O prefeito eleito professor Valkir Nunes, do município de Francisco Ayres-PI, após ter se reunido com milhares de pessoas das mais diversas comunidades da cidade promoveu no sábado, 13, uma festa ainda em comemoração a vitória nas urnas. O evento com uma banda local foi relizado num clube de lazer no centro da cidade.
Antes da realização da festa o prefeito eleito, professor Valkir Nunes, esteve se manifestando ao piauinoticias.com sobre as primeiras ações a serem tomadas logo que assumir a Prefeitura em janeiro de 2013.
PN – Para administração futura existem muitos fatores que precisam ser melhorados na cidade. Qual foi o foco da sua campanha durante esses últimos três meses?
VN: Bem! Iremos traçar metas, veremos as principais e a saúde é uma delas. A saúde do nosso município se encontra num estado crítico, falta médicos, outros profissionais, medicamentos e transportes. Veja, atuando como cidadão sem ser ainda político de mandato tenho várias vezes transportado pacientes em transportes particulares, isso para atender a necessidade da população. O município já teve duas ambulâncias, hoje não tem nenhuma, não tem um carro para servir a população. Na zona rural temos apenas um povoado que já existe um posto médico e este está precário, é meta nossa até o final do nosso mandato, construir um posto de saúde em cada comunidade e colocar atendimento técnico diário e no mínimo, uma vez por semana atendimento médico em cada localidade para que o fluxo dessas pessoas diminua na sede, para desafogar para os pacientes aqui da sede. Então, como o atendimento médico é um pouco carente, quase todos os casos que chegam a Unidade Mista de Saúde (UMS) tem que ser transferidos para a cidade de Floriano e como não há transporte, esses pacientes terminam ficando aqui mesmo. Então nossa meta principal vai ser essa, conseguir transportes para transferir os pacientes para a capital e para a cidade vizinha, Floriano, mas evitar o máximo essas transferências. Como? Trazendo profissionais capazes para a tender aqui na nossa unidade.
PN: Fale um pouco sobre o objetivo do seu trabalho em relação à educação?
VN: A educação do nosso município também precisa melhorar muito em todos os sentidos, tanto no aspecto físico, quanto no setor de profissionais, necessitamos de mais servidores nesta área. Queremos no futuro fazermos um estudo pra saber o quadro de necessidade de profissionais, para poder abrir novas vagas através de concurso público para a comunidade. Como professor sei o quanto vale o trabalho deles e vou lutar por salários dignos para a classe. Também temos projeto para envolver as escolas com o esporte e lazer, e esse projeto irá se chamar ‘Um bom aluno, um bom atleta’, aquele aluno que cumprir a sua freqüência escolar, tirar boas notas, que o Ministério da Educação e Cultura (MEC) aprove, irá participar de uma escolinha, irá praticar esporte, recebendo todo material e o incentivo para que no futuro cresça e alcance o sonho de ser um bom atleta para representar também o nosso município, além de tudo isso, daremos atenção na área de transporte da educação que é muito carente tanto na zona rural que não existe a linha de transportes, como também na área urbana.
PN – Quanto à merenda escolar?
VN – Há! Essa não pode faltar. É o que se ver nessa administração atual é a falta de merenda escolar. Os alunos às vezes passam 15 dias sem ter a merenda escolar, o dinheiro vem mensalmente e o município compra apenas de dois em dois meses, então termina faltando, mas na nossa administração se os recursos continuarem vindo todos meses, então teremos que comprar a merenda escolar todos os meses.
PN: Ainda voltando ao processo de campanha como o Sr. avalia o apoio dos partidos que o ajudaram a eleger?
VN: Esse processo eleitoral foi desacreditado no inicio, mas logo as pessoas viram que era possível a nossa candidatura. Mas sobre os partidos, o PDT é um partido recém criado, surgiu no ano de 2007 nesse município através de uma pessoa que não exercia nenhum mandato eletivo e logo que foi criado a gente já conquistou espaço e a preferência do povo pela cabeça de chapa também surgiu em seguida. Tivemos candidatura de prefeito em 2008 e não conseguimos êxito naquele momento, fomos derrotados por 117 votos para o prefeito atual, no entanto, nós não baixamos a cabeça, demos continuidade ao processo no dia a dia e agora em 2012, sem vaidade, sem querer ser melhor do que ninguém colocamos na mão do povo, para o povo decidir quem seria o novo candidato a prefeito e o povo optou pelo nosso nome Valkir do PDT. Fomos em busca de mais apoio, já que a gente tinha perdido o apoio de alguns políticos, conseguimos assegurar o apoio de mais partidos como o PSD, PSDB, PSC, PCdoB e o PSB, fizemos a escolha de um nome para compor a chapa de vice e veio um cidadão de bem, um homem de poucas palavras, mais preparado e que reside na zona rural, numa região na qual perdi na eleição passada e foi um nome que agora fez a diferença, então, foi um processo muito trabalhado, as ideias sempre foram discutidas em grupo, eu sou um dos mais novos do grupo, mas sempre fui respeitado como líder deste grupo. Agradeço muito os companheiros por me respeitarem e aos poucos, a gente foi vendo que a coisa estava dando certo, estávamos indo para o rumo da vitória, o eleitor se envolveu na campanha, tivemos vários voluntários na nossa campanha, os nossos eventos sempre forram grandiosos, maiores do que os de nosso adversário que estava no poder e o resultado não foi diferente do que imaginávamos. Sei que no nosso grupo tinha muita gente que não acreditava na vitória, pessoas que estavam votando na gente por amizade, teve gente que chegou a falar, ‘eu ou votar pra você, mas nós não vamos ganhar a eleição’. Os adversários lançaram um grupo muito forte, com prefeito, vice-prefeito, pessoas com poder aquisitivo muito grande no nosso município, mas o povo foi mais forte, depositou a confiança na gente, viu o nosso trabalho cansado do dia a dia e nos deu a recompensa, escolheu o que na opinião deles, será o melhor para governar o nosso município, escolheu Walkir e Agemiro para governar e fazer a administração dos próximos quatro anos.
Da redação
IMAGENS: Agostinho Cavalcante