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No Brasil, estima-se que a taxa de infecções hospitalares atinja 14% das internações, de acordo com o Ministério da Saúde. O simples ato dos profissionais de saúde lavarem as mãos é fundamental para evitar essas infecções. Conscientizar para cuidados como esse é o objetivo do Dia Nacional do Controle das Infecções Hospitalares, celebrado nesta quarta-feira (15).

“A maior e principal das ações de prevenção e controle é a higienização das mãos para evitar passar uma infecção entre os pacientes ou entre os profissionais de saúde”, explica a gerente de vigilância e monitoramento em serviços de saúde da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Magda Costa.
Outros fatores citados pela gerente como importantes na prevenção ao problema é a higienização dos ambientes onde estão os pacientes, dos leitos, isolar aqueles que já estão contaminados e a aplicação de protocolos de prevenção.

O infectologista Adelino Freire Júnior, que coordena o controle de infecções do Hospital Felício Rocho, também destaca a higienização das mãos como “pedra fundamental” para o controle das infecções. “Ainda temos um número de higienização das mãos abaixo do que gostaríamos. É um método simples, barato, eficiente e ainda muito negligenciado”. Segundo ele, é preciso reforçar as ações de conscientização junto aos profissionais de saúde com ações como o Dia Nacional do Controle das Infecções Hospitalares.

Ele destaca que evitar as infecções em ambiente hospitalar se torna cada dia mais importante no atual contexto das bactérias multirresistentes a antibióticos. “Isso traz um desafio mais difícil de ser conquistado porque as infecções hoje são cada vez mais difíceis de serem tratadas. As drogas são mais tóxicas, com mais efeitos colaterais e menos eficientes. As infecções por esses germes multirresistentes tem impacto muito grande em aumento de mortalidade”.
O infectologista acrescenta que as infecções hospitalares ainda aumentam o tempo de internação e os custos da assistência médica.

As infecções são provocadas por micro-organismos que se aproveitam de fragilidades no sistema imunológico de quem está em tratamento hospitalar. Entre os tipos mais comuns estão as infecções urinária e na corrente sanguínea associadas ao uso de cateter e a pneumonia associada à ventilação mecânica, segundo o Ministério da Saúde.

Um estudo da Organização Mundial de Saúde demonstrou que a maior prevalência ocorre em unidades de terapia intensiva, em enfermarias cirúrgicas e alas de ortopedia.

As ações de controle de infecção hospitalar em escala nacional são coordenadas pela Anvisa. Os hospitais, tanto da rede pública quanto privada, precisam notificar a agência sobre os casos e estados e municípios desenvolver ações de prevenção e controle. A agência é responsável pelo Programa Nacional de Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde.


“Estados e municípios em todos os hospitais têm que desenvolver ações de prevenção e controle das infecções, vigiar as infecções que tem ocorrido e fazer, a partir da análise dessas informações, ações de prevenção e controle para evitar que outros venham a tê-las”, explicou a gerente da Anvisa, Magda Costa.

 

Agência Brasil

imunmoterapiaA Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o primeiro tratamento de imunoterapia para tratar pacientes com câncer de mama no país. O registro do atezolizumabe foi publicado nesta segunda-feira (13) no Diário Oficial da União.

Esse tipo de terapia aumenta a sobrevida de mulheres com um tipo de câncer de mama específico, o triplo-negativo, com expressão da proteína PD-L1, de 15 para 25 meses.
Segundo o oncologista Carlos Barrios, isso representa 15% das pacientes com câncer de mama, que normalmente são tratadas apenas com quimioterapia.

"Dentro desse grupo de triplo-negativo, 40% se beneficiam desse tratamento. Isso é definido por aquelas que apresentam a expressão da proteína PD-L1", explica.

O PD-L1 é um receptor localizado na superfície das células que indica a possibilidade de sucesso com o tratamento de imunoterapia.

A presença dessa proteína é identificada por meio de um exame chamado imuno-histoquímico. "Isso está associado a um conceito que é uma das estratégias mais importantes de avanço da oncologia que é identificar grupos de pacientes que tenham mais chance de responder aos tratamentos", afirma.
"Triplo-negativo" se refere a um tipo de tumor que não apresenta um dos três biomarcadores mais usados na classificação do câncer de mama, que são receptor de estrógeno, receptor de progesterona e proteína HER-2.

Brasil é um dos primeiros países a aprovar tratamento

O médico ressalta que o Brasil é um dos primeiros países do mundo a aprovar esse tipo de tratamento. "Trata-se do primeiro tratamento que evidencia que a imunoterapia funciona para o câncer de mama. Antes, esse tipo de tratamento existia apenas para outros tipos de câncer, como pulmão e melanoma", afirma.
Barrios é um dos pesquisadores do estudo internacional que envolveu 246 centros médicos de 41 países e comprovou a eficácia do uso do imunoterápico atezolizumabe em conjunto com a quimioterapia para o combate desse tipo de câncer de mama.

A pesquisa foi apresentada no Congresso Europeu de Oncologia (ESMO Congress), em outubro do ano passado e publicada na revista científica The New England Journal of Medicine em novembro. Esse estudo comprovou a redução de 38% no risco de progressão da doença ou morte do paciente e ganho de 10 meses de sobrevida.

A imunoterapia utiliza medicamentos que fazem com que o próprio sistema de defesa do organismo reaja às células cancerosas, combatendo-as. É considerado menos agressivo do que a quimoterapia, tratamento no qual o medicamento, ao combater as células cancerosas, também afeta as células saudáveis, causando efeitos colaterais.

No caso desse tratamento contra o câncer de mama, a imunoterapia é realizada por meio da aplicação de injeção a cada duas semanas com a função de ativar o sistema imune contra o tumor. "Está dirigida não contra o tumor, mas ao sistema imune, para acordar o sistema imune e fazer com que reconheça o tumor e o mate", explica.

O câncer de mama é o mais comum entre mulheres no Brasil e no mundo, depois do de pele não melanoma, correspondendo a 29% dos casos novos a cada ano no país, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer).

Estima-se que haja cerca de 59 mil casos novos por ano no país.

"Novas pesquisas estão sendo conduzidas para avaliar se a imunoterapia ajuda nos outros sub-tipos do câncer de mama. Embora essa seja uma excelente notícia, porque na doença triplo-negativa não haviam boas notícias há muitos anos, é importante destacar que estamos beneficiando só uma pequena porcentagem de mulheres. Ainda é preciso muito trabalho para encontrar remédios que funcionem para outros tipos de câncer de mama", afirma o pesquisador.

O tratamento será disponibilizado na rede privada e não ainda incorporado ao SUS.

 

R7

Foto: reprodução TV Record

O número de pessoas com fibromialgia está aumentando devido ao aumento do estresse e à melhora do diagnóstico, segundo o reumatologista Diogo Domiciano, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, especialista no assunto.

"A fibromialgia é uma doença crônica de caráter benigno, não vai deformar, como outros reumatismos, mas pode trazer um grau de incapacidade funcional se não for tratada. Já o paciente tratado pode se livrar da dor".
Um consenso na literatura médica sobre as causas aponta que a fibromialgia é um distúrbio do sistema nervoso central. "Trata-se de um desquilibrío de neurotransmissores e hormônios do sistema nervoso central que tem a ver com a percepção da dor", explica.

"Já foi demonstrado em estudo com humanos que pessoas que têm fibromialgia têm menos serotonina no cérebro, uma substância que controla a percepção da dor. Elas têm áreas da dor aumentadas", completa.

Já se sabe também que a fibromialgia tem um componente genético, ou seja, quem tem caso na família apresentará maior chance de desenvolver a doença, e que é desencadeada por fator ambiental. "O gatilho da doença pode ser um estresse emocional, trauma, acidente, doença grave ou infecção viral. E pessoas que têm doenças crônicas que causam dor, como artrite reumatoide ou lúpus, apresentam mais chance de ter a fibromialgia", explica.
A incidência é maior em mulheres entre 35 e 60 anos. Segundo o reumatologista, isso pode estar associado a uma questão hormonal. "A doença acomete de 3 a 6 mulheres para cada homem. Alguns estudos mostram que pode estar relacionada a hormônios à época da perimenopausa e menopausa".

Não existe um exame específico para identificar a fibromialgia. O diagnóstico é feito pela história clínica e exame físico do paciente. Entre os sintomas estão dor muscular ou nas articulações por mais de três meses em diferentes lugares do corpo. "Geralmente, há sintomas associados que são insônia, distúrbios do humor, como depressão e ansiedade, fadiga, um cansaço inexplicável, alterações na memória e dificuldade de concentração", afirma.

Ele explica que, como se trata de uma dor difusa, ela aparece nos dois lados do corpo, sendo simétrica. Mas o conceito de 18 pontos de dor está ultrapassado. "Isso é um critério antigo, não se usa mais. Hoje se consideram 'áreas dolorosas'", explica.

Entre os novos tratamentos para cessar a dor da fibromialgia ele menciona a terapia Foto Sônica, criada pelo Instituto de Física da USP de São Carlos, como um tratamento alternativo. "O estudo demonstrou que a técnica é eficaz, mas ainda são necessárias maiores evidências", diz.

A terapia Foto Sônica é realizada a partir de um equipamento, considerado pioneiro no mundo, que realiza a aplicação conjugada de ultrassom e laser terapêutico, de baixa intensidade, nas palmas das mãos. Apesar da aplicação local, o efeito ocorre em todo o corpo.


Segundo os autores da pesquisa, o tratamento conseguiu zerar a dor da fibromialgia em 90% dos pacientes. A técnica está disponível apenas na Santa Casa da Misericórdia de São Carlos.

Para Domiciano, o que comprovadamente melhora as dores da fibromialgia é a combinação de três condutas: consciência do paciente de que se trata de uma doença que pode ser controlada e que isso depende da participação dele, atividade física, principalmente aeróbica e musculação, e uso de medicações que equilibram os neurotransmissores.

"Há várias classes de medicações, entre elas o antidepressivo. Mas vale ressaltar que o antidepressivo não é dado contra depressão, mas sim devido à sua ação analgésica", explica.

O médico ainda ressalta que para o tratamento dar certo é preciso realizar as três condutas combinadas. "Não adianta, por exemplo, só tomar remédio", diz.

Ele cita como outros tratamentos alternativos a acupuntura, a hidroterapia e a estimulação elétrica transcraniana.

"Um tratamento para a fibromialgia que está bem estabelecido é a psicoterapia. Já foi comprovado que a psicoterpia diminui a sensibilidade dolorosa com o tempo e provoca alterações estruturais no sistema nervoso central. As áreas que controlam a dor e a emoção no cérebro estão muito ligadas. A terapia também ajuda a forma como o paciente encara a doença", afirma.

O tratamento é mutidisciplinar, mas quem suspeita da doença deve procurar inicialmente um reumatologista.

 

R7

partoO parto natural, definido como procedimento com o mínimo de intervenções possíveis, tem apresentado maior procura, segundo a obstetra Carolina Burgarelli, da Maternidade Pro Matre Paulista. "O aumento de procura se dá por uma mudança cultural que vem ocorrendo em todo o mundo em que a paciente quer passar pelo processo do parto e participar das decisões daquele momento", afirma.

Entre as famosas que já realizaram partos naturais estão a modelo Gisele Bündchen e a apresentadora Bela Gil.

Esse tipo de parto é feito sem a aplicação de anestesia, sem analgésico para dor, sem hormônios para estimular as contrações, como a ocitocina, sem a realização de incisões para ampliar o canal de parto e sem qualquer intervenção médica, dentro dos parâmetros de segurança para mãe e bebê.


Carolina afirma que, no parto natural, assim como recomendado para qualquer parto vaginal, a gestante deve se acomodar da maneira que se sentir mais confortável, seja sentada, de cócoras ou deitada. E ressalta a importância do acompanhamento do obstetra durante o parto. "O obstetra deve ficar junto monitorando o batimento cardíaco do bebê por uma questão de segurança para evitar o sofrimento fetal, por exemplo", explica.

De acordo com a obstetra Thelma Figueiredo, do Hospital da Mulher e Maternidade Santa Fé, em Belo Horizonte, a diferença entre o parto normal e o parto natural é que o primeiro pode contar com interferências e auxílio médico, enquanto o natural é realizado totalmente pelo esforço materno. "O obstetra fica no local para casos de emergências obstétricas, mas o parto natural é realizado como se ele não estivesse ali", afirma.


A obstetra explica que não é recomendado realizar o parto natural em casa, pois o local não tem estrutura para situações emergenciais, como em casos em que a mãe desiste de continuar com o procedimento de maneira maneira natural, sofrimento fetal, cordão umbilical enrolado no pescoço do bebê e outras complicações. Segundo Carolina, o ideal é realizar o parto em ambientes mais seguros, como maternidade ou casa de parto.

"Caso a evolução do trabalho de parto fique estagnada, são tomadas algumas medidas que podem ajudar, como banho de aspersão e exercícios na bola. Se as medidas não surtirem efeito, o tempo intraparto se exceder dentro do limite de segurança e o bebê entrar em sofrimento, a possibilidade de uma cesariana deve ser discutida com a paciente", afirma a ginecologista da Maternidade Pro Matre Paulista.

Carolina aponta que os benefícios do parto natural são menor risco de sangramentos e infecções, estímulo aos hormônios, melhora na amamentação e recuperação mais rápida.
O tempo de duração do parto natural é variável entre as mães. Carolina afirma que a fase de latência pode demorar até três dias e, assim que a mãe entra em trabalho de parto ativo, a velocidade da dilatação deve ser de um centímetro por hora, em média, com mais duas ou três horas para atingir a dilatação total, de 10 cm de abertura, até o nascimento do bebê.

Entre as recomendações para a realização de parto natural estão a posição do bebê, que deve estar com a cabeça para baixo, ter tamanho e peso proporcionais à pelve da mãe, não sendo mais que 4 kg, não ser um bebê prematuro e a mãe estar em boas condições de saúde.

O termo parto humanizado se refere aos procedimentos em que são respeitados os desejos e a saúde da mulher e engloba o parto natural e o parto normal (via vaginal, mas com intervenção de medicamentos).

 

R7

Foto: arquivo pessoal