxa de 15% da redução do risco, os autores do artigo ainda fazem uma estimativa em níveis globais. Segundo os pesquisadores, a suplementação de vitamina D pode retardar o desenvolvimento de diabetes tipo 2 em mais de 10 milhões de pessoas.

E como isso ocorre? Há evidências de que a vitamina D tem, entre outras funções no organismo, um papel na secreção de insulina e no metabolismo da glicose.

Estudos anteriores já haviam encontrado uma associação entre baixos níveis de vitamina D e alto risco de desenvolver diabetes tipo 2.

Por outro lado, não se trata de comprar cápsulas de vitamina D na farmácia e tomar por conta própria.

O excesso de vitamina D pode ser extremamente danoso, especialmente para os rins.

Em um editorial, pesquisadores da University College Dublin alertam que sociedades médicas e os próprios profissionais têm obrigação de informar sobre os níveis seguros e os limites da ingestão de vitamina D.

R7

Foto: Freepik