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omega3Um tratamento à base de vitaminas B ou de suplementos de ácidos graxos com ômega-3 não reduziu o risco de câncer em mais de 2,5 mil pessoas na França com histórico de doença cardíaca, mostra um estudo publicado nos Archives of Internal Medicine. "Esperávamos descobrir uma ação benéfica dos suplementos contra o risco de câncer", disse Valentina Andreeva, autora do estudo e pesquisadora da Universidade de Paris. "Ao contrário, não constatamos nenhum efeito desses suplementos."


Pesquisas anteriores sugeriam que as vitaminas B poderiam proteger as pessoas do câncer, principalmente o câncer colorretal, embora nem todos os estudos concordassem.


O objetivo original do estudo de Valentina era testar o efeito da ingestão de ácidos graxos com ômega-3, vitaminas B ou ambos contra doenças cardiovasculares em pessoas com um histórico de enfarte ou derrame.


Para compreender melhor se os suplementos poderiam ter efeitos adicionais, o grupo reuniu também informações sobre o número de pacientes submetidos ao teste que desenvolveram câncer. Os pesquisadores dividiram os sujeitos do estudo em quatro grupos: um tomou duas pílulas de vitamina B por dia, outro grupo, duas pílulas de ácidos graxos com ômega-3, um terceiro tomou ambos os suplementos, e um quarto tomou placebos semelhantes aos suplementos. As vitaminas B eram uma mistura de 3 mg de B6, 0,02 mg de B12 e 0,5 mg de ácido fólico.


Aos participantes que deviam tomar os ácidos graxos com ômega-3 foram ministrados 600 mg por dia, enquanto os suplementos continham duas vezes mais ácidos EPA e DHA. Por cerca de cinco anos, Valentina e seus colegas do Instituto Nacional de Pesquisas Médicas da França acompanharam os diagnósticos de câncer entre os sujeitos do teste.


De mais de 2 mil pessoas que concluíram o estudo, 175 desenvolveram câncer e 58 morreram por causa dessa doença. As pessoas de ambos os grupos que tomaram os suplementos de vitamina B apresentaram o mesmo risco de câncer que aquelas que tomaram placebo.


Esses resultados confirmam os de um estudo maior, realizado entre sobreviventes de ataques cardíacos, que também mostrou que as vitaminas B foram ineficientes na redução do risco de câncer.



Agência Estado

  Estudo publicado nesta semana na revista científica “Current Biology” afirma que pesquisadores encontraram uma ligação entre mudanças na personalidade de indivíduos - com tendências para rebeldia -com o tamanho da massa cinzenta encontrada em uma região específica do cérebro.


A pesquisa, feita por especialistas dos Estados Unidos, Reino Unido e Dinamarca, afirma que embora a diferença na tendência dos indivíduos para se adequar às pressões sociais seja comumente observada, nunca foi percebida a influência de medidas anatômicas nesta questão.


O experimento que determinou tais fatores foi feito com 28 participantes, a partir da análise do efeito de cada indivíduo a músicas e opiniões de críticos sobre essas canções.


Alteração cerebral
Durante a medição da chamada influência social, os pesquisadores constataram que apenas um volume de massa cinzenta encontrado na região do cérebro chamado de córtex órbitofrontal lateral sofria alterações durante o processo de decisão.


Esses achados sugerem que esta região do cérebro é particularmente direcionada para reconhecer sinais de conflito social, como quando alguém desaprova uma escolha.


Chris Frith, autor do estudo, afirma que a capacidade de se adaptar a opinião dos outros é uma habilidade social importante, porém, essa conformação social tem relação com a própria estrutura do cérebro.


De acordo com os especialistas, o estudo explicaria, por exemplo, consequências sociais da atrofia cerebral e do desenvolvimento do cérebro. Danos nesta região podem, muitas vezes, causar alteração no comportamento das pessoas e na interação social.
 

 

 

G1

dormindoA quantidade e a qualidade do sono de uma pessoa podem interferir na função da memória anos mais tarde, segundo pesquisa feita pela Escola de Medicina da Universidade de Washington, a ser apresentada na 64ª Reunião Anual da Academia Americana de Neurologia, entre os dias 21 e 28 de abril, na cidade de Nova Orleans.


Segundo o autor Yo-El Ju, membro da academia, o estudo estabelece bases para investigar se a melhora do sono pode ser uma estratégia futura para prever, evitar ou retardar doenças degenerativas como o Alzheimer.


“Um sono interrompido parece estar associado ao acúmulo de placas amiloides (marcador característico do Alzheimer) no cérebro de pessoas sem problemas de memória", disse Ju.


Os pesquisadores testaram o padrão de sono de 100 pessoas livres de problemas cognitivos com idade entre 45 e 80 anos. Metade do grupo tinha histórico familiar de Alzheimer. Um dispositivo foi colocado nos participantes por duas semanas para medir o descanso deles. Também foram analisados diários de sono e respostas a questionários.


Passada essa fase, os cientistas descobriram que 25% dos voluntários tinham evidências de placas amiloides, que podem aparecer anos antes dos sintomas do Alzheimer. O tempo médio gasto na cama pelas pessoas foi de oito horas, mas o período de sono médio foi de 6,5 horas, devido a despertares curtos durante a noite.


A pesquisa também revelou que os participantes que acordavam mais de cinco vezes por hora eram mais propensos a ter um acúmulo de placas amiloides. Além disso, quem dormia de forma "menos eficiente" tinha mais risco de ter esses marcadores iniciais de demência do que aqueles que dormiam de maneira eficaz. Em outras palavras, os indivíduos que gastaram menos de 85% do tempo na cama realmente dormindo eram mais favoráveis a apresentar os marcadores.


"A associação entre o sono interrompido e as placas amiloides é intrigante, mas as informações do atual estudo não podem determinar uma relação de causa-efeito ou a direção dessa relação", afirmou Ju.


De acordo com o autor, são necessárias pesquisas de longo prazo, seguindo o sono de pessoas por anos, para determinar se um descanso interrompido leva ao depósito dessas proteínas que bloqueiam e matam os neurônios, ou se as alterações cerebrais no Alzheimer precoce é que conduzem a alterações ao dormir.



G1

Em um laboratório de pesquisa da Universidade Wake Forest, nos Estados Unidos, o biofísico e cientista da computação Samuel Cho usa GPUs (unidades de processamento gráfico que fazem as imagens de videogame serem tão realistas) para simular o funcionamento interno de células humanas.


Cho trabalhou com colegas da Universidade de Maryland e da Universidade de Zhejiang na China e os resultados de sua pesquisa foram divulgados no Journal of American Chemical Society.

Com a tecnologia, o cientista pode ver exatamente como as células vivem, se dividem e morrem. E isso, diz Cho, abre possibilidades para novos alvos para drogas que matam tumores.

Na mais recente simulação computadorizada de uma molécula de RNA (componente da enzima telomerase humana, encontrada apenas em células cancerosas), apareceu pela primeira vez os estados escondidos de dobragem e desdobragem desta molécula, dando aos cientistas uma vista muito mais precisa de seu funcionamento.

Ainda no experimento, foi acrescentado a enzima minúsculas moléculas chamadas telômeros, no final dos filamentos de DNA, quando as células se dividem. Essa ação previne que as células morram.

- Ao saber como as dobras da telomerase e suas funções, oferecemos uma nova área para pesquisar tratamentos de câncer.

Isso porque uma nova droga pararia a enzima telomerase humana a partir de sua adição no DNA, fazendo com que a célula cancerosa fosse eliminada.

O professor assistente de física e ciência da computação voltou sua atenção para a tecnologia dos videogames ao estudar o ribossoma bacteriano - um sistema molecular 200 vezes maior do que a telomerase molécula de RNA.

Para isso, seu grupo de pesquisa começou a utilizar as placas de vídeo GPUs para realizar as simulações de células, o que é muito mais rápido do que utilizar a computação padrão.


Sem a GPUs, Cho estimou que teria levado mais de 40 anos para se chegar a essa simulação. O que, agora, é feito em questão de meses.

 

 

R7



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