Cerca de 69 milhões de brasileiros ainda não receberam a dose de reforço da vacina contra a Covid-19. A Rede Nacional de Dados em Saúde mostra ainda que mais de 30 milhões de pessoas não receberam a segunda dose do reforço, enquanto 19 milhões de pessoas não buscaram sequer a segunda dose do esquema vacinal primário.

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Nesta semana, a recém-empossada ministra da Saúde, Nísia Trindade, lembrou que a pandemia não acabou e reforçou a importância de se completar o esquema vacinal contra a doença.

"A pandemia mostrou a nossa vulnerabilidade. O rei está nu. Precisamos afirmar, sem nenhuma tergiversação, e superar essa condição", disse, ao afirmar que o país responde por 11% das mortes por Covid no mundo, apesar de representar 2,7% da população global.

Segundo a pasta, estudos científicos mostram que a proteção vacinal desenvolvida contra a Covid é mais alta nos primeiros meses, mas pode apresentar redução. Com a dose de reforço, a proteção contra o vírus volta a ficar elevada. Por isso, a proteção adicional é considerada indispensável.

"Neste cenário, o Ministério da Saúde ressalta que é fundamental buscar uma unidade de saúde mais próxima para atualizar a caderneta de vacinação contra a Covid-19 e outras doenças."

Cobertura vacinal

Até o momento, 163 milhões de pessoas tomaram a segunda dose ou a dose única da vacina contra a Covid-19, o que representa 79% da população. Quanto à primeira dose de reforço, 102,5 milhões foram aplicadas. Já a segunda dose de reforço — ou dose adicional — soma 45,2 milhões de aplicações.

Agência Brasil

Foto: José Cruz/Agência Brasil

A pediatra florianense Ana Goretti Kalume foi nomeada diretora do recém-criado Departamento de Imunizações do Ministério da Saúde. 

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Uma das profissionais mais engajadas na luta pela vacinação no Brasil, a médica Ana Goretti assume o cargo com a missão de tornar as coberturas vacinais brasileiras, mais uma vez, exemplo para o mundo. 

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A Dra Ana Goretti é tia do médico Marcus Vinícius Kalume, diretor do Hospital Clinicor (Floriano / PI), que aparece ao seu lado na imagem. As informações estão publicadas na coluna Mariano Marques, comunicador de Teresina.

Florianense Ana Goretti ministra palestra sobre a importância da vacinação

 Da redação

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou um novo tratamento para pessoas com obesidade ou sobrepeso na última segunda-feira (2). O Wegovy, que usa como princípio ativo a semaglutida, é uma injeção usada em conjunto a uma dieta hipocalórica e à prática de exercício físico intenso para melhorar o controle (perda e manutenção) de peso.

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O tratamento é indicado para pessoas com os seguintes IMCs (Índice de Massa Corporal) inicial: – ≥ 30 kg/m2 (obesidade);

– ≥ 27 kg/m2 a < 30 kg/m2 (sobrepeso) com, pelo menos, uma comorbidade relacionada ao peso, por exemplo, disglicemia (pré-diabetes ou diabetes mellitus tipo 2), hipertensão, dislipidemia, apneia obstrutiva do sono ou doença cardiovascular.

O medicamento será comercializado sob prescrição médica, porém, ainda não há um preço definido pela CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos). Também não há uma previsão exata para a disponibilização da injeção no mercado por questões de logística de distribuição do fabricante e dos revendedores, que influenciam diretamente no prazo de entrega.

"A aprovação de Wegovy (semaglutida 2,4 mg) no Brasil representa importante conquista para as pessoas que convivem com a obesidade e excesso de peso. Trata-se de uma doença crônica, progressiva e multifatorial e que exige uma série de cuidados durante todo o tratamento. Nesse sentido, a Novo Nordisk fica extremamente satisfeita em oferecer para esses pacientes o melhor e mais seguro medicamento já produzido e que é capaz de melhorar a qualidade de vida desses pacientes", diz a diretora médica da Novo Nordisk, Priscilla Mattar, em nota.

O aval concedido pela Anvisa foi baseado nos resultados do programa de ensaios clínicos "Efeito do tratamento com semaglutida em pessoas com obesidade" (STEP, na sigla em inglês), onde foi revelado que pacientes que utilizaram o Wegovy (semaglutida 2,4 mg) atingiram uma perda de peso corporal média de 17%, em 68 semanas, contra 2,4% do grupo controle, que recebeu doses de placebo.

No mesmo estudo, um em cada três pacientes perdeu 20% do peso corporal e 83,5% dos pacientes alcançaram uma redução de 5% ou mais utilizando o Wegovy, comparado a apenas 31,1% dos pacientes do grupo placebo.

Inicialmente, esse tratamento era direcionado apenas a pessoas com diabetes tipo 2, mas era usado off label (sem indicação na receita) também para obesidade e por pessoas que não tinham indicação para uso desse medicamento.

Na época, a caneta aplicadora da injeção do Wegovydoses, que entre 0,25 mg e 0,5 mg, com seis agulhas descartáveis custava cerca de R$ 870.

Nos EUA, o uso desse tratamento já é disseminado e começa com uma injeção de 0,25 mg nas primeiras quatro semanas de aplicação, passa por aumentos de doses mensais de 0,5 mg, 1 mg e 1,7 mg, até chegar à dose de 2,4 mg, ao custo médio mensal de US$ 1.627 (em torno de R$ 8.745 na cotação atual) para quem não tem seguro de saúde.

Um estudo recente, de junho de 2022, analisou em diferentes fases mais de 5.000 pessoas com obesidade ou sobrepeso (a depender da fase, com comorbidade) de todo o mundo. O resultado foi promissor em todas as tentativas e formas de tratamento.

O destaque ficou com a fase 4, onde os participantes iniciaram o tratamento com semaglutida uma vez por semana em doses incrementais (uma dose inicial de 0,25 mg/semana durante as primeiras quatro semanas, seguida por um escalonamento da dose de 12 semanas de 0,5, 1,0 e 1,7 mg/semana cada durante quatro semanas e, por fim, até 2,4 mg/semana até o final da semana 16).

Após a semana 16, os voluntários foram divididos: 2/3 continuaram recebendo 2,4 mg de semaglutida e os demais passaram a tomar placebo por mais 48 semanas.

Ao final, totalizando 68 semanas (um ano e quatro meses) de análise, os participantes que usaram a semaglutida perderam 17,4% de seu peso inicial, com perda de peso maior ou igual a 15% em 64% dos participantes.

No mesmo grupo, também houve uma perda de peso maior ou igual a 20% em quatro a cada dez pessoas. Já aqueles que passaram a receber placebo tiveram apenas 5% de perda.

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Foto: Freepik

Desde 2020, a preocupação de todo mundo é o coronavírus, durante esses três anos de pandemia foram criadas e testadas diversas vacinas, no decorrer desses anos pesquisadores da Universidade Estadual do Ceará (Uece) iniciaram a busca por uma vacina “da casa”, criada especificamente em solo cearense. A vacina chamada de 2H120 Defense, contra a Covid-19, já passou pela fase dos testes pré-clínicos, em hamsters e camundongos, e teve resultados promissores, segundo os pesquisadores envolvidos no desenvolvimento. Os testes já feitos foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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O reitor e professor da Ueceo Hildebrando Soares cedeu ao Diário do Nordeste a respeito do imunizante sendo questionado sobre: o que falta para a vacina cearense contra a Covid ser finalizada? O reitor explica que há duas fases extremamente necessárias para que uma vacina desenvolvida chegue ao mercado: a pré-clínica, que envolve os estudos laboratoriais e testes iniciais; e a clínica, que tem o objetivo de testar o imunizante em seres humanos durante um período definido.

“Fizemos dois testes pré-clínicos robustos, apoiados com recursos da Funcap (Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico, do Governo do Estado), e agora precisamos de parceria para dar um passo à frente”, diz o reitor a respeito do imunizante.

Segundo o site Diário do Nordeste para prosseguir as fases de testes em humanos, um lote experimental da vacina precisa ser produzido e submetido à autorização da Anvisa. é necessário também que a Uece consiga uma empresa parceira para produção industrial das doses, 1.250 pessoas devem receber a vacina durante as três fases de teste exigidas, segundo estimativa dos pesquisadores da Uece. Após conseguir estabelecer essa parceria e obter investimento necessário por parte dessa empresa é que a Universidade pode se preparar para iniciar o teste em massa do imunizante.

Em 2022, a Uece chegou a firmar um termo de cooperação com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para que esta “ajudasse no desenvolvimento do IFA”, como relembra Hildebrando. Entretanto, a parceria ainda não foi consolidada, e o diálogo deve ser retomado em 2023.

O imunizante produzido pela Universidade Estadual do Ceará segue sem previsão de chegada.

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Foto: divulgação