A entrevista foi com o Dr. Justino Moreira, o médico que se destacou no combate ao noco coronavírus em Floriano e região. Em dezembro passado, os casos aumentaram de forma que, houve algumas internações no setor COVID do Hospital Regional Tibério Nunes, bairro Manguinha.
Dr. Justino destacou a passagem do Dr. Davyd Basílio pelo Hospital de Floriano, hoje está como diretor do HGV, em Teresina.
O Ministério da Saúde autorizou, nesta quarta-feira (4), a aplicação de reforço da vacina contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos. Em nota técnica, a pasta recomenda que a dose seja feita com o imunizante pediátrico da Pfizer.
Estão elegíveis todos aqueles nessa faixa etária que tomaram a segunda dose (CoronaVac ou Pfizer) há pelo menos quatro meses.
O embasamento para a recomendação leva em conta o aumento em até seis vezes dos níveis de anticorpos após a dose complementar. O ministério também considerou uma subanálise com a vacina da Pfizer que apontou aumento de 36 vezes na produção de anticorpos contra a variante Ômicron do coronavírus em crianças de 5 a 11 anos.
"Esses resultados mostram a importância de completar o ciclo vacinal contra a Covid-19, para garantir que os imunizantes atinjam a eficácia completa e protejam contra casos graves e mortes pela doença. Mesmo quem perdeu o prazo recomendado deve procurar um posto de vacinação. O Ministério da Saúde também aconselha a administração simultânea de vacinas contra Covid-19 com os outros imunizantes do calendário vacinal para proteger as crianças contra outras doenças", diz a pasta em comunicado.
No fim de dezembro, o ministério já havia ampliado a vacinação para indivíduos de 6 meses até 5 anos incompletos. Até então, a imunização estava restrita àqueles que tivessem alguma comorbidade.
A estação em que nos encontramos trata-se da mais quente mas também a mais chuvosa e tal união acaba por ajudar na proliferação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue. Nesse período do ano é necessário voltar a atenção para cuidados como evitar o acúmulo de água parada em locais ao ar livre e eliminar os focos de reprodução do inseto. O Aedes Aegypts é responsável pela transmissão, além da dengue, da chikungunya, febre amarela e Zika.
A sociedade médica mostra-se preocupada pois após dois anos de redução, o número de mortes causadas pela dengue voltou a subir no Brasil e, segundo dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde (MS), é o maior registrado nos últimos seis anos. Até 10 de dezembro de 2022 foram 980 mortes por causa da doença, 400% a mais do que o número registrado em 2021, e mais de 1,4 milhão de casos foram registrados, alta de 172,4%.
Em Minas Gerais, a Secretaria do Estado de Saúde (SES) divulgou que também houve uma disparada de mortes e casos de dengue.
Até 20 de dezembro, o estado registrou 90.713 casos prováveis (casos notificados exceto os descartados) de dengue. Do total, 69.768 casos foram confirmados para doença, alta de 340% em comparação ao mesmo período do ano de 2021. Foram 63 mortes confirmadas e 20 estão sendo investigadas até o momento. A estação em que nos encontramos trata-se da mais quente mas também a mais chuvosa e tal união acaba por ajudar na proliferação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue. Nesse período do ano é necessário voltar a atenção para cuidados como evitar o acúmulo de água parada em locais ao ar livre e eliminar os focos de reprodução do inseto. O Aedes Aegypts é responsável pela transmissão, além da dengue, da chikungunya, febre amarela e Zika.
A sociedade médica mostra-se preocupada pois após dois anos de redução, o número de mortes causadas pela dengue voltou a subir no Brasil e, segundo dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde (MS), é o maior registrado nos últimos seis anos. Até 10 de dezembro de 2022 foram 980 mortes por causa da doença, 400% a mais do que o número registrado em 2021, e mais de 1,4 milhão de casos foram registrados, alta de 172,4%.
Em Minas Gerais, a Secretaria do Estado de Saúde (SES) divulgou que também houve uma disparada de mortes e casos de dengue.
Até 20 de dezembro, o estado registrou 90.713 casos prováveis (casos notificados exceto os descartados) de dengue. Do total, 69.768 casos foram confirmados para doença, alta de 340% em comparação ao mesmo período do ano de 2021. Foram 63 mortes confirmadas e 20 estão sendo investigadas até o momento. Os sintomas da doença
A infecção pela doença pode ser assintomática (ou seja, sem a presença de sintomas), leve ou grave. A infectologista diz que: “A dengue é uma doença febril aguda, sistêmica e dinâmica, variando desde casos assintomáticos a quadros graves, inclusive óbitos. Nos casos sintomáticos pode apresentar três fases clínicas: febril, crítica e de recuperação”.
Os sintomas são: febre alta, dor no corpo e nas articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas avermelhadas pelo corpo.
O primeiro sintoma da dengue a aparecer é a febre alta que dura entre 2 a 7 dias acompanhando de uma fraqueza e também dores pelo corpo. É nessa fase que fica mais difícil de distinguir a dengue de outras doenças, por isso que é necessário procurar por um atendimento médico em caso de suspeita.
Gravidade
Há a possibilidade de a enfermidade evoluir para quadros mais graves. De acordo com o “Estado de Minas”, entre os sinais de alarme estão as dores abdominais intensas, vômitos persistentes, sangramento de mucosa, acúmulo de líquidos, aumento progressivo de glóbulos vermelhos (também chamadas de hemácias) no sangue, tontura e queda de pressão em determinadas posições, perda de sensibilidade e movimentos ou irritabilidade.
A infectologista Andréa Maria de Assis Cabral alerta que casos graves da enfermidade resultam em choque, que ocorre quando um grande volume de plasma é perdido. A especialista ressalta: “Os sinais são pulso rápido e fraco, diminuição da pressão, extremidades frias, pele pegajosa e agitação. Convulsões também podem se manifestar em alguns pacientes. O choque tem duração curta e pode levar ao óbito em 12 a 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada”.
Prevenção
O principal meio para prevenir a dengue e outras arboviroses (doenças que são causadas por vírus transmitidos, principalmente, por mosquitos) como a chikungunya, febre amarela e Zika é procurar evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti. Assim, o necessário é tomar cuidado com relação a criadouros e procurar eliminar água armazenada, como por exemplo em pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, vasos de plantas e também recipientes pequenos. Um outro cuidado importante é trocar a água de animais de estimação.
Por fim, a infectologista informa que uma forma de proteção ás picadas do mosquito Aedes Aegypti é usar roupas que reduzam a exposição da pele durante o dia (quando os mosquitos estão mais ativos). Além disso, também aponta para o uso de repelentes, inseticidas e mosqueteiros como uma rotina diurna e noturna das famílias.
Muitos estudos recentes sugerem que a prática de exercícios de resistência em ambientes poluídos pode produzir efeitos indesejados na saúde humana. Mas um trabalho publicado recentemente no American Journal of Physiology por cientistas do Grupo de Estudos em Desempenho Aeróbio da EEFE/USP (Faculdade de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo) aponta que, talvez, isso não seja verdade para os praticantes já habituados à poluição veicular.
A equipe avaliou dez ciclistas recreativos do sexo masculino, a maior parte deles acostumada a treinar em uma ciclovia e dentro do Campus da Universidade de São Paulo, onde a Cetesb (Agência Ambiental do Estado de São Paulo) reporta níveis de poluição veicular que ultrapassam os limites anuais impostos pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Ao contrário do que se esperava, eles descobriram que os marcadores de inflamação no sangue desses ciclistas – como as interleucinas 6 e 10 (IL-6 e IL-10) – não se alteraram. E, por outro lado, aumentou o nível sanguíneo da proteína BDNF (ou brain-derived neurothophic factor), relacionada a benefícios do exercício para a neuroplasticidade do cérebro.
A partir desses resultados, os pesquisadores formularam outra hipótese: a de que haveria um certo tipo de aclimatação desses indivíduos ao ambiente poluído. Afinal, são residentes em São Paulo e estão acostumados a treinar em ambiente aberto.
“Assim, podemos dizer que, neste caso, os benefícios do exercício se sobrepõem aos efeitos deletérios do ambiente poluído”, resume André Casanova Silveira, primeiro autor do artigo.
Ele explica que o grupo partiu de dois estudos publicados pelo professor Rômulo Bertuzzi, coordenador do Grupo de Estudos em Desempenho Aeróbio, nos quais foi usado um modelo de exercício de carga constante com pessoas fisicamente ativas. Nesses estudos, Bertuzzi percebeu que havia um aumento dos marcadores inflamatórios nos praticantes após 60 minutos de exercícios.
“Porém, modelos de exercício de carga constante não avaliam performance, não mimetizam bem a performance esportiva, são muito diferentes de uma prova. Assim, idealizamos um experimento com um exercício de longa duração, que ultrapassasse os 60 minutos e mimetizasse uma competição.”
O estudo foi apoiado pela FAPESP por meio de uma bolsa de doutorado no Brasil concedida a Silveira.
Poluição ‘real’
O experimento foi realizado numa câmara localizada no estacionamento da FM - USP (Faculdade de Medicina da USP), na avenida Doutor Arnaldo, em São Paulo, a 20 metros da beira da rua e a 150 m de um cruzamento de tráfego movimentado. A câmara foi projetada pelo grupo do professor Paulo Saldiva (FM-USP), com quem Bertuzzi tem uma colaboração.
Os ciclistas simularam a participação em uma prova de 50 km (mais ou menos 1 hora e meia de exercício), contra o relógio. “Colocávamos a bike do indivíduo no rolo e ele fazia um circuito de realidade virtual. É uma competição simulada, ele vê uma pista no computador. A pista tem uma certa pressão, é como se ele estivesse pedalando na rua. Ele pode controlar a intensidade e mudar de marcha.”
A câmara tem dois dutos por onde entra o ar da rua, jogado na cabine com a ajuda de uma bomba. Há também um sistema para a filtragem de material particulado, além de filtros químicos para livrar o ar de formaldeído, sulfeto de hidrogênio, dióxido de enxofre, óxido de nitrogênio (NO), dióxido de nitrogênio (NO2) e outros gases que poderiam entrar na câmara. “Mas o marcador do nosso estudo é o material particulado, que também é o que mais se usa na literatura.”
Os ciclistas realizaram o circuito em dois dias distintos, com intervalo de pelo menos 48h. De forma randomizada, fizeram a prova ou no ambiente poluído (sem filtro), ou no ambiente com ar filtrado. “A poluição mimetiza uma situação mais real. Os estudos prévios utilizam motor a diesel para mimetizar a poluição, mas ele gera uma concentração muito alta de material particulado, e não tem mistura com nada mais. No nosso caso, é uma poluição real, que está vindo da rua.”
Todos os testes foram realizados com controle de temperatura ambiente (20 °C a 24 °C) e duas horas após a última refeição. A coleta de dados ocorreu em 2019, antes da pandemia de Covid-19, entre 10h e 16h.
Os marcadores inflamatórios IL-6, proteína C-reativa (CRP), IL-10 e molécula de adesão intercelular-1 (ICAM-1) e de neuroplasticidade (BDNF) foram medidos nas amostras de sangue coletadas antes e depois do circuito de 50 km. Resultados surpreendentes
A equipe concluiu que não houve diferenças significativas entre os experimentos realizados em distintas condições para as respostas dos marcadores IL-6, CRP e IL-10. Entretanto, a prova realizada sob efeito da poluição veicular provocou aumento nos níveis de BDNF induzido pelo exercício, bem como redução dos níveis de ICAM-1.
“O aumento nos níveis de BDNF promove o crescimento e a proliferação de células no hipocampo [fenômeno ligado à formação das memórias e associado ao aprendizado e às emoções]. O BDNF também está envolvido na diferenciação neuronal, plasticidade, sobrevivência celular e aprendizado. Esse aumento nos níveis de BDNF que diagnosticamos em ambiente poluído foi o resultado mais curioso de nosso trabalho, porque a literatura diz que o exercício em ambiente poluído suprimiria a expressão dessa proteína. Queremos, futuramente, além da dosagem do BDNF, fazer também testes cognitivos para ver se há correlação da exposição à poluição com desempenho e cognição, que acabamos não fazendo desta vez”, revela Silveira.
Já o ICAM-1 é uma molécula de adesão (que permite a ligação entre células) relacionada aos processos inflamatórios. “No início do processo de inflamação há um aumento do ICAM-1 porque é ele que faz a ligação dos macrófagos (células do sistema imunológico) para as células lesionadas. Trata-se de um marcador precoce da inflamação, indica o estado inflamatório bem no início. Em nosso experimento, caso tivéssemos observado um aumento da inflamação por causa da poluição, o ICAM-1 poderia estar bem expresso no teste feito em ambiente poluído, e não foi isso o que aconteceu. Mas existe muito pouco na literatura para que possamos discutir o ICAM-1 e os resultados referentes a ele, ainda.”
Silveira afirma que a equipe imaginou que haveria prejuízo da performance do cliclista porque supôs que, em um ambiente poluído, haveria aumento da percepção subjetiva de esforço.
“Na competição, o participante tem controle da intensidade do exercício pela percepção subjetiva de esforço, e vai fazendo ajustes ao longo da prova com base nisso. Imaginei que teríamos aumento dessa percepção de esforço no ambiente poluído causado pelos sintomas subjetivos da poluição (ardência de olho, nariz escorrendo) e isso prejudicaria o desempenho, mas isso não se confirmou. Outro ponto surpreendente foi o dos marcadores inflamatórios porque, como tínhamos estudos prévios do grupo mostrando que após 60 minutos havia aumento desses marcadores, imaginamos que numa prova de longa duração, com intensidade mais alta comparada à prova de carga constante, também haveria aumento. Não ver diferença nesses marcadores foi surpresa.”
Segundo ele, a maior conclusão do trabalho é que o exercício faz bem mesmo em ambientes poluídos, para pessoas adaptadas a esse tipo de ambiente. “Em meu pós-doutorado, submetido há pouco, pretendo fazer a distinção e separar os grupos menos e mais expostos à poluição. Quero fazer essa comparação para saber se o nível de exposição prévia interfere de alguma forma na inflamação, nas adaptações cardiovasculares e no exercício.”