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Há o risco de quebrar o pescoço ao estalar essa parte do corpo? Sim, segundo o ortopedista Márcio Schiefer, professor-adjunto de ortopedia da Faculdade de Medicina da UFRJ. "Eu, inclusive, já tive um paciente que tinha um tique nervoso de estalar sempre o pescoço. Ele estalou tantas vezes que teve fraturas de várias vértebras. Não foram graves, foram fraturas do processo espinhoso das vértebras. Ele precisou ser medicado por um psiquiatra e se tratar com medicamentos para parar de estalar o pescoço para que as fraturas pudessem se consolidar", afirma.

 
Mania de estalar o pescoço pode causar AVC? Sim. O ortopedista explica que não é corriqueiro, mas é possível. Isso pode ocorrer porque quando se tenta estalar o pescoço, ele não estala necessariamente, mas sofre um movimento brusco em suas estruturas. Entre essas estruturas estão não apenas os nervos, mas também as artérias, que vão para o crânio “ligar o cérebro”. Se essas artérias sofrem uma angulação abrupta, elas podem causar dano na camada interna e esse dano pode levar a um AVC, segundo Schiefer.


Existe algum tipo de estalo que requer mais atenção? De acordo com o professor da UFRJ, é preciso ficar atento aos estalidos acompanhados de dor. Ele explica que os estalidos podem acontecer por deslizamentos de superfícies ósseas ou cartilaginosas irregulares. Ou seja: um paciente que tem um desgaste da cartilagem, chamado de artrose, pode sofrer esse atrito, o que provoca estalido e dor. "É muito comum no joelho", diz.


Há malefícios em estalar o corpo com frequência? Estalar os dedos com frequência, por exemplo, pode ser um tique nervoso, alerta o médico. "Pode ser a manifestação de um problema psicológico, uma compulsão. O ideal é que se investigue isso com um psiquiatra", afirma. Segundo ele, caso a pessoa não tenha uma compulsão, o fato de uma articulação produzir barulho não faz mal, a não ser quando a articulação é dobrada ao máximo. "Estalar os dedos, por exemplo, requer que dobre a articulação ao máximo e isso pode sim fazer mal. Nas articulações da coluna, esse estalido preocupa mais porque alguns pacientes podem ter o estalo acompanhado de uma contratura muscular, já que a musculatura pode contrair muito forte. Isso merece cautela", diz.


Estalar de forma incorreta pode trazer problemas? Sim, estalar de forma incorreta pode fazer mal, de acordo com Schiefer. "Não sei se existe uma forma correta de estalar, porque não é recomendável que se faça, mas o fato é que o estalo não pode ser seguido de dor. Se isso acontece, algo está errado", explica
Estalar de forma incorreta pode trazer problemas? Sim, estalar de forma incorreta pode fazer mal, de acordo com Schiefer. "Não sei se existe uma forma correta de estalar, porque não é recomendável que se faça, mas o fato é que o estalo não pode ser seguido de dor. Se isso acontece, algo está errado", explica.

 
Qual a dica para quem tem o costume de estalar e quer parar? A dica é procurar ajuda médica, segundo Schiefer. Ele orienta a consulta com um psiquiatra, médico que trata comportamentos compulsivos.

 
Por que alguns fisioterapeutas utilizam esse recurso em tratamentos? O professor da UFRJ afirma que é porque o estalido articular causa conforto nos pacientes. "A maior parte dos pacientes se sentem relaxados, aliviados, mas, particularmente, acho que existem outros métodos de obter esse relaxamento sem esse tipo de recurso. Estalar as articulações não é um método que eu recomendo", diz.


Por que estalar o corpo faz barulho? Estalar uma articulação provoca barulho por diversos motivos, de acordo com Schiefer, sendo o mais comum o ruído produzido pelo líquido sinovial. Ele explica que as articulações têm uma fina camada de líquido sinovial em quantidade suficiente para lubrificar as articulações. Mas, quando se dobra o dedo, por exemplo, ou outra articulação com força, esse líquido que estava espalhado acaba sendo represado. Esse deslocamento rápido do líquido é o que provoca o "cleck", o estalido.


Quais são os outros motivos? O deslocamento de ligamentos e tensões, segundo o ortopedista. Os ligamentos ficam esticados. Quando há um movimento brusco, esses ligamentos podem deslizar sobre um osso ou uma articulação, provocando o som. Algo similar ocorre sobre os tendões, explica o médico. "Isso não é tão comum mas pode acontecer", ressalta.

 

r7

O período da menopausa é extremamente desconfortável para a maioria das mulheres, especialmente por causa dos sintomas, que incluem ondas de calor, distúrbios do sono e secura vaginal. Por isso, nesta fase da vida, a mulher necessita de apoio emocional, especialmente das pessoas mais próximas, como familiares e amigos. Aliás, a falta de suporte pode até mesmo agravar os sintomas da menopausa, segundo estudo publicado esta semana no Journal of Epidemiology & Community Health.

Entre os principais riscos aos quais as mulheres estão sujeitas na menopausa é o enfraquecimento ósseo, ocasionado pela queda nos níveis de estrogênio (hormônio feminino). Segundo os pesquisadores, esse risco pode ser ainda maior quando a mulher mantém relacionamentos ruins, seja de amizade, familiar ou conjugal. Isso acontece porque essas relações causam stress que, por sua vez, altera os níveis hormonais, incluindo hormônios tireoidianos, do crescimento e glicocorticoides. Todos esses hormônios interferem no funcionamento e manutenção do esqueleto.

A equipe explica que essas alterações na densidade mineral óssea (DMO) colocam as mulheres em maior risco de sofrer fraturas ou desenvolver osteoporose. A pesquisa indica que as partes do esqueleto mais afetadas pelo stress são quadril, coluna lombar e fêmur. Com base nos resultados, os cientistas recomendam que profissionais de saúde e familiares busquem criar medidas de intervenção para reduzir os níveis de stress da mulher e, assim, evitar problemas ósseos.

Após excluir fatores de risco, como idade, peso, tabagismo, consumo de álcool, terapia hormonal e histórico de fratura, os cientistas concluíram que níveis elevados de stress ligado à relações sociais está associado a menor densidade mineral óssea do quadril, coluna lombar e fêmur.

Apesar dos resultados, a equipe salientou que não foi possível estabelecer a causa direta entre a degradação óssea e relacionamentos ruins. Além disso, o estudo foi baseado em auto relato e, portanto, as informações podem ter sofrido variações.

Relacionamento

Um dos principais sintomas da menopausa é o declínio das atividades sexuais. Um novo estudo tentou desvendar o por quê. Os resultados mostraram que, além dos fatores biológicos, como queda nos níveis hormonais, e físicos, como secura vaginal (que pode causar dor durante o sexo), outras questões podem interferir na vida sexual. Entre os fatores estão questões psicológicas e qualidade do relacionamento com o parceiro.

“Desafios de saúde sexual são comuns em mulheres à medida que envelhecem e os fatores que envolvem parceiros desempenham um papel proeminente na atividade sexual e satisfação das mulheres, incluindo a falta de parceiro, disfunção sexual do parceiro, saúde física do parceiro e problemas no relacionamento”, disse Stephanie Faubion, da Sociedade Norte-Americana de Menopausa, em comunicado.

Segundo ela, os problemas de origem física e biológica podem ser tratados com medicamentos e terapias que ajudam na manutenção de uma vida sexual ativa. Caso o principal seja na relação amorosa, a recomendação é conversar com o parceiro para tentar resolver as questões que dificultam o sexo ou procurar auxílio de um terapeuta especializado.

 

Veja

jejumFazer jejum não é para qualquer pessoa, pois exige muita força de vontade e bom controle da saúde para evitar hipoglicemia, por exemplo. Mas para aqueles que aguentam passar muitas horas sem comer, o método é uma excelente forma de emagrecer, indica estudo publicado na revista Cell Metabolism. A pesquisa mostrou que ficar 36 horas sem comer algumas vezes por semana ajuda na perda de peso, mas é necessário intercalar o próximo jejum com períodos de doze horas para comer adequadamente (inclusive alguns alimentos mais calóricos).

Os resultados mostraram que a prática, batizada de jejum de dias alternados (ADF, na sigla em inglês), promove restrição calórica de 35% e ajuda na perda de, pelo menos, 3,5 quilos em quatro semanas. De acordo com os pesquisadores, a eficiência da dieta pode estar associada ao fato de o organismo humano estar acostumado a longos períodos de jejum seguidos de excessos alimentares, pois nossos ancestrais não tinham uma rotina alimentar determinada e comiam quando era possível.

“A elegância da dieta está no fato de que ela não exige que os participantes contem suas refeições e calorias: eles simplesmente não comem nada por um dia”, comentou Thomas Pieber, principal autor do estudo, à revista Time.

Apesar disso, os pesquisadores ressaltaram que ninguém deve iniciar a dieta sem consultar um especialista, já que nem todas as pessoas estão em condições de se submeter a uma restrição calórica tão extrema. A equipe ainda salientou que mais estudos são necessários para entender os mecanismos que tornam o jejum de dias alternados tão eficiente.


O estudo
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores da Universidade de Graz, na Áustria, acompanharam sessenta pessoas durante um mês. Os participantes foram divididos em dois grupos: um realizou o jejum de dias alternados, enquanto o outro não fez nenhuma dieta. Os indivíduos do primeiro grupo ainda mantiveram um diário para seguir a alimentação e foram monitoradas as taxas de glicose para verificar se eles estavam seguindo a rotina alimentar adequadamente.

Os resultados mostraram que a restrição calórica de 36 horas é eficiente na luta contra a balança. “Acreditamos que é um bom regime a ser feito por alguns meses para pessoas obesas como forma de reduzir o peso. Também poderia ser uma intervenção clínica útil em doenças causadas por inflamação”, explicou Frank Madeo, coautor da pesquisa, à Time.

Os pesquisadores ainda refizeram o estudo com trinta participantes com acompanhamento de seis meses. Ao final do estudo, descobriu-se que o jejum não interferiu na função imunológica e promoveu redução na gordura da barriga — que está associado ao aumento do risco de câncer.

No entanto, os participantes mostraram níveis menores de triiodotironina —hormônio ligado a maior expectativa de vida. Segundo especialistas, a falta desse hormônio no organismo pode causar deficiência visual e dor de barriga. ” É importante consultar um médico antes de fazer qualquer regime alimentar severo”, alertou Madeo. A equipe ainda salientou a necessidade de realizar maiores pesquisas para entender os efeitos a longo prazo do jejum de dias alternados.

 

Veja

Foto: Thinkstock/VEJA/VEJA

Chegou, na última quinta-feira (22), à Comissão de Assuntos Sociais do Senado um projeto de lei com objetivo de facilitar a aposentadoria de pessoas que sofrem com fibromialgia.

A proposta, de iniciativa popular e submetida a votação no site do Senado, pretende alterar a Lei nº 8.213/91 para "para incluir a fibromialgia no rol das doenças que asseguram a seus portadores a dispensa do cumprimento de período de carência para usufruir dos benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez".
Ainda não foi definido qual senador fará a relatoria do projeto na Comissão de Assuntos Sociais. Na etapa anterior, na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, o relator, senador Flávio Arns (Rede-PR), recomendou que a legislação atual passe a vigorar da seguinte forma:

"Até que seja elaborada a lista de doenças mencionada no inciso II do art. 26, independe de carência a concessão de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez ao segurado que, após filiar-se ao RGPS [Regime Geral de Previdência Social], for acometido das seguintes doenças: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, esclerose múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida (aids), contaminação por radiação, ou fibromialgia, com base em conclusão da medicina especializada.”

A ideia proposta prevê ainda um acréscimo de 25% no valor da aposentadoria aos portadores de fibromialgia para que tenham condições de arcar com os custos de cuidadores.
Nesse ponto específico, Arns foi contrário.

"Acerca da demanda por acréscimo de 25% no salário de aposentadoria para os doentes com fibromialgia terem cuidador, entendemos que tal previsão não encontra respaldo na legislação vigente, haja vista que esse benefício não é concedido aos portadores das demais doenças listadas no art. 151 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, muitas delas mais graves ou incapacitantes que a fibromialgia."

Após ser votado na Comissão de Assuntos Sociais, o projeto pode seguir para outro colegiado ou ir direto para a Comissão de Constituição e Justiça, última etapa antes de ser levado ao plenário. Se passar no Senado, precisará tramitar na Câmara dos Deputados. Uma vez aprovado, será submetido à sanção presidencial.

A fibromialgia é uma doença crônica em que os pacientes sentem dores permanentes pelo corpo.

 

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