A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), por meio da Gerência Estadual de Epidemiologia, esclarece que o exame feito em paciente da cidade de São João do Piauí foi encaminhado à Fiocruz para ser feito o sequenciamento genético. Através do exame será possível comprovar se é um caso da variante Delta.

O paciente de iniciais J.G.A, de 69 anos, já está imunizado com duas doses da vacina Coronavac e apresentou sintomas da Covid-19 depois de participar de um curso em Ribeirão Preto (SP). Antes de participar do curso, realizou exame de orofaringe e deu negativo. Mas um colega que estava no mesmo treinamento testou positivo para a Covid-19.

No dia 07/08, o paciente retornou para o município de São João do Piauí e dia 09/08 começou a apresentar sintomas como obstrução nasal, dores no corpo e cefaleia. Foi feito exame de orofaringe com resultado positivo, sendo medicado por profissionais do município.

No dia 11/08, apresentou tosse e deficiência respiratória, sendo encaminhado ao município de São Raimundo Nonato para fazer uma Tomografia, onde o resultado apontou 25% de comprometimento pulmonar. Dia 15/08, ele foi encaminhado a Teresina, ainda com quadro de dispnéia, sendo internado no hospital da Unimed. No próprio hospital foi feita a coleta do material para PCR e encaminhado ao Lacen, com resultado positivo para Covid-19,  a amostra foi enviada à Fiocruz para sequenciamento, como medida de segurança.

A Gerente Estadual de Epidemiologia da Sesapi, Amélia Costa, manteve contato com a esposa do paciente em São João do Piauí e confirmou que ela e o técnico da empresa que estiveram em contato com o paciente também testaram positivo para a Covid.

“Como o paciente esteve em um Estado com circulação da variante Delta, solicitamos que a Secretaria Municipal de Saúde de São João do Piauí fizesse a coleta do sangue da esposa e do motorista da empresa do paciente e encaminhasse ao Lacen para avaliar a possibilidade de fazer também o sequenciamento deles”, esclarece Amélia.

mn

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou, na manhã desta quarta-feira(18), mudar o protocolo dos estudos clínicos da vacina contra a covid-19 ButanVac. A pedido do Instituto Butantan, em São Paulo, que desenvolve o novo imunizante, a primeira etapa da pesquisa não será mais feita com uso de placebo (substância sem efeito) e sim com a CoronaVac.

A requisição foi feita pela dificuldade em encontrar voluntários que aceitassem participar do estudo com placebo, já que corriam o risco de não receber nenhuma proteção contra a doença.

A pesquisa clínica de fase 1 e 2 da Butanvac foi dividida em três etapas (A, B e C). Os testes autorizados, nesta momento, serão feitos em 400 voluntários, que receberão aleatoriamente CoronaVac e ButanVac. Ambas serão aplicadas em duas doses com intervalo de 28 dias entre elas.

O ensaio será realizado no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, em São Paulo, e no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, em Ribeirão Preto (SP).

R7

biontechO ministro da Saúde Marcelo Queiroga confirmou em entrevista coletiva à imprensa, na manhã desta quarta-feira (18), que o atual momento da pandemia permite que o Brasil diminua o intervalo entre as doses da vacina Pfizer, a partir de setembro, quando a população acima dos 18 anos terminar de receber a primeira dose da vacina.

"Conseguimos alterar o intervalo das doses da Pfizer. A bula autoriza 21 dias de intervalo, assim conseguiremos completar mais rapidamente. Estamos em uma situação epidemiológica mais tranquila. Não estamos comemorando, porque a média de mortes ainda é alta. Mas já tivemos números maiores. Mas, as políticas públicas estão melhorando a situação da pandemia", afirmou Queiroga.

Na entrevista coletiva foi explicada a distribuição de vacinas e o ministério deixou claro que a prioridade é terminar a imunização de adultos para depois vacinar adolescentes. "As doses não são para adolescentes. Como vou vacinar em um estado adolescentes e em outros estamos nos 30 anos? Temos de fazer a vacinação de maneira equânime", explicou o ministro. O ministro afirmou que os estados que já terminaram a primeira dose da população acima dos 18 anos continuarão a receber imunizantes para a segunda dose, não para os adolescentes. "Naturalmente quem já vacinou a população com primeira dose, os estados vão continuar recebendo a vacinas para segunda dose. Não se pretende atrasar a vacinação de adolescentes com comorbidades. O que se pretende é garantir que os outros estados recebam as doses de maneira mais homogênea. Naturalmente em um país continental não terminaremos todos os estados juntos", disse Queiroga.

O ministro da Saúde foi claro que não tem como garantir a distribuição de mais doses para os estados e municípios que não seguem o PNI (Plano Nacional de Imunizações). "É fundamental que estados e municípios sigam as orientações do PNI, que tem experiência em campanhas de vacinação. Se cada estado ou município resolver sua própria regra, o Ministério não consegue entregar as vacinas com a tempestividade devida e isso atrasará com a nossa campanha de vacinação", ressaltou ele.

De acordo com o secretário-geral do Ministério, Rodrigo Moreira Cruz, no cenário mais otimista de chegada de vacinas, a antecipação da aplicação da segunda dose da Pfizer vai possibilitar que até o fim de outubro toda a população vacinável esteja completamente vacinada.

"Até final de setembro termina a vacinação de primeira dose de toda a população adulta, no cenário convencional. Em um cenário otimista de chegada de doses, até o fim do mês de outubro seria possível terminar a vacinação de toda a população adulta com as duas doses de vacinas", afirmou Moreira Cruz.

Terceira dose O ministro também respondeu sobre a possibilidade da aplicação da terceira dose. Mais uma vez, deixou claro que a prioridade é finalizar a campanha com vacinação completa das pessoas acima de 18 anos, para a partir daí fazer a segunda dose.

"Está em discussão sobre a terceira dose, mas ainda não há estudos que comprovem, qual o imunizante pode ser dado e qual é o momento de se fazer isso. A terceira dose será aplicada com base em evidências científicas consistentes e de acordo com a estratégia de distribuição de doses que o Ministério da Saúde tem consolidado", disse Queiroga.

R7

Foto: Myke Sena/ MS/Divulgação

cafemanhaQuem pula o café da manhã deixa de ingerir nutrientes essenciais, desses que podem reduzir o risco de doenças crônicas, segundo estudo realizado na Escola de Medicina da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos.

Para a análise, foram analisadas informações dietéticas de 30 889 adultos maiores de 19 anos que participaram de um levantamento entre 2005 e 2016. Os experts compararam estimativas do que esse pessoal consumia com a ingestão recomendada de cada nutriente de acordo com instituições americanas. Vale dizer que 15,2% dos participantes relataram não fazer o desjejum.

Foi aí que os cientistas notaram que quem pula o café da manhã ingere uma quantidade menor de vitaminas e minerais. Substâncias como ácido fólico, cálcio, ferro, fósforo, além das vitaminas A, B1, B2, B3, C e D foram as que ficaram mais em falta entre quem acorda e vai direto para o almoço.

A ausência desses nutrientes se manteve mesmo ao observar a alimentação no resto do dia. Ou seja, esses indivíduos não conseguiam alcançar uma reposição mais tarde.

Para completar, segundo a publicação, a turma que não é fã da café da manhã tem a tendência de comer mais carboidratos, açúcares e gorduras ao longo do dia, sobretudo porque o hábito de petiscar se torna mais presente. Com isso, acabam ingerindo também um número maior de calorias diárias.

"Observamos que a pessoa que não come os alimentos típicos do café da manhã tende a não incluí-los na dieta depois e, por isso, ocorre essa lacuna de nutrientes", explicou o autor do estudo Christopher Taylor, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Ohio, em comunicado oficial da instituição.

Como exemplos, os estudiosos citam o cálcio de leite e derivados, a vitamina C das frutas e a combinação de fibras, minerais e vitaminas dos cereais fortificados.

Muitos estudos já avaliaram o impacto da falta do café da manhã entre crianças, indicando, por exemplo, uma maior probabilidade de problemas de concentração na escola. E, embora os adultos sempre escutem sobre a relevância dessa refeição, Taylor diz que agora começamos a ver as reais implicações desse hábito para eles também.

Veja Saúde