Indivíduos que costumam passar algum tempo da semana em áreas verdes podem precisar de quantidades menores de determinados remédios comumente usados pela população geral. Os resultados são de um estudo conduzido na Finlândia, publicados na segunda-feira (16) na revista científica Occupational & Environmental Medicine.

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Os pesquisadores analisaram informações de 16 mil residentes de três cidades — Helsinque (capital), Espoo e Vantaa — que constituem a maior área urbana no país. Indivíduos que costumam passar algum tempo da semana em áreas verdes podem precisar de quantidades menores de determinados remédios comumente usados pela população geral. Os resultados são de um estudo conduzido na Finlândia, publicados na segunda-feira (16) na revista científica Occupational & Environmental Medicine.

Os pesquisadores analisaram informações de 16 mil residentes de três cidades — Helsinque (capital), Espoo e Vantaa — que constituem a maior área urbana no país. A pesquisa levou em conta como cada um dos participantes, com pelo menos 25 anos, interagia com os espaços verdes e azuis em um raio de 1 km de casa.

O questionário incluía ainda a periodicidade com que cada voluntário fazia uso das medicações que haviam sido receitadas — por períodos que vão desde a última semana até mais de um ano atrás ou nunca. Ao final, 6.000 pessoas tinham incluído as informações completas e foram usadas como base para os cálculos.

Os resultados mostraram que indivíduos que visitavam espaços verdes de três a quatro vezes por semana tinham 33% menos probabilidade de usar remédios para saúde mental, 36% menos de tomar medicamentos anti-hipertensão e 26% menos risco de fazer uso de remédios de asma, em comparação com aqueles que faziam menos de uma visita semanal a esses locais.

No caso de pacientes com asma, os autores fazem uma ressalva entre os que tinham obesidade, já que esse é um fator conhecido para a doença.

Outro achado foi relacionado à renda. Os que tinham ganhos familiares anuais mais baixos foram os que mais se beneficiaram das visitas a espaços verdes.

Os autores, todavia, chamam atenção para o fato de este ter sido um estudo observacional e, portanto, não se pode estabelecer uma relação de causa e efeito.

Eles também ponderam que pessoas com um estado de saúde melhor podem conseguir passar mais tempo em áreas verdes, um benefício que dificilmente seria possível a um indivíduo com problemas de mobilidade, por exemplo.

R7

Foto: Freepik

Há quase três anos da confirmação do primeiro caso de Covid-19 no Brasil — dia 26 de fevereiro de 2020 —, o país se encontra em uma das melhores situações epidemiológicas desde o início da pandemia do coronavírus. 

A média diária de mortes é de 90 pessoas, com tendência de queda. Dados da última quinta-feira (12) das Secretarias Municipais de Saúde mostram 19.070 novos infectados no país. 

No entanto, especialistas ainda alertam para alguns fatores que merecem atenção, principalmente devido à circulação do vírus, que segue em curso por aqui, e à possibilidade real do surgimento de variantes.

"O Sars-CoV-2 é um vírus muito instável, sempre sofre mutações. Portanto, a experiência que tivemos com esse vírus anteriormente, que nos deu imunidade, vai dar imunidade mais forte àquela cepa que nos infectou", explica o epidemiologista e professor da Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade de São Paulo) Eliseu Waldman. 

A partir das mutações do agente infeccioso, a população não está totalmente imune, conforme acrescenta o epidemiologista.

"Se tem novas cepas, estaremos parcialmente vulneráveis, que é mais ou menos o que acontece com o influenza, que é o vírus da gripe."

A última cepa, descoberta em dezembro de 2022 e que já tem registro no Brasil, é a XBB.1.5, subvariante da Ômicron.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) considera essa a mais transmissível até agora. O infectologista do HC-SP (Hospital das Clínicas de São Paulo) e membro da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) Max Igor Lopes afirma que "o vírus evolui, e a cada hora vai aparecer uma variante com a ideia de escapar da resposta imune".

Desde o surgimento da Ômicron, no fim de 2021, já com a vacinação avançada no Brasil, o país enfrentou dois grandes surtos, com aumento no número de casos, internações e mortes. 

A imprevisibilidade do vírus mostra que a vigilância precisa ser mantida. "Temos de continuar monitorando os casos, vendo a frequência de internação e de diagnósticos de Covid-19, porque a doença é imprevisível, pelo que vimos até agora, então é possível que em algum momento possa ter algum aumento, algum incremento", alerta o infectologista.

E acrescenta: "Se tem maior número de internação e de complicações, as pessoas precisam estar alertas, pois há algum problema".

Nos dois surtos após o começo da campanha de vacinação, as pessoas mais afetadas pelos casos graves da doença foram aquelas sem imunização completa, os idosos e imunodeprimidos — esses dois fazem parte do grupo de maior risco da doença. 

Esse dado mostra quanto a vacinação completa é importante para evitar a hospitalização e a morte. De acordo com dados do Ministério da Saúde, até sexta-feira, apenas 40.891.092 de brasileiros receberam as quatro doses.

Os números da vacinação infantil são ainda mais graves. De 6 meses a 2 anos, pouco mais de 39 mil crianças receberam duas doses. Na faixa etária de 3 a 4 anos, cerca de 584 mil brasileiros têm a imunização com duas aplicações. De 5 a 11 anos, 10.606.139 tomaram duas doses da vacina, mas somente 5.838 voltaram aos postos para a dose de reforço. 

"Quem ainda não tem as quatro doses precisa tomar as quatro. É importante também levar as crianças, porque a adesão está muito baixa. A probabilidade de a doença ser grave nas crianças é bem menor do que em idosos, mas tivemos momentos de internação de crianças. Na verdade, se tem como evitar, é preciso evitar", diz Waldman.  Vacinas bivalentes

Com relação à vacinação, a baixa aplicação de imunizantes atualizados, que protegem contra a Ômicron e as subvariantes, é um fator de atenção. 

De acordo com o Ministério da Saúde, até o segundo trimestre do ano passado, o Brasil tinha 69 milhões de doses da Pfizer atualizadas. Até agora, chegaram 7,4 milhões de unidades. 

A secretária de Vigilância de Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, negocia a antecipação dos lotes com a farmacêutica. Quem nunca foi infectado com a Covid

Embora muitas pessoas já tenham tido contato com o vírus, quem nunca pegou Covid deve aumentar a atenção. "Quem nunca pegou Covid e quem eventualmente não foi vacinado são as pessoas que têm maior probabilidade de ter uma evolução pior. Isso é uma possibilidade, não é uma coisa certa, mas pode acontecer", lembra o infectologista.  O Brasil pode chegar a números alarmantes, como em 2021? undefined

Mesmo com esses pontos de atenção, os dois especialistas ouvidos pelo R7 não acreditam que o Brasil volte a viver situações parecidas com o auge da crise sanitária de 2021. 

"Hoje, a Covid é uma doença menos grave do que era no começo, e a tendência é ficar cada vez menos grave. Nos surtos da Ômicron, aumentou pouco o percentual de pessoas que são internadas, vão para a UTI, têm complicações e morrem, e isso tem a ver com a vacinação e com as infecções prévias", explica Max Lopes. 

Waldman lembra ainda que o mundo vai ter de aprender a conviver por um bom tempo com a Covid. 

"É muito pouco provável que tenhamos situações parecidas com as vividas por nós em 2021 e 2020. Mas não é impossível, pois pode surgir uma variante que leve a casos graves. O Sars-CoV-2 veio para ficar. A questão é que temos de nos acostumar com a doença, mas também com os cuidados. É possível conviver, mas é necessário manter os cuidados", finaliza o epidemiologista.

R7

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou na segunda-feira (16) a proibição da produção de mais sete pomadas para cabelo, algumas das quais já tinham sido suspensas do mercado em decisões anteriores.

tranças

O contexto envolve reações oculares com um dos produtos, cuja venda foi proibida no último dia 10. Com a decisão, os seguintes produtos não poderão mais ser fabricados:

  • Pomada modeladora para tranças anti-frizz - Be Black (fabricante: Cosmetic Group Indústria e Comércio de Cosmeticos Eireli)
  • Pomada Black - Essenza Hair (fabricante: Evolução Indústria de Cosméticos Ltda.)
  • Pomada modeladora para tranças Boxbraids - Fixa Liss (fabricante: Evolução Indústria de Cosméticos Ltda.)
  • Pomada Braids Hair (fabricante: Galore Indústria e Comércio de Cosméticos Eireli)
  • Pomada Cassu Braids Cassulinha Cabelos (fabricante: Microfarma Indústria e Comércio Ltda.)
  • Pomada Braids Tranças Poderosas Esponja Magic (fabricante: Microfarma Indústria e Comércio Ltda.)
  • Rosa Hair - pomada modeladora - mega fixação 150 g (fabricante: Morandini Indústria e Comércio de Cosméticos Ltda.)
  • Pomada Modeladora Master Fix Black Ser Mulher (fabricante: Supernova Indústria Comércio e Serviços Ltda.)

Em um comunicado emitido em dezembro, a Anvisa afirmava ter "recebido informações sobre relatos de casos de efeitos indesejáveis supostamente ocasionados por produtos para trançar/modelar os cabelos".

"Cegueira temporária foi um dos efeitos indesejáveis notificados à Agência. Uma vez que esses produtos, após aplicado, podem permanecer por horas ou dias nos cabelos, faz-se necessário um cuidado especial com os olhos, buscando sua proteção, quando os cabelos entrarem em contato com água", dizia o comunicado.

O órgão regulador faz um alerta específico em relação aos produtos fabricados especificamente pela Microfarma. Clientes e estabelecimentos que tenham a pomada devem suspender o uso imediatamente e entrar em contato com o serviço de atendimento ao consumidor do produtor.

"Quem fez uso recente de algum desses produtos deve observar o cuidado ao lavar os cabelos, para que o produto não entre em contato com os olhos. Em caso de qualquer efeito adverso, procure imediatamente o serviço de saúde mais próximo de você", diz a Anvisa.

Por fim, a Anvisa diz que segue avaliando ações sanitárias necessárias para os outros produtos.

"Ressalta-se que a agência segue acompanhando todos os fatos relatados com relação às pomadas capilares e conta, também, com a atuação dos órgãos de vigilância sanitária dos estados e municípios, de modo que todos os produtos envolvidos com os relatos de problemas de visão estão sendo investigados. A partir dos resultados das investigações, as medidas sanitárias cabíveis serão tomadas com a maior agilidade possível", conclui.

R7

Estudo publicado na revista do Colégio Americano de Medicina Esportiva na quinta-feira (12) alerta sobre os perigos de passar o dia todo sentado, e instrui sobre como diminui os riscos. De acordo com o estudo, realizar uma leve caminhada de cinco minutos a cada meia hora ajuda a aliviar parte do risco de ficar sentado por longos períodos do dia.

Existem estudos há anos na comunidade cientifica que indicam que ficar sentado por um longo período provoca o aumento do risco de doenças crônicas como diabetes, doenças cardíacas e certos tipos de câncer, porém ainda não há uma diretriz que informe sobre quanto tempo pode-se passar sentado e com que frequência deve-se estar em movimento.

“Sabemos há cerca de uma década que ficar sentado aumenta o risco da maioria das doenças crônicas e também o de morte prematura”, informou Keith Diaz, principal autor do estudo e diretor do Laboratório do Exercício do Centro de Saúde Cardiovascular Comportamental no Centro Médico da Universidade de Columbia.

“Assim como a quantidade de frutas e vegetais que devem comer e quanto exercício devem fazer, as pessoas precisam de orientações específicas sobre como combater os danos de se ficar sentado.” O estudo reúne diversos marcadores de saúde em diferente combinações de períodos sentado e andando. Embora o tamanho da amostra não seja grande, o estudo contou com uma metodologia forte e rigorosa.

Diaz explicou também que “os cientistas ainda não sabem por que ficar sentado é tão ruim, mas a teoria é que os músculos são importantes na regulação de níveis como os de açúcar no sangue e colesterol. Quando ficamos sentados por muito tempo, os músculos não tem a chance de se contrair e operar de forma ideal.”

A recomendação feita, principalmente para as pessoas que trabalham e não podem realizar atividades físicas, é que seja realizada pelo menos cinco minutos de caminhada a cada meia, já que até as pequenas pausas para se movimentar demonstram uma redução da pressão arterial.

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