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O Dia Mundial do Rim é celebrado nesta quinta-feira (9) e carrega a mensagem sobre a importância de estar atento a doenças renais, especialmente no que diz respeito à prevenção, ao diagnóstico precoce e ao tratamento adequado.

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Segundo a SBN (Sociedade Brasileira de Nefrologia), o enfoque deste ano é "cuidar dos vulneráveis e estar preparado para os desafios inesperados". Pensando nisso, o R7 listou sete sintomas que são um sinal claro de doença renal crônica.

Porém, antes, é fundamental entender a relevância dos rins para o corpo humano.

De acordo com Milena Vasconcelos, médica nefrologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, esses órgãos desempenham funções fundamentais, como filtrar todo o sangue do corpo e eliminar toxinas do organismo.

"Eles atuam na manutenção dos eletrólitos do nosso corpo, como sódio, potássio, cálcio, magnésio, fósforo, bicarbonato etc. Fazem a manutenção da água, excretam algumas substâncias, como medicações, e liberam um hormônio chamado eritropoetina, que é responsável pela produção de células vermelhas no nosso corpo, como a hemoglobina", explica Milena.

E acrescenta: "Eles também são responsáveis pela produção do calcitriol, que é a vitamina D ativa, que responde pela saúde óssea do nosso corpo. E, juntamente com o coração, eles desempenham um papel primordial no controle da nossa pressão arterial".

A DRC (doença renal crônica) é a condição mais comum, que afeta uma em cada dez pessoas no mundo, segundo dados da SBN. No entanto, ela é considerada uma doença extremamente silenciosa.

"Nas fases iniciais, não há sintoma nenhum, é uma doença completamente silenciosa e progressiva. Você começa a ter sintomas quando o rim já perdeu 50% da sua funcionalidade", alerta a nefrologista.

No Brasil, de acordo com a estimativa recente (de 2022) da SBN, o número de pacientes com DRC avançada é crescente e, atualmente, mais de 140 mil pacientes realizam diálise no país.

Há também outras condições comuns que acometem o rim, como cálculos (pedras) e glomerulonefrite.

Em qualquer um dos casos, há grupos específicos que não podem ignorar nenhum indício de problema renal, pois são mais propensos a desenvolvê-los. São eles:

  • hipertensos;
  • diabéticos;
  • pessoas com histórico familiar de doença renal crônica;
  • indivíduos diagnosticados com obesidade;
  • quem tem histórico de doença do aparelho circulatório (doença coronariana, acidente vascular cerebral, doença vascular periférica, insuficiência cardíaca);
  • fumantes.

De forma geral, os sete sintomas que ninguém, mas principalmente os grupos de risco, deve ignorar, porque podem indicar uma DCR, são:

  • urina espumosa (é tanto um sinal de uma doença renal crônica quanto de uma glomerulonefrite, conhecida como nefrites);
  • sangue na urina;
  • glicose alta;
  • pressão frequentemente acima de 140 mmHg por 90 mmHg (alta) — popularmente, 14 por 9;
  • alteração do nível de consciência (em razão da ureia elevada);
  • nível de triglicerídeos no sangue elevado;
  • anemia (acompanhada de fraqueza e cansaço).

Outros possíveis sinais são inchaço (principalmente nas pernas), cãibras e sonolência. Prevenção

A melhor forma de prevenir a doença, segundo Milena, é manter alguns hábitos saudáveis, como ingerir, no mínimo, de 2 a 3 litros de água por dia, evitar anti-inflamatórios (é a medicação mais tóxica para o rim) e o tabagismo, além de reduzir o consumo de açúcar.

Pessoas com histórico familiar de doença renal crônica ou do grupo de risco devem fazer o exame de creatinina (avalia a saúde renal) de forma mais precoce e anualmente. Já a população em geral deve tornar o teste anual após os 40 anos.

"As duas maiores causas da doença renal são a pressão alta e a diabetes, então a prevenção clássica é não ter hipertensão nem diabetes. Se já tem, deve ir ao nefrologista quanto antes para minimizar esses efeitos, para não progredir para uma DCR", finaliza Milena.

R7

Foto: Freepik

Nesta terça-feira (7), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) suspendeu temporariamente a utilização do medicamento Evusheld (Tixagevimabe + Cilgavimabe), utilizado na profilaxia pré-exposição e no tratamento de casos leves e moderados da Covid-19 entre pacientes com risco de gravidade para a doença. O medicamento encontrava-se com autorização para uso emergencial.

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A suspensão pela pasta ocorre pela análise da queda da proteção do Evusheld contra as variantes de preocupação do Sars-CoV-2 em circulação no país. De acordo com a Anvisa, o embargo temporário ocorrerá até que sejam enviados dados que comprovem a eficácia do medicamento contra a variante Ômicron e suas subvariantes BQ.1, com prevalência de 77%, e BA.5, com prevalência de 15%.

O órgão afirma que, caso existam lotes circulantes no país, cabe à empresa detentora da autorização do uso emergencial do Evusheld comunicar profissionais de saúde quanto à ineficácia do medicamentos contra as variantes em circulação e orientar a utilização apenas em casos de infecções suscetíveis à sua eficácia.

R7

Foto: Divulgação/AstraZeneca

Um estudo realizado pela Universidade Curtin, na Austrália, trouxe uma nova luz às ferramentas de combate ao Covid-19. De acordo com os achados recentes, as proteínas spike do vírus SARS-CoV-2 se prendem quando entram em contato com ouro, silício e cobre. Assim, a utilização de campos elétricos para destruir tais proteínas, eventualmente, poderiam também matar o vírus.

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“Os coronavírus têm proteínas spike em sua extensão, o que lhes permitem penetrar nas células hospedeiras e causar a infecção e descobrimos que essas proteínas ficam presas à superfície do silício, ouro e cobre por meio de uma reação que forma uma forte ligação química”, disse Nadim Darwish, da Escola de Ciências Moleculares e da Vida da Universidade Curtin, e autor principal do estudo.

A partir das descobertas, os pesquisadores acreditam as substâncias possam ser utilizadas para capturar o coronavírus, sendo usados ​​em filtros de ar, como revestimento de bancos, mesas e paredes ou no tecido de panos e máscaras faciais. “Ao capturar os coronavírus dessa maneira, estaríamos impedindo que eles alcançassem e infectassem mais pessoas”, complementa Darwish.

Além do achado sobre as ligações químicas, Essam Dief, também da Escola de Ciências Moleculares e da Vida da Universidade Curtin e coautor do estudo, afirma que eles puderam constatar que o SARS-CoV-2 pode ser detectado e destruído usando pulsos elétricos.

“Descobrimos que a corrente elétrica pode passar pela proteína spike e, por isso, a proteína pode ser detectada eletricamente. No futuro, essa descoberta pode ser traduzida para envolver a aplicação de uma solução em um cotonete bucal ou nasal e testá-la em um pequeno dispositivo eletrônico capaz de detectar eletricamente as proteínas do vírus. Isso forneceria testes para Covid-19 instantâneos, mais sensíveis e precisos”, alega Dief.

Durante os experimentos, os pesquisadores notaram que, ao aplicar pulsos elétricos, a estrutura da proteína spike é alterada e, em certa magnitude dos pulsos, a proteína é destruída. Portanto, os campos elétricos podem potencialmente desativar os coronavírus.

Dessa forma, eles acreditam que a incorporação de materiais como o ouro, cobre e silício, somados à inclusão dos campos elétricos em filtros de ar, podem capturar e desativar o vírus.

“O estudo é empolgante, permitindo uma melhor compreensão dos coronavírus e de uma perspectiva aplicada para ajudar a desenvolver ferramentas para combater a transmissão de Covid-19”, finaliza o coautor.

R7

Foto: Pixabay

Um estudo em animais realizado pela Wake Forest University School of Medicine, nos Estados Unidos, constatou que, mesmo em quantidades moderadas, a ingestão de bebidas alcoólicas pode acelerar o processo de atrofia cerebral relacionado ao desenvolvimento da doença de Alzheimer. A pesquisa foi publicada no periódico Neurobiology of Disease.

Os cientistas identificaram que o álcool provoca a perda de células cerebrais e o aumento do número de placas amiloides, que são o acúmulo de proteínas tóxicas para os neurônios e as ligações que eles precisam ter para manter o processo cognitivo. Para a análise, os pesquisadores utilizaram modelos de camundongos da patologia relacionada à doença de Alzheimer, com uma abordagem de consumo crônico por dez semanas. Assim, os animais tiveram a opção de consumir água ou álcool, reproduzindo o comportamento de escolha humano.

A partir daí, eles puderam observar como o consumo moderado e voluntário de álcool alterava a função e o comportamento saudável do cérebro e se havia modificações associadas aos estágios iniciais da doença de Alzheimer. Em relação às placas amiloides, o grupo de cientistas concluiu que o álcool aumentava o número de placas menores, potencialmente preparando o terreno para um futuro crescimento da proliferação de placas. Além disso, eles também constataram que a abstinência aguda de álcool aumentou os níveis de beta-amilóide, que é um componente-chave das placas amiloides que se acumulam na doença de Alzheimer.

Ainda entre as descobertas, os pesquisadores puderam observar que o consumo moderado de bebidas alcoólicas provocava alterações em comportamentos relacionados à ansiedade e demência, assim como um aumento na quantidade de açúcar no sangue e nos marcadores de resistência à insulina, o que aumenta o risco não apenas para a doença de Alzheimer, mas também para outras doenças, como diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.

R7

Matthew Childs/Reuters