Pressionada e acusada de ter agido contra o próprio estado ao permitir a votação do requerimento de urgência para a análise dos vetos presidenciais sobre royalties do petróleo, a vice-presidente da Câmara e do Congresso, Rose de Freitas (PMDB-ES), decidiu agir para apaziguar os ânimos a respeito do tema.
Ontem, 13, logo após ouvir críticas de colegas do Rio de Janeiro, que recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF) para anular a votação, ela assegurou que não convocará a sessão conjunta marcada para a semana que vem, quando poderiam ser votados os vetos presidenciais, e decidiu pedir ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que faça o mesmo. Com isso, o assunto poderá ser empurrado para 2013.
Como presidente em exercício do Congresso, Rose comandou a reunião em que a urgência foi aprovada, na quarta-feira. Ela explica que levou em consideração o Regimento Interno da Câmara para permitir que o tema dos royalties passasse à frente de outros 3.060 vetos em pauta. A ação, no entanto, foi questionada por parlamentares dos estados produtores de petróleo — Rio e Espírito Santo —, que acusam Rose de ter permitido a votação para ganhar votos na disputa pela presidência da Câmara.
Correio Braziliense