O anúncio do DSP (Departamento de Saúde Pública) do estado de Massachusetts (EUA) sobre dois casos de gonorreia com resistência ou resposta reduzida a antibióticos deixaram o país e a autoridades sanitárias internacionais em alerta na última semana.

O problema já é objeto de preocupação de médicos há muitos anos e parece estar se tornando uma realidade. A gonorreia é a segunda IST (infecção sexualmente transmissível) mais frequente nos Estados Unidos, atrás apenas da clamídia, e a falha dos antibióticos tradicionais no tratamento pode fazer com que se dissemine uma supergonorreia.

"Esta é a primeira vez que resistência ou resposta reduzida a cinco classes de antibióticos foi identificada na gonorreia nos Estados Unidos. [...] No geral, esses casos são um lembrete importante de que as cepas de gonorreia nos EUA estão se tornando menos responsivas a um arsenal limitado de antibióticos", alertou o órgão sanitário estadual.

A cepa da bactéria Neisseria gonorrhoeae identificada nos EUA já havia sido reportada recentemente no Reino Unido e na Ásia.

Não se trata de uma doença mais severa, com sintomas (veja abaixo quais são) mais exacerbados, mas sim de uma doença que, em tese, poderia durar muito mais tempo.

Embora o primeiro paciente tenha sido tratado com sucesso com injeção intramuscular do antibiótico ceftriaxona 500 mg, a equipe submeteu a amostra a análises laboratoriais.

Foi, então, que se descobriu que a bactéria apresentava resistência às cefalosporinas (ceftriaxona, cefixima, cefoxitina) e azitromicina, além da ciprofloxacina, penicilina e tetraciclina, antibióticos comumente usados no tratamento de gonorreia.

Os CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos) recomendam altas doses de ceftriaxona para todos os casos de gonorreia.

O segundo caso foi identificado por meio de vigilância. Segundo o órgão sanitário "com base em seu genoma, provavelmente reduziu de forma semelhante [ao primeiro caso] a suscetibilidade à ceftriaxona e cefixima".

"O surgimento dessa cepa indica a evolução contínua de N. gonorrhoeae e a capacidade de desenvolver resistência ao tratamento antimicrobiano", complementa o DSP.

Os CDC ressaltam em seu site que "a gonorreia desenvolveu progressivamente resistência aos antibióticos prescritos para tratá-la".

Como os antibióticos da classe das cefalosporinas são atualmente os mais eficazes contra cepas desse tipo, o surgimento de novas mutações resistentes "complicaria significativamente a capacidade dos provedores de tratar a gonorreia com sucesso, uma vez que temos poucas opções de antibióticos simples, bem estudados, bem tolerados e altamente eficazes", observam os CDC.

“A descoberta dessa cepa de gonorreia é um sério problema de saúde pública que o DPH, os CDC e outros departamentos de saúde têm estado atentos para detectar nos EUA”, disse em comunicado a comissária de saúde pública da Massachusetts, Margret Cooke.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) faz frequentes alertas sobre o uso inadequado de antibióticos, que é o fenômeno responsável pela resistência antimicrobiana.

Em 2014, um relatório da entidade afirmava que nos países pobres as doses administradas são muito pequenas e nos países ricos o uso é excessivo.

O documento listava sete bactérias com potencial de se tornarem resistentes. Elas são responsáveis por doenças graves, como infecções hematológicas, diarreias, pneumonias, infecções urinárias e gonorreia. Gonorreia

A gonorreia é transmitida durante a relação sexual, inclusive oral, e pode causar infecção nos órgãos genitais, no reto e na garganta.

Os principais sintomas nas mulheres, de acordo com os CDC, incluem:

  • Sensação de dor ou queimação ao fazer xixi
  • Aumento do corrimento vaginal
  • Sangramento vaginal entre os períodos

Nos homens, os sinais que sugerem a infecção são:

  • Sensação de queimação ao fazer xixi
  • Secreção esbranquiçada, amarela ou verde que sai do pênis
  • Testículos doloridos ou inchados (menos comum)

Outros sintomas podem afetar homens e mulheres:

  • Coceira anal
  • Dor
  • Sangramento
  • Movimentos intestinais dolorosos

Em raros casos, a gonorreia pode se tornar uma infecção gonocócica disseminada (síndrome artrite-dermatite).

"Ela ocorre quando a infecção se espalha pela corrente sanguínea para outras partes do corpo, especialmente para a pele e as articulações. As articulações ficam inchadas, com sensibilidade ao toque e extremamente dolorosas e apresentam limitação na mobilidade. A pele por cima das articulações infectadas pode ficar vermelha e quente. As pessoas normalmente têm febre, sentem-se doentes de forma geral e desenvolvem artrite em uma ou mais articulações", descreve o Manual MSD de Diagnóstico e Tratamento.

Os pacientes também podem ter pequenas manchas vermelhas na pele, geralmente nos braços e pernas, que são ligeiramente dolorosas e podem estar cheias de pus.

"As infecções das articulações, da corrente sanguínea e do coração podem ser tratadas, mas a recuperação da artrite pode ser lenta", complementa o guia médico.

O uso de preservativo durante relações sexuais é uma das medidas que podem ajudar na prevenção da gonorreia.

Além disso, o rastreamento de parceiros sexuais após o diagnóstico da doença é fundamental para encerrar a cadeia de transmissão da bactéria.

R7

Verão é, sem dúvidas, a estação mais quente do ano. O período de altas temperaturas é também aquele reservado por muitas pessoas para viajar e aproveitar o merecido descanso. E, se é descanso, quer dizer que falta rotina e preocupações, até com a alimentação. Por isso, que a temporada exige tanto cuidado e atenção com a famosa intoxicação alimentar.

Também conhecida como gastroenterite, a doença precisa de mais atenção nas férias, entre outros motivos, por causa do calor excessivo. As altas temperaturas contribuem para a proliferação de bactérias e fungos, que aceleram a decomposição dos alimentos, principalmente os que são armazenados inadequadamente.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 600 milhões de pessoas são intoxicadas no mundo todos os anos. A doença é uma condição de saúde e uma resposta do corpo após o consumo de alimentos ou água contaminados por microorganismos ou toxinas que causam a intoxicação, provocada por bactérias, fungos ou vírus. A bactéria mais comum é a salmonella, presente em carnes e ovos mal cozidos.

A nutricionista Lilian Vieira, da plataforma Science Play, conta que três são as causas mais comuns de intoxicação: alimentos que foram mal armazenados, que podem estar fora do prazo de validade e que também foram mal preparados. “A nossa maior preocupação é com a desidratação. Os sintomas mais comuns são: náuseas, vômito, diarreia, dor abdominal leve e mal-estar em geral, que podem durar até 15 dias”, afirma.

Mas, calma. É possível curtir o verão e as férias sem se intoxicar com qualquer comida ou bebida. Para isso, algumas recomendações são feitas. “Vários alimentos podem estar contaminados, mas o que a gente precisa ter mais cuidado é com o consumo de carnes cruas ou mal passadas. A higienização de verduras e hortaliças também deve ser observada. Verificar se a embalagem está ou não em boas condições é outra forma de evitar problemas. Algumas dicas são: evitar comer ovos crus, maioneses caseiras, observar a procedência da água que vai na preparação de sucos ou drinks, porque muitos casos de intoxicação ocorrem por conta da água de algumas cidades e até mesmo de alguns países que se viaja”, detalha a nutricionista.

Para aquelas pessoas que não conseguiram evitar, Lilian orienta que seja feita uma dieta branda que não estimule o intestino para que a desidratação não seja agravada. “Além do repouso, é recomendada a ingestão de muitos líquidos, como a água, água de coco e adoção de uma alimentação leve, equilibrada e pobre em gorduras. É recomendado que o paciente procure ajuda médica em casos mais graves ou que ultrapassem o prazo de 15 dias”.

R7

O diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom, anunciou na última quarta-feira (24) que o Comitê de Emergência do Regulamento Sanitário Internacional se reunirá hoje para decidir se o problema da Covid-19 ainda constitui uma emergência mundial.

oms

A organização declarou em 30 de janeiro de 2020 a emergência de saúde pública de importância internacional e se reúne a cada três meses para reavaliar a situação.

No fim do ano passado, a agência sanitária afirmou ter a expectativa de que pudesse encerrar as emergências de Covid-19 e mpox neste ano.

Somados todos os países, foram constatados 669 milhões de casos da doença e mais de 67,8 milhões de mortos. Os dados mais recentes revelam uma média de 236.272 casos e 3.779 mortes nos últimos sete dias.

No Brasil, são mais de 36 milhões de casos e 696.603 mortes desde o início da pandemia. Os dados mais recentes, divulgados pelo Ministério da Saúde, mostram que a doença matou 3.938 pessoas em dezembro, com média de 131 a cada dia. Para efeito de comparação, o câncer de pulmão é a causa de morte de 28 mil pessoas e gera quase 30 mil casos por ano no Brasil. No pico da Covid-19 no país, entre março e abril de 2021, chegaram a morrer mais de 3.000 pessoas por dia.

Segundo a plataforma Our World in Data, o Brasil é hoje o 21º país do mundo com o maior número de mortes por milhão de habitantes: 3.240.

A doença ainda está longe de ser um problema solucionado no país e no mundo, o que é motivo de preocupação da OMS.

A reunião do conselho, portanto, deverá avaliar a atual situação global da Covid, que teve alta no número de casos nos últimos meses, após a mudança da política de contenção do vírus na China.

Os números mais preocupam que aliviam a OMS, já que mais de 170 mil pessoas morreram nos últimos dois meses em decorrência do coronavírus no mundo. “Embora sem antecipar o conselho do Comitê de Emergência, continuo muito preocupado com a situação em muitos países e com o número crescente de mortes”, afirmou à imprensa o diretor-geral da OMS.

Ele ainda destacou que a condição é melhor que a de três anos atrás, quando a pandemia começou, mas a situação vacinal da população de vários países ainda preocupa.

“Embora estejamos claramente em melhor condição do que três anos atrás, quando essa pandemia nos atingiu pela primeira vez, a resposta coletiva global está mais uma vez sob tensão. Poucas pessoas — especialmente idosos e profissionais de saúde — estão vacinadas adequadamente. Muitas pessoas estão atrasadas em seus reforços”, complementou.

A avaliação do comitê não depende de critérios fixos e preestabelecidos, mas de uma interpretação dos especialistas de acordo com os dados mais recentes de números de casos, mortes, vacinas e novas variantes.

No Brasil, a aplicação de vacinas contra a Covid atingiu 501.218.047 doses, sendo 181,8 milhões de pessoas com a primeira dose, 164,4 milhões com a segunda dose, 5 milhões com dose única, 103,4 milhões com primeiro reforço e 41,4 milhões com segundo reforço, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

R7

Foto: Denis Balibouse/Reuters

 A hanseníase é uma doença infecciosa crônica e curável que causa, sobretudo, lesões de pele e danos aos nervos. Em Floriano, de acordo com um levantamento de informações, existem alguns pacientes em tratamento.

Antigamente conhecida como lepra, a hanseniase é causada por infecção com a bactéria Mycobacterium leprae e, ainda hoje afeta, principalmente, a pele, os olhos, o nariz e os nervos periféricos.

Os sintomas são manchas claras ou vermelhas na pele com diminuição da sensibilidade, dormência e fraqueza nas mãos e nos pés.

A lepra pode ser curada com 6 a 12 meses de terapia com vários medicamentos. O tratamento precoce evita deficiência.  Na cidade florianense houve uma açao com foco voltado ao combate a essa patologia. Veja as imagens e uma entrevista com a Milina Portela, que coordena as ações de combate a turbecule e hanseniase.  

Agora veja a entrevista com a coorrdenadora Milena Portela. 

Da redação