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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu nesta quinta-feira (23) a venda e distribuição de lotes de vegetais processados congelados em todo o país.

Os produtos, entre eles mix de legumes, ervilhas, vagem e milho, foram importados da Europa por diferentes empresas e apresentam contaminação pela bactéria Listeria monocytogenes.

A decisão foi publicada no Diário Oficial e já está em vigor.

Entre os lotes proibidos estão as marcas Pinguin, Greenyard, Grano e Pratigel. Segundo a Anvisa, as empresas que comercializam esses produtos no país deverão retirar os estoques dos pontos de venda.

A Anvisa informa que a notificação da contaminação foi emitida pela International Food Safety Authorities Network, gerida pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A Listeria monocytogenes é uma bactéria resistente ao congelamento, podendo contaminar saladas, pratos prontos e alimentos refrigerados, segundo a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

Provoca sintomas semelhantes à virose, como febre e diarreia. Na forma mais grave, pode causar meningite purulenta, falência múltipla de órgãos e aborto durante os primeiros seis meses de gravidez.

De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, 1.600 contraem a doença todo ano no país e 260 morrem, o que corresponde a 16%.

Os mais vulneráveis são pessoas com o sistema imunológico comprometido ou ainda em desenvolvimento, como recém-nascidos, idosos, pessoas com câncer, diabetes, doenças crônico-degenerativas, portadores do vírus HIV e gestantes, segundo a Fiocruz.

Dentro do grupo de risco, as gestantes merecem atenção. A bactéria pode ser transmitida ao feto por meio da placenta, mesmo que a mãe não apresente sintomas. De acordo com o CDC, mulheres grávidas são 20 vezes mais suscetíveis a contrair a doença que adultos saudáveis.

 

R7

Crianças e adolescentes não estão ingerindo a quantidade necessária de líquidos, especialmente água, aponta estudo recente publicado no European Journal of Nutrition. De acordo com os pesquisadores, a hidratação inadequada nestas faixas etárias pode prejudicar o desempenho físico e cognitivo, afetando o funcionamento do organismo.
A pesquisa, realizada na América Latina (México, Brasil, Argentina, Uruguai) e Ásia (China, Indonésia), apontou que, além de não atingirem a meta estabelecidas por autoridades de saúde, crianças e adolescentes estão consumindo em excesso alguns tipos de bebidas com altor teor de açúcar – como refrigerantes e sucos industrializados –, o que aumenta o risco de obesidade, diabetes (tipo 2) e problemas cardiovasculares.

Para especialistas, a quantidade de água necessária para o corpo depende de alguns fatores, como peso e idade. No entanto, existe um cálculo baseado no peso corporal usado para indicar qual deve ser a quantidade de água ingerida: peso X 0,03. Portanto, uma criança de 30 quilos deve ingerir cerca de 1 litro por dia. Ainda assim, recomenda-se que a ingestão de água seja baseada na sede, que é um sistema de defesa do organismo para evitar a desidratação, que pode causar dores de cabeça, cansaço, tontura e fraqueza.

As bebidas analisadas pela equipe foram água (torneira e garrafa), leite e derivados, bebidas quentes (café e chá), sucos naturais, bebidas industrializadas com alto teor de açúcar (refrigerantes, energéticos, bebidas esportivas, chás e sucos artificiais) e bebida alcoólica. Os resultados mostraram que, entre os países latinos, o Brasil foi um dos poucos em que o consumo diário de água atingiu todas as crianças (cerca de 369mL/dia); embora as uruguaias tenham bebido mais (500mL). Já entre os adolescentes o consumo foi maior no Brasil (505mL/dia). Apesar disso, os valores estão abaixo do recomendado.

Os participantes – com idades entre 4 e 17 anos – foram orientados a registrar a ingestão de líquidos ao longo do dia e da noite durante sete dias. O tipo de bebida, volume e tamanho do recipiente também foram relatados, assim como o local onde foi ingerido e se foi associado a sólidos. O consumo de alimentos não foi registrado. O estudo foi realizado em 2016 por uma equipe de especialistas de diversas instituições internacionais, entre elas a British Dietetic Association, no Reino Unido, e o Instituto Nacional de Pediatria, do México.
Bebidas artificiais
Na América Latina, o consumo de bebidas com alto teor de açúcar, como refrigerantes, atinge proporções elevadas, estando entre os maiores do mundo. Entre as crianças, o país com maior registro foi o Uruguai (570mL); os adolescentes consumiram ainda mais, principalmente na Argentina (686mL). No Brasil, a ingestão foi de 396mL e 499mL, respectivamente. “Estes níveis de consumo levantam preocupações considerando as crescentes evidências dos efeitos negativos de algumas bebidas na saúde infantil”, alertaram os pesquisadores.

Eles indicaram que o índice de massa corporal (IMC) nos países latinos aumentou duas vezes mais rápido em comparação com a média global entre os anos de 1980 e 2008, assim como a ocorrência de problemas de saúde como diabetes tipo 2 e síndrome metabólica, conjunto de de condições (hipertensão, nível de açúcar e colesterol elevados e excesso de gordura corporal), que aumentam o risco de doenças como acidente vascular cerebral (AVC) e ataque cardíaco.

Preocupação
Uma pesquisa de saúde e nutrição mexicana realizada em 2012, mostrou que 71% das crianças entre 4 e 6 anos não atingiam as recomendações de ingestão adequada de água. Entre os adolescentes, o número era mais alarmante (83% a 87%).

De acordo com o estudo do ano passado, a prevalência de obesidade global cresceu nos últimos 40 anos. O problema, que atingia 0,7% das meninas em 1975, atualmente afeta 5,6%. Nos meninos, a alta foi muito maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. No Brasil, o índice dos meninos subiu para 12,7% – em 1997 era 0,93%. Já entre as meninas de ,01% em 1975 subiu para 9,37%.
Segundo a BBC, em 2016, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos estavam obesos em todo o mundo. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que se a obesidade continuar crescendo nos níveis das últimas décadas, o mundo terá mais crianças e adolescentes obesos do que com baixo peso. A previsão para o Brasil indica que até 2025, o país terá 11,3 milhões de crianças e adolescentes obesos.

Diante disso, os pesquisadores recomendam aos governos políticas de saúde pública que possam conter o avanço da obesidade e excesso de peso nestas faixas etárias. No México, por exemplo, foi lançado um guia de bebidas saudáveis, além da implementação de várias políticas públicas, incluindo um imposto maior sobre bebidas com alto teor de açúcar. No Brasil, um projeto de lei sobre a questão está em andamento no Congresso. Já a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) lançou, no ano passado, diretrizes para o enfrentamento da obesidade. O Ministério da Saúde está fazendo uma consulta púbica para atualizar o Guia de Alimentação Infantil.

 

veja

As dietas ricas em gordura produzem uma enzima que bloqueia a leptina - proteína que informa ao cérebro quando devemos parar de comer -, o que leva diretamente à obesidade, afirmou um estudo publicado nesta quarta-feira (22).

Pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego descobriram este mecanismo em uma pesquisa com ratos de laboratório, cujos processos cerebrais são semelhantes aos processos dos humanos.

"Abrimos um novo campo de estudo para doenças metabólicas", afirmou Rafi Mazor, pesquisador do Departamento de Bioengenharia e principal autor do estudo.

Para ele, a descoberta abre caminho a novas investigações sobre outras as vias em que os receptores cerebrais podem sofrer processos destrutivos e quais poderiam ser as consequências dessa reação.

A pesquisa, elaborada em parceria com o Instituto Salk para Estudos Biológicos; na Califórnia; a Universidade de Tel Aviv, em Israel; e a Universidade Monash, na Austrália; foi publicado nesta quarta-feira (22) na revista especializada Science Translational Medicine.

De acordo com o professor de Bioengenharia Geert Schmid-Schonbein, uma vez que a ação da enzima MMP-2 produzida pelo alto consumo de gorduras é suspensa, os receptores cerebrais voltam a trabalhar normalmente.

"Quando a enzima é bloqueada, os receptores não enviem o sinal. É possível resolver o problema", disse Schmid-Schonbein.

No processo normal, as moléculas de leptina são liberadas do tecido adiposo branco durante as refeições, viajam pelo sistema sanguíneo até o cérebro - especificamente o hipotálamo -, e lá estimulam receptores neuronais para indicar que o estômago está cheio. As pessoas obesas geralmente têm leptina suficiente no sangue, mas o mecanismo de aviso não funciona.

Agora, os cientistas querem provar que o mecanismo funciona de maneira similar no cérebro humano, o que abre uma grande possibilidade para o tratamento da obesidade.

"No futuro, tentaremos descobrir por que essas enzimas são ativadas, o que as aciona e como controlá-las", anunciou Mazor.

 

EFE

levetiracetamA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro de uma nova opção terapêutica para o tratamento da epilepsia. O produto é o Levetiracetam, medicamento genérico que será comercializado em solução oral.

Segundo a agência, o remédio é indicado como monoterapia para o tratamento de crises parciais, com ou sem generalização secundária, em pacientes a partir dos 16 anos com diagnóstico recente de epilepsia.

O medicamento também é indicado como terapia complementar no tratamento de crises parciais em adultos, crianças e bebês a partir de 1 mês de vida e está autorizado para uso durante crises mioclônicas (espasmos rápidos e repentinos) em adultos e adolescentes a partir dos 12 anos.

O Levetiracetam poderá ser usado ainda em situações de crises tônico-clônicas (combinação de contrações musculares) primárias generalizadas, em adultos e crianças com mais de 6 anos com epilepsia idiopática generalizada.

“Para a Anvisa, a concessão de registro de um novo medicamento genérico é de extrema importância para ampliar o acesso da população a medicamentos com qualidade e com redução de custo”, informou a entidade, por meio de nota.

 

Agência Brasil

Foto: Justin Sullivan/Getty Images

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