• hospital-de-olhos.jpg
  • roma.png
  • vamol.jpg

covidsintomOs primeiros sintomas da covid-19 são diferentes em grupos de 15 a 59 anos e de 60 a 80 anos, segundo um estudo da King's College London, no Reino Unido, publicado no periódico médico Lancet. A pesquisa ainda apontou que os sintomas nesse estágio da doença também são distintos entre homens e mulheres.

O estudo foi feito a partir da análise de dados do aplicativo ZOE COVID COVID Symptom Study entre abril e outubro do ano passado por meio de sintomas relatados nos três primeiros dias da doença. Foram avaliados 18 sintomas que apresentaram relevância diferente para a detecção precoce da doença em cada grupo etário.

Os principais sintomas, de forma geral, foram perda do olfato, dor no peito, tosse persistente, dor abdominal, dor nos olhos e dores musculares incomuns. A pesquisa revelou que a perda de olfato não foi frequente em pessoas acima de 60 anos e irrelevante em idosos com mais de 80 anos. Os sintomas mais comuns nessas faixas etárias, no primeiro estágio da doença, foi diarreia.

Homens, de todas as idades, demonstraram ser mais propensos a ter falta de ar, fadiga e calafrios, enquanto as mulheres relataram mais perda do olfato, dor no peito e tosse persistente.

Os pesquisadores ressaltam que o modelo de estudo foi reproduzido ao longo da pandemia, sugerindo que poderia ser aplicado a participantes fora do aplicativo.

Eles também destacam que, embora o modelos de estudo se refira a infecções causadas pelo vírus original e pela variante Alfa, identificada pela primeira vez no Reino Unido, as descobertas sugerem que os sintomas relacionados à variante Delta também diferem entre grupos populacionais. A Delta é predominante no Reino Unido.

"É importante saber que os primeiros sintomas são variados e podem ser diferentes em cada membro da família. As orientações de teste podem ser atualizadas para permitir que os casos sejam detectados mais precocemente, principalmente diante de novas variantes que são altamente transmissíveis. Isso inclui testes rápidos amplamente disponíveis [no Reino Unido] para qualquer pessoa que apresente um sintoma que não seja essencial", afirmou Claire Steves, autora principal do estudo, por meio de nota.

"Atualmente, no Reino Unido, apenas alguns sintomas são usados ​​para recomendar o auto-isolamento e testes adicionais. Esperamos que esse método seja usado para encorajar mais pessoas a fazerem o teste o mais cedo possível a fim de minimizar o risco de propagação da doença", acrescentou Liane dos Santos Canas, também autora do estudo.

R7

Foto: REPRODUÇÃO/FREEPIK

coronaretinaPesquisadores brasileiros da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) conseguiram, pela primeira vez, detectar a presença do coronavírus em retinas. O estudo pode contribuir para compreender melhor a dinâmica do vírus e as sequelas em pacientes infectados.

O estudo analisou retinas de pacientes que morreram em decorrência da covid-19 e compararam com fotos dos olhos desses pacientes quando vivos para analisar as diferenças e formas de aferir a presença do vírus a partir da retina.

Segundo o professor da UFRJ e um dos coordenadores do estudo Rubens Belfort Jr, a retina é um biomarcador importante, pois faz parte do sistema nervoso, mas é mais acessível, permitindo identificar a presença do vírus em determinados locais do corpo, como nesse sistema. Além de identificar a presença do vírus e de reservatórios dele nos corpos dos pacientes, o professor explica que os resultados do estudo podem auxiliar no processo de entendimento e enfrentamento das sequelas de pessoas que contraíram a covid-19.

“A pesquisa pode ajudar a entender a existência das sequelas e como combater às sequelas, como aquelas relacionadas alterações neurológicas que alguns pacientes com covid-19 desenvolvem”, disse Rubens Belfort.

As informações obtidas pela pesquisa podem contribuir para a compreensão das causas das sequelas. “Será que desenvolve porque é alteração imunológico ou tem relação com o vírus que ficou?”, indaga, exemplificando que tipo de questões carecem de melhores explicações.

Agência Brasil

Foto: Débora Barreto/Divulgação FIOCRUZ

biotechastraCombinar a vacina contra covid-19 da AstraZeneca com uma segunda dose do imunizante da Pfizer-BioNTech, ou da Moderna proporciona uma "boa proteção", disse o SSI (Instituto Estatal de Soro da Dinamarca) nesta segunda-feira (2).

Um número crescente de países está cogitando mudar para vacinas contra covid-19 diferentes para administrar as segundas doses, uma medida particularmente necessária na Dinamarca desde que as autoridades de saúde suspenderam as inoculações com a vacina da AstraZeneca em abril por causa dos temores de efeitos colaterais raros.

Mais de 144 mil dinamarqueses, a maioria profissionais da linha de frente do setor de saúde e idosos, receberam uma primeira dose da AstraZeneca, mas foram vacinados subsequentemente com vacinas ou da Pfizer-BioNTech, ou da Moderna. "O estudo mostra que, 14 dias após um programa combinado de vacinação, o risco de infecção de SARS-CoV-2 é reduzido em 88% na comparação com indivíduos não-vacinados", disse o SSI.

Isto é uma "eficácia alta", acrescentou o SSI, comparável à taxa de eficácia de 90% de duas doses da vacina Pfizer-BioNTech, confirmou outro estudo dinamarquês.

O estudo, publicado na semana passada, cobriu um período de mais de cinco meses entre fevereiro e junho deste ano, durante o qual a variante Alfa do coronavírus foi predominante.

Ele não conseguiu concluir se a mesma proteção se aplica à variante Delta, que hoje é a mais disseminada na Dinamarca.

Reuters

Reuters/Dado Ruvic/Ilustração

variantdeltaA variante Delta da coronavírus parece causar doenças mais graves e é tão contagiosa quanto a catapora, de acordo com um relatório dos Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC, sigla em inglês) publicado pela mídia americana.

O jornal Washington Post publicou este documento interno do CDC segundo o qual as pessoas que completaram a vacinação para covid-19 podem transmitir a variante Delta tanto quanto as não vacinadas. "As pessoas precisam entender que não estamos dando um alarme falso", disse a diretora do CDC, Rochelle Walensky, à CNN.

Ela acrescentou que "este é um dos vírus mais contagiosos conhecidos" e é "comparável" ao "sarampo ou catapora".

Espera-se que o CDC divulgue hoje informações que apoiam sua decisão de modificar as recomendações que foram dadas para as pessoas que receberam a vacina contra a covid-19, como voltar com o uso de máscaras em locais fechados. "As pessoas precisam entender que não estamos dando um alarme falso", disse a diretora do CDC, Rochelle Walensky, à CNN.

Ela acrescentou que "este é um dos vírus mais contagiosos conhecidos" e é "comparável" ao "sarampo ou catapora".

Espera-se que o CDC divulgue hoje informações que apoiam sua decisão de modificar as recomendações que foram dadas para as pessoas que receberam a vacina contra a covid-19, como voltar com o uso de máscaras em locais fechados.

O documento do CDC mostra que o órgão reconhece que deve adequar suas mensagens à população, enfatizando que a vacinação é a melhor defesa "contra uma variante tão contagiosa que atua, quase, como se fosse um vírus novo e diferente", informa o Post.

O documento enfatiza ainda que a variante passa de uma pessoa para outra mais rapidamente do que o ebola, um resfriado comum, a gripe sazonal e o sarampo e é tão contagiosa quanto a catapora.

Esta semana houve uma média diária de 71 mil novos casos de covid-19 e dados das agências sanitárias indicam que as pessoas vacinadas transmitem o vírus, embora, aparentemente, em menor grau do que as pessoas não vacinadas.

Agência EFE

Foto: DIVULGAÇÃO/NIAID-RML