• prefeutura-de-barao.jpg
  • roma.png
  • vamol.jpg
  • WhatsApp_Image_2025-06-06_at_12.28.35_2.jpeg

Cientistas da Universidade de Augusta, nos Estados Unidos, estão analisando drogas estudadas em ensaios clínicos para o câncer para ajudar a frear o envelhececimento dos ossos e músculos de pessoas com HIV.

hiv

Os coquetéis antirretrovirais, utilizados no tratamento da doença, impedem o processo de replicação viral podendo tornar o vírus indetectável e instrasmisível, além de também reduzir a carga viral. Contudo, tanto o vírus quanto o tratamento podem acelerar o envelhecimento dos ossos e músculos, por isso os pesquisadore norte-americanos estão estudando meios de frear esse processo.

Meghan McGee-Lawrence, engenheira biomédica da Universidade de Augusta, disse em comunicado que “essas drogas estão fazendo o que deveriam, estão estendendo a vida útil.” Agora, disse a engenheira, “o que precisamos fazer é lidar com os efeitos colaterais para que você possa estender o tempo de saúde e a vida útil”.

Os cientistas estudam o triptofano, um aminoácido essencial, importante para o metabolismo. A indoleamina è uma enzima natural que ajuda a quebrar o triptofano em produtos utilizáveis como a quinurenina, associada à produção de combustível para as nossas células. Com a idade, os níveis de triptofano tendem a diminuir, enquanto aumenta os níveis da indoleamina. Esse processo resulta em uma maior conversão do triptofano disponível em quinurenina, que é conhecido por ativar o receptor de hidrocarboneto aril (AhR). Normalmente, o AhR tem um papel bastante global, ajudando a perceber o que está acontecendo no ambiente do corpo e fazendo os ajustes necessários, inclusive na resposta imune e na expressão gênica, regulação da glicose e remoção de toxinas. segundo os cientistas, este “receptor já é altamente expresso em células ósseas e musculares e é considerado como tendo um papel fundamental no envelhecimento e na expectativa de vida”.

Com a produção mais alta de quinurenina, mais altos são os níveis produzidos de estresse oxidativo destrutivo, que danifica usinas celulares para que nossas células não obtenham toda energia de que precisam, aumenta a inflamação e geralmente envelhece nossos ossos e músculos.

Os pesquisadores, recentemente, também perceberam que essas dinâmicas relacionadas ao envelhecimento podem aumentar o estresse oxidativo e induzir o processo de envelhecimento, chamado senescência, nas células-tronco da medula óssea, que produzem células ósseas e musculares. Com a senescência, as células normalmente não morrem, mas param de funcionar de forma ideal ou sua função pode mudar e pode começar a secretar muitos fatores inflamatórios. Os problemas com estresse oxidativo e senescência provavelmente resultam dos medicamentos antirretrovirais que afetam as usinas celulares, ou mitocôndrias, de modo que não funcionam de forma eficiente.

Segundo Hamrick, especialista em envelhecimento da Universidade, o resultado final “é a aceleração do envelhecimento em cerca de uma década, observando que outros aspectos, como o declínio cognitivo, também parecem afetados.” O especialsta também afirma que, apesar da clara eficácia dos antirretrovirais atuais contra o HIV, ainda há um nível de inflamação nos pacientes que parece estar aumentando os níveis de quinurenina.

Portanto, os especialistas buscam meios para intervir no processo de composição que produz o enfraquecimento do organismo de maneira precoce. Eles têm evidências de que, por exemplo, marcadores de atrofia muscular, perda óssea e ativação de AhR estão todos aumentados em seu modelo de camundongo de infecção por HIV. Por outro lado, eles têm evidências iniciais de que eliminar o AhR ou inibi-lo com drogas aumenta a saúde e força muscular e óssea em testes com os animais. Eles estão analisando tanto o impacto dos inibidores da indoleamina quanto os medicamentos que inibem diretamente o AhR.

Os novos estudos também testam a hipótese principal de que a ativação excessiva do AhR é a chave para a perda óssea e muscular que ocorrem com o envelhecimento e para a aceleração dos problemas com a infecção e o tratamento do HIV.

“Esperamos identificar alguns novos alvos para prevenir a perda muscular e óssea com o envelhecimento”, disse o cientista.

Os pesquisadores esperam que seu trabalho ajude a ajustar os medicamentos existentes para reduzir seus efeitos que contribuem para o envelhecimento ou fornecer uma terapia adjuvante para pessoas com HIV que interrompe o envelhecimento acelerado.

3 min de leitura R7

Foto: Reprodução/Pixabay

O diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu na última segunda-feira (22), durante a reunião anual da entidade, que os Estados-membros se envolvam mais nas negociações em curso para elaborar um tratado contra pandemias para evitar que se repitam os efeitos causados ​​pela Covid-19.

"Peço a cada Estado que se envolva de forma construtiva e urgente nas negociações do acordo contra as pandemias (...) para que o mundo nunca mais tenha que enfrentar a devastação de uma pandemia como a da Covid", destacou Tedros. "Deve ser um compromisso geracional de que não repetiremos o pânico e a negligência que tornaram este mundo tão vulnerável", recomendou o chefe da OMS.

Ele também advertiu que o fim da Covid como emergência internacional "não é o seu fim como ameaça à saúde", e afirmou que ainda existe o risco de evoluir para variantes que gerem novas ondas de infecções e mortes.

"Também continua o perigo de um novo patógeno com letalidade ainda maior", alertou Tedros, ressaltando que, portanto, é necessário construir sistemas de defesa para futuras pandemias, o que incluiria o tratado que a OMS espera finalizar em 2024.

Tedros fez um balanço dos últimos 12 meses de trabalho da OMS em 2022, marcados pela declaração, há apenas duas semanas, do fim da emergência internacional devido à Covid-19, depois de esta ter causado cerca de 20 milhões de mortes, de acordo com os últimos cálculos da organização.

"Foi um momento de alívio mas também de reflexão", declarou o diretor-geral, que destacou que o mundo "continua a sentir dor pelas muitas perdas e pelo terrível preço pago pelas famílias, comunidades, sociedades e economias". Além da luta contra a Covid e a mpox (cuja emergência internacional também terminou em maio), a OMS respondeu a 70 crises de saúde em 2022, "desde as inundações no Paquistão ao ebola no Uganda, a guerra na Ucrânia e os surtos de cólera em cerca de 30 países", lembrou Tedros.

A OMS financiou essas operações com um fundo especial de emergência criado em 2014 (em consequência do surto de ebola que foi declarado na África Ocidental naquele ano) e para o qual destinou quase US$ 90 milhões (cerca de R$ 445 milhões, na cotação atual) em 2022.

Em 2023, com crises como a do Sudão e os terremotos na Turquia e na Síria, outros US$ 37 milhões (em torno de R$ 183 milhões) já foram usados.

Tedros também frisou que, apesar do fim das emergências internacionais pela Covid-19 e pela mpox, ainda se mantém aquela declarada pela OMS desde 2014 para a poliomielite, com surtos especialmente graves em países como Paquistão e Afeganistão.

O chefe da OMS citou outras frentes de luta da entidade, como a vacinação contra múltiplas doenças, depois que cerca de 67 milhões de crianças em todo o mundo perderam o acesso a importantes campanhas de imunização durante a pandemia.

Uma situação que a OMS quer amenizar com uma nova campanha lançada recentemente a fim de aumentar os níveis de vacinação infantil para pelo menos devolvê-los aos níveis pré-pandêmicos.

No combate à tuberculose, a OMS recomendou no ano passado o primeiro tratamento exclusivamente oral, que reduz o prazo de aplicação de 18 para 6 meses, e que já foi adotado em mais de cem países.

"No entanto, só podemos acabar com a tuberculose com vacinas eficazes", disse Tedros, lembrando que foram lançados programas de estudo e financiamento desses medicamentos.

"Se foi alcançado com a Covid, também deve ser possível com a tuberculose", assegurou.

No caso da malária, já existe uma vacina em testes, aplicada desde 2021 em três países (Malawi, Gana e Quênia), onde 1,5 milhão de menores já a receberam.

"Entre os vacinados, vimos uma redução de 30% nos casos graves de malária e uma queda de 10% na mortalidade infantil", enfatizou.

Outra frente de destaque para a OMS é a resistência aos antimicrobianos que alguns patógenos estão desenvolvendo.

Nesse sentido, Tedros lembrou a recente decisão mundial de reduzir em 30% nesta década o uso de antimicrobianos em culturas (um dos fatores que está causando o surgimento de bactérias e vacinas mais resistentes).

"Agora que celebramos o 75º aniversário da OMS, devemos empenhar-nos ainda mais na promoção da saúde, tornando o mundo mais seguro e a serviço dos mais vulneráveis", resumiu o diretor-geral no final da sua mensagem.

Agência EFE

Embora a fibra esteja ligada a inúmeros benefícios à saúde, incluindo um intestino saudável e um menor risco de câncer de intestino, um tipo desse carboidrato pode não ser tão benéfico. O que é pior, consumir esse alimento pode até aumentar o risco de câncer de fígado, de acordo com um estudo.

O alerta vale especificamente para fibra refinada chamada inulina.

Créditos: Ozgu Arslan/istock

Esse ingrediente faz parte da composição de muitos alimentos processados e também está disponível nos supermercados como um prebiótico. No entanto, pode ser prejudicial para alguns indivíduos – particularmente para aqueles que sofrem de deformidade vascular.

De acordo com a pesquisa da Universidade de Toledo, publicada na revista Gastroenterology, camundongos aparentemente saudáveis, que seguiram uma dieta rica nesse tipo de alimento, desenvolveram câncer de fígado agressivo.

O resultado surpreendeu os pesquisadores, por conta da raridade que o câncer de fígado é observado em camundongos. Embora a fibra esteja ligada a inúmeros benefícios à saúde, incluindo um intestino saudável e um menor risco de câncer de intestino, um tipo desse carboidrato pode não ser tão benéfico. O que é pior, consumir esse alimento pode até aumentar o risco de câncer de fígado, de acordo com um estudo.

O alerta vale especificamente para fibra refinada chamada inulina. Créditos: Ozgu Arslan/istock

Esse ingrediente faz parte da composição de muitos alimentos processados e também está disponível nos supermercados como um prebiótico. No entanto, pode ser prejudicial para alguns indivíduos – particularmente para aqueles que sofrem de deformidade vascular.

De acordo com a pesquisa da Universidade de Toledo, publicada na revista Gastroenterology, camundongos aparentemente saudáveis, que seguiram uma dieta rica nesse tipo de alimento, desenvolveram câncer de fígado agressivo.

O resultado surpreendeu os pesquisadores, por conta da raridade que o câncer de fígado é observado em camundongos.

catraca livre

Um estudo realizado por pesquisadores da LIBD (Lieber Institute for Brain Development) descobriu que mais de cem genes relacionados ao risco de esquizofrenia causariam a doença devido ao seu papel na placenta.

geneplacenta

A evidência chama atenção pelo fato de tais células estarem presentes no órgão gestacional, e não no cérebro em desenvolvimento do bebê. A pesquisa foi publicada no periódico científico Nature Communications. “O segredo da genética da esquizofrenia está escondido à vista de todos — a placenta, o órgão crítico no apoio ao desenvolvimento pré-natal, inicia a trajetória de risco do desenvolvimento”, afirma o autor sênior do artigo, Daniel Weinberger, em comunicado.

“A visão comumente compartilhada sobre as causas da esquizofrenia é que os fatores de risco genéticos e ambientais desempenham um papel direto e apenas no cérebro, mas esses últimos resultados mostram que a saúde da placenta também é crítica”.

Durante o estudo, os pesquisadores descobriram que os genes causadores da doença influenciariam uma função crítica da placenta, que seria responsável por detectar e fazer a troca de nutrientes na corrente sanguínea da mãe, incluindo o oxigênio.

Por terem uma expressão menor nas células do órgão placentário que formam o núcleo da troca de nutrientes, tais genes da esquizofrenia afetariam negativamente a função nutricional para o feto em desenvolvimento. “O segredo da genética da esquizofrenia está escondido à vista de todos — a placenta, o órgão crítico no apoio ao desenvolvimento pré-natal, inicia a trajetória de risco do desenvolvimento”, afirma o autor sênior do artigo, Daniel Weinberger, em comunicado.

“A visão comumente compartilhada sobre as causas da esquizofrenia é que os fatores de risco genéticos e ambientais desempenham um papel direto e apenas no cérebro, mas esses últimos resultados mostram que a saúde da placenta também é crítica”.

Durante o estudo, os pesquisadores descobriram que os genes causadores da doença influenciariam uma função crítica da placenta, que seria responsável por detectar e fazer a troca de nutrientes na corrente sanguínea da mãe, incluindo o oxigênio.

Por terem uma expressão menor nas células do órgão placentário que formam o núcleo da troca de nutrientes, tais genes da esquizofrenia afetariam negativamente a função nutricional para o feto em desenvolvimento. Foi descoberto ainda que, na placenta de mães que passaram por algum quadro de Covid-19 durante a gestação, os genes relacionados ao desenvolvimento da doença foram drasticamente ativados, indicando a infecção como um possível fator de risco para tal.

Além do principal achado para a esquizofrenia, os pesquisadores encontraram na placenta diversos genes que seriam as causas do desenvolvimento de diabetes, transtorno bipolar, depressão, autismo e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade ou TDAH (transtorno de déficit de atenção com hiperatividade).

R7

Foto: Freepik