Tranquilidade? Que nada! Campeão invicto do primeiro turno, o Flamengo-PI começou o returno com uma suada vitória sobre o 4 de Julho, por 2 a 1, na noite desta segunda, 30. Após abrir vantagem de dois gols, a Raposa permitiu ser pressionada pelo Colorado de Piripiri. E foi no sufoco que o time de Moroni permaneceu sem derrotas e cumpriu o planejamento no segundo turno da Copa Piauí: agora faltam dois jogos para o tetracampeonato do torneio.
Em um primeiro tempo de movimentação, Fabinho e Raiff abriram o placar e animaram a torcida no Estádio Lindolfo Monteiro (182 pagantes com renda de R$ 1.800). Mas o roteiro não foi bem esse. Incansável, o 4 de Julho soube pressionar e descontou com Maycon no final da etapa inicial, o que colocou pimenta na partida. Porém, a mesma força colorada não foi vista nos últimos 45 minutos, apesar de pressionar. A exibição rubro-negra deixou o treinador irritado, que sintetizou com um clichê:
- Futebol sempre é uma surpresa – resumiu Moroni.
Com três pontos, mas saldo de gols menor que o Piauí, a Raposa inicia o returno na vice-liderança. O Enxuga Rato lidera. Já o 4 de Julho estreia na terceira colocação. Com quatro derrotas, o Picos permanece na lanterna da competição. Na próxima rodada, o time rubro-negro enfrenta o Zangão, que vem de crise com a saída de Aníbal Lemos. O Colorado recebe o Piauí em Piripiri.
Em entrevista exclusiva a "Folha de São Paulo" publicada nesta segunda-feira, o nadador Cesar Cielo, campeão olímpico em 2008 e pentacampeão mundial - tri nos 50m livre e bi nos 50m borboleta -, afirmou que desde sua conquista em Pequim, a estrutura da natação brasileira só piorou e que o país não pode mais viver de ‘máscaras das medalhas'.
"Em número de atletas, a gente andou para trás. Se pegar o número de federados de dez anos atrás, não posso falar com certeza, mas, se aumentou, duvido que tenha sido de forma negativa. E isso para um esporte em que a gente ganha medalha desde 2008 todos os anos. A parte estrutural só piorou. O que melhorou foi o grupo (da seleção). Todos foram crescendo juntos, é uma grande equipe. Evoluíram a parte técnica, a capacidade dos atletas, mas em estrutura...", disse.
Cielo também criticou o procedimento de desenvolvimento de atletas e o calendário nacional de competições com poucos torneios para aqueles que estão surgindo.
"O processo é um funil, começa com mil para, talvez, ter um que vai dar certo. O esporte no Brasil hoje está vivo por causa dos clubes. É difícil do nosso lado também (dos atletas de elite). Qual é o cartel de competições que a gente tem? Tem Maria Lenk, José Finkel e Open. Na agenda de Grand Prix da USA Swimming (entidade que organiza a natação dos EUA) tem uma competição por mês. É como no tênis, o cara não tem dinheiro para viajar para jogar em Dubai, mas pode jogar o ATP 250 aqui na América do Sul. Tem que fazer em todos os lugares, tem que ter competição no Nordeste porque o pessoal não tem dinheiro para viajar."
O nadador afirmou que o dinheiro precisa ser investido em quem está surgindo, para dar chances para outros atletas competirem e não viver ‘máscara de medalhas': "Não precisa mais de investimento em cédula, não quero mais dinheiro, tem que investir em quem está aparecendo, dar chance de competir. A gente não pode mais viver dessas máscaras das medalhas. Temos lá seis ouros em Mundiais, mas as arquibancadas do Maria Lenk estão vazias", acrescentou.
O campeão olímpico ainda comentou sobre a movimentação dos jogadores de futebol sobre o calendário da CBF e da pressão política que ex-atletas, como Hortência, Raí e Ana Moser, estão fazendo para moralizar a administração esportiva.
"Fazer só barulho não adianta. Tem que fazer pressão de forma política, não tem jeito. E nessa parte o esporte precisa dos ex-atletas em ação. O atleta na ativa é um alvo muito fácil. É muito fácil prejudicar um cara desses. Por isso precisamos do pessoal que parou entrando em cena. Quem foi para competição internacional sabe como é. O massagista (da natação dos EUA) foi atleta olímpico. O cara para de nadar, mas continua envolvido no esporte. Técnicos ou até dirigentes dos EUA são ex-atletas olímpicos, a linguagem deles é a de quem fez natação, sabem do que estão falando", afirmou Cielo.
O brasileiro Sergio Sasaki conseguiu boas apresentações nesta segunda-feira e ficou muito perto de se garantir na final do Individual Geral no Mundial de Ginástica, disputado na Antuérpia (BEL).
Após a disputa dos seis aparelhos (solo, argolas, cavalo com alças, barras fixas e paralelas e salto), Sasaki somou 88,699 e terminou o primeiro dia na quinta colocação - 24 ginastas avançarão à final, na quinta-feira.
Outro brasileiro que participa da disputa, Arthur Nory, estreante em Mundiais, ficou na 16ª colocação. Nesta terça-feira haverá a última das quatro séries, que definirá todos os classificados que vão brigar por medalha.
Sasaki ficou atrás do japonês Kohei Uchimura (91,924), do americano Samuel Mikulak, que somou 89,532, dos chineses C. Lin (89,430) e Zhou Shixiong (88,898). Nesta segunda, o melhor desempenho do ginasta brasileiro foi no salto (15,333). Ele fez duas vezes a prova para tentar pegar final individual por aparelho.
Nos Jogos Olímpicos de Londres, no ano passado, Sasaki conseguiu um bom resultado ao avançar à final e terminar em décimo lugar entre os 24 que brigavam por um lugar no pódio.
Calor de 40 graus, 150 km de terra e cinco horas de prova. O domingo, 29, não foi nada fácil para quase 100 motociclistas que disputaram o 22º Enduro Chapada do Corisco, entre Teresina e Altos. Em jogo, mais do que prazer de competir. Os pilotos buscam também pontos das 9ª e 10ª etapas do Campeonato Piauiense de Enduro de Regularidade.
Junto com as motos, a prova reuniu atletas de carro 4x4, UTV e de quadriciclos. Essas modalidades, aliás, não valem pontos para o ranking, mas nem por isso deixaram de ser disputadas. Os competidores também tiveram que enfrentar dificuldades como percurso técnico, diversidade de terreno e calor.
- Foi uma prova do jeito que eu gosto, bem ‘cascuda’, ou seja, com subida de serra e alguns batentes e laços que dificultam para os pilotos e fazem o diferencial – afirma Chavier Carvalho, que disputou a prova na categoria Máster.
Nos quadriciclos, prova de alto nível, com competidores do Piauí e do Maranhão. Um deles é Eanes Castelo Branco, que retorna aos enduros após um ano sem competir. O Enduro, para ele, foi uma prévia do Rally Cerapió.
- A prova foi boa, com médias justas e deu para testar a navegação; já estamos nos preparando para montar novamente a equipe para o Rally Cerapió (em janeiro) - destacou.
A competição contou com um florianense que competiu na categoria Novato, Marcus Aurélio Ducarmo, se saiu muito bem e conseguiu sair da prova levando o terceiro lugar na bagagem.