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As fibras são muito importantes para a saúde, ajudam no funcionamento e podem até reduzir o risco de câncer do intestino e ainda fazem bem no controle do colesterol e do peso, já que aumentam a sensação de saciedade. No entanto, os brasileiros consomem apenas 10 ou 15 gramas por dia, sendo que a recomendação ideal diária é o dobro, de 20 a 25 gramas. No Bem Estar desta segunda-feira, 22, a nutricionista Cynthia Antonaccio e o cirurgião gastroenterologista Dan Waitzberg explicaram que é possível ingerir mais fibras sem ter que mudar radicalmente a alimentação.

 

Por exemplo, cereais como o farelo de trigo podem ser acrescentados no feijão, na sopa ou até mesmo no chocolate quente, como mostraram os especialistas. Já a chia combina com sucos, com ou sem água, e também vitaminas com leite batidas no liquidificador. A quinua pode ser ingerida com risotos, cozida com ervilhas, cenoura e cheiro verde ou até mesmo com tabule. Saladas de fruta e de folhas, por exemplo, podem ser consumidas com gergelim e linhaça, também fontes importantes de fibras.

 

No caso da aveia, um dos cereais mais consumidos, a dica é acrescentar em iogurtes, leite, banana amassada, vitaminas e até mesmo no hambúrguer, como mostrou a nutricionista Cynthia Antonaccio. Todas essas mudanças podem parecer radicais a princípio, mas não chegam a causar grandes diferenças no sabor dos alimentos. A repórter Renata Ribeiro foi comprovar isso e levou para a rua bolos,sucos e palitos de gergelim com ou sem fibras para mostrar a reação das pessoas provando as duas versões.

 

De acordo com o cirurgião gastroenterologista Dan Waitzberg, vale lembrar que a aveia, além de ser rica em fibras, é especialmente rica em uma fibra solúvel chama betaglucano. Ela tem um poder muito importante na sensação de saciedade, que nos faz sentir satisfeitos com menos comida e nos faz comer menos. Para comprovar isso, foi feita uma pesquisa na Faculdade de Medicina da Usp com 40 mulheres com sobrepeso ou obesidade, que depois de ingerir aveia por 6 semanas, começaram a se sentir mais satisfeitas ao longo do dia.

 

 

Por isso, os especialistas reforçam a importância de ingerir mais cereais e fibras, não só pelos benefícios à saúde, mas também para evitar o ganho de peso. Os cardápios abaixo são uma comparação feita pela nutricionista Cynthia Antonaccio para mostrar a diferença entre um dia a dia com poucas ou muitas fibras. 

 

 

G1

O Supremo Tribunal Federal (STF) deverá definir na próxima quinta-feira, 26, se mantém a suspensão da resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que proibiu a fabricação e venda de cigarros com sabor artificial. A norma foi suspensa na terça-feira, 17, por meio de uma liminar da ministra Rosa Weber. A decisão terá que ser referendada pelo plenário da Corte.

 

A ministra atendeu pedido de liminar da Confederação Nacional da Indústria (CNI) para suspender a Resolução 14/2012, que entraria em vigor no dia 15 de setembro. Na ação, a CNI alegou que a norma resultaria na proibição de todos os cigarros produzidos pela indústria por restringir a utilização de qualquer substância que não seja tabaco ou água. A confederação também defendeu que a proibição representa o fechamento de fábricas e demissão de trabalhadores.

 

O decreto com as regras foi publicado pela Anvisa em março de 2012. A medida da agência reguladora estipulou o prazo de 18 meses para a adequação da indústria, a partir da publicação da resolução, para os cigarros, e 24 meses para os demais derivados do tabaco, como charutos e cigarrilhas. A norma da Anvisa, no entanto, permite o uso de oito substâncias no processo de fabricação, como o açúcar, que poderá continuar sendo utilizado exclusivamente com a finalidade de recompor a quantidade do produto perdida no processo de secagem das folhas de tabaco.

 

 

A Anvisa alega que as substâncias que conferem sabor doce potencializam a ação da nicotina no organismo e servem para conquistar novos fumantes, principalmente jovens. Entre 2007 e 2010, o número de marcas de cigarros aromatizados, cadastradas na Anvisa, cresceu de 21 para 40.

 

Agênciabrasil

refluxoEstima-se que mais de 20 milhões de pessoas sofram de refluxo gastroesofágico. A sensação é a de que a comida ‘não caiu bem’ – queimação no tórax, volta de parte do alimento que foi ingerido, boca ácida e por aí vai. Isso não quer dizer que esses sintomas são sinônimo da doença em 100% dos casos.

 

Vez ou outra, depois de uma refeição mais pesada, como feijoada, por exemplo, a maioria das pessoas sente dificuldades de digestão. É preciso investigar quando os episódios são corriqueiros e acontecem mais de uma vez na semana.

 

O gastroenterologista, Antonio Luiz de Vasconcellos Macedo, cirurgião do Hospital Israelita Albert Einstein, explica que a doença do refluxo gastroesofágico (DRG) é um desequilíbrio entre os fatores protetores, como as barreiras antirrefluxo, e os fatores agressores, como a acidez e o volume gástricos.

 

Simplificando, o esfíncter é uma válvula que tem o papel de fechar a abertura do esôfago para o estômago, que deveria abrir apenas quando a pessoa engole, para permitir a entrada dos alimentos no estômago. Durante o resto do tempo, o esfíncter mantém-se contraído. É o que não acontece nos casos de DRG, em que o músculo do esfíncter fica relaxado e deixa os sucos gástricos e restos de alimentos voltarem para o esôfago. Depois de algum tempo sendo agredido pelos sucos digestivos ácidos, a parede do esôfago fica em constante inflamação, o que pode até aumentar as chances de câncer.

 

“Em nosso meio pode-se dizer que os maus hábitos alimentares e a obesidade são as principais causas de refluxo”, diz Macedo. Segundo ele, muitas vezes ocorrem somente sintomas atípicos que são a tosse crônica, rouquidão e asma, entre outros. “Neste caso, se o medico não suspeitar do refluxo, o diagnóstico não é realizado”, afirma.

 

Cuidado com os dentes

Alguns pacientes podem apresentar erosões dentárias e feridas na mucosa oral causadas pela regurgitação ou simplesmente pelo vapor ácido que atinge a cavidade oral quando o refluxo acontece. Os dentes passam por um processo de descalcificação e ficam fragilizados. “Alguns estudos mostram que alguns pacientes com diagnóstico de refluxo associado a distúrbios de salivação diminuída estão mais propensos a lesões orais”, diz Macedo.

 

Segundo o especialista, o trabalho em conjunto entre o médico gastroenterologista e o dentista pode contribuir para o diagnóstico precoce deste tipo de lesão oral. “Geralmente, o médico não faz associação entre refluxo e erosão dentária e como se trata de um processo lento e pouco habitual, o diagnóstico pode acabar sendo feito quando já há comprometimento importante da saúde bucal”, afirma.

 

Mude hábitos

- Evite tipos de comidas que estimulam a produção ácida pelo estômago, como pimenta, café e bebidas cítricas

- Coma devagar e mastigue bem

- Fracione a dieta a cada três horas

- Evite beber durante as refeições

- Evite álcool, ele relaxa a esfíncter e deixa o estômago ácido

- Nos pacientes com sintomas noturnos sugere-se não comer até três horas antes de deitar-se e elevar a cabeceira da cama.

 

Tratamento

 

Mudanças de hábito alimentar e medicamentos para diminuição da acidez gástrica são os tratamentos mais indicados para a maioria das pessoas. “Esse tratamento apresenta excelentes resultados na maior parte dos pacientes, mas em casos que apresentam esofagite persistente ou hérnia de hiato volumosa o tratamento cirúrgico está indicado”, diz Macedo.

Bem aceito por boa parte da sociedade, legalizado e promovido pela publicidade, o consumo de álcool deve ser tema de conversa entre pais e filhos, defendem especialistas. Eles acreditam que é a melhor forma de combater o uso durante a adolescência. O tempo certo para a conversa, no entanto, é variável e depende de cada família.

 

"É bom que não seja depois dos 12 anos, que é a idade em que muitos têm o primeiro contato com o álcool, mas é claro que a necessidade de aconselhar a criança depende do grau de exposição à bebida. Tudo depende do contexto. Se a criança começa a ser exposta ao álcool mais cedo, vendo as pessoas e os próprios pais beberem, isso tem que ser conversado", argumenta a professora do departamento de medicina preventiva da Universidade Federal de São Paulo Zila Sanchez, integrante do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas.

 

No 6º Levantamento Nacional sobre o Consumo de Drogas Psicotrópicas entre Estudantes do Ensino Fundamental e Médio das Redes Pública e Privada, nas 27 capitais brasileiras, com dados de 2010, os pesquisadores do centro de pesquisa constataram que a idade média do primeiro contato com as bebidas alcoólicas é 13 anos.

 

Foram ouvidos 50.890 estudantes, e 15,4% dos que tinham entre 10 e 12 anos declaram que tinham consumido álcool no ano da pesquisa. A proporção sobe para 43,6% entre 13 e 15 anos, e para 65,3% entre 16 e 18 anos. De todo o universo pesquisado, 60,5% dos estudantes declararam ter consumido álcool. A taxa foi maior entre os alunos das escolas privadas (65%) do que entre os das públicas (59,3%). Mais que um quinto dos estudantes (21,1%) tinha consumido álcool no mês da pesquisa.

 

Outro estudo, divulgado pela companhia cervejeira Ambev mostra que 33% dos pais brasileiros não conversam com os filhos sobre o consumo de álcool, apesar de 98% dizerem que consideram importante. Entre os 11 países pesquisados, o Brasil só fica na frente da Ucrânia (34%) e da China (53%). Na Alemanha, apenas 15% dos pais disseram não ter falado.

 

Quase metade dos pais brasileiros, que disseram não ter tocado no assunto, consideram que o filho é muito novo para isso (48%), apesar de a idade média que os entrevistados consideraram a ideal para a conversa ser 9 anos. Outros 22% disseram não saber como tocar no assunto, 15% afirmaram confiar nos filhos e 9% alegaram que acham estranho ou tem vergonha de conversar sobre isso.

 

"Geralmente eles mesmos consomem e até de forma exagerada. É difícil falar de uma coisa que você faz, às vezes, na frente dos filhos. Os pais que não consomem de maneira abusiva na frente dos filhos, os protegem do consumo. É uma questão de avaliar o quanto você está expondo seu filho. O ideal é que não consuma, mas, se consumir, é importante deixar claro que é bebida de adulto", diz Zila.

 

A professora chama a atenção para o fato de a porcentagem de jovens que consomem bebida alcoólica ter caído entre as duas pesquisas do centro de informações sobre drogas. Em 2004, eram 41,2% os estudantes de 10 a 12 anos que tinham consumido álcool, percentual que caiu para 27,9%. Para Zila, a queda é resultado de políticas públicas e conscientização, mas é preciso maior convencimento sobre o problema, uma vez que o consumo excessivo tem crescido.

 

 

"A queda é uma questão de políticas públicas e maior controle, mas o aumento do consumo em grande quantidade tem mais a ver com uma cultura que tolera a embriaguez, e que a favorece. Ela é estimulada de várias formas, como em músicas e festas", diz a pesquisadora. Ela recomenda que os pais sejam presentes na vida dos filhos para acompanhar essa questão. "Aa melhor forma que os pais têm de conhecer os hábitos e os ambientes que o filho frequenta é levando-o e buscando-o a festas e casas de amigos. Assim ele sabe se o local vai ter álcool, quem está lá, e em que estado o adolescente volta para casa".

 

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