O “I Seminário Meio-Norte para Formação de Professores da Educação Básica sobre o Enfrentamento às Violências – I SEMPREV” será realizado entre os dias 3 e 5 de julho, no Auditório Afonso Sena, do Centro de Ciências da Natureza (CCN/UFPI). O evento tem como objetivo oferecer formação continuada a professores da educação básica, além de promover reflexões e propor estratégias práticas para o enfrentamento das diversas formas de violência no contexto escolar, considerando as realidades locais e regionais.
Idealizado e coordenado pela professora Márcia Astrês Fernandes, o seminário conta com incentivo financeiro do Programa de Apoio a Eventos no País (PAEP), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), viabilizado por meio da aprovação no Edital nº 14/2024. A realização é do Grupo de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental e Trabalho (GEPSAMT/UFPI/CNPq), com apoio do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Piauí (PPGEnf/UFPI), da Pró-Reitoria de Ensino de Pós-Graduação (PRPG/UFPI), da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PREXC/UFPI), além das Secretarias Estaduais de Educação do Piauí e do Maranhão.
“Acreditamos que essa discussão é urgente e necessária, e contribuirá diretamente para a promoção de ambientes escolares mais seguros, inclusivos e saudáveis”, destaca a professora Márcia Astrês, que esteve em visita aos campi de Bom Jesus, Floriano e Picos, entre os dias 24 e 27 de junho, para divulgar o evento junto a docentes, coordenadores e diretores, com o apoio do pró-reitor Carlos Sait (PRPG/UFPI).
As inscrições são gratuitas e voltadas prioritariamente a professores da educação básica, mas também estão abertas a estudantes, profissionais da saúde e da educação, pesquisadores e demais interessados no tema. A programação inclui minicursos, conferências, mesas-redondas, apresentação de trabalhos científicos e lançamento de materiais educativos. A programação completa está disponível no folder em anexo.
O Campus Amílcar Ferreira Sobral da Universidade Federal do Piauí (CAFS/UFPI), em Floriano, promove entre os dias 6 e 9 de outubro o III Colóquio de História Natural. Com o tema “Desafios Contemporâneos e Perspectivas para a Conservação da Biodiversidade”, o encontro será coordenado pelo professor Élison Fabrício Bezerra Lima, em parceria com docentes e discentes do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Conservação (PPGBC). Inscreva-se aqui.
O Colóquio consolida-se como espaço de diálogo interdisciplinar e de fortalecimento da produção científica no estado, reunindo pesquisadores, estudantes e profissionais das áreas de Biologia, Ecologia, Zoologia e outras ciências afins.
A trajetória do evento está diretamente ligada às atividades desenvolvidas pelo Núcleo de História Natural da UFPI (NHNUFPI), que, ao longo dos anos, tem promovido ações relevantes como os Simpósios de Biologia Animal (com três edições) e as edições anteriores do Colóquio de História Natural. Enquanto o Simpósio foca na área da Zoologia, o Colóquio tem como objetivo promover uma abordagem mais ampla, integrando diferentes áreas da Biologia e estimulando a troca de experiências entre pesquisadores e instituições.
A primeira edição do evento promoveu a integração entre o CAFS/UFPI e instituições parceiras, destacando pesquisas na área de História Natural desenvolvidas no Campus. Já a segunda edição, realizada em novembro de 2021, comemorou os 10 anos da Coleção de História Natural da UFPI (CHNUFPI), com foco na importância das coleções biológicas como ferramentas estratégicas para o avanço científico e tecnológico.
Nesta terceira edição, a proposta é ampliar ainda mais o debate, promovendo reflexões sobre os desafios ambientais contemporâneos e as perspectivas de conservação da biodiversidade. A iniciativa busca contribuir para a formulação de políticas públicas e incentivar práticas sustentáveis, além de dar visibilidade às pesquisas realizadas por grupos e instituições da região. A participação ativa do NHNUFPI, do PPGBC e de seus docentes e discentes reforça o compromisso da UFPI com o desenvolvimento científico e a preservação ambiental no Piauí.
Do semiárido às regiões de cerrado, os estudantes da rede estadual estão mostrando que o futuro da inovação passa pelo Piauí. No Seduckathon 2025, maratona educacional promovida pela Secretaria de Estado da Educação (SEDUC-PI), projetos nascidos em escolas do interior do estado ganharam destaque e garantiram aos estudantes oportunidades inéditas de intercâmbio a países de referência mundial em educação e tecnologia.
Entre as 20 equipes premiadas na área de Tecnologia da Informação, os alunos surpreenderam a banca avaliadora com propostas ousadas, conectadas à realidade de seus territórios.
No sertão piauiense, os estudantes do CETI Álvaro Rodrigues de Araújo, em Itainópolis, criaram o BeeMap, uma plataforma educacional de mapeamento apícola voltada à inclusão digital e ao reflorestamento da caatinga. A proposta conecta educação ambiental, tecnologia e geração de dados para uso em sala de aula.
“O Seduckathon foi uma chance incrível de mostrar ideias, crescer e fazer a diferença. Este ano estamos aqui representando a escola com orgulho e espero que, no próximo, outros amigos possam celebrar esta conquista também”, disse Erislandia de Oliveira, uma das integrantes do time.
O impacto do projeto garantiu à equipe uma vaga no intercâmbio educacional com destino aos Estados Unidos, programado para iniciar em novembro deste ano.
“Ver meus alunos, filhos do semiárido, se tornarem protagonistas em uma maratona com quase 9 mil inscritos é indescritível. Aquele momento foi mais do que um prêmio, foi um símbolo de que o lugar onde nascemos não define o quão longe podemos chegar”, declarou, emocionada, a professora Mariana Campos.
Acessibilidade digital como direito
De São Julião, os alunos do CETI Aprígio Pereira Bezerra desenvolveram uma plataforma digital inclusiva que organiza atividades pedagógicas. A proposta foi destaque na competição e a equipe embarca para os Estados Unidos como parte do programa de intercâmbio.
“O Seduckathon foi um empurrão pra acreditar no meu potencial e no impacto que posso causar”, contou a estudante Helenice Ribeiro.
“Ver meus alunos alcançando algo tão grande foi como ver um filho realizando um sonho. É gratificante demais saber que, de alguma forma, fiz parte dessa conquista. Eles mereceram cada segundo dessa vitória!”, declarou a professora Carine Holanda, orientadora da equipe.
Pensando em como ajudar colegas beneficiários do Programa Pé-de-Meia, os estudantes do CETI Professor Antônio dos Reis e Silva, de Boqueirão do Piauí, criaram o EduMoney, um aplicativo educativo para apoiar a gestão financeira consciente. A ideia foi tão bem recebida que rendeu ao grupo uma vaga no intercâmbio com destino à Singapura, sendo a primeira viagem internacional da equipe, marcada para janeiro de 2026.
“Foi uma experiência tão boa. Tivemos a oportunidade de aprender, conhecer pessoas, viver algo que mudou a minha vida. Quando soubemos que iríamos para o intercâmbio, eu chorei de emoção. Foi um momento que nunca vou esquecer”, emocionou-se Sauan Soares, um dos estudantes.
“Essas oportunidades mostram o potencial dos nossos jovens. E para mostrar esse potencial, é preciso ter oportunidades como essa”, destacou o professor Marcos Ramon.
Inteligência artificial a serviço da aprendizagem
O projeto EducaFoco nasceu no CETI Professor Francisco Luís de Oliveira, em Jatobá do Piauí, com o objetivo de melhorar o rendimento escolar por meio da análise automatizada da atenção dos estudantes em sala de aula, usando inteligência artificial e visão computacional. A proposta audaciosa conquistou os jurados e levou a equipe para o intercâmbio nos Estados Unidos.
“Espero viver muitas aventuras, estudar bastante as linguagens de programação, além de me dedicar ao inglês. E, é claro, quero passear, conhecer lugares importantes e aproveitar ao máximo essa experiência”, celebrou o estudante Ângelo Sousa.
“O Seduckathon me proporcionou aprimorar minhas metodologias, aprofundando os conhecimentos junto aos alunos durante a implementação do projeto. Agora, após conquistar o intercâmbio, terei a oportunidade de conhecer novas tecnologias e levar essas experiências para a sala de aula”, relatou o professor João Pedro Holanda.
O Seduckathon 2025 é promovido pela Secretaria de Estado da Educação do Piauí (SEDUC-PI) e, nesta edição, premiou 130 estudantes com intercâmbios internacionais para países como Estados Unidos, Alemanha, Coreia do Sul, Portugal, China e Singapura.
Essas histórias mostram que a escola pública piauiense é espaço de protagonismo, criatividade e transformação social. “O Seduckathon revela o quanto a escola pública tem potência. Esses jovens mostraram que, com apoio, propósito e oportunidade, podem ir do interior do Piauí para o mundo”, destaca o secretário de Educação, Washington Bandeira.
Entre os dias 3 e 4 de julho, será sediado no Centro de Convenções de Teresina o evento Nordeste Neon, que já ocorreu no Maranhão e na Paraíba, e agora chega ao Piauí. O Neon 2025 é o maior evento de inovação, tecnologia e empreendedorismo do nordeste e a Universidade Estadual do Piauí (UESPI) estará presente com dois projetos: a startup Neurocirai Soft e o Apoty, selecionadas através do Edital Startup Nordeste Piauí.
PROJETO APOTY:
“A Apoty nasceu de uma dor minha, eu como mãe de um filho com deficiência, encontrei na tecnologia assistiva um divisor de águas na vida dele, proporcionando autonomia, favorecendo a independência e dando voz a crianças com apraxia de fala.” Foi dessa forma que a coordenadora do projeto Apoty, Olivia Mafra que estará presente no Nordeste Neon 2025, explicou como nasceu a iniciativa de tecnologia assistiva acessível.
O projeto desenvolve soluções de baixo custo, com o objetivo de promover maior independência, qualidade de vida e inclusão para pessoas com deficiência (PcD). A professora destacou a importância da tecnologia assistiva e a necessidade que percebeu de trazê-la ao Brasil, reforçando que a Apoty nasceu de uma dor que se transformou em propósito. A tecnologia assistiva compreende recursos e serviços desenvolvidos com o objetivo de promover a inclusão, a acessibilidade e a autonomia de pessoas com deficiência na realização de atividades do dia a dia.
A docente também descreveu a emoção de conquistar o destaque ao estar entre as 20 melhores classificadas entre as 100 startups selecionadas em todo o estado, com o projeto que reúne estudantes e pesquisadores das áreas de Fisioterapia, Engenharia, Computação e Psicologia, que colaboram no desenvolvimento de soluções integradas. “É uma emoção imensa, ficar entre os 20 reforça que é possível fazer ciência com propósito e impacto social. Nosso projeto não é apenas sobre tecnologia, é sobre dignidade, inclusão e acesso às minorias, às pessoas com deficiência. Saber que nosso produto tecnológico, que nasceu como fruto de pesquisa universitária, pode transformar a vida de milhares de pessoas nos motiva a continuar, mesmo diante dos desafios”, destacou a professora Olivia.
PROJETO NEUROCIRAI SOFT:
O projeto Neurocirai Soft, coordenado pelo professor Chicão, nasceu de uma linha de pesquisa já desenvolvida há algum tempo por professores vinculados ao programa Renorbio, Rede Nordeste em Biotecnologia, do qual fazem parte desde 2011. O professor é o único docente da UESPI que integra o programa, em que a universidade participa desde 2006. “Esse projeto específico nasceu justamente a partir de uma linha de pesquisa que a gente já desenvolve aqui há algum tempo, voltada para o desenvolvimento de software. Até agora, já criamos cinco softwares em diferentes áreas como no Câncer de mama, destacou”.
Para o professor, os projetos do grupo de pesquisa do Laboratório de Química Quântica Computacional e Planejamento Racional de Fármacos têm grande significado, visto a forte concorrência no Estado no edital em que foram contemplados. “Oriundo de ideias de aluno de doutorado, que fazem parte de uma das linhas que desenvolvemos, o software é voltado para a área da saúde e tem como objetivo auxiliar o médico na tomada de decisão”, disse o professor, que falou sobre o sentimento de dever cumprido e destacou: “Eu posso dizer que o nosso trabalho está no caminho certo.”
O professor também relatou que o edital do Startup Nordeste surgiu para consolidar o que já vinha sendo construído. “Foi uma forma de potencializar e dar visibilidade a um trabalho que já tem base sólida na pesquisa e no desenvolvimento de soluções tecnológicas com impacto direto na saúde e na sociedade.” Além de ressaltar a visibilidade promovida através do evento e expressar o desejo que mais profissionais da Uespi entre nos próximos editais, sendo significativo para o programa, para universidade e para o grupo de pesquisa e pesquisador.