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O Ministério da Saúde, com apoio dos gestores de saúde do Piauí, está reforçando a assistência odontológica no estado com o credenciamento de mais 15 novos Laboratórios Regionais de Prótese Dentária (LRPD), com investimento de R$ 2,1 milhões.

Com isso, o número de laboratórios no estado vai para 8. Nesses locais, são produzidos dois tipos de prótese - totais (dentaduras) e parciais (coroas e pontes).

“Ter uma dentição adequada e acesso aos tratamentos é uma questão de cidadania. Vamos supor uma pessoa que queira ser recepcionista, mas que não tem dentes na boca. No mercado de trabalho competitivo de hoje, essa pessoa não conseguiria emprego”, explica Gilberto Pucca, coordenador de Saúde Bucal do Ministério da Saúde.

 

 

Ascom

Cientistas britânicos desenvolveram um exame de urina que pode detectar se uma pessoa está cumprindo uma dieta rigorosamente ou se está "mentindo" sobre ela.

Pesquisadores das universidades de Newcastle e Aberystwyth criaram um teste que pode determinar qual alimento e quais as quantidades de alimento foram consumidas pelo paciente nos dias anteriores.

O exame mede as "impressões digitais" químicas, conhecidas como metabólitos, que aparecem na urina de uma pessoa que comeu carne vermelha, branca ou processada.

Os cientistas agora querem aumentar a lista de metabólitos que poderão ser identificadas pelo exame. Por meio do exame, os metabólitos já foram identificados para alimentos considerados saudáveis, como framboesas, salmão, brócolis e suco de laranja.

"Ao buscar na urina as "impressões digitais" químicas de alimentos diferentes, a pesquisa dos cientistas demonstrou que podem determinar se os indivíduos têm uma dieta saudável ou não", disse um porta-voz da Universidade de Aberystwyth.

"O que comemos tem um grande impacto em nossa saúde, mas é muito difícil saber exatamente o que e quanto as pessoas comem no cotidiano, e as pessoas acham difícil registrar isto com honestidade", afirmou o porta-voz.

Doenças crônicas
"Este tipo de exame tem grande potencial como uma arma contra muitas doenças crônicas", afirmou o professor John Draper, que lidera a equipe de pesquisadores no Instituto de Ciências Biológicas, Ambientais e Rurais de Aberystwyth.

Ele vai ajudar os médicos, enfermeiras e nutricionistas a descobrir o que seus pacientes andaram comendo.
O instituto está tentando desenvolver um exame mais simples para identificar metabólitos. No futuro, os pesquisadores esperam criar um sensor que poderá ser utilizado com pequenas quantidades de amostra de urina para descobrir quais os principais alimentos que a pessoa consumiu.

"No longo prazo, este tipo de exame vai ajudar a descobrir novas ligações entre padrões de alimentação e saúde", disse o professor John Mathers, que lidera os cientistas no Centro de Pesquisa em Nutrição Humana da Universidade de Newcastle.

Para Mathers, quando os cientistas conseguirem mais conhecimento sobre os metabólitos, eles poderão "acrescentar estes ao nosso exame e, com isso, os pesquisadores poderão afirmar com certeza quais alimentos ajudam a proteger contra doenças específicas e quais devemos estimular (o consumo) para promover a saúde" do paciente.

 

BBC Brasil

Foto: divulgação

Pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha, construíram em laboratório os três tipos principais de células que formam os vasos sanguíneos, abrindo caminho para a produção industrial deste tipo de estrutura. A fabricação de vasos pode ser uma alternativa menos arriscada do que alguns procedimentos cirúrgicos envolvendo o sistema circulatório, como as pontes de safena.

Embora células sanguíneas e cardíacas já tenham sido criadas em laboratório antes, a partir de células-tronco, esta foi à primeira vez que todos os principais tipos de músculos lisos foram desenvolvidos em um sistema que poderia ser transposto para uma escala industrial.

Os resultados fazem parte de um estudo divulgado nesta segunda-feira na revista científica "Nature Biology".

"Esta pesquisa representa um importante passo para a geração do tipo correto de músculo liso para a construção de novos vasos sanguíneos", afirma o cientista que liderou o estudo, Sanjay Sinha.

Os músculos lisos são localizados nas paredes de órgãos ocos, como os vasos sanguíneos.

"Entre outros pacientes que podem se beneficiar destes novos vasos sanguíneos, estão aqueles com insuficiência renal que necessitem de enxertos vasculares para a diálise", disse o cientista.
Pureza

Na pesquisa, os cientistas usaram tanto células-tronco embrionárias quanto outras retiradas de amostras da pele de pacientes, capazes de formar qualquer tipo de célula presente no corpo humano. Com elas, foi encontrado um meio para criar músculos lisos vasculares de alto grau de pureza.

Os cientistas concluíram ainda que as origens distintas destes músculos lisos -- que se originam de tecidos distintos ainda nos primeiros estágios do embrião -- podem levar a doenças vasculares comuns, como aneurismas da artéria aorta e arteriosclerose.

"Podemos começar a entender como a origem dos músculos lisos afetam o desenvolvimento de doenças vasculares, e por que algumas partes do sistema circulatório são protegidas de doenças", disse Sinha.

Uma pesquisa revolucionária que estabeleceu vínculos entre o tratamento de reposição hormonal (TRH) para mulheres na menopausa e a incidência maior de câncer de mama está repleto de falhas, denuncia um novo estudo publicado nesta segunda-feira, 16.
A pesquisa, denominada Estudo Um Milhão de Mulheres (Million Women Study ou MWS), dominou as manchetes dos jornais quando foi publicada pela primeira vez, em 2003.

Baseado em questionários respondidos por mais de um milhão de mulheres na pós-menopausa na Grã-Bretanha, o estudo estabeleceu que a terapia de reposição hormonal (TRH) aumentava o risco de incidência de câncer de mama.
Suas estimativas causaram uma onda de ansiedade - e muita confusão - entre entidades reguladoras, médicos e mulheres que fazem uso da TRH.

A terapia de reposição hormonal consiste no uso dos hormônios femininos estrogênio e progesterona, às vezes combinados, para aliviar os sintomas da menopausa, como ondas de calor, perda do apetite sexual e ressecamento vaginal.

Atualizações na pesquisa original refinaram os dados sobre o risco percebido. Segundo o site MWS, há um risco 30% maior de câncer em mulheres que fazem uso exclusivamente de estrogênio e duas vezes maior entre as que usam a terapia de estrogênio e progesterona em comparação com aquelas que não fazem uso destes medicamentos.

O risco aumenta segundo o tempo em que a mulher faz uso do tratamento hormonal, mas cai para o nível normal no prazo de cinco anos após sua interrupção, destacou o MWS.

Mas uma avaliação publicada na edição desta segunda-feira do periódico Journal of Family Planning and Reproductive Health diz que o desenho do estudo MWS tem tantos problemas que uma conclusão segura não poderia derivar dele.

"A TRH pode ou não aumentar o risco de câncer de mama, mas a MWS não estabeleceu que o faça", determinou, secamente, o artigo.
Em meio à meia dúzia de tópicos, os autores afirmam que os cânceres detectados alguns meses após o início do estudo já estariam presentes quando as mulheres aderiram à pesquisa.

Mas estes casos não foram excluídos da contagem de incidências da doença, destacaram. A revista também aponta para "uma detecção tendenciosa" através da escolha das participantes. As voluntárias integravam um programa de check-up das mamas quando foram convidadas a participar do estudo.

Por este motivo, elas já teriam conhecimento sobre nódulos mamários ou lesões suspeitas relacionadas ao câncer de mama. Como resultado, o MWS encontrou uma incidência 40% maior de câncer de mama entre as voluntárias - independentemente de terem feito uso ou não de terapia hormonal - em comparação com a população em geral.

O artigo também destacou que os cânceres de mama normalmente levam muitos anos para se desenvolver. Portanto, seria "biologicamente improvável" que tantos casos tenham aparecido no prazo de um ano ou dois em que as voluntárias participaram do estudo, como sustentou o MWS.

"O nome 'Estudo Um Milhão de Mulheres' sugere uma autoridade, além da crítica ou refutação", afirmam os autores, chefiados por Samuel Shapiro, professor de saúde pública da Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul.

Contudo, a validade de qualquer estudo depende da qualidade de seu desenho, execução, análise e interpretação. O tamanho por si só não garante que as descobertas são confiáveis.

Os responsáveis pelo estudo MWS refutaram as críticas, em e-mail à AFP, no qual afirmaram que mais de 20 estudos replicaram suas descobertas e que um declínio no uso de TRH levou a uma queda nos casos de câncer de mama.

"Cânceres sensíveis a hormônios ainda são três vezes mais comuns em usuárias de TRH do que em ex-usuárias ou não usuárias" do tratamento, disse Richard Peto, professor de estatística e epidemiologia da Universidade de Oxford.

A comentarista independente Anne Gombel, professora francesa que é membro da Sociedade Internacional da Menopausa, afirmou que emerge um panorama mais complexo sobre o câncer de mama.

A densidade dos seios, o álcool e a obesidade, e não apenas a TRH, agora emergem como fatores de risco que devem ser levados em conta, e não apenas a TRH, disse Gombel.

"A TRH não traz os mesmos riscos e benefícios para todas as mulheres. Algumas mulheres terão riscos aumentados, outras terão só benefícios, e isto também se aplica ao câncer de mama", acrescentou.

 

 

AFP

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