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O estado do Piauí recebeu do Programa Nacional de Imunização as primeiras doses de vacinas contra a Mpox (varíola dos macacos). Nesta primeira etapa os imunizantes são destinados a grupos específicos.

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No lote que chegou nesta terça-feira (14) à Coordenação de Imunização, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), vieram 127 doses. O esquema de vacinação tem indicação de duas doses para cada pessoa, com intervalo de 28 dias entre cada dose e para pessoas acima de 18 anos. “De acordo com o Ministério da Saúde, nessa primeira fase da campanha a imunização focará em grupos de risco para as formas graves da doença, como pessoas que vivem com HIV/aids e profissionais de laboratórios que atuam em locais de exposição ao vírus.”, explica a coordenadora de Imunização da Sesapi, Bárbara Pinheiro.

No estado do Piauí os imunizantes estarão disponíveis nas cidades de Teresina (Sala de Vacinação Especial do Hospital Infantil Lucídio Portella – para pacientes acompanhados pelo Instituto de Doenças Tropicais Natan Portella e pelo Centro Integrado de Saúde Lineu Araújo) em Parnaíba, Piripiri, Oeiras, Floriano e Picos (Serviço de Atendimento Espacializado em Saúde – para as pessoas atendidas pelo serviço).

“No Piauí os centro especializados entrarão em contato com essas pessoas, para que eles possam comparecer para receber suas vacinas. A Sesapi já está com o levantamento desses indivíduos, que possuem as condições estabelecidas pelo PNI para receber a vacina. Lembrando que são duas doses e é necessário o retorno para a segunda aplicação, para que a proteção contra a Mpox seja garantida”, disse a coordenadora de IST’s da Sesapi, Karina Amorim.

Públicos

Receberão as doses as pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA) com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células (condição que deixa o sistema imune menos capaz de combater determinadas infecções), nos últimos seis meses.

“Este público é o que possuí maior risco de ter caso grave da doença, pessoas que internaram ou até morreram, se concentra na população jovem e imunossuprimida, particularmente as que vivem com HIV e Aids e que têm uma queda muito importante da proteção”, lembra Karina Amorim.

A vacina também é destinada para profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus [a família do vírus da monkeypox] em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3), de 18 a 49 anos de idade.

Já no caso da vacinação pós-exposição ao vírus, receberão as doses:

Para receber as vacinas pós-exposição é necessários que o indivíduo tenha tido um contato de médio ou alto risco de exposição com um suspeito, provável ou confirmado para Mpox, ter entre 18 a 49 anos de idade e comparecer ao serviço para vacinação até 4 dias após a exposição.

Casos

O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Piauí (CIEVS) registrou, até a presente data, 39 casos confirmados de Mpox no Piauí. Foram notificados ainda 272 casos, com 199 sendo descartados. A predominância no estado é em indivíduos do sexo masculino (37), e apenas dois no sexo feminino. A faixa etária mais atingida é de 30 a 39 anos, com a confirmação de 18 casos, seguida pelas idades de 20 a 29 – com 13 positivos.

Sesapi

Um raro caso de síndrome da bolsa de urina roxa (PUBS, na sigla em inglês) foi descrito recentemente na revista científica Oxford Medical Case Reports por médicos do Departamento de Nefrologia do Centro Médico Pikeville, no estado americano de Kentucky.

urinaroxa

Em um artigo, eles detalham que a paciente, uma mulher de 76 anos, "com histórico médico significativo para doença renal crônica congestiva em estágio 3 e câncer de bexiga", foi internada na unidade com um quadro de falta de ar devido a outro problema: uma insuficiência cardíaca. Após os exames, foi encontrada uma lesão aguda secundária àquela que a idosa já tinha. Durante o atendimento, os médicos optaram por inserir uma sonda na uretra e administrar furosemida (um medicamento diurético).

"Além disso, a paciente apresentava constipação desde a admissão, e, após quatro dias, notou-se mudança na cor da urina na bolsa de Foley", relataram os profissionais.

Outro artigo científico descreve a síndrome da bolsa de urina roxa como "um distúrbio raro em que a bolsa plástica do cateter urinário e o tubo ficam roxos" e acrescenta que "a descoloração se deve à presença dos pigmentos índigo e indirubina, que são metabólitos do triptofano [um aminoácido precursor da serotonina]".

"A fisiopatologia desse fenômeno pode ser rastreada até o catabolismo do triptofano, um aminoácido encontrado apenas em nossa dieta que auxilia na produção de proteínas, enzimas e outros componentes. Com a ajuda de bactérias, o triptofano é decomposto no intestino em indol e é levado para o fígado e transformado em indoxil sulfato. Bactérias produtoras de sulfatase no trato urinário convertem indoxil sulfato em indoxil que, quando metabolizado em meio alcalino, dá origem a indirubina (pigmento vermelho) e índigo (pigmento azul). Quando esses pigmentos são combinados e oxidados, a urina torna-se roxa", explicam os autores do artigo recente.

Essa síndrome é associada a infecções do trato urinário, já que as bactérias que produzem esses pigmentos costumam aparecer nesses pacientes.

O exame de urina da idosa em Kentucky revelou a presença da bactéria Proteus mirabilis, que causa infecções urinárias.

A mulher foi tratada com antibióticos e, após cinco dias, foi transferida para a enfermaria, com recomendação de fazer acompanhamento com nefrologista e urologista.

R7

Foto: Reprodução/Oxford Medical Case Reports

A Pfizer anunciou nesta sexta-feira (10) que os Estados Unidos autorizaram um novo tratamento contra a enxaqueca, com a particularidade de ser um spray de via nasal.

spraynasal

Comercializado com o nome de Zavzpret, o tratamento recebeu autorização da FDA (Food and Drug Administration, equivalente à Anvisa nos EUA), para o tratamento da enxaqueca grave em adultos.

Em um grande teste clínico, publicado no mês passado pela revista científica Lancet Neurology, o remédio mostrou efeitos positivos para o alívio da dor, superiores aos de um placebo, às vezes em um curto período de tempo - cerca de 15 minutos após a aplicação de uma dose.

Citada em um comunicado da Pfizer, Kathleen Mullin, do Instituto de Neurologia e Dores de Cabeça da Nova Inglaterra, afirmou que "uma das características mais importantes de uma opção de tratamento grave é a rapidez de seu funcionamento".

"Como um spray nasal de rápida absorção, o Zavzpret oferece uma opção alternativa de tratamento, para aqueles que precisam de alívio e não podem tomar medicamentos orais devido a náuseas ou vômitos", acrescentou.

As enxaquecas podem ter um efeito significativo na rotina e as dores de cabeça são frequentemente acompanhadas de distúrbios visuais ou intolerância à luz.

A Pfizer disse que o tratamento estará disponível em julho de 2023 nas farmácias dos EUA.

AFP

Foto: Freepik

A endometriose afeta 8 milhões de mulheres no Brasil e 200 milhões no mundo todo, porém ainda é pouco falada fora dos consultórios médicos. Diante da falta de informação, a condição costuma levar anos para ser descoberta, dificultando o tratamento.

endometriose

Dentre os seus sintomas, dois afetam de forma severa a vida da mulher: as cólicas e a dificuldade em engravidar, um sonho entre boa parte da população feminina. Estimativas da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE) apontam que entre 30% e 40% das mulheres diagnosticadas com a condição também enfrentam a infertilidade.

“Para que mais mulheres tenham a oportunidade de conhecer melhor seus corpos, além do diálogo aberto com os médicos, é primordial que falemos mais sobre a endometriose, que haja mais informação e conscientização sobre o tema. Por meio da informação e da escuta, é possível antecipar o diagnóstico, fator que impacta muito o sucesso do tratamento e a qualidade de vida da mulher”, destaca o Dr. Patrick Bellelis, ginecologista especialista em endometriose.

Por que a endometriose pode causar infertilidade

O útero é revestido pelo endométrio, um tecido que descama e é eliminado durante o ciclo menstrual, caso a mulher não esteja grávida. Quando a endometriose está presente, esse tecido cresce fora do útero, em diferentes partes do aparelho reprodutivo feminino, mudando a anatomia desses órgãos conforme a inflamação vai se agravando. É exatamente por conta dessa alteração que a infertilidade pode aparecer, além das cólicas de forte intensidade.

A endometriose pode causar também dor durante a relação sexual, dor e sangramento ao urinar ou evacuar, dores nas costas, entre outros sintomas. “Ao perceber qualquer coisa fora do normal durante o ciclo menstrual, é importante buscar atendimento e orientação de um ginecologista, para que o quadro seja investigado e se dê início a um tratamento o quanto antes. O diagnóstico precoce previne que a endometriose atinja níveis mais graves”, reforça Bellelis.

3 min de leitura R7

Foto: reprodução