• prefeutura-de-barao.jpg
  • roma.png
  • vamol.jpg
  • WhatsApp_Image_2025-06-06_at_12.28.35_2.jpeg

Batatas costumam ser comparadas aos grãos refinados em dietas, já que ambos têm alto teor de carboidrato. Mas um estudo de uma universidade norte-americana, publicado em janeiro no "British Journal of Nutrition", comparou os dois alimentos e concluiu que a ingestão de uma porção diária de batata no lugar de grãos refinados pode ser uma escolha mais saudável, já que o tubérculo tem uma qualidade nutricional maior.

O que são grãos refinados:

Grãos que passaram por processamento industrial e perderam partes de suas estruturas, como a casca, e, com isso, também perderam parte de sua qualidade nutricional.


O grão integral não passa por esse processo industrial e não tem sua estrutura alterada. Por isso, tem mais nutrientes e fibras que o refinado.
Exemplos de grão refinados: farinha de trigo branca (e seus derivados, como pão e macarrão feitos com esse tipo de farinha) e arroz branco.


Em comparação com grãos refinados, as batatas têm uma qualidade nutricional melhor, já que apresentam quantidades maiores de fibras, amido resistente (um tipo de amido que, igual às fibras, é resistente à digestão rápida) e micronutrientes, elementos essenciais em uma dieta diária. Com isso, o estudo concluiu que é possível afirmar que nem todas as fontes de carboidratos podem ser equiparadas, já que algumas formas de carboidratos são mais saudáveis que outras.

A pesquisa descobriu uma diferença nutricional significativa entre ambos os carboidratos analisados: em 200 calorias de batata assada há 3,6 g de fibras e 826 mg de potássio, enquanto que nas mesmas 200 calorias de grãos refinados há apenas 1,5 g de fibras e 119 mg de potássio.

Apesar de outros estudos associarem ingestão de batata ao aumento do risco de doenças cardiometabólicas (diabetes, hipertensão arterial), o trabalho conduzido por pesquisadores da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos, não encontrou essa relação.

A explicação, segundo os pesquisadores, pode estar no método de preparo: as batatas consumidas não eram fritas, mas cozidas no vapor e assadas. Elas não foram descascadas e não foram fervidas, já que este processo retira minerais do vegetal. Todos os pratos foram preparados de maneira saudável com adição de gordura ou sódio limitada.


A pesquisa, que analisou a dieta de 50 adultos saudáveis e não-fumantes, verificou que a ingestão diária de ambos os tipos de alimento não afetou a pressão arterial e os marcadores da glicemia, como o colesterol e insulina, importantes na prevenção e controle da diabetes.

“Esses resultados se aplicam somente à população saudável”, ressalta no material de divulgação o pesquisador EA Johnston, um dos coordenadores da pesquisa. “É importante replicar o estudo em outros grupos, com pessoas com maior risco de doenças cardiometabólicas.”


O estudo
Durante quatro semanas, os participantes comeram um prato de grãos refinados todos os dias como uma refeição principal. Após um intervalo de duas semanas, foi a vez dos participantes comerem um prato de batata na refeição principal, também por quatro semanas seguidas. Ambos os pratos tinham a mesma quantidade de calorias.

 

G1

 

 

denguePor mais que todo ano se fala da dengue e as campanhas alertem para o risco de picadas pelo mosquito Aedes aegypti, quando a pessoa adoece, a dificuldade no diagnóstico ainda é grande. E quando o paciente é uma criança, fica mais complicado.


É mais difícil diagnosticar dengue em crianças porque elas não têm clareza de alguns sintomas, como dor muscular, por exemplo, e porque muitos sintomas podem ser confundidos com outras doenças, como gripe ou virose.

Dois casos recentes, com as mortes de duas crianças, chamaram a atenção no interior de São Paulo. Em São Simão, uma menina de oito anos passou mal e foi atendida na UPA (Unidade de Pronto Atendimento). A criança foi dispensada após ter um diagnóstico de gripe. Os remédios receitados não fizeram efeito e ela piorou.

Com muita dor abdominal, a menina foi levada para Ribeirão Preto. Passou por outro médico na UPA e foi liberada em seguida. Levada novamente para UPA, ela teve uma parada cardíaca. Chegou a ser removida para o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, mas não resistiu.

A secretaria de Saúde da cidade diz que deu todo o atendimento necessário, mas os pais reclamam do atendimento que ela recebeu.

Outro caso, na mesma cidade, foi de um menino de 10 anos. Com febre e dores no corpo, ele foi atendido várias vezes em uma UBS (Unidade Básica de Saúde) da cidade. Era sempre medicado e liberado, mas voltava a passar mal em casa.

De acordo com o pai, o menino ainda foi levado ao Hospital das Clínicas, mas teve uma parada cardíaca e também não resistiu. A secretaria de Saúde de Ribeirão Preto alegou que, a princípio, ele não tinha os sintomas de dengue e que o atendimento seguiu o recomendado pelos órgãos de saúde até que a doença fosse diagnosticada.

“Um dos grandes desafios em relação a dengue é em relação a manifestação da doença. São muito variadas, desde forma leve, que passa despercebida pelos pais, até quadros graves. Não existe uma manifestação exclusiva da dengue, os sintomas se confundem”, alerta o pediatra e infectologista Marco Aurélio Safadi.

Os sintomas mais frequentes são: febre alta e repentina, dor atrás dos olhos e dor muscular. “A dor de cabeça da dengue tem uma particularidade. Quem está com a dengue, tem muita dor atrás dos olhos”.
Veja outros sinais de alerta:

Dor de cabeça
Falta de apetite
Vômito e diarreia
Manchas vermelhas na pele
Sangramento (nariz e gengiva)
Muitas dessas manifestações fazem parte da gripe, por exemplo. Por isso, acaba confundindo no diagnóstico. “Essas são as formas que compõem a dengue clássica, mas a pessoa pode ter variadas apresentações e nem sempre todas elas aparecerão”, completa o infectologista.

A dengue é uma doença sazonal. Os casos se concentram mais entre janeiro e abril. Por isso, apesar do diagnóstico difícil, Safadi lembra que a população deve ficar alerta. Alguns sintomas podem indicar uma complicação da doença: nível de consciência alterado, vômitos persistentes, dor abdominal muito forte, sonolência ou irritabilidade, falta de ar, hemorragias.

“Uma vez que apareça qualquer um desses sinais, a pessoa deve ir imediatamente a um pronto-socorro. Lá, o médico irá orientar a internação, a admissão hospitalar”, diz Safadi.

 

G1

 

coronaDe acordo com um novo estudo publicado no periódico científico Journal of Hospital Infection, o SARS-CoV-2 (nome oficial do novo coronavírus identificado na China, no início do ano) pode sobreviver por até nove dia em superfícies e objetos inanimados, em temperatura ambiente. Isso significa que se uma pessoa saudável entrar em contato com direto com essa superfície nesse período, ela poderá ser infectada.

De acordo com a descoberta, o tempo médio de vida dos coronavírus em superfícies à temperatura ambiente varia entre quatro e cinco dias. Além disso, eles conseguem prosperar em vários materiais diferentes, incluindo aço, alumínio, madeira, papel, plástico, látex e vidro.

“A baixa temperatura e a alta umidade do ar aumentam ainda mais sua vida útil”, acrescentou o professor Günter Kampf, do Instituto de Higiene e Medicina Ambiental do Hospital Universitário Greifswald. Esse fato é importante, pois, na China e em outros países do hemisfério norte, que registraram diversos casos da doença, a estação atual é o inverno. O que aumenta a probabilidade de infecção, de acordo com os resultados do novo estudo.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores da Universidade Ruhr Bochum, na Alemanha, revisaram 22 estudos realizados anteriormente em outros membros da família dos coronavírus, que incluem SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e MERS (Síndrome Respiratória do Oriente Médio). “Diferentes coronavírus foram analisados ​​e os resultados foram semelhantes”, explicou o virologista e autor do estudo Eike Steinmann, da Universidade Leibniz Hanover.


Sendo assim, embora a pesquisa esteja longe de ser definitiva, ela sugere que o SARS-CoV-2 poderia pegar carona em um objeto e sobreviver por cerca de uma semana. A descoberta pode ter implicações em como as autoridades tentam conter e reprimir o surto atual.

Transmissão
A infecção pelo contato com gotículas, seja de um resfriado comum ou um coronavírus, geralmente acontece por meio de tosses e espirros que lançam o vírus no ar a bordo de pequenas gotículas de muco. Outro modo comum de transmissão é através do contato com mãos e superfícies infectadas.

“Nos hospitais, podem ser maçanetas, botões, mesas de cabeceira, armações de cama e outros objetos nas proximidades dos pacientes, que geralmente são de metal ou plástico”, disse Kampf.

Prevenção
A boa notícia, de acordo com a pesquisa, é que agentes desinfetantes como álcool, alvejante e hipoclorito de sódio (um agente clareador) geralmente são muito eficazes contra os coronavírus. Como muitos aspectos do vírus, ainda não está claro o quão eficaz o SARS-CoV-2 pode se espalhar por superfícies contaminadas.

 

veja

Foto: Thomas Peter/Reuters

puberdadeAs meninas estão entrando na puberdade um ano antes do que costumava ocorrer em 1970, mostra um estudo global sobre o crescimento dos seios, o primeiro sinal clínico do amadurecimento do corpo feminino.

A idade do desenvolvimento dos seios diminuiu três meses por década entre os anos de 1977 e 2013. A análise foi montada a partir de dados coletados em trinta diferentes levantamentos sobre o assunto.

Os impactos causados na saúde por esse amadurecimento antecipado ainda não são claros, aponta Alexander Busch, co-autor da pesquisa e especialista do Hospital Nacional da Dinamarca. No entanto, o profissional ressaltou que o último sinal da puberdade feminina, a menstruação, quando ocorre antes do tempo pode estar relacionado com o aumento de quadros de obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardíacas e alergias.

A idade média para o início do desenvolvimento dos seios é de 10 a 11 anos na Europa, 10 anos no Oriente Médio, 9 a 11 anos na Ásia, 9 a 10 anos nos Estados Unidos e 10 a 13 anos na África.


Os pesquisadores ainda não conseguem definir as razões para a alteração, mas pontuam uma série de fatores que podem ter contribuído para a mudança. Um deles é a obesidade.

O aumento do índice de massa corporal (IMC), por exemplo, está associado ao início da menstruação e ao desenvolvimento precoce das glândulas mamárias. “O tecido adiposo é uma parte importante do nosso sistema hormonal, produzindo e metabolizando hormônios”, diz Busch. “Desse modo, um IMC alto para idade tem sua contribuição”.

Outros fatores como a exposição a componentes químicos no ambiente também são cotados como fatores que podem acelerar a época em que puberdade ocorre, Busch aponta. O estudo foi publicado no periódico médico JAMA Pediatrics.

 

Veja

Foto: iStockphoto/Getty Images