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astrazenecaA EMA (Agência Europeia de Medicamentos) reforçou nesta quinta-feira (18) a segurança e a eficáica da vacina contra covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca.

O comunicado vem como forma de tranquilizar governantes e a população do bloco após a suspensão do uso do imunizante em alguns países.

A medida foi tomada por autoridades locais depois que surgiram alguns casos de formação de coágulos em pessoas que haviam sido vacinadas com o produto.

A AstraZeneca, no entanto, nega relação com a vacina e diz que a incidência dos eventos foi até menor em quem tomou a vacina do que na população em geral.

Mais cedo, a MHRA (Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos para a Saúde) também afirmou não ter encontrado qualquer relação entre a vacina de Oxford e também da Pfizer com casos de trombose.

"Nossa revisão minuciosa, ao lado da avaliação de importantes cientista independentes, mostra que não há evidências de que os coágulos de sangue nas veias aconteçam mais do que seria esperado na ausência de vacinação, para nenhum dos imunizantes", afirmou a diretora-executiva da MHRA, June Raine.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) já havia reforçado que era precipitada a decisão de governantes de suspender o uso, principalmente porque a União Europeia enfrenta uma escassez de vacinas e países veem seus programas de imunização patinando.

 

AFP

Foto: FABIAN BIMMER/REUTERS

vacinajhonsonA vacina da Janssen (braço farmacêutico da Johnson & Johnson), que recebeu autorização de uso emergencial da OMS (Organização Mundial da Saúde), pode ser usada em mulheres grávidas e lactantes, informou hoje um grupo de especialistas em imunização.

É a primeira vacina aprovada que requer uma única dose para gerar imunidade contra a covid-19.

O grupo de cientistas que oferece aconselhamento estratégico sobre imunizações para a OMS indicou que a mesma plataforma tecnológica usada para a vacina Janssen foi usada no passado para produzir outras vacinas que se mostraram seguras para mulheres grávidas e lactantes.

Não é recomendado que mulheres grávidas passem por teste covid-19 antes de serem vacinadas ou que considerem adiar a gravidez por terem recebido a vacina.

Para as mulheres que se enquadram na segunda categoria, a OMS não recomenda a interrupção do aleitamento materno após a vacinação.

A vacina da Janssen apresenta um nível de segurança e eficácia que a torna mais um instrumento para o controle da pandemia e oferece a vantagem de que, ao exigir uma única dose, mais pessoas poderão para ser vacinado, observou o grupo.

A única contraindicação apontada pelos especialistas é a alergia a um de seus componentes, embora essa vacina seja isenta de adjuvantes, conservantes, material de origem animal ou tecido fetal.

A recomendação emitida pelos especialistas indica que esta vacina demonstrou em ensaios clínicos uma eficácia de 76,7% contra episódios graves de covid-19 após 14 dias após a injeção e 85,4% após 28 dias.

Quanto a evitar hospitalizações, sua eficácia estimada é de 93% e 70% contra os casos sintomáticos de covid-19.

Como todas as outras vacinas em uso, a da Janssen deve ser administrada sob supervisão profissional e deve haver tratamento médico disponível no caso de uma reação alérgica.

EFE

Foto: SHANNON STAPLETON/REUTERS

modernnaA empresa americana de biotecnologia Moderna anunciou, nesta terça-feira (16), que começou os testes clínicos de sua vacina contra a Covid-19 em crianças. Os ensaios serão feitos nos Estados Unidos e Canadá e devem reunir 6.750 crianças ao todo. Os participantes terão no mínimo 6 meses de idade e precisam ser menores de 12 anos.

Os ensaios serão de fase 2 e 3, conduzidas ao mesmo tempo. Nessas fases, os cientistas testam a segurança e eficácia de uma vacina em centenas e milhares de voluntários, respectivamente (veja detalhes dos testes mais abaixo).

A vacina da Moderna é a única aplicada nos Estados Unidos, hoje, que pode ser dada a pessoas com 16 anos ou mais. As outras vacinas que o país aprovou, a da Pfizer e a da Johnson, só podem ser aplicadas a partir dos 18 anos.

As vacinas da Moderna e da Pfizer usam a tecnologia de RNA mensageiro para induzir a formação de anticorpos contra o coronavírus. Já a vacina da Johnson usa a plataforma de vetor viral. (Veja infográficos abaixo). Nenhuma das três está disponível no Brasil.

Segundo a Moderna, 53 milhões de doses da vacina criada pela empresa já foram aplicadas nos EUA. O imunizante é dado em duas doses.

"Este estudo pediátrico nos ajudará a avaliar a possível segurança e imunogenicidade [capacidade de induzir produção de anticorpos] de nossa vacina candidata contra a Covid-19 nesta população mais nova importante", declarou o presidente da Moderna, Stéphane Bancel.

Os ensaios com crianças terão duas partes e serão conduzidos da seguinte forma:

Cada participante receberá 2 doses, dadas com 28 dias de diferença. A segurança e a capacidade da vacina em gerar anticorpos é um dos objetivos primários do estudo. Na parte 1, cada participante com 2 anos de idade completos a 11 anos pode receber 50μg (microgramas) ou 100μg da vacina.

As crianças de 6 meses de idade até 2 anos incompletos receberão 25μg, 50μg ou 100μg da vacina. Não haverá grupo controle nesta fase, ou seja: todas crianças receberão alguma dose de vacina. Uma análise provisória será conduzida para determinar qual dose será usada na parte 2 dos ensaios. Nesta etapa, haverá grupo controle, ou seja: alguns participantes não vão receber dose nenhuma da vacina. As crianças serão acompanhadas por 12 meses após a segunda vacinação.

 

G1

oxforddA Organização Mundial da Saúde (OMS) convocou um grupo de especialistas para uma reunião na próxima na terça-feira (16) com o objetivo de analisar a segurança da vacina Oxford contra a covid-19, mas reafirmou que os países devem continuar a administrá-la por enquanto.

O grupo de especialistas "está em contato próximo com a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e nos encontraremos amanhã", disse o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

"Não queremos que as pessoas entrem em pânico e, por enquanto, recomendamos que os países continuem a vacinar com a Oxford", declarou outro funcionário da agência, depois que vários países suspenderam seu uso por temores relacionados a coágulos sanguíneos. "Até agora, não encontramos uma ligação entre esses eventos e a vacina", acrescentou.

O cientista também destacou que, por enquanto, os benefícios da vacinação superam os riscos associados à covid-19. "Com base no que vimos até agora nos dados preliminares, não há aumento no número de casos de eventos tromboembólicos", acrescentou.

A instituição anunciou, no entanto, que seu grupo de especialistas se reunirá nesta terça-feira para analisar a segurança do medicamento desenvolvido pelo laboratório anglo-sueco.

No Brasil, a Fiocruz produz a vacina de Oxford e o imunizante faz parte do sistema de imunizantes do País e não foi verificado nenhum registro de efeitos colaterais graves.

O cientista também destacou que, por enquanto, os benefícios da vacinação superam os riscos associados à covid-19. "Com base no que vimos até agora nos dados preliminares, não há aumento no número de casos de eventos tromboembólicos", acrescentou.

A instituição anunciou, no entanto, que seu grupo de especialistas se reunirá nesta terça-feira para analisar a segurança do medicamento desenvolvido pelo laboratório anglo-sueco.

 

No Brasil, a Fiocruz produz a vacina de Oxford e o imunizante faz parte do sistema de imunizantes do País e não foi verificado nenhum registro de efeitos colaterais graves.

 

 

AFP

Foto: SEM VAN DER WAL/EFE