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Não há como fugir das estatísticas: 65% dos pacientes com câncer de estômago têm mais de 50 anos. É o terceiro mais frequente em homens e o quinto entre as mulheres, mas as chances de cura estão em torno de 70% quando é descoberto em estágio inicial. Conversei com o médico Raphael Araújo, cirurgião oncológico do aparelho digestivo e professor do Departamento de Gastroenterologia Cirúrgica na Escola Paulista de Medicina da Unifesp, que detalhou a relação entre a doença e um estilo de vida pouco saudável. “O câncer de estômago em pacientes jovens está muitas vezes associado à hereditariedade. Para os mais velhos, no entanto, décadas de estilo de vida pouco saudável contam muito, como fumar, beber em excesso e consumir carnes vermelhas e alimentos salgados ou embutidos, por exemplo”, explicou.


A presença da bactéria Helicobacter pylori desempenha papel relevante no surgimento do câncer. Apesar do meio ácido que caracteriza o estômago – feito sob medida para digerir os alimentos – a bactéria “se protege” abrigando-se na camada de revestimento da mucosa das reentrâncias do órgão. “Os sintomas não devem ser ignorados. A perda de peso pode indicar um estágio mais avançado da doença, mas antes disso há sinais importantes a serem observados. Entre eles estão o empachamento, que é aquela sensação de estar ‘cheio’ depois das refeições, além de queimação crônica ou refluxo”, afirma o cirurgião.

Nem todos com queixas desse tipo têm câncer, mas deveriam se submeter a uma endoscopia, exame eficiente através do qual o médico pode identificar a lesão e retirar um fragmento para comprovar a patologia. O hábito de tomar antiácidos pode mascarar os sintomas. Uma vez feito o diagnóstico, é preciso verificar o estadiamento, ou seja, o estágio da enfermidade, se está localizada ou se há metástase e ela atingiu outros órgãos. “Normalmente são pedidos exames complementares, como tomografia de abdômen, pelve e pulmões. A cirurgia para a retirada do tumor é o procedimento mais indicado, mas também avaliamos as vantagens de fazer quimioterapia antes, para controlar micrometástases, e depois. Há ainda a indicação eventual de radioterapia”, complementa o doutor Raphael Araújo.

Uma das maiores preocupações dos pacientes é de que forma vão se alimentar, como conta o médico: “na gastrectomia, às vezes retiramos dois terços do estômago, mas há casos em que é preciso retirar quatro quintos e até o estômago todo, quando a lesão é muito próxima do esôfago”. Quando isso acontece, o cirurgião interpõe um segmento entre o esôfago e o intestino delgado. Apesar de não haver mais a secreção do suco gástrico, o intestino produz enzimas que digerem as proteínas.

“O paciente vai se adaptando”, ele garante, acrescentando: “é necessário diminuir o volume ingerido e aumentar o número de refeições. Também é preciso repor vitaminas, como a B12, através de injeções”. Na sua opinião, a longevidade representa um desafio para os médicos: “os ensaios clínicos se referem a indivíduos até 65, 70 anos. Na prática, porém, vem crescendo o número de pacientes acima de 75, 80 anos, e o cirurgião oncológico com frequência vive um dilema, no qual tem que avaliar se a condição clínica do paciente suportará todos os procedimentos necessários para oferecer um tratamento com intenção curativa como os propostos nos estudos com pacientes mais jovens”.

 

bemestar

“Bomba esculpe o corpo, mas causa: problemas no coração, câncer, infertilidade, problemas no fígado e distúrbios psiquiátricos”. Com esse lema, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) lançou ontem, 15, Dia do Homem no Brasil, a campanha “Bomba, Tô Fora”, contra o uso de anabolizantes sem recomendação médica.

De acordo com a entidade, o uso de esteroides anabolizantes e similares, sem recomendação médica, dentro e fora do esporte de alto rendimento, especialmente por jovens que desejam melhorar a aparência e o condicionamento físico, deve ser considerado como um problema social e de saúde pública.

A SBEM destaca que os esteroides anabolizantes – derivados sintéticos da testosterona – utilizados com o objetivo de aumentar a massa e a força muscular podem causar uma série de problemas de saúde como aumento da pressão arterial, elevação do colesterol ruim, aumento do risco de tromboses, embolias e infarto cardíaco, assim como hepatite medicamentosa com icterícia (amarelão), insuficiência hepática e câncer de fígado.

No homem especificamente, o esteroide pode causar acne, aumento das mamas, redução do tamanho e do funcionamento dos testículos, impotência sexual, infertilidade, aumento da próstata e calvície.

“É crescente a utilização da testosterona [esteróride anabolizante] em homens saudáveis com a pretensão da melhora do desempenho sexual, aumento de massa muscular e em terapias descritas como antienvelhecimento. Para essas situações, a testosterona não está aprovada. O risco do uso pode superar qualquer potencial benefício. A testosterona [é indicada] apenas para homens com deficiência e sob estrita supervisão médica”, disse o médico endocrinologista Clayton Macedo.

Morte de neurônios

Segundo a SBEM, estudos mostram que existe relação do uso de esteroides anabolizantes com a atrofia do volume do cérebro e morte dos neurônios. Além de dependência, o uso dessas drogas pode causar irritabilidade e agressividade, ansiedade, alteração da memória, comportamento sexual de risco, síndrome de abstinência na suspensão da droga e alteração da percepção da sua imagem corporal.

“Em geral a pessoa que tem intenção ou está utilizando anabolizante ela quer saber se existe uma dose mínima que é considerada segura que, com certeza, não vai produzir nenhum problema de saúde. A resposta infelizmente é não. Não tem nenhuma dose que a gente possa assegurar para a pessoa de que nenhuma consequência vai ocorrer”, disse o médico endocrinologista Roberto Zagury.

Segundo Zagury, com frequência os efeitos colaterais ocorrem nos testículos e no fígado. “O receptor no qual a testosterona se liga para induzir os efeitos que são desejados, que são ganho de massa muscular, ele é o mesmo em todas as células do corpo, inclusive no fígado e no testículo, onde com alguma frequência acontecem efeitos colaterais. Não existe uma dose mínima segura”.

Saúde do Homem

Segundo o Ministério da Saúde, os homens, comparativamente às mulheres, cuidam menos da saúde e apresentam maior índice de mortalidade. Eles têm mais excesso de peso, baixo consumo de frutas, de legumes e de verduras, alto consumo abusivo de bebidas alcoólicas e tabagismo, situações que podem estar se refletindo numa maior mortalidade por doenças do aparelho circulatório, principalmente entre os mais velhos. As causas externas de morte, violência e acidentes, também atingem mais os homens, predominantemente os mais jovens.

Comportamentos de risco, como consumo abusivo de bebidas alcoólicas, estão associados a falsa autopercepção de infalibilidade, facilitando a ocorrência de acidentes, situações de violência, e de contágio de doenças infectocontagiosas como HIV/Aids e tuberculose.

 

Agência Brasil

 

gestanteA incontinência urinária é um problema que afeta cerca de 40% das gestantes, segundo a SBU (Sociedade Brasileira de Urologia), sendo que dados na literatura médica apontam que essa porcentagem pode chegar a 60%, de acordo com a fisioterapeuta Fátima Fitz, do Centro de Assoalho Pélvico do Hospital e Maternidade Santa Joana, em São Paulo.

"A musculatura do assoalho pélvico é responsável por sustentar os órgãos pélvicos e abdominais e pela sustentanção do peso do corpo, além de ser responsável pelo fechamento e contenção de urina e fezes. No período gestacional, há uma sobrecarga dessa musculatura e, com situações de esforço, como o espirro, uma tosse ou uma risada, há um escape da urina", explica Fátima.


Outra questão que faz com que as mulheres tenham a tendência a ter a incontinência nesse período é a soma da sobrecarga da musculatura e da ação da progesterona, que faz com que a bexiga se relaxe, não conseguindo conter a urina.

A fisioterapeuta afirma que existem dois tipos de incontinência urinária, sendo a primeira ligada aos esforços, fazendo com que hajam os escapes de xixi com a realização de alguma ação, e o segundo estaria ligado à urgência de urinar, não conseguindo segurar o xixi até ir ao banheiro. Entretanto, Fátima afirma que nem sempre o segundo tipo está ligado à uma incontinência, mas sim à pressão que o útero exerce sobre a bexiga, já que o bebê estaria localizado logo acima do órgão urinário.


"A incontinência pode ocorrer durante a gestação por conta dessa sobrecarga do assoalho pélvico e pode acontecer também de a mulher não ter esse escape de urina enquanto grávida e ter no puerpério, logo após o parto e se ele for o parto vaginal. Essas incontinências são transitórias e tendem a melhorar conforme o organismo retoma suas funções e com os exercícios musculares", afirma a fisitorapeuta.


Porém, se a mulher tem a incontinência durante a gravidez e após o parto, e não em apenas um dos períodos, a disfunção no trato urinário faz com que aumentem as chances de, durante a menopausa, ela desenvolver a incontinência. Outras razão que aumenta a chance da incontinência na menopausa é a redução na produção de estrógeno, já que o hormônio tem a função de fechar a uretra para o xixi não escapar.


Fátima alega que é possível prevenir a incontinência urinária por meio do fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico com fisioterapia. "A maioria das mulheres procuram a reabilitação da musculatura pélvica a partir da 18ª semana gestacional, mas se ela tem a intenção de engravidar, o ideal é que já busque esse fortalecimento antes mesmo de ficar grávida", orienta a especialista.

Para ajudar no fortalecimento pélvico, Fátima explica que as mulheres podem fazer contrações desses músculos durante as atividades diárias. Nessa contração, a mulher deve fazer o esforço igual ao de segurar o xixi, sentindo a musculatura subir e segurar a posição por pelo menos 10 segundos. O ideal é realizar de oito a 12 repetições, três vezes ao dia e três vezes por semana.

 

R7

Foto: Pixels

O pequeno Asafe já havia operado o canal lacrimal quando amanheceu com um dos olhos inchados. Por isso, seus pais o levaram ao oftalmologista, que o transferiu na hora para internação. Isso porque o menino havia contraído uma infecção não tão conhecida: a celulite orbital, que pode ser decorrente de outras doenças, como a sinusite. Ele ficou internado durante 8 dias tomando antibióticos, o que evitou consequências mais graves.

"Ele respondeu bem à medicação, tanto que, no terceiro dia de internação, estourou a celulite e, saiu muita secreção por 2 dias. Isso dói muito, incomoda, é um sofrimento que, ninguém merece passar", afirmou a mãe, no post em que relatou a situação.

O que é celulite facial?

Bem diferente da popular celulite corporal que utilizamos para referir a lipodistrofia ginóide, celulite facial é uma doença bacteriana que acomete o tecido subcutâneo da pele e cursa com quadro de vermelhidão, dor e edema.

Segundo a dermatologista Emily Alvernaz, por ser uma infecção bacteriana, a celulite pode ter outras portas de entrada como acne, micose, amigdalite, sinusite, infecções dentárias e úlceras de herpes zoster. Essas bactérias têm uma predisposição para migrar para o tecido subcutâneo e instalar o processo infeccioso e inflamatório no local.

 

Ela completa que a celulite facial exige um tratamento precoce pois pode levar a complicações sérias como trombose de seios cavernosos, lesões oculares e até mesmo evolução para meningite se não tratada de forma adequada.

Como se prevenir?

"A prevenção se baseia no controle e tratamento das doenças de base no caso de diabetes, varizes, úlceras e feridas, micoses, herpes zoster, sinusites e amigdalites, infecções dentárias e em evitar a formação de portas de entrada, como evitar extração de acnes em casa e cortes ao se barbear", explica a dermatologista.

Minha Vida