A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi), por meio da Coordenação de Imunização, realizou nesta quinta-feira (16), uma reunião com os municípios para atualizar as informações sobre a nova vacina monovalente, SpikeVax, contra a Covid-19, produzida pela farmacêutica Moderna. O evento ocorreu de forma virtual e contou com a participação de mais de 265 profissionais de saúde dos municípios piauienses.
A reunião teve como objetivo principal orientar os gestores de saúde sobre as práticas de manuseio do imunizante, esquemas vacinais, identificação de grupos prioritários, métodos para solicitações das doses e procedimentos para registro das vacinas. A SpikeVax foi recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), destacando-se por sua eficácia e segurança.
Em janeiro deste ano, o Ministério da Saúde fez mudanças no Calendário Nacional de Vacinação, incluindo a vacinação contra a Covid-19 para crianças de seis meses até menores de cinco anos. Adicionalmente, a recomendação atual sugere que pessoas de cinco anos ou mais, pertencentes a grupos prioritários, recebam uma dose anual ou semestral do imunizante. Os indivíduos com alto risco de desenvolver formas graves da doença são incentivados a se vacinar independentemente do número de doses já recebidas anteriormente.
Bárbara Pinheiro, coordenadora de Imunização da Sesapi, ressaltou a importância da atualização com as orientações aos profissionais de saúde de cada município . “As crianças e pessoas do grupo prioritário agora fazem parte do Calendário Nacional de Vacinação para a Covid-19. É crucial que mantenhamos os profissionais de saúde informados sobre as novas orientações de manuseio e registro das vacinas,” explicou.
Leila Santos, superintendente de Atenção Primária à Saúde e Municípios da Sesapi, lembra sobre a importância da imunização. “É vital que toda a população, especialmente os grupos prioritários, acessem os postos de saúde e se protejam contra a Covid-19. A vacinação tem sido uma ferramenta essencial para reduzir os casos de internações e óbitos causados pelo vírus,” afirmou.
Estudo feito por pesquisadores da Fundação do Câncer aponta que o tabagismo responde por 80% das mortes por câncer de pulmão em homens e mulheres no Brasil. O trabalho foi apresentado nesta quinta-feira (16) pela fundação no 48º encontro do Group for Cancer Epidemiology and Registration in Latin Language Countries Annual Meeting (GRELL 2024, na sigla em inglês), na Suíça.
Em entrevista, o epidemiologista Alfredo Scaff, consultor médico da Fundação do Câncer, disse que o estudo visa apresentar à sociedade dados que possibilitem ações de prevenção da doença. “O câncer de pulmão tem uma relação direta com o hábito do tabagismo. A gente pode dizer que, tecnicamente, é o responsável hoje pela grande maioria dos cânceres que a gente tem no mundo, e no Brasil, em particular.”
Cigarro eletrônico Alfredo Scaff acredita que o cigarro eletrônico poderá contribuir para aumentar ainda mais o percentual de óbitos do câncer de pulmão provocados pelo tabagismo. “O cigarro eletrônico é uma forma de introduzir a juventude no hábito de fumar.” O epidemiologista lembrou que a nicotina é, dentre as drogas lícitas, a mais viciante.
O consultor da Fundação do Câncer destacou que a ideia de usar cigarro eletrônico para parar de fumar é muito controvertida porque, na maioria dos casos, acaba levando ao vício de fumar. “E vai levar, sem dúvida, ao desenvolvimento de cânceres e de outras doenças que a gente nem tinha.”
O cigarro eletrônico causa uma doença pulmonar grave e aguda, denominada Evali, que pode levar a óbito, além de ter outro problema adicional: a bateria do cigarro explode e tem causado queimaduras graves em muitos fumantes. “Ele é um produto que veio para piorar toda a situação que a gente tem em relação ao tabagismo.”
Gastos O estudo indica que o câncer de pulmão representa gastos de cerca de R$ 9 bilhões por ano, que envolvem custos diretos com tratamento, perda de produtividade e cuidados com os pacientes. Já a indústria do tabaco cobre apenas 10% dos custos totais com todas as doenças relacionadas ao câncer de pulmão no Brasil, da ordem de R$ 125 bilhões anuais.
“O tabagismo não causa só o câncer de pulmão, mas leva à destruição dos dentes, lesões de orofaringe, enfisema [doença pulmonar obstrutiva crônica], hipertensão arterial, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral [AVC] ou derrame. Ele causa uma quantidade enorme de outras doenças que elevam esses valores significativos de gastos do setor público diretamente, tratando as pessoas, e indiretos, como perda de produtividade, de previdência, com aposentadorias precoces por conta disso, e assim por diante”, afirmou Alfredo Scaff.
Para este ano, o Inca (Instituto Nacional de Câncer) estima o surgimento no Brasil de 14 mil casos em mulheres e 18 mil em homens. Dados mundiais da International Agency for Research on Cancer (IARC), analisados por pesquisadores da Fundação do Câncer, apontam que, se o padrão de comportamento do tabagismo se mantiver, haverá aumento de mais de 65% na incidência da doença e 74% na mortalidade por câncer de pulmão até 2040, em comparação com 2022.
O trabalho revela, também, que muitos pacientes quando procuram tratamento já apresentam estágio avançado da doença. Isso ocorre tanto na população masculina (63,1%), como na feminina (63,9%). Esse padrão se repete em todas as regiões brasileiras.
Região Sul O estudo constatou que na Região Sul o hábito de fumar é muito intenso. O Sul brasileiro apresenta maior incidência para o câncer de pulmão, tanto em homens (24,14 casos novos a cada 100 mil) quanto em mulheres (15,54 casos novos a cada 100 mil), superando a média nacional de 12,73 casos entre homens e 9,26 entre mulheres.
“Você tem, culturalmente, um relacionamento forte com o tabagismo no Sul do país, o que eleva o consumo do tabaco na região levando aí, consequentemente, a mais doenças causadas pelo tabagismo e mais câncer de pulmão”, observou Scaff.
Apenas as regiões Norte (10,72) e Nordeste (11,26) ficam abaixo da média brasileira no caso dos homens. Já em mulheres, as regiões Norte (8,27 casos em cada 100 mil pessoas), Nordeste (8,46) e Sudeste (9,82) ficam abaixo da média brasileira.
O Sul também é a região do país com maior índice de mortalidade entre homens nas três faixas etárias observadas pelo estudo: 0,36 óbito em cada 100 mil habitantes até 39 anos; 16,03, na faixa de 40 a 59 anos; e 132,26, considerando maiores de 60 anos. Entre as mulheres, a Região Sul desponta nas faixas de 40 a 59 anos (13,82 óbitos em cada 100 mil) e acima dos 60 anos (81,98 em cada 100 mil) e fica abaixo da média nacional (0,28) entre mulheres com menos de 39 anos: 0,26 a cada 100 mil, mesmo índice detectado no Centro-Oeste.
Em termos de escolaridade, o trabalho revelou que, independentemente da região, a maioria dos pacientes com câncer de pulmão tinha nível fundamental (77% para homens e 74% para mulheres). A faixa etária de 40 a 59 anos de idade concentra o maior percentual de pacientes com câncer de pulmão: 74% no caso dos homens e 65% entre as mulheres.
Embora as mulheres apresentem taxas mais baixas de incidência e de mortalidade do que os homens, a expectativa é que mulheres com 55 anos ou menos experimentem diminuição na mortalidade por câncer de pulmão somente a partir de 2026. Já para aquelas mulheres com idade igual ou superior a 75 anos, a taxa de mortalidade deve continuar aumentando até o período 2036-2040.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) e a Secretaria de Estado das Mulheres (Sempi) realizam nesta quinta-feira, 16, um Webinário em alusão à Semana Estadual de Conscientização e Enfrentamento da Violência Obstétrica no Piauí.
A videoconferência acontece às 10h, com participação da médica obstétrica Maria das Dores. O link para participação é o http://conferenciaweb.rnp.br/sala/maria-a-de-moura-fe Para a Coordenadora de Saúde da Mulher da Sesapi, Alzenir Moura Fé, é importante refletir e divulgar as informações sobre as boas práticas na assistência ao parto e nascimento.
“A melhor forma de combater a violência obstétrica é a prevenção e a informação. Por isso, em breve, a Sesapi e a Sempi vão lançar uma Cartilha sobre violência obstétrica orientando sobre os direitos das mulheres no período de gestação, parto e pós-parto”, afirma.
O que é a violência obstétrica-
A violência obstétrica se configura a partir de abusos sofridos por mulheres assim que buscam por serviços de saúde durante a gestação, na hora do parto, nascimento ou pós-parto.
Os maus tratos incluem violência física ou psicológica, oriundos de procedimentos desnecessários ou não autorizados pela gestante como abuso físico, sexual ou verbal; discriminação por idade, raça, classe social ou condições médicas; más condições do sistema de saúde, como falta de recursos; recusa na oferta de tratamentos à gestante ou ao bebê e não informar a paciente sobre procedimentos ou desrespeitar a decisão da mesma.
Hoje, 14 de maio, em frente à Prefeitura Municipal de Floriano, a Secretaria Municipal de Saúde realizou a entrega de 19 kits de atividade física que irão atender os polos do Programa de Incentivo à Atividade Física, que visa promover a saúde e o bem-estar da comunidade. O evento contou com a presença do prefeito Antônio Reis, acompanhado da primeira dama, Dona Carmélia e diversos secretários, autoridades e profissionais de educação física.
Cada kit é composto por diversos itens essenciais para a prática de exercícios físicos, incluindo halteres, cordas de pular, colchonetes, bolas de futebol, vôlei e futsal e outros acessórios.
A Secretária Municipal de Saúde, Coroline Reis, destacou a importância da iniciativa: "Estamos muito felizes em poder oferecer esses kits de atividade física para a nossa comunidade. Sabemos que a prática regular de exercícios é fundamental para a manutenção da saúde física e mental, e queremos incentivar cada vez mais os moradores de Floriano a adotarem um estilo de vida ativo."
O Programa de Incentivo à Atividade Física é mais uma ação da prefeitura de Floriano em prol da promoção da saúde e qualidade de vida da população. Todos os 24 polos serão beneficiados com esse novo recurso.