Durante audiência pública realizada nesta segunda-feira, 17, na Câmara Municipal de Teresina, o presidente do Sindicato dos Engenheiros do Piauí, Antonio Florentino Filho, disse que a Agência de Águas e Esgotos do Piauí (Agespisa) pode perder R$ 650 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) com o projeto de subdelegação dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário.
Na audiência, proposta pela vereadora Teresa Brito (PV), o presidente da Agespisa, Raimundo Neto, irá explicar aos parlamentares como será implantada a subdelegação dos serviços do órgão na capital.
De acordo com Florentino Filho, na quarta-feira, 19, o Ministério das Cidades irá avaliar a liberação ou não de recursos do PAC para obras de abastecimento de água e esgotamento sanitário. Segundo ele, é bem provável que o Ministério não libere cerca de R$650 milhões de recursos públicos para o Piauí para serem administrados por uma empresa privada.
“Nós, técnicos da instituição, estamos preocupados pelo fato da defesa da liberação dos recursos, ser feita pelo presidente Raimundo Neto. O Ministério das Cidades não vai liberar recursos públicos para áreas que serão controladas por empresa privada”, disse Florentino.
O valor de R$650 milhões para obras de abastecimento de água e esgotamento sanitário, é proveniente do Orçamento Geral da União e de empréstimo do Governo do Estado junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES).
O presidente do Sindicato dos Engenheiros do Piauí, que também é servidor da Agespisa, foi escolhido por técnicos da instituição e sindicatos contrários a subdelegação para participar da audiência. Ele também denuncia que o presidente Raimundo Neto tenha boicotado o abastecimento de água em Teresina para mostrar à população que o órgão não tem capacidade de administrar o fornecimento na capital.
Em relação a esta denuncia, Raimundo Neto negou o boicote e disse que jamais seria capaz de uma medida como essa. Ele reconheceu os problemas, mas disse que o fornecimento foi interrompido por alguns dias por questões técnicas. Sobre a possibilidade do estado perder recursos do Ministério das Cidades, o presidente disse que é impossível não haver o repasse.
G1 PI