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O Ministério da Saúde vai investir cerca de R$ 505 milhões na rede de unidades oncológicas do Sistema Único de Saúde (SUS). O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 18, pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, logo antes da reunião do Grupo Executivo do Complexo Industrial da Saúde, realizada durante o Encontro com a Comunidade Científica 2012, em Brasília. Os recursos vão ser aplicados em infraestrutura (R$ 325 milhões) e na compra de aceleradores lineares, equipamentos de alta tecnologia usados em radioterapia, além de outros acessórios (R$ 180 milhões). Serão adquiridos 80 aceleradores no período de cinco anos, o que vai expandir o acesso para mais 28.800 pacientes, anualmente.

 

O ministro Padilha destaca a importância do investimento em tecnologia na área oncológica. “A assistência aos pacientes de câncer é uma das prioridades do governo federal. Neste âmbito, são medidas essenciais a criação, a ampliação e a qualificação de hospitais habilitados em oncologia, em consonância com os vazios assistenciais, as demandas regionais de assistência oncológica e as necessidades tecnológicas do SUS”, declara.

 

O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, explica que o investimento faz parte um plano mais amplo de fortalecimento das ações de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer. “Foram priorizados os cânceres de mama e do colo do útero, buscando ampliar o acesso a exames preventivos e ao tratamento de lesões precursoras e iniciais. E a radioterapia é uma importante modalidade de tratamento desses dois tipos prioritários de câncer”, esclarece o secretário. Em 2012, foram identificados 260 mil casos de câncer em mulheres – 27% deles são de mama (52.680) e do colo do útero (17.540), respectivamente o segundo e o terceiro tipos de câncer que mais atingem a mulher brasileira.

 

As obras de infraestrutura e os equipamentos financiados pelo Ministério da Saúde serão destinados a ampliar tecnologicamente 32 unidades oncológicas que já oferecem radioterapia, e criar outros 48 serviços novos. Atualmente, 135 dos 269 hospitais habilitados na alta complexidade em oncologia no SUS contam com serviços de radioterapia de diferentes portes, e, juntamente com outros 13 serviços que atuam fora de hospitais, correspondem a 75% de todos os serviços da área existentes no país. A compra dos equipamentos vai aumentar a capacidade de atendimento do SUS em 20%, alcançando quase 100% da demanda nacional.

 

portalsaúde

Cientistas da Universidade Northwestern, dos Estados Unidos, desenvolveram um exame de sangue capaz de diagnosticar a depressão em adolescentes. O teste pioneiro chega a esse resultado ao medir um conjunto específico de características encontradas no sangue do paciente.


O método atual de diagnóstico da depressão se baseia na capacidade do paciente em relatar sintomas e na capacidade do próprio médico em interpretá-las.


Diagnosticar adolescentes vem sendo uma preocupação urgente da medicina, porque eles se mostram muito vulneráveis à doença, mas seu diagnóstico tende a ser difícil de ser feito justamente porque as mudanças de humor nessa fase são bastante comuns.


O teste também é o primeiro a identificar os subtipos da depressão. Ele distingue entre adolescentes com maior grau da doença e aqueles com depressão maior associada ao transtorno de ansiedade. Essa é a primeira evidência de que é possível diagnosticar subtipos de depressão a partir do sangue.


"Neste momento, a depressão é tratada com um instrumento cego", disse Eva Redei, professora de psiquiatria e ciências comportamentais da Faculdade de Medicina da Universidade Northwestern e principal pesquisadora do estudo, publicado na revista médica “Translational Psychiatry”.


"Este é o primeiro passo significativo para nós entendermos que o tratamento será mais eficaz para cada paciente", acrescentou.


"Sem um diagnóstico objetivo, é muito difícil fazer essa avaliação. O diagnóstico precoce e a classificação específica da depressão precoce pode levar a um maior repertório de tratamentos mais eficazes e cuidados individualizados melhores"


As taxas estimadas de pré-adolescentes com alto grau de depressão saltam de 2% a 4% para 10% a 20% no final da adolescência.


O início precoce da depressão em adolescentes tem um pior prognóstico do que quando ela começa na fase adulta. Adolescentes que têm a doença, mas não são tratados, correm mais risco de abusar de drogas, de viverem em situação de desajuste social, além de ficarem mais suscetíveis a cometer suicídio, de sofrer de outras doenças, e de terem problemas de desenvolvimento, segundo os autores do estudo.


Ao todo foram analisados 28 adolescentes, todos pacientes de Kathleen Pajer, uma das co-autoras do estudo realizado junto a outros pesquisadores do Instituto de Pesquisa do Hospital Infantil Nationwide, em Columbus, no Estado de Ohio.


Entre estes, 14 adolescentes sofriam de um grau maior de depressão e não haviam sido tratados clinicamente, comparados a outros 14 adolescentes não-deprimidos, todos na faixa de idade entre os 15 a 19 anos de idade, pareados por sexo e raça.


Eles fizeram o exame de sangue nos adolescentes identificando 26 marcadores genéticos. Por meio do exame, a pesquisadora descobriu que 11 dos marcadores diferenciaram os adolescentes deprimidos dos não deprimidos.


Além disso, 18 dos 26 marcadores distinguiram entre os pacientes que tiveram depressão de alto grau e aqueles que tinham depressão associada ao transtorno de ansiedade.


"Estes 11 genes são, provavelmente, a ponta do iceberg porque a depressão é uma doença complexa", disse Redei. "Mas é uma entrada para um fenômeno muito maior que tem de ser explorado. Indica claramente que podemos diagnosticar a partir do sangue e criar um teste de sangue para diagnóstico de depressão", disse Brian Andrus, do laboratório de Redei, que fez as análises de sangue.



G1
inibidoresPerder aqueles quilinhos indesejados é um dos grandes desejos da maioria das mulheres. Mas nem sempre os exercícios físicos resolvem o problema do peso extra. É aí que o remédio para emagrecer se torna a verdadeira tentação.

Antes de falarmos sobre as drogas é bom saber um pouco mais sobre os remédios para emagrecer. Muito se tem discutido a respeito das drogas utilizadas no tratamento da obesidade. Muitos especialistas são contra o uso de certas drogas, bem como, alertam para o abuso que muitos indivíduos, ou mesmo profissionais não-especialistas, andam cometendo.

"É comum que uma pessoa que deseja emagrecer procure a farmácia em busca de uma solução rápida, como se tomar determinado "remédio" fosse o necessário para alcançar o seu peso ideal. Porém, por trás dessa ilusória rápida perda de peso, se escondem efeitos colaterais e insucesso", alerta o endocrinologista Álvaro Perdizes.

É claro, hoje, entre os especialistas, e várias pesquisas já mostraram isso, que somente o uso de drogas para emagrecer não é suficiente para uma perda de peso permanente, saudável e eficiente. "Outros fatores são importantíssimos para o sucesso: mudança nos hábitos alimentares, atividades físicas e uma equipe de apoio (médicos e nutricionistas)", ensina a nutricionista Carolina Siqueira, do Centro de Nutrição da Mulher.

Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda de três inibidores de apetite no Brasil e ainda apertou o cerco em torno da prescrição da Sibutramina, a única liberada no país, mas com restrições. Atualmente considerada mais moderna que outras drogas como a anfetamina, a sibutramina aumenta a saciedade, ou seja, você come menos por sentir satisfeito com pequenas quantidades de alimentos.

Como atua diretamente no sistema nervoso central, numa parte do cérebro (Hipotálamo), é responsável por controlar a sensação de ansiedade e fome. Os efeitos colaterais podem ser a boca seca, apetite elevada, náusea, gosto estranho na boca, estômago irritado, constipação, insônia ou sonolência, tontura, dores menstruais, dor de cabeça, dor nas articulações e elevação da pressão sanguínea. Fora que a substância é contraindicada em casos como bulimia, anorexia, depressão profunda ou manias pré-existentes.

Porém, na natureza, encontramos inibidores de apetite para emagrecer rapidamente. Estes produtos naturais são ótimos aliados reduzir o apetite, permitindo a perda de peso naturalmente, se associado a uma qualidade de vida. "A fibra atua absorvendo água, aumentando assim o volume gástrico e eliminando a fome", ensina a Carolina. Vegetais de folha, frutas e a água também funcionam.

Os alimentos com proteína também tem vez na luta contra o peso, segundo a profissional. Eles contém um aminoácido chamado glutamato de sódio, que produz saciedade. Este aminoácido também é utilizado como aditivo natural. "O queijo tem uma substância chamada exorfina, (família de endorfinas), que também nos dá o prazer de comer e é encontrada em outros laticínios", completa a nutricionista.

 

Terra
motanhaAndar em uma montanha-russa pode, em muitos casos, ser uma atividade arriscada. Para
vários médicos, o caso ocorrido com a adolescente Natália Silva Guimarães – que teve um descolamento do cérebro ao andar no brinquedo Montezum, do Hopi Hari – pode não ser tão raro quanto se imagina. Pessoas com hipertensão arterial, problemas cardíacos e histórico de convulsões, mesmo que na infância, não devem andar de forma alguma nesse tipo de brinquedo.

A reportagem ouviu diversos especialistas, que foram unânimes ao falar sobre os riscos desse tipo de atração. Segundo o neurologista e neurocirurgião da Escola Paulista de Medicina da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Mirto Nelson Prandini, o maior risco no caso de brinquedos radicais é a chamada ‘parada brusca’.
— Imagine que o brinquedo começa o percurso lentamente e depois toma velocidade de forma rápida. O cérebro humano suporta essa velocidade alta, mas o perigoso é como a atração vai parar. O que ocorre é que a pessoa está sentada na cadeira presa por uma trava de segurança e o brinquedo tem uma parada brusca. O corpo segue seguro pela trava, mas o cérebro continua em frente e sai do lugar, vai e volta na caixa craniana várias vezes até voltar ao ponto certo. Isso é o perigoso de qualquer brinquedo, não só da montanha-russa.

Diante dessa situação, cada organismo tem uma reação diferente, e alguns podem ter sequelas que podem aparecer até mesmo anos depois. De acordo com os médicos, é difícil prever uma prédisposição, mas devem evitar andar nesse tipo de brinquedo pessoas com pressão arterial elevada, problemas cardíacos, histórico de convulsões e de formação de coágulos, histórico de AVC (Acidente Vascular Cerebral), usuários de drogas como cocaína e crack, alcoólatras crônicos e pessoas que não realizam monitoramento médico periódico.

Segundo o neurologista Juan Alarcon Adorno, da Unimed Paulistana, idosos também devem evitar esse tipo de atração.

— Existem alguns fatores que devem ser considerados, como o fator idade no idoso, por exemplo. Há uma movimentação maior da massa encefálica na caixa craniana podendo ocorrer lesões por desaceleração, facilitando o sangramento.

O neurologista Mirto Nelson Prandini avalia ainda como de alto risco brinquedos que simulam queda livre, como elevadores que freiam bruscamente quando se aproximam do chão, montanhas-russas, bungee jump, e outras atrações que não parem gradativamente.

— A tecnologia evolui e cria cada vez mais coisas radicais, porém o nosso corpo não evolui. Ele continua o mesmo, e tem um limite. Eu opero o cérebro há muitos anos e vejo de perto como ele funciona. Esse tipo de brinquedo é simplesmente desnecessário ao ser humano.
R7