Em São José do Piauí, a 280 quilômetros de Teresina, ainda não choveu este ano. Na grande maioria dos reservatórios do município a água está no fim.

O maior açude da região foi construído há 29 anos e agora ele secou pela primeira vez. Os canos que eram utilizados para levar água até a população tiveram o sistema desativado.

Os prejuízos na agricultura chegam a 80%, as plantações de feijão e milho foram devastadas pela estiagem. O agricultor Antônio de Sousa plantou 20 hectares e conta que só contabiliza prejuízos.

Base da economia  da região, a produção de mandioca está comprometida. A escassez de chuva arrasou plantações inteiras.

A seca ameaça os negócios da cooperativa de mandiocultura da região. Mais de 300 famílias que vivem da atividade estão sem trabalhar.

O ano passado, a indústria chegou a produzir 120 de farinha de mandioca e 110 de goma. Foram oito meses de trabalho com todas as máquinas em operação, mas agora, sem a matéria-prima, tudo está parado.

G1

Gilberto Medeiros, diretor geral da ADH, informou que o Piauí é o 5º estado do Brasil com o maior número de contratações pelo Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR) que tem por objetivo financiar moradias aos agricultores familiares através de associações sem fins lucrativos ligadas ao meio rural.  Até o mês de maio deste ano, 1.279 unidades habitacionais foram contratadas pelo PNHR, através do Governo do Estado.

Segundo Gilberto Medeiros, cada unidade habitacional custa R$ 25 mil, sendo que uma associação tem direito a 50 casas, desde que apresente um projeto que atenda a todas as exigências do PNHR. “Na hora de contratar novas moradias, o Governo Federal é muito rigoroso, mas acho que está correto, afinal, são liberados R$ 1.280 mil para cada projeto de 50 casas. É uma verba muito alta”, afirma o técnico do PNHR, William Ferreira