Pesquisadores da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e da Universidade Aix-Marseille, na França, encontraram em território mineiro um vírus misterioso, cujo genoma parece ser completamente novo para a ciência. O estudo foi publicado nesta segunda-feira (10) no periódico científico bioRxiv.
Chamado de Yaravirus brasiliensis, o micro-organismo é do grupo das amebas e foi achado em amostras de água barrenta na região da lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte.
Mais de 90% dos genes desse vírus nunca haviam sido descritos. Somente seis genes tinham semelhança distante com outros vírus já conhecidos e documentados em bancos de dados públicos.
"Seguindo os atuais protocolos metagenômicos para detecção viral, o Yaravirus nem seria reconhecido como um agente viral", observaram os pesquisadores.
A conselheira sênior do Departamento de Gestão de Contágios da Organização Mundial da Saúde (OMS), Nahoko Shindo, disse que as próximas semanas serão um período vital nos esforços para conter a propagaçãodo novo coronavírus.
Em entrevista à NHK, na sede da ONU, em Genebra, ela afirmou que o novo vírus teria aparecido entre seres humanos por volta de novembro do ano passado, embora sua origem continue desconhecida.
A entrevista antecede uma reunião de emergência sobre o novo coronavírus com especialistas de todo o mundo, que será realizada nesta terça-feira (11) na cidade suíça.
A conselheira da OMS disse ser extremamente difícil criar uma vacina que possa prevenir completamente uma doença contagiosa do sistema respiratório. Acrescentou que será necessário agregar conhecimentos de todo o mundo para combater o vírus.
Ela comentou também o isolamento da cidade de Wuhan, na província de Hubei, o local mais atingido pela crise. Shindo disse que o isolamento da cidade ajudou a evitar que o vírus se espalhasse fora da China continental e que espera que essa medida continue sendo eficaz.
Para a conselheira, a hipótese de o vírus continuar se espalhando em regiões fora de Wuhan não está descartada.
Equipe de investigação sobre o coronavírus
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreysus, informou que o líder de uma equipe de investigação da instituição seguirá para a China hoje (10) ou amanhã, para ajudar a encontrar formas de conter a propagação da infecção pelo novo coronavírus. Segundo ele, outros integrantes da equipe se juntarão mais tarde ao líder do grupo.
Eles vão trabalhar com especialistas locais para enfrentar a situação. O diretor-geral não divulgou os locais a serem visitados pela equipe.
O diretor executivo do Programa de Emergências de Saúde da OMS, Michael Ryan, comentou sobre a situação na província de Hubei, no interior da China. O local é onde a epidemia começou e concentra o maior número de infectados.
Ryan afirmou que o número diário de novos casos na província tem sido "estável" nos últimos quatro dias. Segundo ele, isso "pode ser reflexo do impacto das medidas de controle executadas". Acrescentou que há "muitos casos suspeitos que ainda precisam ser examinados".
Fazer exercícios traz inúmeros benefícios físicos, psicológicos e sociais. Além de fortalecer o sistema imunológico e prevenir certas doenças, melhora o humor, a autoestima e a aparência física. Considerando-o do ponto de vista fisiológico, é benéfico para a saúde cardiovascular e respiratória, mas o cérebro também se beneficia durante a atividade física.
O exercício modula a liberação de neurotransmissores, células químicas responsáveis pela comunicação entre os neurônios. Por outro lado, está envolvido na neurogênese, um processo pelo qual novos neurônios são regenerados e criados, promovendo a saúde do cérebro e o funcionamento cognitivo adequado.
A seguir, esses processos serão detalhados mais profundamente.
A neurogênese que ocorre no cérebro durante a atividade física Tradicionalmente, pensava-se que o envelhecimento e certos hábitos levassem à morte neuronal. No entanto, há alguns anos, a ciência mostrou que isso não acontece dessa forma.
Observou-se que os neurônios podem ser reparados, encontrar mecanismos compensatórios e aumentar a eficácia das redes que se formam. Essa capacidade é chamada de plasticidade cerebral e é essencial para o desenvolvimento, aprendizado e recuperação de diferentes lesões. Dentro da plasticidade cerebral, no contexto de como o cérebro muda quando nos exercitamos,um dos principais mecanismos é a neurogênese. A criação de novos neurônios não é um processo que ocorre em todas as áreas do cérebro. O hipocampo, o bulbo olfativo e a área subventricular do ventrículo lateral são as áreas em que esse fenômeno ocorre.
Na última década, os pesquisadores concentraram seus esforços em determinar quais fatores promovem a neurogênese e quais a impedem. Assim, viram queela é promovida por um ambiente enriquecido e pelo exercício físico.
Como isso acontece? A maneira como o exercício físico afeta a neurogênese não é totalmente clara. No entanto, evidências suficientes foram encontradas de que os níveis de BDNF e VEGF aumentam após o exercício.
O BDNF, ou fator neurotrófico derivado do cérebro, e o VEGF, fator de crescimento endotelial vascular, são proteínas que favorecem a sobrevivência dos neurônios e a formação de vasos sanguíneos, respectivamente.
BDNF Foi observado que o BDNF aumenta de 2 a 3 vezes em nosso cérebro durante a atividade física e seus níveis são restaurados aproximadamente uma hora depois. O aumento dessa proteína está relacionado a um aumento anual de 2% no volume do hipocampo, que diminui 1-2% devido ao efeito da idade.
Em resumo, o exercício físico aumenta a expressão do receptor NMDA nos neurônios do hipocampo. A ativação desses receptores aumenta os níveis de cálcio na sinapse, causando, por sua vez, a ativação de algumas vias que regulam a expressão das proteínas do BDNF.
O BDNF, por sua vez, ativa outro receptor (TrkB) que está muito presente nas células que dão origem ao hipocampo, promovendo a criação de novos neurônios.
VEGF Embora o mecanismo que relaciona o VEGF à neurogênese não seja claro, ele tem sido relacionado à neurogênese tanto diretamente, gerando alterações nas células que dão origem aos neurônios, quanto indiretamente, aumentando o número e o perímetro dos vasos sanguíneos.
O aumento dos vasos sanguíneos e do seu perímetro favorece a melhor circulação e, portanto, a saúde celular. Dessa forma, no contexto de como o cérebro muda quando fazemos exercícios, foi observado umaumento das células progenitoras e a redução da morte celular, modulando a expressão de macrófagos (células do sistema imunológico que eliminam substâncias estranhas).
Aumento dos neurotransmissores no cérebro durante a atividade física O exercício físico causa um aumento nos níveis de vários neurotransmissores. Por exemplo, há um aumento nas catecolaminas. As catecolaminas são neuro-hormônios que preparam o corpo para responder a situações de estresse, ameaça ou atividade física.
Dentro deste grupo estão a noradrenalina, a dopamina e a adrenalina. O aumento dessas substâncias e das endorfinas é responsável pelo fato de que, ao fazermos exercícios físicos, nos sentimos mais ativos e aumentamos o nosso bem-estar.
Há também uma diminuição no cortisol, o que faz com que o estresse diminua e, assim, reduz o efeito prejudicial que esse hormônio exerce sobre os neurônios.
Aprendizagem e funcionamento cognitivo O processo de neurogênese e, em geral, a neuroproteção, ocorre principalmente no hipocampo. Essa região do cérebro é especializada no aprendizado espacial e na consolidação da memória de longo e curto prazo.
Assim, no contexto de como o cérebro muda durante a atividade física, foi observado em vários estudos que o exercício físico regular melhora a aprendizagem e a memória.
Além disso, parece que esse efeito, também devido à melhora do humor e redução do estresse, se estende a outras habilidades cognitivas, como velocidade de processamento, tomada de decisão e atenção seletiva. Tudo isso, em resumo, relaciona o exercício físico com uma melhora no desempenho cognitivo geral.
O Ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta informou nesta quinta-feira, 6, que a campanha de vacinação da gripe será iniciada em março — um mês antes do que foi praticado em 2019.
De acordo com Mandetta, a vacinação pode diminuir o número de casos suspeitos do novo coronavírus, uma vez que os sintomas das duas doenças são similares. A vacina de 2020 terá efetividade contra Influenza A e B. Sarampo
A pasta também divulgou datas da campanha de vacinação contra sarampo. O plano dará em dois momentos: entre 10 de fevereiro a 3 de março, focado para crianças e jovens de 5 a 19 anos e entre 3 e 31 de agosto para pessoas entre 30 e 59 anos.