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Idosos com problemas de memória podem se beneficiar de uma terapia que inclui pequenas doses de nicotina, revela um estudo realizado nos Estados Unidos e publicado nessa segunda-feira, 09.


A pesquisa divulgada parcialmente na revista Neurology, da Academia Americana de Neurologia, analisou 74 não fumantes com idade média de 76 anos. A metade recebeu um adesivo de nicotina na pele durante seis meses e o outro grupo, placebo.



Os submetidos ao tratamento com nicotina apresentaram melhores resultados em testes cognitivos de atenção e memória, além de maior rapidez e coerência para processar informações.

Após seis meses com o adesivo de nicotina, o grupo "recuperou 46% do rendimento normal para a idade na memória de longo prazo, enquanto o "grupo placebo" teve uma queda de 26% no mesmo período", destaca o estudo.


Os autores do trabalho advertem que os idosos não devem começar a fumar para melhorar sua função cerebral, e que serão necessárias mais pesquisas para confirmar os efeitos positivos da nicotina  em longo prazo.



Também é pouco provável que a nicotina ajude as pessoas que já têm boa memória, destacou o autor do estudo Paul Newhouse, diretor do Centro de Medicina Cognitiva da Universidade do Vanderbilt Medical Center.



-Se já está funcionando bem, não é necessária, mas se há declínio, a nicotina pode devolver parte da boa memória. Um pouco dela faz com que o desempenho melhore.


R7
Muitas vezes, quando não se tem o hábito de praticar exercícios, a escolha mais fácil para começar a se exercitar é a caminhada. Como é algo relativamente tranquilo, a pessoa pode começar a andar rápido, para ver se queima mais calorias. Mas um estudo recente mostrou que na verdade fazer um cooper leve é menos cansativo - e melhor para os músculos - do que andar depressa. Os dados são do site Daily Mail.

O motivo principal é que existe um músculo da panturrilha que funciona melhor quando se corre a 2 metros por segundo do que ao andar de forma mais brusca. Esse movimento ajudaria o músculo a produzir mais energia, o que aumentaria o nível de estamina.

Os pesquisadores americanos estudaram pessoas em esteiras enquanto andavam ou corriam. Eles concluíram que esse músculo funciona como um câmbio de carro, ajudando o corpo a mudar de "marcha". Ele "segura" o tendão de Aquiles, fazendo com que o corpo gaste energia para esticá-lo. O tendão, por sua vez, libera energia para ajudar no movimento do pé.

O que foi observado é que a ação de andar faz o tendão trabalhar mais, mas libera menos energia. A corrida leve alivia o trabalho do tendão, que se estica e contrai mais lentamente, mas libera mais energia.

Fonte: Terra
cigarroGomas de mascar, adesivos e sprays nasais que repõem nicotina não ajudam os fumantes a deixar de fumar em longo prazo em comparação com aqueles que tentam enfrentar o tabagismo sozinho, destacou um estudo publicado nesta segunda-feira, 09.


A pesquisa, realizada pela Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, acompanhou 787 adultos no Estado de Massachusetts que pararam de fumar recentemente e descobriu que, ao longo do tempo, cerca de um terço sofreu recaída, tanto no grupo que fez a terapia de reposição de nicotina (TRN) quanto no que deixou o cigarro sem o apoio de nenhum outro procedimento.


"Este estudo demonstra que o uso de TRN não é mais eficaz em ajudar as pessoas a parar de fumar em longo prazo do que tentar parar por conta própria", disse o principal autor do estudo, Hillel Alpert, cientista de Harvard.


Os participantes do estudo foram consultados durante três períodos: 2001-2002, 2003-2004 e 2005-2006.


Não só houve taxas de recaída entre os mesmos que usaram TRN e aqueles que não usaram, como o estudo demonstrou que fumantes com alta dependência que fizeram uso da TRN sem o apoio de uma terapia profissional mostraram ser duas vezes mais propensos a sofrer recaída do que aqueles que não a utilizaram.


"Isto pode indicar que alguns fumantes altamente dependentes veem a TRN como um tipo de pílula 'mágica' e ao perceber que não é se veem sem apoio em seus esforços de abandonar o vício, condenados ao fracasso", destacou o estudo, publicado no periódico Tobacco Control.


Embora estudos aleatórios controlados anteriores tenham demonstrado a eficácia da TRN em ajudar os fumantes a largarem o cigarro, a última pesquisa demonstra a fraqueza daqueles quando comparados com a situação de vida real da população em geral, argumentaram os autores do estudo.


A pesquisa também demonstrou que muito poucas pessoas seguem a recomendação de usar a TRN por oito semanas e muitas preferem usá-la por períodos mais curtos.


A indústria da terapia de reposição de nicotina teve um boom desde que foi lançada a primeira goma de nicotina, em 1984, de acordo com o artigo. Na época, os produtos de TRN representavam uma indústria de US$ 45 milhões só nos Estados Unidos.


Desde que foram aprovadas as vendas sem receita de produtos de TRN, em 1996, a indústria saltou para US$ 800 milhões ao ano. Além disso, as vendas de medicamentos prescritos para parar de fumar alcançaram o montante de US$ 841 milhões em 2007.


Mais recursos públicos também ajudam a subsidiar tratamento para parar de fumar para americanos de baixa renda, com programas públicos de saúde (Medicaid) em 39 estados cobrindo um ou mais tipos de TRN em 2011 contra 17 estados em 1996.


Enquanto isso, as taxas de tabagismo nos Estados Unidos se equilibraram em 20% da população nos últimos cinco anos, após um período contínuo de
queda.



"O que este estudo demonstra é a necessidade de a Food and Drug Administration (nr: FDA, agência reguladora de alimentos e medicamentos nos Estados Unidos) aprovar apenas medicamentos que tenham tido eficácia comprovada em auxiliar os fumantes no longo prazo e reduzir a nicotina a fim de diminuir a propensão à dependência causada pelo cigarro", afirmou o co-autor do estudo, Gregory Connolly, diretor do Centro para Controle Global do Tanaco, da Universidade de Harvard.


R7

Cientistas norte-americanos afirmam que realizar exames frequentes para diagnóstico de câncer de próstata em homens não reduz o número de mortes provocadas pela doença. Um estudo que acompanhou 76 mil homens e mostrou que o rastreamento anual ajudou na detecção de mais casos, mas não alterou no número de óbitos por conta do desenvolvimento do tumor.

O trabalho foi feito por profissionais da Escola de Medicina da Universidade de Washington, localizada na cidade de Saint Louis, no centro dos Estados Unidos. Os resultados foram publicados em uma publicação médica do Instituto Nacional de Câncer do país.

Para o principal autor do estudo, o urólogo Gerald Andriole, a maior parte dos homens não precisa passar pelos exames anualmente. Os mais comuns usados na procura por tumores na próstata são o de toque retal e o de sangue - neste último são medidos os níveis de uma proteína chamada antígeno prostático específico (PSA).

Os homens consultados no estudo tinham entre 55 e 74 anos e foram acompanhados durante seis anos. Neste período, eles foram divididos em dois grupos: o primeiro continha homens que passaram por exames de sangue todos os anos e de toque retal durante quatro anos consecutivos; já o segundo reunia pacientes que fizeram exames de rotina apenas quando os seus urologistas os prescreviam.

Entre aqueles que passaram por testes anuais, o número de casos de câncer detectados foi 12% maior - 4.250 tumores contra 3.815. Mas a contagem de óbitos entre os dois grupos não foi tão diferente, com 158 mortes entre os monitorados anualmente e 145 entre os homens que fizeram exames apenas quando seus médicos os recomendaram.


Para Andriole, homens devem solicitar um teste de PSA logo ao atingir 40 anos, pois pesquisas recentes mostram que o aumento da substância nessa idade pode indicar o surgimento de um tumor na próstata depois de alguns anos. Caso os níveis da enzima estejam baixos nessa idade, o médico afirma que exames posteriores talvez sejam desnecessários.


A mesma equipe já havia divulgado dados parecidos em um artigo publicado em 2009 na renomada revista médica "New England Journal of Medicine". Segundo Andriole, agora é possível dizer com mais segurança que os homens mais jovens é que irão se beneficiar mais dos exames para diagnosticar câncer de próstata.


O médico defende uma mudança na prática médica e afirma que idosos e pessoas com expectativa de vida limitada não devem passar pelos testes. Andriole diz que é preciso focar no monitoramento de homens saudáveis e jovens, especialmente aqueles com risco maior de desenvolver a doença como pessoas com histórico familiar e afro descendentes.


Outro argumento lembrado por Andriole está no fato de muitos pacientes morrerem por conta de outras doenças como ataque cardíaco, derrames, diabetes, doenças no pulmão e no fígado antes de serem afetados pelos tumores na próstata - glândula que produz parte do material que compõe o esperma.



Os pesquisadores norte-americanos vão continuar a acompanhar os pacientes do estudo até completarem 15 anos de monitoramento.



G1

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