Um projeto em exame na Câmara dos Deputados propõe a suspensão da remuneração do Programa Bolsa Família a beneficiários que não porem em prática os cuidados contra a dengue. De acordo com a proposta (5644/13) do deputado Diego Andrade (PSD-MG), se o agente de saúde se deparar com falhas na vistoria inicial, terá a obrigação de comunicar o morador.
Segundo a Agência Câmara de Notícias, na eventualidade de a questão não ser solucionada em um mês, a prefeitura poderá afastar o beneficiário do Bolsa Família. Segundo o projeto, depois de corrigir a situação, o beneficiário poderá recolher de novo o proveito. Conforme Andrade, o importante é que, além de ter seus direitos garantidos, o beneficiário do Bolsa Família cumpra seus deveres.
De acordo com ele, pesquisa da Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que a doença alcança cerca de 390 milhões de pessoas por ano no planeta - mais de 90 milhões de ocorrências têm gravidade. O País, segundo Andrade, assinalou três vezes mais casos da enfermidade no começo de 2013 do que no mesmo período de 2012. Enquanto de janeiro a fevereiro de 2012 foram 70.489 notificações, em 2013 o número subiu para 204.650, segundo dados do Ministério da Saúde, afirma.
Surgem novos avanços para o tratamento da doença de Parkinson graças a uma terapia genética experimental que permitiu melhorar a motricidade e a qualidade de vida de 15 pacientes com uma forma avançada da doença.
De acordo com o professor Stéphane Palfi, neurocirurgião francês que liderou um estudo clínico cujos resultados foram publicados na revista médica britânica The Lancet, os sintomas motores da doença melhoraram até 12 meses após a administração do tratamento em todos os pacientes, mesmo até 4 anos nos primeiros que receberam os cuidados.
O parkinson é uma doença neurodegenerativa mais comum depois do Mal de Alzheimer. Ela afeta cerca de 5 milhões de pessoas em todo o mundo e 120 mil na França.
Conduzido por uma equipe de pesquisadores franceses e britânicos, o estudo clínico em sua fase 1 e 2 traz os resultados apresentados por 12 pacientes tratados desde 2008 pelo professor Palfi no hospital Henri-Mondor de Créteil e de 3 do hospital Addenbrookes de Cambridge (Reino Unido).
A terapia genética prosavin consiste em injetar diretamente no cérebro um vírus de cavalo inofensivo para os seres humanos, e que pertence à família dos lentivírus, esvaziado de seu conteúdo e "preenchido" com três genes (AADC, TH, CH1), essencial para a produção da dopamina, uma substância que é carente em pessoas com Parkinson.
Com um período de quatro anos de análises, os pesquisadores acreditam que demonstraram com "segurança" a longo prazo este método inovador para introduzir genes no cérebro dos pacientes.
Graças a esta terapia genética, os 15 pacientes que receberam o tratamento voltaram a fabricar e secretar pequenas doses de dopamina continuamente.
Três níveis de doses foram testadas, a mais forte se mostrou mais eficaz , segundo Palfi, que acredita que seu trabalho "abrirá novas perspectivas terapêuticas para doenças cerebrais". Mas ele reconheceu que ao longo desses 4 anos, os progressos motores se atenuaram devido à progressão da doença.
Outras abordagens da terapia genética utilizam adenovírus (muitas vezes responsáveis por infecções respiratórias) e não os lentivírus, que são injetados diretamente em uma região do cérebro chamada striatum e atualmente sendo desenvolvida nos Estados Unidos e testada em pacientes com formas moderadas e graves da doença.
A terapia genética ProSavin deve ser alvo de novos testes clínicos a partir do final do ano, indica o prof. Palfi, acrescentando que sua equipe estava tentando melhorar o desempenho do vetor para que ele possa produzir mais dopamina. Em um comentário anexado ao artigo da Lancet, Jon Stoessl da University of British Columbia, em Vancouver, destacou o lado inovador da abordagem franco-britânica.
Mas ele também lamenta que o tratamento só ataque os sintomas motores e não demais distúrbios (alucinações, mudanças de caráter, distúrbios cognitivos), não relacionados com a produção de dopamina, mas que podem tornar-se cada vez mais difíceis de lidas com o avanço da doença.
O Parkinson é causado pela degeneração dos neurônios que produzem a dopamina, um neurotransmissor relacionado com o controle motor e se traduz em sintomas que pioram progressivamente, como tremores, rigidez dos membros e diminuição dos movimentos corporais.
O principal tratamento consiste em tomar drogas que imitam a ação da dopamina no cérebro (levodopa ou L-dopa), mas que ao longo do tempo causam efeitos colaterais importantes, tais como movimentos involuntários. Outro tratamento é a técnica de "estimulação cerebral profunda", que envolve eletrodos implantados em estruturas cerebrais profundas, mas exige, posteriormente, "configurações".
O Ministério da Saúde recebeu nesta sexta-feira, 10, o primeiro lote da vacina contra o papiloma vírus humano (HPV), com quatro milhões de doses, que serão distribuídas gratuitamente na Campanha de Vacinação deste ano, em março, no Sistema Único de Saúde (SUS).
A vacina, que previne contra o câncer de colo de útero, será aplicada gratuitamente em meninas de 11 a 13 anos em 2014 e, a partir do ano seguinte, será ofertada também para meninas de 9 e 10 anos. O Ministério da Saúde investiu R$ 465 milhões na compra de 15 milhões de doses da vacina para este ano, quantidade suficiente para que 5 milhões de pré-adolescentes sejam imunizadas. É a primeira vez que a população terá acesso gratuito, em nível nacional, à vacina contra o HPV.
"O dia de hoje marca dois passos importantes na história da saúde pública. O primeiro é a proteção de futuras mulheres, e consequentemente também homens, contra uma doença sexualmente transmissível. Por meio da campanha de vacinação, vamos iniciar um processo de conscientização e orientação sexual para essas meninas que ainda vão iniciar a vida sexual. O segundo passo importante é a redução dos gastos da população na área da saúde: ao ter acesso gratuito à vacina contra o HPV no SUS, as famílias vão deixar de gastar R$ 1 mil reais na rede privada na compra de três doses para proteger suas filhas contra um problema sério e grave, o câncer de colo de útero, que em algumas regiões do país é a principal causa de morte entre as mulheres", declarou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
A ideia de que beber café desidrata é um mito, de acordo com cientistas da Universidade de Birmingahm. Segundo eles, algumas xícaras por dia são tão hidratantes como água. Estudos da década de 1920 apontaram que tomar café desidratava o corpo, mas pesquisas recentes mostraram o contrário. As informações são do Daily Mail.
Eles pediram a 50 homens saudáveis para tomar quatro copos de café ou água durante três dias e depois mudarem a bebida ingerida, na mesma proporção. Os voluntários consumiram os mesmos alimentos durante o estudo e foram proibidos de praticar exercícios e ingerir bebidas alcoólicas.
Testes de amostras de sangue e urina mostraram que os homens se mantiveram bem hidratados tanto quando bebiam café quanto quando ingeriram água. A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar recomenda às mulheres a ingestão de cerca de 2,8 litros de líquido por dia, e para os homens 3,5 litros. Alguns especialistas dizem que o café não pode ser incluído na conta, enquanto outros aconselham que cada xícara de café ou chá pode ser somada à quantidade necessária de ingestão de líquido.
Os pesquisadores da Universidade de Birmingahm estão no segundo grupo e afirmaram que é uma crença comum achar que o consumo de café pode levar à desidratação. Para eles, duas xícaras pela manhã não fazem mal, tampouco são mais diuréticas do que tomar água pura.