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  Estudo publicado nesta semana na revista científica “Current Biology” afirma que pesquisadores encontraram uma ligação entre mudanças na personalidade de indivíduos - com tendências para rebeldia -com o tamanho da massa cinzenta encontrada em uma região específica do cérebro.


A pesquisa, feita por especialistas dos Estados Unidos, Reino Unido e Dinamarca, afirma que embora a diferença na tendência dos indivíduos para se adequar às pressões sociais seja comumente observada, nunca foi percebida a influência de medidas anatômicas nesta questão.


O experimento que determinou tais fatores foi feito com 28 participantes, a partir da análise do efeito de cada indivíduo a músicas e opiniões de críticos sobre essas canções.


Alteração cerebral
Durante a medição da chamada influência social, os pesquisadores constataram que apenas um volume de massa cinzenta encontrado na região do cérebro chamado de córtex órbitofrontal lateral sofria alterações durante o processo de decisão.


Esses achados sugerem que esta região do cérebro é particularmente direcionada para reconhecer sinais de conflito social, como quando alguém desaprova uma escolha.


Chris Frith, autor do estudo, afirma que a capacidade de se adaptar a opinião dos outros é uma habilidade social importante, porém, essa conformação social tem relação com a própria estrutura do cérebro.


De acordo com os especialistas, o estudo explicaria, por exemplo, consequências sociais da atrofia cerebral e do desenvolvimento do cérebro. Danos nesta região podem, muitas vezes, causar alteração no comportamento das pessoas e na interação social.
 

 

 

G1

dormindoA quantidade e a qualidade do sono de uma pessoa podem interferir na função da memória anos mais tarde, segundo pesquisa feita pela Escola de Medicina da Universidade de Washington, a ser apresentada na 64ª Reunião Anual da Academia Americana de Neurologia, entre os dias 21 e 28 de abril, na cidade de Nova Orleans.


Segundo o autor Yo-El Ju, membro da academia, o estudo estabelece bases para investigar se a melhora do sono pode ser uma estratégia futura para prever, evitar ou retardar doenças degenerativas como o Alzheimer.


“Um sono interrompido parece estar associado ao acúmulo de placas amiloides (marcador característico do Alzheimer) no cérebro de pessoas sem problemas de memória", disse Ju.


Os pesquisadores testaram o padrão de sono de 100 pessoas livres de problemas cognitivos com idade entre 45 e 80 anos. Metade do grupo tinha histórico familiar de Alzheimer. Um dispositivo foi colocado nos participantes por duas semanas para medir o descanso deles. Também foram analisados diários de sono e respostas a questionários.


Passada essa fase, os cientistas descobriram que 25% dos voluntários tinham evidências de placas amiloides, que podem aparecer anos antes dos sintomas do Alzheimer. O tempo médio gasto na cama pelas pessoas foi de oito horas, mas o período de sono médio foi de 6,5 horas, devido a despertares curtos durante a noite.


A pesquisa também revelou que os participantes que acordavam mais de cinco vezes por hora eram mais propensos a ter um acúmulo de placas amiloides. Além disso, quem dormia de forma "menos eficiente" tinha mais risco de ter esses marcadores iniciais de demência do que aqueles que dormiam de maneira eficaz. Em outras palavras, os indivíduos que gastaram menos de 85% do tempo na cama realmente dormindo eram mais favoráveis a apresentar os marcadores.


"A associação entre o sono interrompido e as placas amiloides é intrigante, mas as informações do atual estudo não podem determinar uma relação de causa-efeito ou a direção dessa relação", afirmou Ju.


De acordo com o autor, são necessárias pesquisas de longo prazo, seguindo o sono de pessoas por anos, para determinar se um descanso interrompido leva ao depósito dessas proteínas que bloqueiam e matam os neurônios, ou se as alterações cerebrais no Alzheimer precoce é que conduzem a alterações ao dormir.



G1

Em um laboratório de pesquisa da Universidade Wake Forest, nos Estados Unidos, o biofísico e cientista da computação Samuel Cho usa GPUs (unidades de processamento gráfico que fazem as imagens de videogame serem tão realistas) para simular o funcionamento interno de células humanas.


Cho trabalhou com colegas da Universidade de Maryland e da Universidade de Zhejiang na China e os resultados de sua pesquisa foram divulgados no Journal of American Chemical Society.

Com a tecnologia, o cientista pode ver exatamente como as células vivem, se dividem e morrem. E isso, diz Cho, abre possibilidades para novos alvos para drogas que matam tumores.

Na mais recente simulação computadorizada de uma molécula de RNA (componente da enzima telomerase humana, encontrada apenas em células cancerosas), apareceu pela primeira vez os estados escondidos de dobragem e desdobragem desta molécula, dando aos cientistas uma vista muito mais precisa de seu funcionamento.

Ainda no experimento, foi acrescentado a enzima minúsculas moléculas chamadas telômeros, no final dos filamentos de DNA, quando as células se dividem. Essa ação previne que as células morram.

- Ao saber como as dobras da telomerase e suas funções, oferecemos uma nova área para pesquisar tratamentos de câncer.

Isso porque uma nova droga pararia a enzima telomerase humana a partir de sua adição no DNA, fazendo com que a célula cancerosa fosse eliminada.

O professor assistente de física e ciência da computação voltou sua atenção para a tecnologia dos videogames ao estudar o ribossoma bacteriano - um sistema molecular 200 vezes maior do que a telomerase molécula de RNA.

Para isso, seu grupo de pesquisa começou a utilizar as placas de vídeo GPUs para realizar as simulações de células, o que é muito mais rápido do que utilizar a computação padrão.


Sem a GPUs, Cho estimou que teria levado mais de 40 anos para se chegar a essa simulação. O que, agora, é feito em questão de meses.

 

 

R7



Jejuar um ou dois dias por semana pode proteger o cérebro contra doenças degenerativas como mal de Parkinson ou de Alzheimer, segundo um estudo realizado pelo National Institute on Ageing (NIA), em Baltimore, nos Estados Unidos.

"Reduzir o consumo de calorias poderia ajudar o cérebro, mas fazer isso simplesmente diminuindo o consumo de alimentos pode não ser a melhor maneira de ativar esta proteção.

É provavelmente melhor alternar períodos de jejum, em que você ingere praticamente nada, com períodos em que você come o quanto quiser", disse Mark Mattson, líder do laboratório de neurociências do Instituto, durante o encontro anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência, em Vancouver.

Segundo ele, seria suficiente reduzir o consumo diário para 500 calorias, o equivalente a alguns legumes e chá, duas vezes por semana, para sentir os benefícios.

O National Institute of Ageing baseou suas conclusões em um estudo com ratos de laboratório, no qual alguns animais receberam um mínimo de calorias em dias alternados.

Estes ratos viveram duas vezes mais que os animais que se alimentaram normalmente.

Insulina
Mattson afirma que os ratos que comiam em dias alternados ficaram mais sensíveis à insulina - o hormônio que controla os níveis de açúcar no sangue - e precisavam produzir uma quantidade menor da substância.

Altos níveis de insulina são normalmente associados a uma diminuição da função cerebral e a um maior risco de diabetes.

Além disso, segundo o cientista, o jejum teria feito com que os animais apresentassem um maior desenvolvimento de novas células cerebrais e se mostrassem mais resistentes ao stress, além de ter protegido os ratos dos equivalentes a doenças como mal de Parkinson e Alzheimer.

Segundo Mattson, a teoria também teria sido comprovada por estudos com humanos que praticam o jejum, mostrando inclusive benefícios contra a asma.

"A restrição energética na dieta aumenta o tempo de vida e protege o cérebro e o sistema cardiovascular contra doenças relacionadas à idade", disse Mattson.

A equipe de pesquisadores pretende agora estudar o impacto do jejum no cérebro usando ressonância magnética e outras técnicas.



BBC