O júri popular do caso Eliza Samudio condenou, na noite desta sexta-feira, 23, no Fórum de Contagem, em Minas Gerais, os réus Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do goleiro Bruno, por participação nas ações que resultaram na morte da ex-amante do jogador.
Macarrão pegou 15 anos de prisão - pena mínima por homicídio qualificado em razão de sua confissão -, e Fernanda, 5 anos em regime aberto. A sentença começou a ser lida às 23:50h da sexta-feira e terminou por vota de 00:10h de sábado.
Eliza sumiu em 2010 e seu corpo nunca foi achado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do goleiro Bruno, de quem foi amante. Na época, Bruno era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.
Conforme a sentença da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, Macarrão foi condenado a 12 anos em regime fechado por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima) e mais três anos em regime aberto por sequestro e cárcere privado. Ele foi absolvido da acusação de ocultação de cadáver. Ao ouvir a decisão, Macarrão chorou.
Fernanda foi culpada por dois crimes de sequestro e cárcere privado, de Eliza Samudio e de seu filho, Bruninho, condenada à pena de 5 anos a ser cumprida em regime aberto.
Uma operação da Policia Militar realizada na noite desta sexta-feira, 23, na zona Norte de Teresina prendeu pelo menos duas pessoas por tráfico e um foragido da Justiça. Denise Alves Pereira, 19 anos, foi presa acusada de tráfico de drogas e de comandar uma boca de fumo no bairro São Joaquim.
Ela estava presa na Penitenciária Feminina por porte ilegal de armas e tráfico de drogas e está solta há apenas uma semana. De acordo com o tenente Frazão Neto, do Batalhão Rone, ela foi presa em flagrante com 60 pedras de crack, uma balança de precisão, munição e R$ 100 em dinheiro.
Outra mulher também foi presa em uma boca de fumo no bairro Real Compagre, zona Norte. Celina de Sousa Martins, 35 anos, informou que a droga era de seu marido José Henrique, que não estava em casa, quando os policiais chegaram. Mas, segundo o tenente Frazão, ela participava do negócio ilegal do marido.
Os policiais da Rone também recapturaram Jádison de Sousa Batista, 19 anos, que foi preso na zona Norte. Ele disse que estava cumprindo pena de latrocínio em regime semi-aberto, mas que não havia retornado à penitenciária para se apresentar.
A casa do ex-zelador Luís Pereira dos Santos, mais conhecido como “Profeta”, está à venda. No imóvel, localizado no bairro Parque Universitário, Zona Leste de Teresina, eram realizadas as reuniões com os seguidores que acreditavam no fim do mundo para o dia 12 de outubro de 2012. O episódio acabou na detenção e quase linchamento do vidente que está sendo investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e o Adolescente (DPCA).
Em entrevista nesta quinta-feira, 22, o ex-seguidor Francisco Santos conta como foi o início da seita, que chegou a ter mais de 60 pessoas, e a decisão do Profeta de vender o imóvel para seguir a vida e comprar outra para a família. De acordo com o responsável pela venda, a residência custa R$ 40 mil e possui oito cômodos, mas pode chegar até R$ 50 mil caso o comprador se interesse pelo restante da propriedade.
O ex-seguidor também revela que o espaço onde foi construída a casa foi cedido por ele ao Profeta e caso ela seja vendida, vai requerer somente o valor do terreno, que é de R$ 10 mil. “O dinheiro do imóvel é do Profeta e vai ser entregue a filha dele, que atualmente mora na casa com o marido e outro casal”, informa. Questionado sobre o paradeiro do missionário e a situação dos moradores após a saída do Profeta, Francisco Santos destaca que a missão de todos os seguidores foi feita.
“Nós cumprimos as escrituras de Deus e hoje estamos bem. Todo mundo está em suas casas. Tudo o que fazíamos era na vontade de Deus. Eu não sei quais os planos do Profeta, pois não temos mais contato, mas sabíamos que cada um iria para o seu lado. Ele era o enviado do Senhor”, ressalta.
O fim do mundo
Segundo o ex-seguidor, tudo começou no ano de 2009 quando Luís Pereira recebeu a visita de um anjo que lhe trazia um recado de Deus: que separasse os bons e maus da Terra antes dos fins dos tempos.
Após receber a mensagem, o Profeta decidiu largar o emprego, família e dedicar a sua missão. “Ele passou 4 anos na salvação, tinha uns que acreditaram e outros o chamavam de louco, mentiroso. Eu mesmo não acreditei no início”, conta.
Francisco relata que o Luís comprou uma casa ao lado da sua e passou a receber várias pessoas. “No início ele recebia viciados em drogas, mendigos e através da palavra de Deus converteu essas pessoas, que a partir de então vieram morar com ele”, disse.
De acordo com Francisco, as vigílias eram das 19h até 21h e contavam com a participação de pessoas doentes. Uma água era oferecida aos seguidores e após bebê-la, eles começavam a falar de assuntos fora de sua realidade. “Era como a gente sentisse algo dentro do corpo e não sabíamos de onde vinha aquilo que nós falamos”, pontua.
As investigações
Por entender que os menores estavam em situação de risco, a juíza da 1ª Vara da Infância e Adolescência, Maria Luíza de Moura, determinou no dia 11 de outubro de 2012 o cumprimento do mandato de busca na residência do “Profeta”. Cerca de 100 policiais das Polícias Civil e Militar resgataram 18 crianças que estavam no local.
Após não se confirmar as profecia, no dia 12 de outubro, moradores da região ameaçaram apedrejar o local e policiais do Batalhão de Rondas Ostensivas de Natureza Especial (BpRone) e da tropa de choque da Polícia Militar do Piauí, foram acionados para dar proteção aos moradores da casa de Luis Pereira dos Santos.
Na ocasião, por motivos de segurança o “profeta” foi conduzido a um distrito policial da cidade e para impedir o apedrejamento da casa, policiais entraram em confronto com a população.
Embarcam neste sábado, 24, para uma missão no Haiti, tinta militares piauienses do Exército. Eles irão integrar o 17º Contingente Brasileiro de Missão de Paz e deverão ficar no país estrangeiro por pelo menos seis meses.
Os militares terão a função de ajudar a estabelecer a ordem social, política e econômica do Haiti, desarmar grupos guerrilheiros e rebeldes e auxiliar na promoção das eleições livres.
Na manhã desta sexta-feira, os voluntários participaram da solenidade de formação no 25° BC, após sete meses de treinamento sob o comando do tenente Anderson Costa, do 4° Pelotão de Fuzileiros de Força da Paz.
Na ocasião, os familiares aproveitaram para se despedir dos heróis piauienses. "Fico triste porque temo pelo que possa acontecer, mas fico orgulhosa pela responsabilidade que ele vai exercer", disse Maria Bezerra, uma das mães que estavam presentes, em meio a lágrimas.
Dentre os voluntários há dois militares que já participaram de missões fora do Brasil: o cabo Marcone, que teve bom desempenho na Angola e espera o mesmo êxito nesta segunda missão, e o sargento Eliandro, que esteve no Haiti em 2006 e deseja continuar contribuindo para a paz no país.